Chapter Four - Suspicion, Test.. Verity

Oito semanas depois...

Hormônios à flor da pele. Isso o que está havendo agora.

Enquanto Isabella ignora as indiretas e pedidos de conversa à dois de Edward na escola, em casa sua saúde é preocupante. Ela parecia uma garota bulímica, após ingerir qualquer coisa, botava para fora até perder as forças.

É claro que ela não contara nada para o pai. A última coisa que Bella queria era preocupar Charlie, mas a situação estava se agravando. Náuseas constantes, seguidas por uma grande crise de vômito e para piorar ainda mais a situação, vertigem. Fortes tonturas que lhe perturbava à todo o momento.

Isabella já se encontrava em estado de nervos, suas emoções mudavam de uma hora para a outra, como se ela fosse bipolar.

Casa dos Swan's

— Argh! Sua burra, é a porta número três. TRÊS! — berrou com a TV, aonde assistia à um programa de televisão banal. — Viu? Perdeu, otária. — bufou, levando à boca uma colher cheia de doce de leite com cauda de chocolate.

Bufando novamente, Isabella trocou de canal, colocando em um que falava sobre gravidez, os sintomas e tudo mais que acompanhava a gestação.

— Droga! — Isabella exclamou, apavorada de uma hora para outra, deixando a colher cair no carpete indiano.

"De acordo com a obstetra, Drª Cryefild os mais comuns sintomas de gravidez são: náuseas, atraso menstrual, sono e cansaço excessivo, vertigem a famosa vontade de comer coisas "incomuns" do que você comeria. Além, é claro, dos seios sensíveis."

Isabella tinha os olhos arregalados, a boca seca e a cabeça uma confusão que só. Ela contava mentalmente o dia de sua última menstruação; concluiu enfim que havia terminado uma semana antes da festa de James. E depois disso, não veio mais e então aquelas horríveis sensações vieram como uma onda, a inundando completamente.

Com as mãos tremendo, Isabella levou-as ao ventre liso e permaneceu assim por alguns segundos (que mais pareciam horas). Pílula anticoncepcional? Ela simplesmente NÃO ingeria, apesar de ser sexualmente ativa e ter sido orientada centenas de vezes pela sua ginecologista. Aliás, ela sempre se prevenia, nunca antes fizera sexo sem proteção.

Então subiu devagar, as mãos até os seios. Ela poderia estar neurótica ou algo do tipo, mas jurava que eles haviam crescido alguns números. E ao apertá-los de uma vez, gemeu de dor.

E de repente, a face franzida em dor, estava contorcida em puro horror. E sem conseguir mexer-se, tudo o que Isabella pôde fazer e dizer fora:

— Estou grávida! — murmurou, em choque.

* * *

Já recomposta, Isabella subiu até o corredor que dava para os quartos. Bateu na porta do irmão, impaciente.

— EMMETT! — gritou o irmão, sabendo que ele estava na casa. Com certeza no quarto, assistindo à alguma reprise de um jogo de Baseball ou FootBall.

— Eu tô ocupado! — gritou lá de dentro.

Isabella revirou os olhos.

— Emm, é sério! Eu preciso de um favor, e é AGORA.

Emmett bufou alto o suficiente para que a irmã soubesse o quão irritado ele estava. Abriu a porta portando apenas uma cueca preta Calvin Klein, os cabelos louros e bem cortados estavam molhados, sinal de que havia saído recentemente do banho.

— O que é tão importante, maninha?

Isabella sabia que estaria assinando sua própria sentença de morte ao dizer aquilo, mas era necessário.

— Preciso que vá até a farmácia e compre seis testes de gravidez de marcas diferentes. — falou de uma vez.

— O quê? — Emmett perguntou, devagar e com os olhos flamejando. — O que você quer, Isabella? E por quê?

— Olha, agora não é o momento certo pra perguntas, okay?! Apenas vá e traga os benditos testes de gravidez! — mandou, com misto de preocupação e irritação na voz e expressão.

Emmett pegou o dinheiro da mão da irmã e a olhou sério, como nunca antes.

— Quando eu voltar, teremos uma conversinha séria, Isabella.

