Capítulo XL

“Hey, Jude, don’t be afraid.”

-Eu te amo muito, Anjo. – ele disse colocando uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.

-Eu também te amo.

E fomos terminar o que havíamos começado.

Acordei na manhã seguinte e vi que Nico não estava mais na cama. Cocei os olhos lentamente e sentei-me ainda enrola nos lençóis vermelhos. Nico surgiu segurando uma bandeja enorme que tinha morangos, bolo de chocolate, suco de laranja e waffles – o que me fez lembrar-se da minha mãe.

-Bom dia. – ele falou sentando-se do meu lado.

-Bom dia. – disse com a voz sonolenta.

Comemos nosso café da manhã rindo sobre os acontecimentos do casamento. Tomei banho e troquei-me. Usava um biquíni vinho e uma saída de praia preta.  Peguei minha bolsa e caminhamos até a praia.

Sentei-me na espreguiçadeira branca assim como Di Ângelo. Passou-se um tempo e eu estava sem paciência. Fui até a água e nadei tranquilamente. Nico veio atrás de mim e tacou água na minha cara. Começamos uma guerra que nem duas crianças.

Saímos da praia quando era de tarde. Almoçamos em casa, comemos comida japonesa, uma das minhas favoritas. Tomamos banho e dormimos.  Quando foi de noite nós ficamos sentados na varanda, eu tocava violão enquanto Nico me observava. 

-Anjo, você sabe que nós vamos ter que embora do acampamento assim que a lua de mel acabar, não sabe?- ele perguntou acariciando meus cabelos.

Eu fiquei paralisada por alguns segundos. O tempo tinha passado rápido, eu não queria deixar o acampamento, mas também queria.  Tinha meus amigos, mas eu tinha começado uma vida nova. 

-Sei. – respondi.

-Nossa casa já está pronta.

Nossa casa era a mansão dele.

Eu tinha deixado a minha casa e a de Clarisse para ela.

-Não queria deixar o acampamento, mas eu entendo. – disse sorrindo fraco.

-Eu sei como se sente. – ele disse me puxando para seu colo.

-Nico ... – o chamei minutos depois.

-Oi?

-Eu ainda não dei uma volta na minha moto. – disse animada e me levantando.

Puxei Nicolas até a garagem da casa onde estava a minha moto ultra mega foda e o porsche preto de Nico.  Peguei o capacete vermelho e o coloquei. Peguei o outro capacete preto e assoviei para meu marido.

-Você não vem? – perguntei, já em cima da moto.

-Anjo, eu nunca vi você dirigindo. – ele disse com um pouco de medo.

-Sobe logo, Nico. – disse autoritária e ele subiu.

Ajeitei o capacete e comecei a pilotar. Andava a mais de 180 km/h, Nico devia estar com os olhos arregalados. Usei a névoa para nenhum policial me parar. Aumentava a velocidade constantemente. Dei a volta pelas redondezas da casa até que chegamos à mesma.  Desci da moto seguida por Nico, tirei o capacete e fechei a garagem.

-Ainda ta com medo de mim? – zombei dele.

-Não. – ele respirou fundo. – Anjo, você não devia correr tanto.

-Para de frescura. – disse entrando na casa. 

Fui direto para a cozinha onde bebi suco de laranja. Nico ficou me observando.

-Para. – gritei e ele riu.

-Não corra muito quando eu não estiver por perto, não vou arriscar perder você. – ele disse com as mãos na minha cintura.

-Ta bom. – disse.

-O que quer fazer hoje?

-Aproveitar você. – disse sorrindo e ele me beijou, levando-me para o quarto.

(...)

Quinze dias após a lua de mel, lá estávamos nós esperando Luana e Ares. Iríamos para o acampamento buscar nossas coisas. Todos os semideuses antigos como: Clarisse, Percy, Alice, Blair ... Nossos amigos iriam embora.  Avistamos Ares e Luh na moto nova de meu pai. 

(Look Jude: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=74911922&.locale=pt-br)

-Oi. – eles falaram.

-Oi pai, oi Luh. – os abracei.

-Vamos? – Ares perguntou e assentimos com a cabeça.

A Luh iria pilotar minha moto e eu iria no porsche com Nico.  Luh e Ares se posicionavam nas motos enquanto eu entrava no carro. Todos apostos, nós fomos a caminho do acampamento meio-sangue, pela última vez.

Chegamos algumas horas depois e todos os deuses já estavam lá.  Estacionamos o carro e as motos e, fomos pegar nossas coisas.  Entrei no chalé cinco e guardei cada detalhe em minha mente. Cada momento que passei aqui.  Peguei minhas malas vazias e rapidamente as enchi com todas as minhas coisas.

Clarisse desceu do segundo andar com suas malas vermelhas e me abraçou fortemente.  Todos os nossos irmãos, que também iam embora, entraram no chalé e demos um abraço coletivo. Ares surgiu do nada e também participou.  

Depois de algumas lágrimas, todos pegaram suas malas e saíram do chalé. Eu e Clarisse íamos juntas andando até a casa grande. Na frente da mesma, todos os campistas estavam divididos, cada um perto de seu chalé. Os deuses e Quíron estavam num palco em frente aos campistas.

