A Geração Dos Marotos - Primeiro Ano escrita por Annie Black


Capítulo 18
Cap 18 - A Primeira Aula de Vôo


Notas iniciais do capítulo

Gente, não sei se realmente ficou bom, mas eu adorei esse capitulo hehehe



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Era uma linda manhã em Hogwarts, o sol já começava a nascer, mas ainda faltavam algumas horas para o inicio das aulas. Apesar disto, o primeiro dia de aula começou cedo para as colegas de quarto de Lílian, quando o alarme do seu despertador tocou. Dorcas e Alice pularam de suas camas na mesma hora, como se alguém tivesse declarado que o mundo estava se acabando, e Marlene simplesmente caiu no chão, levando tudo o que estava em sua cama com ela.

– ALGUEM ME DIZ QUE TIPO DE DESPERTADOR É ESSE! – Berrava Marlene.

– Calma, Lene. Meu despertador nem é tão escandaloso assim... – Disse Lílian calmamente enquanto se sentava em sua cama. Dorcas e Alice lançaram um olhar mortal para Lily e pularam de volta para suas camas enquanto Marlene olhava para o despertador, vendo que ainda eram 6 horas.

– QUEM NESSE MUNDO ACORDA ÀS 6 HORAS, LILIAN!?

– Eu, Marlene. E se você não quer acordar cedo, pode voltar a dormir.

Marlene se jogou em sua cama murmurando xingamentos para Lílian, que já estava em pé e se encaminhava para o banheiro. Quando Lily terminou de se arrumar ainda faltavam duas horas para o inicio das aulas, então ela resolveu descer para o salão principal. Quando chegou perto do quadro da mulher gorda ela ouviu a voz de um menino falando com ela:

– Lílian? Acho que não sou o único novato que acorda cedo. – Remo sorriu para ela.

– Ainda bem, Remo. – Lily sorriu - Acho que vou acabar perdida nesse castelo enorme, você sabe o caminho?

– Talvez... – Lily se dirigiu até o quadro e abriu a porta – Vamos descobrir se eu sei o caminho agora. – Ele riu para Lily que o seguiu até a porta.

Depois de vários corredores vazios e escadas desertas eles finalmente chegaram ao salão principal, que também estava completamente vazio.

– Acho que nem os professores acordam cedo igual a gente, Remo. – Lily riu e foi para o meio da mesa da Grifinória, seguida por Remo. – Será que a gente tem que esperar todo mundo chegar pra comer o café da manhã?

– Espero que não – o estomago de Remo roncou – É, realmente espero que não. – A risada de Lily ecoou por todo o salão.

Quando eles finalmente se sentaram dois pratos surgiram na sua frente, seguidos por uma cesta de pães frescos, outra com varias frutas, outra com biscoitos e cereais, uma garrafa de leite e outra de café. A medida que Lily e Remo olhavam para a mesa, mais coisas deliciosas apareciam, até que um ultimo prato cheio de geléia apareceu.

– Uau.

– É. Uau. – Os olhos dos dois estavam arregalados.

– Eu amo Hogwarts – Lily sorria e começou a se servir, acompanhada por Remo.

Depois de vários minutos alguns alunos começaram a chegar, acompanhados de professores e depois de uma hora o salão estava cheio. Sirius, James e Pedro já tinham chegado, mas nenhuma das meninas aparecia no salão. Então o correio chegou e uma coruja preta derrubou varias cartas vermelhas na frente de Sirius, que apenas esfregou os olhos e disse:

– Droga, a Sra. Puro-Sangue já está sabendo da seleção. – Ele olhava para as cartas que começavam a pegar fogo com uma expressão de tédio.

– Abre, Sirius. Senão é pior...

– O que é pior? – Perguntou Lily.

– Você vai ver... – Disse Remo que tampou os ouvidos.

De repente as cartas explodiram e uma voz esganiçada ecoou no salão principal.

