Mais um mês se passou, está tudo indo bem, Damon está sendo super fofo comigo, e eu estou básicamente morando na mansão Salvatore, os enjoos são menos frequentes agora, na faculdade está indo tudo bem, Nate e Caroline estão ficando, e eles são muito fofos, Klaus desistiu da universidade e resolveu viajar o mundo, Katherine está mais insuportavel que o normal, e Charlotte está mal, vive no hospital, a gravidez dela é muito arriscada, Damon e eu fomos dormir cedo, acordei ouvindo alguem gritar o nome do Damon, nós dois levantamos assustados, os gritos vinham do quarto da Charlotte, corremos até lá, e o Stefan também, ela estava chorando sentada na cama.
- Elena, pega a bolça dela, vamos leva-la ao hospital. - Damon a pegou no colo.
 Peguei a bolça dela que estava no criado mudo, vesti só um casaco preto e minha sapatilha, fomos até o carro, Damon a colocou no banco de trás, Stefan entrou com o Damon na frente e eu fui atrás com ela, ajuda ela Elena , dizia meu inconsciente, respirei fundo e peguei a mão dela, ela me olhou e sorriu, ela apertou minha mão com força, não demorou para chegarmos no hospital, Damon levou ela pela emergencia, Stefan e eu entramos pela entrada normal, fomos até a sala de espera, e ficamos lá, em mais ou menos vinte minutos Damon veio até a sala de espera.
- A Charlotte entrou em trabalho de parto. Elena... - olhei para ele - ela quer falar com você.
- Comigo?
- Sim.
- Tudo bem - me levantei e o segui.
 Me deram aquela roupa azul, a vesti e entrei na sala, pude ouvir alguns gritos de dor, e isso me assustou.
- Charlotte, ela está aqui.
- Elena - ela gritou e eu andei até ela - Elena me desculpa, por favor me desculpa por tudo, me desculpa por ter feito da sua vida um inferno, me desculpa pelo que fiz a você e ao Damon, eu achei que assim seria feliz, e isso não aconteceu.
- Charlotte tudo bem, eu te desculpo, não se preocupa.
- Elena, se eu não sobreviver - ela estava chorando, e isso me chocou - Se eu não sobreviver, cuida do meu filho? por favor. - isso foi um tapa na cara, ela quer que eu cuide do filho dela? o filho que ela tem com o meu noivo.
- Charlotte...
- Elena, por favor, por favor não por mim, e sim por ele, pelo bebê, ele não tem culpa do que eu fiz.
- Tudo bem Charlotte, eu vou cuidar dele.
- Promete pra mim? - ela segurava minha mão.
 Nesse momento pude ouvir um chorinho agudo esalando pela sala, ela parecia aliviada, Damon trouxe o bebê até ela, ela ficou alguns segundos o segurando, ele o levou de volta.
- Promete Elena? - ela segurava minha mão.
- Eu prometo Charlotte, prometo.
 No momento em que disse prometo ela sorriu, e pude ouvir um barulho, olhei para a maquina das batidas do coração e havia apenas a linha reta, os médicos se desesperaram, Damon me puxou par fora da sala.
- Damon. - protestei.
- Elena, a gravidez dela era de risco - ele me olhou - Ela tinha que escolher, ela ou o bebê, e ela escolheu  o bebê.
- Ah - embora eu odiasse ela, e ela me odiasse fiquei triste.
- Elena, o que ela disse para você?
- Ela pediu para que eu cuidasse do bebê.
- E você disse o que?
- Que eu vou cuidar. O bebê não tem culpa do que ela fez Damon.
- Eu sei - ele me abraçou - Obrigado.
- Damon, eu vou te ajudar com o bebê, prometo.
  Damon teve que voltar para a sala de cirurgia, eu voltei para a sala de espera, Stefan me olhou tristonho, ele gostava da Charlotte.
- Como ela está?
- Stefan... Ela não sobreviveu.
 Ele ficou em silencio, por muito tempo.
- E o bebê?
- Está bem, nasceu prematuro, vai ter que ficar aqui alguns dias, mas está bem.
- E o que vocês vão fazer com ele?
- Eu prometi a Charlotte que ia cuidar dele.
- Que bom Elena - ele me abraçou - Isso é muito de você, ela engravidou do seu noivo Elena, ela fez um inferno na sua vida, e você ainda assim vai cuidar do filho dela.
- Stefan, é pelo bebê, ele não tem culpa nenhuma.
- Eu sei.
 Ficamos mais um tempo lá, depois fomos até o berçario, havia vários bebês lá, passei a mão em minha barriga, em oito meses o meu estará ai também, sorri com a idéia, uma enfermeira loira e alta entrou com um bebê enrrolado em um cobertor azul, quase sem cabelo, deve ser o bebê dela.
- Joseph. - olhei para o Stefan sem entender. - Ela disse que se fosse menino queria que o nome fosse Joseph.
- Tudo bem então, Joseph. - sorri.
 Passei o resto da madrugada no hospital, ajudando o Damon com tudo, e dando apoio moral também, fomos para casa estava amanhecendo, me joguei no sofá e acabei pegando no sono lá mesmo.
 