-Caros meio-sangues, chegou a hora de vocês irem embora e seguirem suas vidas. Depois de anos para a maioria, chegou a hora de dizer adeus. – Quíron começou a dizer. – Muitos lutaram bravamente, ajudaram e aprenderam lições que irão, eu espero, levar para o resto da vida. No início muitos resistiram a aceitar- ele olhou para mim. -, mas hoje estão aqui. Eu irei olhar vocês de longe, sempre. Meio-sangues, obrigado por fazerem parte do acampamento. Cada um de vocês me ensinou algo diferente. – Quíron chorava. – Heroísmo. – ele olhou para Percy, Annabeth e Nico. – Força. – ele olhou para mim e Clarisse. –Coragem. – olhou para Léo.  - O acampamento estará sempre de portas abertas para vocês. Boa sorte.

A maioria dos campistas tinha lágrimas nos olhos.  Sr D. levantou-se da cadeira e foi até ao microfone fazer seu discurso.  

-Olá! Eu sei que com minha implicância vocês acham que eu não me importo com vocês, mas isso é mentira.  Isso é só meu sinal de amor e afeto por. Mesmo eu tendo sido OBRIGADO pelo meu pai querido – Dionísio disse irônico e Zeus bufou. -, vocês são até que legais, se tornaram a minha família. Não é meu tipo falar isso, mas eu não queria que vocês fossem embora. Iremos observá-los sempre.  É isso, seus pentelhos. – todos aplaudiram o Sr D.

Cada deus ou deusa olimpiano entregou para seus filhos um presente. O meu chalé, por exemplo, ganhou um colar de prata com um pingente de javali e outro pingente com o símbolo do acampamento.

Encontrei-me com Nico logo depois de receber meu presente. Ele ganhou poderes novos, só não sabia quais.  Ele foi se despedir de seus amigos enquanto eu abraçava minhas amigas.  Mor, Alice, Clarisse, Julia, Blair, Nicole, Elena e eu nos abraçamos.  A sorte que elas tinham casas perto da minha nova casa.

(...)

Nico e eu fomos para nossa casa que era perfeita por dentro.  Taquei-me na cama morrendo de sono e logo dormi.

Fui acordar na tarde seguinte morrendo de fome. Nico estava no banho. Desci as escadas indo até a cozinha onde uma ninfa tava fazendo meu café da manhã.  Nico chegou na hora que ela retirou as panquecas. Comemos, fui tomar banho e ele arrumou as nossas malas.

Saí do banho, colocando calça jeans, blusa branca básica e sapatilha laranja.  Nico e eu fomos decidir o menu do jantar. Na verdade ele que decidiu tudo. Após isso eu e Nico saímos para comprar comida. Eu queria ir de moto, mas ai ele começou a reclamar.

Voltamos do supermercado e fomos tomar banho.  Saí e vesti-me (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=74913458&.locale=pt-br). Nico ficou me olhando com a boca aberta.  Ri.  Nico estava meio formal. Já estava na hora do jantar. Clarisse, Luh e papai estavam na porta. A ninfa atendeu e eles entraram.

Abracei minha meia-irmã quando senti o cheiro forte de seu perfume e fiquei enjoada. Corri para o lavabo e coloquei tudo para fora. 

Perfume da Clarisse ...

Enjôo...

AH NÃO!

Escovei os dentes e ouvi Nico bater na porta.  Abri a mesma e o puxei para dentro do banheiro.

-Você ta bem?

-Não. – disse ainda enjoada.

-Jude, a única vez que você enjoou com o perfume da Clarisse, foi quando você estava ...

-Grávida. – completei olhando-o apavorada. – Não pode ser!

Sai correndo subindo as escadas, sob o olhar assustado de todos, e fui até meu quarto. Entrei no mesmo abrindo as gavetas da mesa e achei meu calendário. Duas semanas atrasada.  Joguei meu caderno no chão.

Desci as escadas, tonta. Segurava fortemente no corrimão branco, desci até o último degrau quando Nico me olhou e correu até mim. Ares, Luh e Clarisse levantaram do sofá e me encararam. Olhei para Nico, mas antes que eu falasse algo, a escuridão me segou.

(...)

Acordei numa cama de hospital. Tinham tubos em mim, Luh e Ares dormiam abraçados num sofá e Nico e Clarisse estavam esparramados e quase caindo no outro.  Meu marido segurava a minha mão e logo acordou quando eu a acariciei.

-O que aconteceu? – perguntei.

-Você desmaiou. Viemos para o hospital onde Blair está trabalhando. – ele disse me olhando nos olhos. –Anjo, você esta grávida.

-O que? – disse com a voz falha.

-PARABÉNS MAMÃE! – Blair e Elena surgiram gritando, fazendo todos acordarem.

-Obrigada. – Nico me olhou e pediu para todos se retirarem.

-Anjo ... – Nico deitou-se ao meu lado.

-Eu to com medo. – o abracei fortemente.

-Eu to aqui.

-E se acontecer algo com ...

-Shiu! Não vai acontecer nada. – ele beijou o topo da minha cabeça.

-Eu realmente espero que não. – disse com os olhos com lágrimas.