Shooting Star escrita por valeriafrazao


Capítulo 12
Capítulo 11 - A Lenda




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- Ok Emmett, pela milésima vez, isso realmente esta ficando ridiculo, ligue para o hotel e peça para esse cara sair da porta do meu quarto. – Bufei enquanto falava com o cara teimoso, cujo eu chamava de irmão, do outro lado da linha.

Havia ainda um segurança parado na porta da minha suite e definitivamente ele não estava com cara de muitos amigos, o hotel realmente havia levado a sério a questao de me manter bem seguro dentro de meu quarto.

Segundo a gentil recepcionista que me atendera mais cedo, a tal Lauren, eram apenas normas de segurança para o meu proprio bem estar após o incidete da tarde anterior.

Eu só não conseguia me lembrar onde é que bem estar e prisão caminhavam tranquilamente em uma mesma equação por que definitivamente eu precisava sair daquele quarto.

- Não Edward, defenitivamente não! Você não sai deste quarto até que eu chegue ai. – A voz de meu irmão ecoava nervosa em meu ouvido, me obrigando a colocar uma boa distancia entre o celular e meus timpanos, antes que eu adquirisse uma perda auditiva.

- Papai e mamae estão uma fera Edward, você sabia disso. Eles queriam vir a Londres. Londres Edward! Você entende isso? Esme quase teve um infarto quando viu você sobre aquele prédio. Então definitvamente ela me fez prometer que você não sairia desse quarto a não ser comigo.

­- Só que é impossivel sair daqui com você QUANDO VOCÊ NÃO ESTA AQUI EMM. – Gritei um pouco mais alto do que os berros que eu ouvia através do fone do celular.

- Definitivamente, NÃO Edward.

Eu estava pronto a dar uma boa resposta ao meu irmão, afinal desde quando ele era o responsável e eu o que precisava ser vigiado?

O problema é que Emmett tinha inteira razão, eu ainda não havia pensado em meus pais desde então e eles provavelmente estariam agora arrancando os fios de cabelo por minha causa. Eu teria que telefonar a eles e me retratar de tudo isso, mais tarde.

Agora eu precisava encontrar uma maneira de conseguir passar pelo segurança com cara de “não ligo se você vai espernear, eu não vou deixar você sair” que estava parado do lado de fora da minha suite e encontrar o infeliz do meu irmão que por sinal não liberava a minha saida.

 Ótimo.

- Emmett, eu quero apenas conversar com voce ta legal. – Tentei agora em um tom menos agressivo. Gritar não adiantaria mesmo. - Não é um truque, não vou fazer absolutamente nada que você ache que eu não deva fazer, basta me dizer onde você esta e eu irei  encontrá-lo.

-Não. Definitivamente não, o que é tão importante que você não pode esperar que eu chegue até ai?

Eu estava perdendo a paciencia com Emmett.

Eu não poderia explicar a ele pelo telefone, o assunto era delicado demais para ser falado através das microondas emitidas pelo celular em minhas mãos .

- Preferia que fosse pessoalmente. – Falei olhando a pasta sobre a mesa de centro da sala e de repente a ideia perfeita me veio a cabeça. Meu irmão me mataria por isso, mas era isso ou nada.

- Emmett, quanto seu precioso estudo é importante para você? – Usei meu melhor tom sombrio e sarcástico e como resposta obtive alguns, quase eternos, segundos de silêncio.

- Estou ligando na recepção agora.

É, acho que meu irmão entendeu a periculosidade que seu estudo arqueológico corria em conviver comigo em um mesmo ambiente sem a defesa de seu proprietário.

Quinze minutos depois o gerente do hotel, um senhor de meia idade e cara de menos amigos que a do segurança parado em minha porta, veio até meu quarto informar que eu poderia sair para encontrar meu irmão, claro que não sem antes me dar um breve discurso sobre tudo que acontecera no dia anterior e como aquilo afetara a imagem do hotel e por isso o ideal seria não ter mais nenhum incoveniente nos proximos dias.

Ele tambem me disse que um motorista me levaria para que eu pudesse chegar ao destino onde meu irmão se encontrava com total segurança, conforme ele e Emm já haviam acordado pelo telefone.

Traduzindo. Eu era um estorvo e um motorista me levaria para ter certeza que eu não tentaria mais nada.