 Uma semanas depois.

- Elena, está pronta?
- Estou - sorri e dei um selinho nele - O Stefan acabou de arrumar o quarto?
- Acho que sim. Vamos?
- Sim - sorri e nós saimos.
 Hoje o Joseph tem alta, eu fui no hospital ontem ve-lo depois da faculdade, ele é tão pequeno, tão delicado, eu estou um pouco nervosa. A familia da Charlotte não virá para o enterro, eles pararam de falar com ela quando ela engravidou. Chegamos no hospital e Damon assinou os papéis da liberação, Joseph estava com um macacão azul claro, Damon apareceu com ele no colo, sorri.
- Essa aqui é sua madrasta - ele sorriu abaixando Joseph, peguei sua mão pequena e delicada.
- Oi pequeno - sorri.
 Voltamos ao carro, Damon colocou Joseph no bebê conforto, e nós voltamos para casa, eu já tinha contado tudo aos meus amigos, Nate e Caroline virão aqui hoje a noite conhecer ele, assim que chegamos Stefan estava com Lexi no sofá. Stefan e Lexi se levantaram e vieram até mim, Joseph dormia como um anjo em meus braços.
- Como ele é lindo - Lexi sorria.
- Posso pegar ele Lena? - entreguei Joseph ao Stefan.
- Só toma cuidado, desastre humano.
 Me sentei no sofá, Damon se sentou ao meu lado e ficamos de mãos dadas, minha vida mudou totalmente, eu só esperava ser mãe daqui a oito meses, e mesmo não sendo meu filho, eu que vou cuidar dele, acordar de madrugada, alimentar, só de pensar já estou cansada.
- Ele é a sua cara Damon - Katherine apareceu para estragar tudo. - Parabéns Elena, pelo filho da ex-namorada do seu noivo.
- Katherine, se não tiver nada util para falar, por favor mantenha-se em silencio.
- Você é bem corajosa Elena. - ela riu e saiu.
 Essa garota tem a incrivel capacidade de me irritar, depois da visita do Nate e da Caroline eu fui dormir, e o Damon também, era quase onze horas quando a campainha tocou.
- Quem será essa hora? - perguntei.
- Não faço idéia, vou lá ver, já venho amor - ele me deu um selinho e saiu.

POV Damon.