Isabella assentiu, passando a língua pelos lábios rosados.

[..]

Após Emmett comprar os testes para a irmã, Isabella fez todos às pressas. Aflita e impaciente, teve de aguardar cinco minutos para que o resultado saiu.

— E então? — Emmett perguntou, enquanto olhava os testes que estavam um ao lado do outro na pia de mármore rosa bebê do banheiro.

Isabella, que segurava dois testes, respondeu:

— Positivo. — murmurou, perplexa.

Emmett arregalou os olhos, pegando um teste de qualquer jeito, depois sua face franziu-se em nojo.

— Argh, seu xixi. — Isabella revirou os olhos, tomando o teste da mão dele. — Mas como assim, todos deram positivo?

Isabella assentiu, delicadamente.

— Sim.

— Então, Parabéns, irmãzinha. Você terá um bebê! — Emmett ironizou. — Agora, diga-me. É dele, não é?!

Isabella olhou para o irmão, alarmada.

— O quê?

— O filho é do Cullen, não é? — Isabella abriu a boca para retrucar, mas Emmett continuou. — Eu vi vocês dois juntos a festa inteira, tava na cara que ia pintar o clima. Foi só uma questão de tempo vocês dois darem um chá-de-sumiço e.. — respirou lentamente, cerrando os punhos. — Você acabar "assim". — Isabella engoliu o bolo formado em sua garganta, era horrível, doloroso ouvir aquilo de Emmett. Ele parecia tão... Decepcionado. — Sabe, no fundo eu achava que você saberia dizer 'não' à algum cara, pelo menos ao namorado da sua melhor amiga! — exclamou, indignado. — Poxa. Você sabia que ele era comprometido, e não é com qualquer uma, é com a Alice.

Isabella quis berrar para que Emmett ficasse quieto, mas sua fragilidade lhe tomou conta e o máximo que pôde fazer foi deixar que duas grossas lágrimas caíssem de uma vez e implorar, fracamente:

— Emm, por favor. Pare de esfregar na minha cara todas as merdas que eu fiz! — mirou seu corpo.

Emmett apenas suspirou, e por mais que fosse um suspiro normal, Isabella sentiu a preocupação e decepção vinda do irmão mais velho.

Sem aguentar mais aquele clima e sabendo que não conseguiria segurar o choro, Bella correu para seu quarto e trancou-se. Forçou-se à caminhar para a cama e então liberou tudo o que estava sentindo. O choro forte veio como uma tempestade, inundando todo o rosto rubro.

Naquele momento, Isabella sentiu-se sozinha, como nunca antes. Não queria forçar Edward à largar Alice para ficar com ela e assumir o filho, apesar de tudo, tudo mesmo, magoar Alice era a última coisa que queria. Seguido de um filho.

Levantou o rosto para se averiguar no grande espelho de teto.

Tinha apenas dezessete anos. Não podia ter um filho com aquela idade, seria embaraçoso até mesmo para 'ela', que tinha uma fama de conquistadora entre os garotos. Levou as mãos até o ventre, o alisando por um momento, e depois disse:

— Perdoe-me, bebê. Mas não creio que será dessa vez que você irá conhecer esse mundo. — fechou os olhos por alguns segundos e quando os abriu, sentiu o que deveria fazer. Mas então, sentiu uma forte onda de enjoo, e o vômito ácido ir garganta acima.

Seu primeiro passo foi correr para o banheiro e despejar tudo no vaso sanitário. Limpou os lábios na roupa mesmo, sem se importar, já que ia tomar banho à seguir.

* * *

De banho tomado e muito bem arrumada.

— Hey, finalmente. Fiquei preocupado, sabia? — Emmett disse, barrando a irmã.

— Emmett, você se lembra de quantas enrascadas eu te tirei? De quantos puxões de orelha eu livrei você? — Emmett arqueou a sobrancelha e cruzou os braços frente ao tórax, um gesto que a irmã e o pai sempre faziam quando estavam desconfiados de algo, além de ser uma mania entre o patriota e os filhos, aquele simples gesto intimidava muitas pessoas.

