Demigoddess escrita por Pacheca
Notas iniciais do capítulo
Oin, gentem :3 Entonces, perdoem a demora, não vou nem enrolar aqui ^^ Bjs
POV Elgin
Acordei sendo sacudida por uma mulher estranha. Abri os olhos, vendo a vassoura em sua mão. Onde eu estava mesmo?
– Querida, essa é a última estação. – Ela me falou, enquanto eu ainda tentava me situar.
– Desculpa, eu dormi.
– Sem problemas, acabaram de chegar. – Fiquei de pé, pegando minha mochila. A mulher, que agora eu percebia ser a faxineira, me deu um sorriso. Sai do vagão.
– Ok, vamos por partes. Onde estou? – Eu sabia parte da resposta. Argo tinha me deixado numa estação do metrô de Nova York, a pedido meu. A última estação devia ser em Manhattan. Não era bem a última, mas a mais movimentada, então davam limpeza ali. – Manhattan.
Realmente. Assim que subi as escadas para a rua, pude ver o contorno do Empire State em toda sua magnitude. Por que eu tinha ido para lá mesmo?
Ainda estava de noite, quase meia noite. Fui andando, o vento frio me acordando. Qual era meu plano? Eu tinha que sair de Manhattan e ir parar no Texas, sem deixar evidências para trás.
– Ei, belezinha. – Me virei, vendo um homem uns dez anos mais velho que eu. Agora não. – Parece perdida. Manhattan é bem grande mesmo.
– Sei andar por aqui, valeu. – Respondi, indo para a luz de um poste.
– Vai pra onde? – Ele parou ao meu lado. Esse cara era estranho. Não só por ser um pedófilo em potencial.
– Houston. – Respondi, esperando que ele me deixasse em paz. Só o deixei surpreso.
– Isso é longe.
– Posso ajudar? – Falei, o sinal para pedestres ainda vermelho.
– Tenha cuidado. – Ele respondeu e, finalmente, se afastou. Atravessei a rua, tentando traçar uma rota. Roubar outro carro? Não, eu não sabia dirigir. Me sobrava uma passagem de ônibus.
A rodoviária estava vazia pelo horário. Fui até uma das atendentes e pedi uma passagem para o Texas. Ela me disse que eu teria que esperar por duas horas e meia. Pelo menos eu ia direto para Houston.
Me sentei com a mochila no colo, esperando. Meu Ipod tocava Gwen Stefani. Mesmo se eu fosse uma garota rica, eu ainda teria que estar ali. Não tinha a menor chance de que eu entrasse num avião e virasse churrasco depois de um raio cair no avião. E no mar também não, vai que Poseidon também não gosta de mim e decidi me afogar?
– Licença. – Uma senhora se sentou ao meu lado. Vi a passagem em sua mão. A mesma viagem que eu. – Para onde vai?
– Houston.
– Eu também. Meu filho vai se casar essa semana. – Ela parecia tão feliz. Sorri com ela. – Você?
– Vou buscar meu irmão.
– Mais novo?
– É, ele foi com um amigo nosso, mas está na hora de voltar. – Dei de ombros. Ela concordou e foi fazer as palavras cruzadas de um jornal.
POV Dante
Voltei para o chalé pouco antes do resto. Estava com sono. Queria dormir logo. Abri a porta do 11. Imaginei que Elgin estaria ali, ela não aparecera na fogueira, nem para ver Chad tocar. E ela amava ver o pestinha tocando.
– Ei, El, você perdeu o Chad tocando... – Não tive resposta. Estranhei. Será que Quintus tinha chamado-a para alguma tarefa?
Fui de volta para o 7,me deitar. Ela chegaria mais tarde. Dormi ouvindo a porta abrir de novo, com os outros garotos.
Comecei a ficar preocupado quando a hora de almoçar foi chegando e nada de Elgin.