Eu não me importava, eu precisava falar com o cabeça oca do meu irmão a qualquer preço, então a carona arranjada pelo o hotel veio extremamente a calhar, já que primeiro, eu não tinha um carro e segundo, eu não tinha a menor ideia de onde Emm pudesse estar, então eu não me opus.

Durante o caminho eu me dei conta que não sabia para onde estava indo, Emmett havia ligado para o hotel e o gerente apenas havia me informado que eu seria guiado até onde meu irmão se encontrava, mas não tinha há menor ideia de onde ele se metera.

Alias, quem deixa seu irmão sozinho uma noite depois de ele ter tentado se jogar de um prédio de mais de 30 andares?

Emmett.

Me peguei rindo sozinho ao pensar o quão cabeça oca, mas ao mesmo tempo amoroso era o meu irmão.

Ele tinha seus defeitos, seu jeito desligado das coisas, e aquele temperamento infantil, mas se eu tivesse que escolher um outro irmão, ainda sim eu ficaria com ele.

Eu não sabia para onde o motorista estava me levando, mas pelos olhares que havia visto na noite anterior entre Rose e ele eu poderia ter uma ligeira idèia de onde ele estaria.

Quem disse que Paris é a cidade do amor é por que com certeza ainda não veio a Londres.

O carro entrou em uma bairro de classe média de ao qual eu nunca havia visto antes, mas também pudera, eu estava em Inglaterra há alguns dias e não tinha visto praticamente nada.

Quando o veiculo estacionou em frente ao pequeno sobrado, um arrepio percorreu meu corpo apesar da manhã estar razoavelmente agradavel para um dia de janeiro.

- Chegamos. – Anunciou o chofer.

O motorista me olhou de esguela enquanto eu fitava a casa a minha frente sem a certeza do que eu realmente estava fazendo, mas um nome sobressaltou minha mente me confirmando o por que de eu estar  e porque eu precisava abrir a porta daquele carro.

Bella.

Era essa a razão de toda a confusão  que a minha vida se tornara nos ultimos dias, mas também há razão dos melhores momentos que eu tive desde... os melhores momentos dos ultimos dois anos.

Sorri amarelo para o motorista que mais parecia querer se livrar de mim e em troca tudo que recebi foi um carranca, o mesmo apenas se virou de volta ao volante dando duas buzinadas generosas anunciando minha chegada.

Provavelmente este pequeno teatro havia sido combinado com Emmett afim de que eu não fugisse. Sinceramente, meu irmão me substimava.

Fechei a porta do carro atras de mim, mas apesar do som extremamente audivel da buzina do carro do hotel ninguém abriu a porta, então caminhei lentamente até a pequena varanda da frente daquela casa, sentindo todos os pelos do meu corpo eriçados quando eu nem sabia ao menos explicar o por que daquela sensação.

Antes que eu pudesse tocar a campainha da casa a resposta veio, causando-me um arregalar de olhos consideravel que eu podia sentir em meu rosto espelhado nos olhos de Alice.

- Olá Edward.  – Uma baixinha de cabelos espetados me comprimentou fazendo com que todo o ar dos meus pulmões fossem sulgados para fora.  – Emmett esta na sala.

Eu estava na casa de Bella.

Tive o impulso de olhar para o céu e perguntar se era algum tipo de piada, mas me contive. Eu imaginava que Emmett poderia estar na casa de Rose, mas na de Bella?

- Alice. – Sussurei me lembrando da forma como Bella havia empalidecido – um pouco mais – quando ouvira a voz de Alice na noite anterior.

Ela sorriu alegremente, como se já nos conhecemos há anos ou como se as circuntancias pela qual nos conhecemos – meu quase suicidio – fosse a das mais banais.

- Sim, eu mesma, quem esperava que fosse? – A voz alegre de Alice não foi o suficiente para acalmar meus animos. Eu precisava falar com Emmett e não imaginava como tocaria no assunto “Bella” com sua irmã tão próxima.

- Edward, esta tudo bem? Você parece ter visto um fantasma. – Alice quebrou meus pensamentos e ela mal sabia o quanto aquela sua frase tinha fundamento.

- Desculpe Alice, eu só estou...  um pouco constragindo por ontem. – Menti, e esperei que ela acreditasse em cada palavra, não poderia simplesmente dizer que estava constrangido por conhecer sua irmã melhor do que ela pudesse imaginar.

- Ah, não se preocupe Edward, Emmett nos explicou tudo.

Por essa eu não esperava. Será que Emmett havia explicado tudo mesmo? Iinclusive sobre Bella?