 Desci as escadas e abri a porta, me deparei com uma senhora muito bem vestida, e um senhor  emburrado, eu já os virá antes... Claro os pais da Charlotte.
- Sr. e Sra. McQueen? - perguntei.
- Oi Damon - ela já foi entrando, o marido pareceu irritado.
- Desculpa Damon, sabemos que está tarde, e provavelmente lhe acordamos. - dizia o Senhor.
- Tudo bem Sr. McQueen, aconteceu algo?
- Damon, eu quero  o meu neto - disse a Sra.
- Sra. McQueen, meu filho vai ficar comigo.
- Você não vai saber cuidar de uma criança sózinho.
- Ele não vai cuidar sózinho - me virei e vi Elena descendo as escadas.
- E você quem seria? - a velha rabugenta, olhou Elena de cima abaixo com desprezo, isso me deixou bem irritado.
- Sou Elena Gilbert, noiva do Damon.
- Ah ótimo, o bebê da minha filha vai ser criado pela mulher que distruiu a vida dela.
- Como é? - Elena se ofendeu, passei meu braço pela cintura dela, tentando acalma-la. - Olha Sra. a sua filha fez da minha vida um verdadeiro inferno, fez Damon e eu nos separar, engravidou da camisinha que ele usou, e me infernizou cada dia, e quando ela estava dando a luz, me pediu para que eu cuidasse do filho dela, e é isso que eu vou fazer, a Sra, poderia por gentileza se retirar?
- Não saio daqui sem o meu neto.
- Damon é o pai, ele tem mais direitos do que você.
- Elena - me virei para ela, alisando seu rosto - Talvez seja melhor...
- Melhor? deixar o Joseph com essa mulher que não veio no interro da própria filha? é isso que quer para o seu filho Damon?
- Elena, se acalma.
- Estou calma Damon, bom, o filho é seu, você faz o que quiser. - ela me largou lá e subiu.
- E então Damon, como vai ser? vai me entregar meu neto por bem, ou terei que entrar na justiça?
- Tudo bem. - respirei fundo, a Elena vai me matar - Mas eu quero continuar vendo ele.
- O melhor para ele seria falar que os pais morreram, a mãe no parto, e o pai de depressão depois que ela morreu.
- Não quero meu filho vivendo uma mentira.
- Então prefere que eu fale a verdade? o quanto a mãe dele era louca e inrresponsavel?
- Não, quero que meu filho não saiba quem eu sou.
- Podemos resolver isso depois, cadê ele?
- Dormindo, a Sra. pode pega-lo amanhã.
- Tudo bem, amanhã bem cedo estarei aqui.
- Certo - os guiei até a porta e eles sairam, fechei a porta, me sentei no sofá, a Elena vai me matar, e o Stefan também, mas talvez seja melhor assim, eu não estou pronto para ser pai, nem do filho com a mulher que eu amo, e eu sei que a Elena também não está pronta, sim é melhor assim.
 Voltei para o quarto e ela estava lendo um livro, assim que me viu fechou o livro e ficou me olhando.

POV Elena.

- E então Damon?
- Eles virão busca-lo amanhã de manhã. - ao ouvir isso meu coração doeu, o Joseph não é meu filho, mas eu me apeguei a ele nessa semana.
- Obrigada Damon. - me levantei e sai andando.
- Elena, droga volta aqui. - ele me seguiu, fui até o quarto em que o Joseph estava, entrei e pude ve-lo dormindo perfeitamente em seu berço, como um anjo, meus olhos se encheram de lagrimas. - Amor? - ele me segurou.
- Sai daqui agora Damon. - perdendo a paciencia gritei, Joseph acordou assustado, o peguei no colo.
 Fiquei o balançando e acariciando suas mãozinhas pequenas, eu vou sentir falta dele, senti uma mão em meu ombro, me virei e era o Damon.
- Eu disse para você sair.
- Elena, não fica brava comigo, vai ser melhor para todos nós, e para ele também, você pode amar ele agora, mas imagine quando o nosso bebê nascer? é óbvio que você vai ama-lo mais, é natural, e o Joseph iria sofrer, eu não fiz isso por mal, eu fiz isso por nós.
- Damon, me deixa sózinha com ele, por favor.
 Ele saiu do quarto, enxuguei minhas lagrimas e me sentei na poltrona branca, fiquei o observando enquando dormia, nem parecia de verdade.
- Ah Jos, vou sentir muito sua falta pequeno. O seu pai é um idiota, não sabe o que faz. - em meio as lagrimas acabei pegando no sono, com ele em meus braços, acordei com alguém tirando-o de meus braços.
- Eu preciso arrumar as coisas dele.
- Tá - o coloquei no berço e sai do quarto.
 Voltei para o quarto do Damon, me sentei na cama e cobri a cabeça, deixei todas as lagrimas virem, como pude me apegar tanto a esse bebê? o bebê da mulher que infernizou minha vida.
 - Elena eles chegaram. - Damon me balançou.
- Legal.
- Meu amor, por favor não fica assim, vai ser melhor para ele.
- Damon, vai ser melhor para você, você não quer responsabilidade, você não quer ser pai, e isso só me deixa com mais medo, porque infelizmente, eu estou grávida, e eu espero que você não queira dar o meu filho pra alguem também. - me levantei chorando, peguei um sobretudo preto e minha bolça, desci as escadas correndo, os avós do Jos estavam sentados, ela o segurava, e isso doeu ainda mais, sai batendo a porta.
 Entrei no primeiro taxi que vi passar, falei para onde eu ia e ele dirigiu, assim que chegamos, paguei a conta e desci, o vento gelado batendo em meu rosto, o mar estava bastante agitado, andei até um quiosque, pedi uma coca cola, meu celular não parva de tocar, o que estava me irritando, o desliguei, fiquei lá observando o mar, pensando na minha vida, e depois acabei de ler meu livro, o quiosque começou a ficar mais movimentado, eu não quero ir embora, não quero uma realidade, eu quero sussego, e o melhor lugar para isso... Liguei meu celular e resolvi mandar uma mensagem pro Nate.