– Ei, Jap. – Achei-o treinando com um outro garoto do 11. Ele parecia surpreso em me ouvir chamá-lo. – Você viu Elgin?
– Não. – Ele deu de ombros. – Ela deve estar com Quintus, não?
– Ela nunca ficou ocupada tanto tempo. – Respondi. – Bem, deixa pra lá. Valeu.
Tinha alguma coisa errada. Elgin não era de sumir assim. Sai andando pelo acampamento, procurando-a. Não estava na praia, no pavilhão, treinando, nos campos de morango, lugar nenhum.
– Ok, cadê ela? – Falei alto, parado no meio do U de chalés. Onde ela se metera? Respirei fundo e fui atrás de Quintus.
– Pois não? – Ele nem me olhava, anotando alguma coisa.
– Onde está Elgin? – Perguntei, fazendo-o erguer os olhos.
– Não está aqui. Tive que enviá-la de volta à cidade, para resolver alguns assuntos.
– Cidade? Ela está em Manhattan, pra que?
– Assunto sigiloso. – Tive vontade de socar a cara dele. – Ela deve voltar em alguns dias. Ou semanas.
A última parte foi um sussurro, mas eu ouvi. Parei na frente dele, esperando a continuação.
– Pode demorar um pouco.
– Nada demora tanto em Manhattan.
– Você ficaria surpreso. – Ele deu de ombros. – E eu nunca disse qual cidade. Agora, com licença.
Quis agarrá-lo e obrigá-lo a falar o resto, mas ele correu para longe de mim. Quase correndo, voltei para o chalé 7. Meu irmão estava arrumando nossa cama.
– Me dá aqui. – Peguei minha mochila e abri o bolso onde guardava o celular.
– Não vai funcionar aqui dentro. – Chad comentou. – Só mensagem funciona, de vez em quando.
– Eu sei, por isso vou lá pra fora. – Corri colina acima e passei pela entrada do acampamento. Disquei o número decorado e esperei.
“Oi.” Ela respondeu como quem acaba de acordar.
– Elgin, cadê você? – Perguntei, vendo que ela demorou para responder.
“Trabalhando.”
– Você demorou, desembucha.
“Quase em Houston. E a propósito, acho que tem um monstro me seguindo, então vou desligar essa geringonça.”
– Houston? O que você foi fazer no Texas?
“Desligando. Te falo depois. Beijos, tchau.” E desligou na minha cara. Respirei fundo, guardando o celular para não atirá-lo do outro lado do planeta.
Voltei para o chalé, querendo ir atrás dela. Mas sabia que ela não ia parar em Houston e não ia deixar rastros.
POV Chad
– O que foi? – Perguntei, vendo a cara de ódio de Dante. Aquilo não era bom. Sinal de que alguma coisa acontecera.
– Elgin fugiu daqui. Está em Houston.
– O que ela foi fazer lá? – Texas era longe, pra simplesmente querer correr pra lá, do nada.
– Quintus disse que ela foi resolver alguma coisa pra ele, mas Elgin ia ter falado alguma coisa. Nem que fosse só pra reclamar.
– O que tem pra se resolver no Texas? – Ele deu de ombros, jogando o celular dentro da mochila. – Ela não falou?
– Desligou na minha cara. Só espero que não aconteça nada com ela. – Dante não estava com raiva, como eu imaginava. Estava preocupado.
– Achei que ia atrás dela.
– Você conhece alguém melhor que ela pra viver escondida. Ela não vai deixar fácil assim.
– Tem razão. – Concordei, sentando na cama. Tinha alguma coisa estranha. Por que Quintus a diria para sair na calada da noite? Dante disse que ela desligou o celular, seria inútil ligar.
– É bom Apolo ser o bom amigo de sempre e ajudá-la. – Dante falou, saindo do chalé.
– É, eu espero que ele saiba disso. – Fui atrás dele, pedindo ajuda para o deus do sol.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam? Bjs