- Ele...

- Edward. – A voz de Emmett ressoou de dentro da casa não me dando tempo de perguntar a Alice o que afinal Emmett havia lhe contado.

- Vamos Edward, entre. – Alice me convidou, agarrando me pelo braço.  Ela me lembrava muito Bella, de uma maneira diferente, mas me lembrava. – Você não vai ficar parado na porta o dia todo, vai?

Assim que a baixinha deu passagem para que eu entrasse, logo avistei meu irmão sentado esparramado no pequeno sofá ao lado de uma loira que só poderia ser Rosalie.

Ela me fitou por um instante sorrindo sem jeito como se desculpasse por estar roubando a presença de Emmett.

Eu lhe devolvi o sorriso de maneira carinhosa, queria que ela percebesse que não havia problemas.

Em qualquer outro dia, ela estaria me fazendo um favor.

Mais uma vez me peguei rindo comigo mesmo pela grande consideração que meu irmão tinha por mim, afinal, não fora ontem que eu havia tentado me matar?

Emmett definitivamente não tinha jeito.

- Ah, você esta ai? – Ele me disse com um sorriso travesso como se tivesse sido pego no flagra, por estar no lugar errado quando deveria estar ao meu lado. – Espero que hoje não tenha mais novidades do tipo Superman Edward.

A forma como ele tratou o assunto do quase suicidio me relaxou, ele não estava tão nervoso como eu esperava que estivesse.

- Não se preocupe Emm, eu não acho que vá querer saltar de predios hoje, não estou com clima para super herois. – Tentei  soar com um pouco de humor, apesar do assunto constragedor na frente das duas moças, mas o que eu poderia fazer? Eu devia isso a Emmett, estava estragando sua viagem com meus lamurios.

Emmett sorriu para mim, mas seu olhar buscava constatar se todo aquele meu senço de humor era realmente sincero ou não, por fim acho que ele se deixou levar e percebeu que eu já não era o mesmo do dia anterior.

E realmente eu não era, não depois da noite que eu havia tido.

E isso me levava de volta ao que tinha me trazido a casa de Bella, mesmo que eu não soubesse que estivesse prestes a chegar até aquele lugar.

Isso só me fez constatar que a nossa ligação era mais forte do que eu imaginava.

Apertei mais forte em minha mão a pasta que carregava desde que saira do hotel, pensando em como tocaria naquele assunto com Rose e Alice presentes.

Emmett acompanhou meu movimento com um arregalar de olhos assim que percebeu o conteudo em minhas mãos.

- Você não precisava ter trazido isso para cá Edward, eu te libertei do hotel. – Eu me contive para não rir da maneira como meu irmão se levantou do sofá,  espalmando as mãos em minha direção, como se estivesse pedindo calma,  da mesma maneira como um negociador falaria com cuidado a um bandido que mantém preso um refém.

Rose e Alice olhavam a cena sem entender o que estava acontecendo. Rosalie estava assustada, provavelmente nos achando malucos, enquanto Alice disfarçava um risada com uma crise de tosse ao observar Emmett se aproximar lentamente de mim.

- Relaxe Emm, eu não vou distruir seu precioso estudo. É sobre ele que eu queria lhe falar. – Falei enquanto lançava-lhe a pasta no ar.

Emmett, desajeitadamente pegou a pasta antes que ela colidisse ao chão e a abraçou.

Agora Rose, Alice e eu estavamos rindo da cena do grandão a nossa frente, agarrado a uma pasta na mão.

- Que foi? – Emmett perguntou sem jeito ao notar que estavamos rindo. – Isso aqui são anos de pesquisa.

- Projeto Shooting Star? – Rose tomou a pasta de suas mãos e Emm não lhe ofereceu resistencia.

- Sim,  esse é o projeto que estamos estudando aqui em Londres. – Ele respondeu enquanto lhe dava um olhar caloroso.

- Exatamente. – Falei antes que o clima de romance aumentasse deixando a mim e Alice constrangidos. – E é sobre esse seu projeto que quero conversar.

Emmett, arqueou uma sombrancelha como se não compriendesse o por que do meu repentino interesse por seus estudo e eu me antecipei a explicar.

- Bom, Emm é que esta manhã eu acordei e encontrei sua pasta, e achei esse lance todo do seu projeto bastante interessante, eu queria que saber um pouco mais a respeito.

- Sei, e você fez aquele escandalo todo pra vir aqui por causa do meu projeto?

