Querido Paciente escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

2 capitulo da tarde *--* lembre-se que ainda vai ter o ultimo de noite pra fechar a cota de capitulos que eu tinha prometido que ia ser 3 =] aproveitem e boa leitura



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Bob ficou muito afeiçoado a Caroline depois que ela permitiu que ele entrasse no quarto de Klaus. Quando saía para seu passeio pela propriedade, o cão a acompanhava.

Os dias estavam mais quentes, o sol mais forte, e por toda parte havia uma profusão de narcisos e ranúnculos. Os abrunheiros brilhavam nas sebes, prímulas coloriam os bosques e botões-de-ouro floresciam ao longo do riacho.

Era meados de abril e Caroline saiu para o passeio habitual. Usava calça Jeans e um suéter. Bob começou a pular ao redor dela, com uma bola na boca.

— Está bem, garoto, vamos jogar — ela falou, rindo ao ver os olhos esperançosos do cão.

Jogou a bola e Bob disparou atrás dela, as orelhas batendo como asas. Pegou o brinquedo e voltou correndo, deixando-o aos pés de Caroline. Eles continuaram a brincar e, em dado momento, ela mudou a regra do jogo. Ergueu bem a bola para o cão alcan­çá-la. Bob latiu e começou a pular para pegar o brinquedo. Por fim, com um salto incrivelmente alto, alcançou a mão de Caroline. Porém, prendeu os dentes na manga do suéter dela, fazendo com que ela perdesse o equilíbrio. Ela escorregou e rolou com o cão pela ladeira, indo ambos parar na alameda de acesso à casa.

Nesse instante Caroline ouviu o som alto de uma buzina e um carro brecou quase em cima dela.

— Está querendo morrer? — perguntou um homem, indignado. Mais do que depressa ela ficou de pé, consciente do estado deplorável em que se encontrava. Ao rolar pela ladeira ficara com a roupa suja e toda coberta de flores silvestres.

— Sinto muito — ela falou, tirando algumas prímulas dos cabelos. — Foi um acidente.

O motorista era um homem forte aparentando uns trinta e cinco anos, e tinha um rosto redondo que inspirava confiança.

— Mas que maluquice... — ele parou ao ver sangue na mão de Caroline. — Você se machucou. Sou médico. Cuidarei de você quando chegarmos à mansão.

— Obrigada, mas isto é só um arranhão sem importância.

— Isso cabe a mim dizer.

— Sou enfermeira e sei que estou bem.

— Enfermeira? Não me diga que deixaram aquele pobre homem aos seus cuidados. Que Deus o ajude!

— Sou a enfermeira Caroline Forbes, diplomada e habilitada — ela protestou.

— Habilitada? E fica brincando com um cão feito uma maluca?

— Estou de folga.

O homem sorriu. Seu rosto parecia ter sido feito para o bom humor.

— Sou o dr. Stefan Salvatore. De fato, ouvi dizer que Klaus tinha uma nova enfermeira. Eu sei como Klaus é difícil, mas é cedo para você se jogar debaixo de um carro, não é mesmo? Vamos, entre.

Ela sentou-se ao lado do dr. Stefan e Bob saltou para o banco de trás. No trajeto até a casa, ela observou o médico.

Stefan Salvatore era robusto, tinha cabelos castanho-claros e sobrancelhas espessas. Usava paletó de tweed que, podia-se perceber, era artigo fino, mas já estava surrado.

— Eu queria muito conhecê-lo — disse Caroline. — Lady Bonnie fez grandes elogios a você.

— Céus! O que ela andou dizendo? Com certeza foi o mesmo de sempre. Que não devo desperdiçar o meu talento sendo um simples médico do interior. Que os melhores hospitais querem me contratar. Não foi isso?

— Quase. — Caroline sorriu. — Ela disse apenas "hospitais" e você acrescentou que eram os melhores hospitais.

— Mas cheguei bem perto, hem?

— E o que ela disse não é verdade?

— Bonnie é minha prima e acha que manchei o nome da família tornando-me um simples médico do interior.

— Ah, você também pertence à alta classe?

— Receio que sim. A diferença entre mim e Bonnie é que "alta classe" para ela é a definição de mundo e eu não dou a menor importância a isso.

— Então você deve conhecer Klaus muito bem.

— Fomos colegas de escola, disputamos as mesmas garotas e defendemos um ao outro até a morte contra qualquer inimigo. Pobre camarada.

