Querido Paciente escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Bom gente o ultimo de hoje =] espero que gostem e bastante como falei e tem aviso la em baixo boa leitura



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― Não há necessidade de você enxergar para saber disso ― ela falou com uma voz que não parecia a sua. A voz de uma mulher que estava à vontade nos braços do homem que amava.

― Então, como poderei saber, Caroline?

― Assim. ― Ela encostou os lábios nos dele.

Depois do primeiro movimento de surpresa, Klaus deixou que ela o beijasse e apenas sentiu aquele prazer. Então es­treitou-a mais nos braços e beijou-a de maneira ardente e pos­sessiva. Correu as mãos pelo corpo dela, sentindo os contornos da cintura, dos quadris e das nádegas.

Tinha consciência de que iria lamentar aquela insensatez. Estava se atormentando inutilmente, pois Caroline não podia ser dele. Pelo menos por enquanto, ele emendou, esperançoso. Mas o prazer lhe estava sendo negado havia tanto tempo e agora que tinha aquela mulher especial em seus braços, sentia um tumulto dentro de si. Desejava-a e sabia que ela também o queria.

Seu desejo era tão forte que o consumia. Eles já estavam deitados e Klaus tentou rolar sobre o corpo de Caroline, mas seus membros ainda não tinham força nem sensibilidade para movimentos que exigiam tanto esforço e isso deixou-o louco.

― Droga!

― O que foi? ― Caroline indagou, relutando em deixar para trás aquele momento mágico.

― É intolerável beijá-la desse jeito se não posso... ― Klaus arfava e tinha a respiração opressiva. ― Quando voltarei a ser um homem normal?

― Talvez isso aconteça em breve, desde que você faça muito exercício.

― Estou disposto a tudo: a cavalgar, a andar de muletas, a praticar no andador.

― Agora, não. Vou massagear-lhe as pernas.

― Não sei se suportarei isso ― disse ele com uma ponta de humor e, ao mesmo tempo, desesperado.

Nos dias que se seguiram, graças a muita dedicação e disciplina, o progresso de Klaus foi impressionante. Ele dispensou o andador e exercitava bastante com as muletas. Certa noite, ele perguntou:

― Você já está montando bem? Sente-se segura para pro­teger-me quando cavalgarmos juntos? ― A última pergunta foi feita com um sorriso provocante.

― Vamos tentar, mas ainda é cedo para você montar Damon ― Caroline respondeu. ― Por enquanto, terá de contentar-se com Rosie, e usará uma sela especial.

― Uma sela que você, com certeza, já providenciou.

― Está à sua espera na cocheira há dias.

Eles saíram para um passeio na manhã seguinte. Subindo num cepo, Klaus conseguiu montar Rosie sem a ajuda de nin­guém. Caroline montou Tansy e eles partiram.

― Como está se sentindo? ― Caroline quis saber, um tanto ansiosa.

― Bem demais para um homem que não enxerga. Também não posso controlar Rosie com minhas pernas, mas ela é mansa e obedece a qualquer movimento das rédeas.

Eles seguiram na direção do riacho e pararam perto de umas árvores. Caroline desmontou e ajudou Klaus a desmontar. Em vez de sentar-se na relva, Klaus ficou de pé, encostado num carvalho, e enlaçou Caroline pela cintura.

― Há muito tempo quero beijá-la estando de pé ― ele de­clarou, puxando-a para mais perto dele.

Ela entendeu o que ele quis dizer assim que os lábios de ambos se encontraram. A autoconfiança que ele sentia deu à sua boca um novo propósito e cada uma de suas carícias enlouquecedoras dizia que os dias de invalidez estavam contados. Só de imaginá-lo forte a andando com as próprias pernas, Caroline vibrou e respondeu a beijo com ardor.

Ela esqueceu os problemas. Estava junto do homem que amava, não importava que caminhos estranhos a haviam tra­zido até ele. E os beijos de Klaus, apaixonados, veementes, embriagadores não a deixavam pensar em mais nada, a não ser que o queria acima de tudo.

Por fim, ele ergueu a cabeça para poder respirar.

― Por que não posso ver seu rosto? ― Sua pergunta foi um grito sufocado.

― Depois de amanhã você terá a resposta. A venda será removida definitivamente.

― E se eu puder andar mas não puder mais ver? Isso não seria uma triste brincadeira?

― Não sofra antecipadamente. Vencemos todas as dificul­dades, não será esta última que nos irá derrotar ― Caroline falou com determinação.