 Archibald, você vai trabalhar no final de semana? eu estou indo para o Caribe, me acompanha? - E.

 Entrei no site da companhia e comprei uma passagem para o Caribe, reservei o mesmo hotel que da ultima vez, meu celular vibrou, era uma mensagem do Nate.

 Opa, só se for agora, mas eu esperava isso só nas nossas bodas de ouro haha, mas bora lá Lena, que horas?

 Sorri, Nate é todo doido.

  Agora, vou para minha casa fazer as malas, e vou direto para o aeroporto.

 Te encontro lá em uma hora e meia, ha você é maluca Elena Gilbert.

 Eu ri, peguei um taxi e fui para minha casa, por sorte não tinha ninguém, arrumei minhas coisas na mala, mas me lembrei de várias coisas que estavam na casa do Damon, tenho que ir buscar, dirigi até a mansão Salvatore, assim que cheguei Damon veio até mim me abraçando, não retribui, o ignorei e subi as escadas, peguei uma mala do Damon e coloquei minhas coisas, ele ficou me olhando sem dizer nada, assim que passei por ele, ele segurou meu braço.
- Elena, você está me deixando?
- Não Damon, é só um final de semana, eu preciso mesmo pensar na minha vida, e preciso que você pense na sua, eu vou para o Caribe em algumas horas, não me ligue por favor.
- Caribe? Elena, com quem você vai? não podia escolher um lugar mais perto? porra Elena. - ele gritava.
- Eu vou com o Nate, e não, quanto mais longe melhor.
- Com o Nate? vai ser como da outra vez?
- Não, da outra vez eu estava solteira, e não estava grávida.
- Por favor, não vai Elena.
- Damon, pensa bem o que você quer ok? pensa se quer mesmo esse bebê, se você não quiser, eu vou entender, mas ai tudo muda.
- Tudo muda como?
- Eu volto para Nova York, vou cuidar do meu bebê lá, e você segue sua vida aqui.
- Eu não quero isso. Elena, pode parar de pensar que eu não quero esse bebê? que droga, eu já sonhei duas vezes com isso, você com uma barriga enorme, nós dois juntos sorrindo alisando sua barriga, nós dois com nosso bebê, Elena, ele já faz parte dos meus planos para o futuro, assim como você, eu só estou com medo, ainda mais agora, que a Charlotte morreu...
- Damon, isso não vai acontecer comigo. - o abracei - Eu te amo, mas agora eu preciso mesmo de um tempo para pensar, e sózinha.
- Tudo bem, você quem sabe, só espero que não tome decisões erradas.
- Por isso vou para bem longe.
- Tudo bem, eu te levo até o aeroporto.
 Ele me ajudou com a mala, entramos no carro dele e ele dirigiu até o aeroporto, em silencio absoluto, assim que cheguei fiz o check in, e encontrei o Nate.
- Tchau Damon - o abracei forte.
- Tchau meu amor. Cuida da minha noiva ok Nate?
- Pode deixar Damon - ele riu.
- Não deixa ela beber, agora ela está grávida.
- Vou cuidar bem dela Damon, não precisa se preocupar.
 Acabamos de nos despedir e fomos para o avião, conversamos e eu acabei dormindo no ombro do Nate.