– SIRIUS BLACK! COMO OUSA SER SORTEADO PARA A GRIFINORIA! VOCÊ É UMA DESONRA PARA TODA A SUA FAMILIA! EU NÃO ACREDITO QUE CRIEI UM FILHO TAO BEM E ELE SE TORNOU UM GRIFINORIO! JUSTO UM GRIFINORIO! SE FOSSE PELO MENOS A CORVINAL OU A LUFA-LUFA! MAS NÃO, VOCÊ TEM QUE SE OPOR A TUDO QUE A NOBRE FAMILIA DOS BLACK ACREDITA E SE TORNAR UM GRIFINORIO! – E a voz parou, como se para respirar, mas depois soltou uma ultima frase. - SIRIUS BLACK, NÃO ACREDITE QUE SERA BEM VINDO NA CASA DOS MEUS PAIS MAIS UMA VEZ!

E todo o salão olhava para o menino na mesa da Grifinória, como se esperando que ele chorasse ou saísse correndo. Sirius apenas bocejou e deu uma mordida no seu pão com manteiga.

– Sirius? Você tá bem? – Lily, diferente de Sirius, estava lutando com as lagrimas.

– Ah, Lily. Relaxa, minha família é assim mesmo. Eu já esperava...

– Mas não é sua culpa que você foi parar na Grifinória e a voz disse que você...

– Lily, minha mãe odeia a Grifinória. Eu estou feliz em estar com vocês e ela vai me odiar até o fim da minha vida. E eu não tenho nenhum problema com isso. – Ele sorriu para Lily enquanto ainda estava de boca cheia e ela simplesmente riu da cara dele.

– Você é nojento, Sirius. – Todos na mesa riram.

– O que foi isso? – Marlene, Dorcas e Alice finalmente chegavam na mesa da Grifinória para o café da manhã.

– Minha mãe, me deserdando. – Sirius disse de boca cheia. – Querem leite?

Nenhuma das meninas sabia se ria ou perguntava se ele estava falando sério, no fim acabaram se sentando e lanchando com eles. Depois de algum tempo, faltando meia hora para as aulas, McGonagall chegou na mesa da Grifinória atrás de cada primeiranista e entregou os horários de aula.

– Agora temos... – Alice arregalou os olhos – AULA DE VOO?

Enquanto Sirius e James praticamente pulavam de alegria, Alice e Dorcas foram atrás da professora para perguntar se a matéria era obrigatória.

– Sinto muito, a disciplina não é optativa.

Enquanto se dirigiam para o campo de quadribol (que era onde as aulas de Vôo aconteciam) James provocava Lílian:

– Aposto que vai cair da vassoura, ruiva.

– E eu aposto que... que... que eu não vou cair, Potter. E é Evans, pra você.

– E que tal nós apostarmos de verdade?

– Não acho que seja uma boa idéia, Lily. – Disse Remo, mas Lily logo respondeu:

– Eu não fujo de apostas, Remo. O que você quer Potter?

– Lily, toma cuidado... – Dorcas e Alice tentaram parar a aposta, mas Lily estava decidida.

– Diga, Potter!

– Estou pensando, ruiva. Calma.

Nesse meio tempo eles já estavam entrando no campo de quadribol e viam um professor alto na frente de varias vassouras. De um lado estavam vários grifinórios e do outro estavam os sonserinos. Lily sorriu ao ver Severo.

– Muito bem, acredito que vocês sejam os últimos. Bom dia, classe, eu sou o Professor Hulk. Esperam que tenham tido uma boa noite de sono.

Ele olhou para os alunos reunidos. A maioria ainda esfregava os olhos, tentando ficar acordados, o professor ignorou isso e disse:

– Ao pilotar uma vassoura, de nada adiantam livros ou teoria, apenas a pratica vai ajudar nessa matéria. – Lily e Remo se entreolharam. No café da manhã descobriram que ambos eram os nerds da Grifinória, e essa historia de livros não ajudarem na matéria não era uma boa noticia. – Então, de que adianta eu ficar falando aqui se vocês não pegarem uma vassoura? Vamos! Cada um pegue uma destas vassouras...