Talvez por isso Charles Charlie Swan era um magnata, ele costumava usar os "truques de família" quando ainda era um simples chefe de polícia, advogado e agora, promotor de justiça.

— Sim, e daí? — manteve a pose.

Isabella fitou o irmão com soberania.

— Desde o início eu soube ajudá-lo, com qualquer problema. Agora, saiba ajudar-me da mesma forma, porque você me deve muitos, muitos favores. — completou, um tanto ameaçadora.

Emmett apenas bufou.

— O que pretende fazer? E como posso ajudá-la? — perguntou, de má vontade.

— Não conte nada a ninguém, guarde bem os testes de gravidez. Pois nas mãos erradas, eles viriam a ser bombas. E... Mantenha a calma, não faça nenhuma ameça à Edward Cullen. Pronto, fazendo isso você estará pagando cinquenta por cento do que me deve. — jogou os cabelos de lado.

— Certo, e aonde você vai e o que irá fazer?

Isabella ficou séria.

— Vou apenas... Resolver isso o quanto antes. Da minha forma! — ajeitou a Chanel no ombro e partiu, sem olhar para trás.

Deixando um Emmett aflito com as decisões um tanto quando precipitadas da irmã.

* * *

Pouco tempo depois, a bela loura já está em frente a um apartamento luxuoso.

Com as sobrancelhas arqueadas, Bella adentrou no local e obteve rapidamente informações sobre uma certa "reunião" que estava tendo na cobertura. E pelo o que o porteiro dissera — que a “reunião” estava de "arromba" — ela soube que estava no lugar certo.

Em poucos segundos já se encontrava dentro do local, e... Argh! Lamentável para jovens tão bem encaminhados.

Isabella olhou em volta, reconhecendo grande parte das pessoas que ali estavam. Alguns bebiam, dançavam — mais se esfregavam uns nos outros — outros faziam apostas em jogos. Enquanto seus olhos passeavam pela luxuosa sala do flat, Bella encontrou Mike. Ele estava visivelmente "alto", enquanto batia na bunda de uma morena que estava em seu colo.

— Mike? — o chamou, mas nada. Isabella então bufou, e com apenas uma mão empurrou fortemente a morena do colo de Mike. — Newton, preciso saber onde está o Edward.

Mike, drogado como estava apenas deu de ombros.

— Não sei, gata. Por aí... — falou com voz engasgada por conta da fumaça.

Isabella revirou os olhos.

— Por aí? Onde, imbecil? — perguntou, impaciente.

Mike, com um biquinho nos lábios, respondeu:

— Acho que em algum quarto com alguma gata. Procura ele, quem sabe você o ache, mas qualquer coisa, o papai tá aqui. — piscou pra ela, maliciosamente.

Isabella apenas suspirou pesado.

— Grila não, o papai não será você! — exclamou mais para si mesma do que para Mike, que a sequer ouviu. Isabella então fora procurar Edward, havia um enorme corredor com centenas de quartos, dentro de alguns você ouvia gemidos, risos, conversas e barulhos estranhos, mas nada de Edward Cullen, até...

— Aê galera, esse aqui é do bom! — Isabella pôde ouvir a voz de Edward vinda do último quarto, ela estava parecida com a de Mike.

— Ah, que legal. Ele tá chapado! — murmurou consigo e bateu na porta.

Após duas batidas saiu de lá um Edward com camisa polo da Lacoste preta, Nike jordan preto com branco e uma calça jeans. Os cabelos bagunçados e os olhos avermelhados.

— Bella? O que tá fazendo aqui? — perguntou, com voz grave.

— A gente precisa conversar sério, e agora! — Isabella disse com o mesmo tom que Edward usara.

Edward cruzou os braços em frente ao tórax, com expressão fria.

— Agora eu não posso. Quem sabe outro dia, não é?! — ironizou, ácido.

Isabella bufou.

— Eu sei que venho dispensado você durante esses dias, mas... — fora interrompida.

— Dispensado? Você têm me ignorado completamente, Swan. Mas agora, é a minha vez de ignorar você! — falou rude e pronto para dar as costas para ela.

Mas Isabella lhe tocou o braço e disse com voz embargada:

— Eu estou grávida de um filho seu!