― Tentarei ser otimista ― disse ele, beijando a testa dela. ― E agora ajude-me a montar Rosie e vamos voltar.

Caroline acordou sobressaltada e sentou-se na cama. Ficou bem quieta tentando ouvir algum barulho vindo do quarto de Klaus.

Era a noite antes do grande dia e eles dois andavam tensos. Mesmo estando tudo em silêncio, ela soube instintivamente que Klaus não conseguira dormir. Vestiu depressa o robe, saiu do seu quarto e foi para o de Klaus.

― Você também está acordada? ― a voz dele soou na escuridão.

― Cochilei um pouco. Quando acordei pressenti que você precisava de mim.

― Eu pensava em você. Amanhã será o dia mais esperado, no entanto, as próximas horas poderão ser as piores da minha vida. Mas se você estiver perto de mim poderei suportá-las.

― Ficarei com você todo o tempo que quiser.

― Pode ser que esse tempo seja longo demais ― Klaus murmurou apertando a mão de Caroline com força. ― Fique comigo. Não me deixe sozinho esta noite.

― Não vou deixá-lo. Durma um pouco.

Ela ficou sentada na poltrona, observando-o, sentindo forte necessidade de protegê-lo. Por fim, quando percebeu por sua respiração que ele havia adormecido, tomou uma decisão.

Tirou o robe, entrou sob as cobertas e deitou-se bem junto dele. Mesmo adormecido ele sentiu a presença dela e aconche­gou-se nos seus braços.

Ela pensou em Kol e considerou que seu amor por ele tinha sido idílico, mas Klaus era um homem diferente que precisava dela de um modo diferente. Com ele o amor era pungente e arrebatado, triste e devastador. Era uma emoção forte, parte desejo e parte ternura.

Entretanto, sérios problemas esperavam logo adiante. Se ele recuperasse a visão, iria reconhecê-la e exigiria uma ex­plicação. Se continuasse cego e a quisesse, ela não poderia continuar com ele sem lhe contar a verdade. Poderia ele com­preender sua mentira inocente?

Ele mexeu-se apenas para aconchegar-se mais a ela. Escon­deu o rosto entre os seios dela, despertando desejos que a torturaram. Como queria aquele homem!

Com movimentos cuidadosos ela tirou a camisola e ofereceu a ele toda a beleza do seu corpo nu. Klaus pareceu ter entendido porque começou a acariciá-la e a murmurar palavras de paixão e desejo. Seu corpo, que por tão longo tempo permanecera frio e indiferente, tornou-se ardente ao ser tocado por ele. Nenhum outro homem poderia despertar nela tais sensações. Nem mes­mo Kol lhe dera prazer semelhante àquele despertado pelas carícias de Klaus.

Ele também retornava à vida, tornava-se novamente um ho­mem capaz de amar com o corpo e também com o coração. O que ela estava fazendo era perigoso demais, porém nada no mundo a impediria de viver aquela experiência extasiante de estar tão junto dele, suas pernas entrelaçadas, e recebendo suas carícias.

Talvez o presente momento fosse uma forma de roubo, mas quem era ela senão uma pedinte contentando-se com migalhas? Se a separação deles fosse inevitável e ela nunca mais voltasse a vê-lo, teria a lembrança daquela noite. Naquele momento não era uma enfermeira, mas uma mulher oferecendo-se a Klaus, entregando-lhe o coração.

Stefan chegou cedo à mansão. Klaus estava em seu quarto e recebeu o médico e amigo com palavras alegres, mas estava muito pálido.

― Vamos logo com isso ― ele pediu.

Stefan começou a remover a máscara. Klaus manteve-se imóvel e Caroline o observava, mal podendo respirar. Deus, o que iria acontecer dentro de minutos?

Removida a máscara, Klaus baixou a cabeça e manteve as pálpebras descidas, com medo da morte de suas esperanças. Caroline ajoelhou-se do lado dele e segurou-lhe as mãos.

― Klaus, estou aqui. Olhe para mim, querido. Um violento tremor sacudiu-o e ele murmurou:

― Não posso abrir os olhos.

― Uma vez você me disse que queria ver meu rosto. Chegou o momento. Abra os olhos. Você não está com medo, está? Vamos, eu o ajudo a transpor o último obstáculo.

Ele ergueu a cabeça e abriu os olhos devagar. Fechou-os imediatamente com um grito e cobriu-os com as mãos.

― A luz! Não suporto a luz!