As vezes eu me surpreendia com a capacidade de Emmett de ser inconveniente, se estivessemos só nós dois eu explicaria a ele as reais intenções que eu tinha em relação ao seu projeto, mas com Alice ali eu não teria essa oportunidade, então apenas improvisei.

- Ah, deixe de ser chato Emmett, eu estava entidado naquele apartamento enquanto você estava se divertindo. – Olhei sugestivamente para Rose ao seu lado e isso foi o suficiente para ambos ruborizarem.

- Do que fala o projeto Emmett? – Alice perguntou tentando auxiliar a amiga – provavelmente – pela onde de constragimento presente na sala.

- Ah, vocês não vao querer saber, são coisas chatas, lendas e coisas do tipo. – Emmett disse se esquivando de tocar no assunto enquanto pegava a pasta de volta das mãos de Rose.

- Lendas? Uau, eu adoro, vamos Emmet t não seja chato, conta pra gente, ou é algo confidencial? – Rose perguntou e naquele momento ela ganhou comigo todos os pontos para a vaga de futura cunhada.

Se alguém naquela sala faria meu irmão contar alguma coisa, essa pessoa seria Rosalie.

- Bem, tudo bem, então depois não reclamem se não gostarem. – Emmett disse.

- Tenho certeza de que vamos gostar. – Sorri para ele de volta enquanto me sentava no sofá para ouvir o que meu irmão nos contaria.

Rose sentou-se ao seu lado e Alice no chão a nossa frente, seus olhos castanhos brilhavam em expectativa para o que meu irmao tinha para falar.

- Bem, estamos neste projeto há muito tempo, pra falar bem a verdade o projeto existe há anos, mesmo antes de eu estudar arqueologia ou coisa assim e somente agora nos apareceram algumas evidências de que possa haver fundamento nele.

- Nossa então deve ser algo importante. – Alice disse euforica.

- Sim. – Respondeu Emmett. – Mas se levarmos em consideração que tudo é baseado em uma lenda muito antiga, talvez estejamos apenas perdendo tempo.

- Uma lenda? – Perguntei incentivando meu irmão a contar o que eu queria saber.

- Sim, uma lenda. Uma lenda muito antiga.

- Ah Emmett, pare de enrolar e nos conte logo então. – Rose disse ao seu lado, sua voz era quase manhosa e olhos de Emmett estavam brilhando pra ela.

Não que eu quisesse interromper o clima de romance presente, mas definitivamente não estava com tempo para deixar meu irmão paquerar.

- Isso Emm, pare de enrolar e nos conte.

- Ok, já que querem saber, então vamos lá, vocês sabem como nasceram as estrelas cadentes?

- Não. – Respondemos juntos.

- Bem, - Ele esfregou as mãos preparando-se como se fossemos um grupo de crianças aguardando a professora contar uma história. - Conta a lenda que a estrela cadente foi criada para iluminar o caminho dos reis magos quando Jesus nasceu em Nazaré, bem essa era sua principal função e diga-se de passagem a única.

Mas Deus ficou tão agradecido a estrela que mandou ela a terra, na forma de uma mulher, para que por onde ela passasse ela pudesse expalhar  luz e amor aos homens, e assim ela fez por muitos e muitos anos.

As vezes Deus a chamava e então ela se transformava em um raio de luz e seguia para o céu, para atender o  pedido dEle,  mas depois voltava e vivia normalmente na terra.

- Uma mulher? – Perguntou Rose.

- Sim, uma mulher, mas não era qualquer mulher, era uma mulher muito bonita e ela podia fazer algumas coisas especiais.

- Que tipo de coisas? – Perguntou Alice.

- Bem, eu vou chegar nessa parte. O que acontece é que milhares de anos mais tarde,  a estrela que convivia livremente com os homens sem que estes soubessem sua origem conheceu um rapaz chamado Peter.

Peter morava em um vilarejo muito antigo e era apaixonado por uma jovem moça, diga-se de passagem a moça mais bela de seu vilarejo, chamada Louise.

Certo dia Peter e Louise avistaram uma estrela cadente no céu e Louise prometeu se casar com Peter se ele trouxesse a estrela para ela.

Mas para cumprir esta  promessa Peter teria que os cruzar os muros proibidos e entrar num misterioso reino repleto de magia e de inúmeras lendas...