— Ele autorizou-me a encomendar uma cadeira de rodas. Deve estar para chegar.

— Ótimo. Ele precisa sair um pouco daquele quarto. Eles chegaram à mansão e Caroline foi trocar de roupa. Stefan entrou no quarto de Klaus e ambos se cumprimentaram com a satisfação de velhos amigos.

— Quando isto vai terminar? — Klaus indagou. — Quando poderei sair desta cama? Quando voltarei a enxergar? E não me diga para ter paciência senão atiro alguma coisa em você.

— Eu sei que é difícil, Klaus, mas a cura acontece no devido tempo.

— Você fala como a enfermeira Forbes. Você a conheceu?

— Acabei de conhecê-la. Quase a atropelei. Ela surgiu da terra, como uma ninfa dos bosques.

— O que houve? Virou poeta, Stefan? O médico riu.

— Acho que sim. Contemplar a beleza desperta o poeta que há dentro de nós. Como pode uma criatura divina cha­mar-se Forbes?

— Criatura divina? — Klaus repetiu, confuso. — Ela é um dragão. Pode ser um bonito dragão, mas solta fogo pelas ventas. Logo que ela se apresentou eu quis saber como ela era e sua resposta foi: "Uso uniforme e toucado brancos. E sapatos bem confortáveis".

Stefan riu novamente.

— Quando a encontrei ela usava calça Jeans e suéter.

— Qual a cor dos cabelos dela? Se eu perguntar para ela fico sem resposta.

— Hum, essa moça mantém uma distância profissional. Mui­to correto.

Subitamente Klaus lembrou-se do estranho sonho que tinha tido. No sonho ele enxergava perfeitamente mas não podia ver o rosto da mulher que tinha nos braços. Sentia seu perfume de flores silvestres e ouvia sua voz melodiosa. Então ela virou o rosto para ele e, ao reconhecê-la, ele tentou recuar. Mas não resistiu à sedução dos seus lábios e beijou-a.

Klaus sacudiu a cabeça para clarear a mente. Voltou a aten­ção a Stefan.

— Você não me disse qual é a cor dos cabelos dela.

— São loiros e caem no meio das costas. Estavam cheios de flores silvestres. A enfermeira Forbes é jovem, deve ter pouco mais de vinte anos. E divinamente alta e esguia como o caule de uma flor, tem as mais longas pernas que já vi. Os olhos são azuis como as águas de um lago no verão.

Stefan continuou a descrição usando termos que teriam sido excessivos para uma deusa pagã. Klaus ouviu-o com in­teresse, tentando conciliar essa imagem de perfeição com a severa enfermeira Forbes.

— Por que a enfermeira Forbes estava com flores nos cabelos?

— Ela estava brincando com Bob, tropeçou e rolou pela encosta da colina, sobre o tapete de flores silvestres. Veio cair bem na frente do meu carro.

— E você, naturalmente, morreu de amores por ela — com­pletou Klaus causticamente.

— Não zombe, homem sacrílego. A moça é um convite ao amor. Seu sorriso é como o sol.

— Refere-se a Caroline? Você está bom da cabeça? Klaus ouviu a porta se abrindo e a voz formal de Caroline.

— Boa tarde, doutor.

— Boa tarde, enfermeira — respondeu o médico.

— O que ela está usando agora, Stefan?

— O uniforme. Branco, engomado, impecável.

— Eu lhe disse para não usar mais essa coisa — Klaus lembrou-a.

— Vesti o uniforme em respeito ao dr. Stefan.

— Deixe-me ver a sua mão machucada — pediu o médico.

— Já fiz um curativo. — Caroline mostrou a mão com um adesivo sobre o pequeno corte.

Sem a menor cerimônia o médico arrancou o curativo plástico e explicou:

— Vou fazer um curativo correto.

— Está insinuando que não sou capaz de fazer um simples curativo?

— É capaz, mas no seu caso, você teve de usar apenas a mão esquerda. Farei um trabalho melhor com as duas mãos. E agora pare de argumentar.

Klaus suspirou, muito satisfeito.

— Você não imagina como estou gostando de ouvir a autoritária enfermeira Forbes no papel de paciente e recebendo ordens.

Porém a alegria de Klaus durou pouco. Caroline riu e ele ficou tenso. O que teria acontecido para causar aquele riso? Ela era sempre tão controlada e severa. O que não daria para vê-la!


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Notas finais do capítulo

comentem xD