― Ele ficou sem ver por muito tempo e a claridade o ofuscou ― disse Stefan com um largo sorriso.

Caroline não conteve um grito de alegria. Sentiu Klaus segu­rando o rosto dela com as cluas mãos e ouviu-o murmurar:

― Você é tão linda!

― Oh, Klaus! ― ela exclamou, as lágrimas rolando pelas faces. Os olhos dele brilhavam ao fitá-la e tinham uma expressão que a deixou comovida.

― Obrigado ― ele agradeceu com simplicidade. ― Obrigado por ajudar-me a suportar a escuridão em que eu me encontrava. E por estar aqui agora, com esta luz. Por ser tão linda. Por ser como eu a via em meus sonhos. Por ser você.

Ele encostou os lábios nos de Caroline e ela abraçou-o para receber seu beijo suave.

Com um suspiro de resignação, Stefan saiu do quarto discretamente.

― Você pode ver perfeitamente?

― Sim, a visão está perfeita, como era antes.

― Graças a Deus!

A alegria de Caroline era tão grande que ela sentia-se inebriada. Antes, a dor de Klaus também era dela e agora sua felicidade a deixava exultante. Por vários segundos seu olhar ficou preso ao dele e para ambos foi como se o mundo tivesse parado de girar.

Por fim, eles perceberam que Stefan não estava mais no quarto e ouviram exclamações de alegria vindas do hall.

― Stefan deve ter dado a notícia aos empregados e todos vieram esperar no hall ― Caroline deduziu. ― Vamos descer. Eles querem vê-lo.

― Quero ficar sozinho com você. Quero beijá-la, tocá-la, olhar seu rosto. ― Ele fez uma pausa antes de acrescentar: ― Estranho, tenho a sensação de que eu sempre soube que você era assim.

O coração de Caroline batia como um tambor. A qualquer momento ele iria reconhecê-la. Devia contar-lhe a verdade o quanto antes.

― Klaus, eu...

Eles ouviram uma batida na porta e a voz de Isobel.

― Posso entrar?

― Vamos. Suponho que seria indelicado deixar o pessoal esperando. ― Klaus suspirou. ― Mas logo ficaremos sozinhos; tenho tanta coisa para lhe dizer!

O clima na Mansão Mikaelson foi de comemorações durante todo o dia. Finalmente, Klaus ficou no quarto a sós com Caroline.

― Você resistiu bravamente a toda a agitação. Está na hora de repousar.

― Sim, enfermeira ― ele respondeu com uma meiguice mais do que suspeita.

Quando Caroline ajudou-o a ir para a cama ele puxou-a, dei­xando-a sentada do lado dele. Em seguida tomou-a nos braços e beijou-a.

― Caroline... Caroline... ― ele murmurou. ― O que aconteceu ontem à noite... não foi sonho, foi?

― Foi real ― ela afirmou alegremente.

― Amo você.

Ele voltou a beijá-la apaixonadamente.

O passado foi esquecido. Para Caroline, Klaus não era o homem que ela odiava. Era o homem que amava e continuaria a amar até morrer. Agora estava livre para demonstrar seus sentimentos. Durante seis anos tinha vivido apegada à lembrança de um amor ilusório e presa a ressentimentos. Mas agora compreendia que estava enganada. Era chegado o momento tão esperado, pelo qual tanto havia ansiado, e iria vivê-lo intensamente.

― Klaus ― murmurou.

― Gosto de ouvi-la pronunciar meu nome.

Ela repetiu-o várias vezes e Klaus sorriu feliz, olhando para ela com adoração.

Subitamente ele recuou, seu sorriso desapareceu e sua expres­são foi de incredulidade, depois de certeza e, por fim, de choque.

― Você... ― ele murmurou. ― É você!


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Notas finais do capítulo

TA ai gente ate que enfim ele soube a verdade ne kkkk eu amei esse capitulo =]
bom sobre o aviso que ia dar e que como a fic ta chegando na reta final eu venho falar que hoje e o ultimo dia que posto 2 capitulo por dia amanhã irei postar so 1 de noite, vocês tem que entender o meu lado porque ate sexta a fic acaba :S espero que não ache ruim bom comentem xD bjs e inté.
no proximo capitulo
― Sim, eu sou Caroline Forbes, a quem Kol chamava de Carol.
______________
― Fui longe demais ― admitiu secamente. ― Mas você não pode ficar mais aqui. É melhor para nós dois que você vá embora amanhã cedo.
ta ai gente amanhã tem mais XD