Quando Peter descobriu que na verdade a estrela cadente era afinal uma bela jovem, que naquele momento via se perseguida por reis e bruxas afim de obterem os incriveis poderes que ela continha, ele ficou extremamente supreendido.

Peter sabia que não poderia levá-la até Louise, então ele contou a estrela o pedido que sua amada havia feito.

Comovida com a paixão de Peter por Louise ela lhe entregou um pequeno artefato, brilhante representando um pedaço dela mesma, para que ele entregasse a Louise e prometeu-lhe que pelo amor que ele sentia por sua amada, todo aquele que através dos anos encotrasse aquele artefato teria o direito a um pedido concedido.

- Um pedido? – Agora foi eu quem perguntei mais interessado do que deveria naquela história. – Que tipo de pedido?

Emmett me olhou desconfiado, como se começasse a compreender onde eu queria chegar e prontamente respondeu.

- Qualquer pedido, mas existem duas exceções e uma regra.

- Como assim? Perguntou Rose.

- Bom, - Continuou Emmett, enquanto me fitava desconfiado. – O pedido só pode ser solicitado por alguém que tenha tido uma grande perda, essa é a regra e necessite muito de amor.

Conta a lenda, que quando Peter foi entregar o artefato a Louise ela havia sido morta, pois na sua ausencia o vilarejo onde viviam havia sido atacado. Então, quando a estrela deu o artefato a Peter ela já sabia que isso aconteceria por isso preveu algo que possivelmente Peter pediria.

- E o que é? – Perguntou Rose.

- Ele não poderia pedir que ela resucitasse, isso seria errado. Essa é a primeira excessão.

- E qual é a outra? – Perguntou Alice.

- Você não pode pedir que alguém te ame, ou que você ame alguém. Sentimentos não podem ser pedidos , eles devem ser adquiridos.

- Mas qual é a graça disso então? – Perguntou Alice irritada. E todos nós rimos da maneira como ela falou.

- Bom, na verade você não pode pedir um amor de alguém que você queira, mas não há problemas nenhum em pedir um amor, quando voce não sabe o que vira pela frente.

- Ah – Que linda historia Emmett. – Rose suspirou ao seu lado. – Mas coitado do Peter, ele ficou sem a Louise, não tem final feliz nessa sua história.

- Na verdade tem, por que Peter fez algo que a estrela não havia proibido e foi assim que ele solucionou o caso.

- E o que ele fez? – Perguntei, essa era a parte que me interessava saber.

- Bem, ele... – E Emmett não teve tempo de terminar, pois a porta da sala se abriu e uma senhora que imaginava ser a mãe de Bella e Alice entrou com as mãos cheias de compras.

Alice levantou-se em um salto e correu para ajudar sua mãe que logo que nos notou nos comprimentou com um sorriso caloroso.

- Espere Emm, não conte até que eu volte. – Anunciou Alice enquanto retirava das mãos da mãe as sacolas que ela trazia.

- Emmett, suponho que esse seja seu irmão de quem nos contou. – Reneé logo percebeu minha surpresa sobre a maneir totalmente confortavel a qual ela aw dirigiu a ele e logo antecipou-se em explicar.

- Não se preocupe Edward, Emmett nos falou bastante sobre você quando esteve aqui ontem a noite, tivessemos muito tempo para conversar depois que ele não conseguiu nenhum táxi que o levasse de volta ao hotel. – Ela deu lhe uma piscada, como Esme fazia conosco. – A culpa foi totalmente nossa que o prendemos aqui.

Isso explicava bem o sumiço de Emmett na noite anterior.

- De qualquer forma, seja bem vindo Edward. – Ela foi em minha direção me abraçando de uma forma tão materna que me fez sentir saudades de Esme. – Espero que hoje você esteja melhor. – Sinta-se como se estivesse em casa.

- Sim, obrigada. – Respondi constragindo, afinal eu havia tentando me matar e se ela sabia não havia outra coisa a sentir a não ser constragimento.

- Bem, eu vou lá pra dentro colocar essas compras. Rose, Alice, vocês me ajudam?

Alice que já estava ao seu lado com algumas sacolas dirigiu-se para cozinha logo atras de Reneé e levou com sigo uma Rose que definitivamente não queria se afastar do meu irmão.

Assim que elas sairam, Emmett me olhou com uma cara confusa e eu permaneci calado, até que meu irmão não aguentou e finalmente quebrou o silencio entre nós.

- Edward, da pra me explicar esse seu subto interesse no meu projeto?

