Fairy Love escrita por ShadowMurderer
Notas iniciais do capítulo
Como prometido, aqui está Jerza para vocês :)
Saí um pouco do contexto da história pra lhes dar Jerza, então mereço reviews, O.K? E o capítulo é maior do que os que normalmente escrevo nessa fic, mas tenham paciência e leiam até o final!
Erza andava pelo corredor silencioso, sendo seguida pelos cinco guardas. Ela sabia – como conhecedora do protocolo – que mais guardas estariam lhe esperando na cela.
Mas não se importava com eles. Naquele dia, ela percebera que não poderia mais adiar aquilo. Acordou decidida a ir até ali.
Decidida a visitar Jellal.
Aquele encontro com certeza seria doloroso. Ela sabia disso. Sabia também que precisava fazer aquilo. Só assim poderia esquecer, ou pelo menos ignorar, o passado. Então poderia seguir em frente.
– O preso está em uma cela de vidro que lhe impossibilita o uso de magia. Você vai precisar usar esse colar – explicou o chefe da guarda, entregando-lhe uma fina corrente. – Enquanto estiver usando-o, não conseguirá usar magia. Você não fará contato direto com o prisioneiro. Estarão sempre separados pela parede de vidro. Estaremos lhes vigiando. Podemos...
– Com todo o respeito, eu sei como funciona o protocolo. Não preciso que me expliquem – respondeu a ruiva, colocando a corrente no pescoço. Ela sentia-se incrivelmente indefesa sem seus poderes. Não que não pudesse lutar sem suas armaduras e armas, mas ela sempre teve aquele poder ali com ela, ela sempre poderia convocá-lo para se proteger.
Não mais.
Virou-se, dando privacidade ao guarda para que ele colocasse quaisquer códigos que abrissem o enorme portão de ferro maciço.
Ouvindo o barulho do portão abrindo, virou novamente e entrou.
Os guardas que estavam lá dentro e os que haviam lhe acompanhado a encararam, mas ela não prestava atenção nisso.
Lá estava ele. Deitado no chão de vidro, parecendo dormir, o peito desnudo subindo e descendo, o cabelo uma desordem de fios, alguns deles cobrindo-lhe parcialmente os olhos.
Ele era lindo mesmo agora. E, olhando-o, Erza percebia o quão idiota havia sido. Ela nunca conseguiria seguir em frente, esquecer Jellal. Aquilo angustiava a maga mais que qualquer coisa. Por que, apesar de tudo, continuava sentindo-se daquela forma com relação a ele?
Erza se aproximou da cela de vidro, a única barreira que a separava dele.
– Eu... – Ela encarou os guardas. – Por favor, deixem-me tocá-lo, só por um instante.
Os guardas, aparentemente chocados com o fato de a grande Titania estar prestes a chorar, assentiram.
Encarando a cela, Erza pôde ver quando um pequeno quadrado de vidro desencaixou-se e abriu como uma porta para dentro.
Sua mão, parecendo ter vida própria, enfiou-se ali, devagar, quase com medo. Seus dedos alcançaram os fios azuis e desordenados, tentando botar alguma ordem.
Ela sempre havia se zangado com o cabelo dele, cabelo que não gostava de ficar arrumado, que era rebelde. Como Jellal e ela própria o eram.
Seus dedos percorreram o belo e adormecido rosto. Sua expressão, quando dormindo, era tão serena. Tão diferente do Jellal da Torre do Paraíso, tão parecido com o Jellal que não se lembrava das coisas horríveis que fez. Tão parecido com aquele Jellal que ela conheceu, que queria lutar a todo custo, mas que tinha uma delicadeza, uma serenidade, dentro de si que desmentiam o lugar onde viviam.
Uma única lágrima escapou e percorreu sua bochecha. Mas ela não se importava realmente.
– Eu não entendo – sussurrou, inclinando-se em direção a Jellal. Mesmo sabendo que ele não lhe ouviria, precisava falar. – Como, depois de tudo o que você me fez, eu continuo sentindo o mesmo de sempre? Como eu posso não odiá-lo?
– O tempo acabou – interrompeu-lhe um guarda, parecendo sentir-se triste pela dor da maga.
Respirando fundo, a ruiva retirou a mão de dentro da cela, limpou a lágrima e saiu em direção ao portão.
Erza não olhou para trás.
***
Os olhos de Jellal abriram, encarando as costas da poderosa Titania. Sua Erza. Claro, não era como se ele pudesse realmente chamá-la de sua, mas o fazia em segredo. Era algo que não podia evitar.
O toque dela ainda ardia nele, as suas últimas palavras ressoando em seus ouvidos.
– Também me pergunto a mesma coisa, Erza.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então, o que acharam? Lembrem-se, FORAM VOCÊS QUE PEDIRAM JERZA! Fui boazinha e dei a vocês, mas nunca disse que seria um capítulo alegre e pirulitante.
Mas olhem só que conforto: eles vão ficar juntos no final. Isso é o que importa, certo?
REVIEWS!!! Próximo capítulo voltará aos outros casais, só avisando.