A Linhagem Sagrada escrita por elleinthesky


Capítulo 23
Capítulo 21 - Ok, Por Isso Eu Não Esperava...


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Sou uma autora horrível por deixar vocês na secura. Não tenho postado há um bom tempo e não sei mais como me desculpar. É sério, eu realmente não tinha tempo nem pra peidar... não, pra isso eu tinha. Enfim, eu não tinha tempo hábil pra sentar e escrever um capítulo completo. Ao invés disso fui escrevendo cenas soltas e hoje, finalmente, parei pra organizar tudo e acabou que só duas das quinze cenas que eu tinha escrito ficaram nesse capítulo.
Mas vocês não querem saber disso agora, então vou dizer as palavrinhas mágicas:
BOA LEITURA ♥



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Tudo tinha acontecido muito rápido nos últimos dois dias: no primeiro, todas as emoções de deixar o Acampamento Meio-Sangue com a certeza de que aquela seria a última vez que ela via cada centímetro daquele fascinante lugar; já no segundo, a chegada à recém-reconstruída (e magnífica) Mansão Graycastle.

Amy, Belle, Kevin e Emma treinavam na pequena arena do terreno o que agora eles chamavam de IMMA, “Artes Marciais Interdimensionais Mistas”, parafraseando a sigla MMA cujo significado em português é “Artes Marciais Mistas”. De repente, um Anthony alerta e ligeiramente assustado se aproxima da área de treinamento com espada na garganta de outra pessoa que, por causa do ângulo de inclinação da cabeça, nenhum dos presentes conseguiu reconhecer de primeira. Foi quando eles chegaram a pouco mais de 5 metros de distância de Amy, que ela reconhecera o indivíduo abordado pelo italiano.

– Tony, calma. Larga ele! – Berrou Belle, quando percebeu que se tratava de Scott Campbell e não um mero invasor.

– Ele ultrapassou as guardas da Mansão, é oficialmente um invasor. – Bradou Tony.

– Tony, por favor, se acalma. Eu o conheço, ele se chama Scott e é do Acampamento Meio-Sangue. Ele não é inimigo. Por favor, larga ele.

Tendo escutado tais palavras da sua protegida, o italiano soltou o filho de Hermes abruptamente, fazendo com que o mesmo fosse de encontro ao chão. Ele olhou com certo desdém para um Scott que se levantava e limpava a terra das roupas e dos braços e se encaminhou para onde Amelie estava parada e perplexa com tal rigidez comportamental de seu amigo, uma vez que Anthony sempre fora muito gentil com todos ao seu redor, mesmo com aqueles com quem ela sabia que ele não tinha a mínima afeição ou apreço.

Esse era o principal método de defesa de Anthony. E ele acabara de sair do pedestal.

* * *

Depois da cena de claro descontrole de Tony, todos ficaram se perguntando porque exatamente ele havia agido de tal forma. “Ele sempre se acha tão superior, tão intocável. Não entendi nadica de nada”, Emma tinha dito. Ninguém se pronunciou depois disso, mas a verdade é que ela simplesmente falou o que nenhum dos outros tivera coragem de dizer em voz alta. Eles ficaram tão tensos que ninguém conseguia se concentrar novamente no treinamento. Semideuses e nephilins se dispersaram, deixando para Amy a tarefa de acomodar Scott Campbell – este que estava extremamente calado desde sua chegada e parecia apenas observar o ambiente.

* * *

– Cara, relaxa, tá tudo bem. Eu vou tomar um banho - Scott cheirou as próprias axilas e fez uma careta para o odor que delas exalava -, coisa que eu realmente preciso. – Completou, dando uma gargalhada.

– Tá certo, se precisar de qualquer coisa vou estar lá embaixo na cozinha com o pessoal, ok?! – Respondeu Amelie, que desceu as escadas após o garoto ter assentido.

– Ué, cadê o resto? – Perguntou a garota assim que chegou ao cômodo e percebera que apenas Isabelle e Anthony estavam à mesa.

– Kevin disse que iria dar uma geral nas armas do arsenal e o novato estava com você. Ah, e Emma foi fazer alguma coisa relacionada a artesanato, o que eu particularmente não entendi bem o que significava porque ela nunca faz esse tipo de coisa. – Disse Tony, com a confusão claramente percorrendo sua face.

– O que exatamente ela disse? – Perguntou Belle, em um tom quase divertido.

– Não sei direito, mas com certeza era algo ligado a lama, barro... algo assim.

– Tony, ela disse “largar ou soltar um barro”? – Agora era Amy quem se divertia às custas do menino estrangeiro.

– É, isso mesmo. “Soltar um barro”. O que significa? – Indagou o garoto com certa inocência no olhar.

– Significa que ela foi ao toalete. Sabe, pra fazer coisas... – Incitou Amy.

– Que tipo de coisas? Não me diga que...

– Tony, a Emma foi cagar. Literalmente. – Disse Isabelle, direta. Um segundo depois ela e Amy caíram na gargalhada, deixando o garoto enormemente constrangido e envergonhado.

No meio da crise de risos das meninas, uma criatura surgiu do nada sem se anunciar nem se apresentar. Ele simplesmente ficou ali, parado, olhando os jovens com uma expressão de desdém. Como um estalo no subconsciente dos três, todos olharam para o homem que os encarava e congelaram perante a presença dele. Amelie, Anthony e Isabelle perderam a fala diante da expressão carregada de superioridade do homem.

– Quem é você? – Indagou Belle, a primeira a sair do transe.


– Me chamo Gabriel e tenho uma mensagem para a srta. Graycastle. – Respondeu o jovem homem, secamente.


– Gabriel, o arcanjo? – Perguntou Tony, enquanto arregalava os olhos.

– É, é. Agora vocês podem, por favor, calar as malditas bocas porque eu não posso ficar aqui em baixo por muito tempo? – Percebendo que todos os presentes assentiam, o arcanjo continuou. – Meu pai me mandou pra dizer que vocês encontrarão respostas pra algumas das suas perguntas mais contidas amanhã nesse endereço.

– Mas que... – Começou Amy quando, em um piscar de olhos, o arcanjo simplesmente desapareceu deixando apenas um pequeno envelope no lugar que ele estivera de pé antes.

Ao abrir o bilhete, deparou-se com um papel fino e uma escrita dourada em caligrafia antiga onde lia-se:

01° 15' 56" N 103° 50' 06" E

Contêiner vermelho, portas brancas

Amy passou o bilhete de mão em mão, mas nenhum de seus amigos tinha ideia de qual o exato local aqueles números apontavam. Se havia uma coisa que eles não sabiam, era que as tais coordenadas geográficas eram da área de estocagem de um enorme porto, o Porto de Singapura. Tony prontamente digitou as coordenadas em seu aparelho de GPS portátil e logo apareceu na tela um esquema legendado, mostrando-lhes exatamente para onde deveriam ir.

“Ótimo, agora só achar um contêiner vermelho com uma porta branca no meio de um monte de contêineres no maior porto do mundo. Isso é fácil pra mim, quase um hobby”, pensou Amy, ironicamente.


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Notas finais do capítulo

Olha, não vou mentir pra vocês: eu não faço a mínima ideia de quando eu vou postar de novo.
Espero que me perdoem, hein?!
Esse foi um capítulo pequeno? Com certeza, mas o próximo vai valer a pena. EU PRO-ME-TO!
xx



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