Eu apenas sorri enquanto meu irmão compreendia minha expressão.

- Você não esta querendo envolver meu projeto nessa historia daquela sua amiguinha fantasma não é?

- Shiiuuu... – Falei enquanto tapava a boca de Emmett, não sabia até que ponto ele havia contado a familia de Bella e isso me lembrou que eu deveria perguntar.

- Emm, o que você disse a elas?

- A elas quem? – Ele me perguntou confuso.

- A elas Emmett. – Disse apontando para a cozinha. – O que você contou sobre mim?

- Relaxe Edward, eu apenas contei sobre ontem e sobre a sua amiguinha, mas elas não te acham louco então fique tranquilo.

- Você contou a elas sobre Bella? – Perguntei sussurando para que Rose e Alice não houvissem.

- Ai, era esse o nome eu tentei me lembrar, mas me esqueci. – Emmett respondeu como se tivesse achado a joia do Nilo.

Eu estava dando graças a Deus por sua memória resolver falhar justamente a respeito do nome de Bella, ou ele teria dormido na rua com certeza.

- Emmett, seu louco. – Disse lhe dando um tabefe na nuca.

- Ai isso dói. – Ele pestanejou, enquanto friccionava a area atingida. – Por que me bateu? Você ta louco.

- Eu te bati por vários motivos. Um por que não acho que devia ficar contando minha vida desse jeito e dois por que Bella, Emmett, Bella é irmã de Alice.

- Mas Alice não tem irmã. – Emmett respondeu sem entender do que eu falava  exatamente. As vezes meu irmão era irritantemente lento.

- Não mais. – Uma voz fininha soou atras de nós, nos fazendo olhar instantaneamente para uma Alice parada na porta da sala. – Por que estava falando isso Emmett?

Alice perguntou e eu me agradeci mentalmente por ela não ter escultado nossa primeira parte da conversa.

- Por nada, Edward quem perguntou. – Ele lhe respondeu dando de ombros e eu lhe lancei um olhar fulminante por ter jogado a tensão pra cima de mim.

- E por que quer saber Edward? – Alice me perguntou curiosa.

Eu vasculhei a sala por um instante afim de procurar algo que pudesse me ajudar a sair daquela enrascada até parar na imagem de uma fotografia de Bella que estava pousada sobre a pequena lareira da sala.

Sorri com a imagem na foto, e percebi que estava feliz em reve-la mesmo que fosse apenas em uma fotografia.

- A foto. – Disse fazendo com que Alice e Emmett olhassem para a mesma direção que eu. – Não é você nem sua mãe, então imagino que seja sua irmã?

Alice caminhou lentamente até a fotografia pousada na lareira e a retirou dali com muito cuidado, era perceptivel o carinho que ela sentia por Bella. Alice ainda sentia falta de sua irmã, mesmo depois do que Bella havia me contado.

- Sim, ela era minha irmã, mas ela... – ela parou no meio da frase e eu já sabia o que ela queria dizer.

- Ela morreu. – Não foi exatamente uma pergunta, já que eu conhecia a resposta.

- Sim. – Alice respondeu ainda olhando para o porta retrato.

- Ela era muito bonita, como ela se chamava. – Emmett perguntou me encarando apesar da pergunta ser para Alice.

- O nome dela era Isabella, mas ela gostava de ser chamada de Bella.

Emmett sentou no sofá, melhor, ele despencou no sofá assim que Alice confirmou o que eu acabara de lhe falar.

Rose e Reneé logo voltaram para a sala e todos começamos uma conversa distraida, sem lendas, Bella ou qualquer outro assunto do genero, ao menos por hora.

Emmett  ainda mantinha uma expressão preocupada enquanto olhava para mim e para o projeto de seu curso apoiado em seu colo.

Em um momento de distração das garotas Emm se aproximou de mim e sussurrou algo para que somente eu pudesse ouvir.

- Edward, eu sei exatamente no que está pensado e já te digo. Não.

Eu apenas, discretamente, me curvei sobre seu ouvido e respondi.

- Emmett, eu sei exatamente o que você quer dizer e te digo. Sim.

Ambos olhamos para o projeto em seu colo, mas deixariamos aquela discussão para depois.

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Finalmente consegui fazer um capitulo em um tempo menor para vcs... estamos entrando na reta final de Shooting Star e com mais 4 capitulos concluimos a fic...

Então espero que tenham gostado desse, deixem reviews...

Bjs enormes pra todas... 

 

 


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