Depois de vários minutos, cada aluno tinha uma vassoura. Eles as colocaram no chão, do jeito que o Professor mostrou, e disseram suba, mas poucas foram as vassouras que subiram para as mãos dos alunos após a ordem. Apenas a de James e Lily e de três sonserinos.

James olhava Lily desafiando-a a subir na vassoura, mas ela não pestanejou quando o professor deu a ordem de darem um impulso no chão e voarem. Vários sonserinos conseguiram voar de primeira (obviamente, vários sonserinos vinham de famílias bruxas, logo já tinham voado antes), mas poucos grifinórios conseguiram a mesma proeza. Entre eles estavam James, Sirius e, estranhamente, Lily. Ela não conseguia controlar muito bem a vassoura, mas subiu calmamente e voou deu uma volta no campo de quadribol sem nenhum problema.

Enquanto isso Frank e Marlene finalmente conseguiram sair do chão, mas Frank não conseguia controlar a vassoura. Quando ficou ao lado de James e de um sonserino pediu ajuda ao colega, que disse:

– Segura a vassoura mais na ponta. Isso! Agora é só se inclinar na direção que você quer ir!

Vários alunos ainda estavam no chão, mas uma em especial estava perseguindo a vassoura, que se recusava a ser montada: era Alice. Uma Sonserina ria dela com as amigas e gritou na direção dos grifinórios:

– É assim que vocês, grifinórios, voam? Puxa, os jogos de quadribol vão ser moleza!

Remo olhou para ela com raiva e disse:

– E porque você ainda não tirou os pés do chão, sonserina? Medo de altura? – Pettigrew riu da menina, que se limitou a encarar o menino gordinho.

– Eu? Medo de altura? Vai sonhando. – Ela disse, mas parecia nervosa. – Uma Lestrange não tem medo de nada.

Então ela começou a subir na vassoura, muito devagar. Enquanto isso Remo subiu na própria vassoura, estranhamente conseguiu controlá-la, e foi para perto da menina.

– É, Lestrange. Você percebe que ainda não saiu do chão, não é mesmo?

Remo saiu rindo enquanto a Sonserina ficava vermelha de raiva. Nisso, Dorcas conseguiu sair do chão, mas foi de encontro a Remo, sem conseguir frear a vassoura, então acabou batendo de cara nas costas dele e sua vassoura caiu. No susto, Remo perdeu o controle da vassoura e os dois começaram a cair. Dorcas berrava a plenos pulmões e se agarrava na camiseta de Remo, enquanto ele tentava se recompor.

Quando estavam quase no chão Dorcas desmaiou e ele a segurou, largando a vassoura e puxando sua varinha, depois berrou:

– Aresto Momentum – Apontando para ele mesmo e para Dorcas. Num instante eles pararam no ar, mas a queda continuou depois de poucos segundos.

Quando Remo percebeu que Dorcas cairia de cabeça no chão, colocou seu braço em baixo para ela não se machucar tanto, mas, quando finalmente caíram no chão, ele percebeu que tinha alguma coisa errada com seu braço...

Lestrange ria alto e fazia piadinhas sobre Remo. James e Sirius que já estavam no chão perceberam que ela estava rindo de Remo e iam de encontro aos sonserinos quando Frank parou na frente deles e disse:

– O Remo quebrou o braço, deixem essa briga pra depois.

James e Sirius foram correndo para perto de Remo, acompanhados por Pettigrew, e ficaram perto de Lily e Marlene, que estavam com os olhos arregalados e uma segurava a mão da outra (Alice ainda perseguia sua vassoura).

– É, alguém sempre quebra alguma coisa nessas primeiras aulas. – Disse o Professor Hulk, mostrando-se entediado. – Vai pra enfermaria, Sr. Lupin... E vocês – Apontou para James e Sirius – Carreguem a menina pra lá também.

Remo saiu do campo de quadribol rapidamente, seguido por Sirius e James que carregavam Dorcas.

– Cara, aquilo foi muito doido, Remo... – Disse Sirius.

– Eu cair e quebrar o braço foi doido?

– Você só quebrou o braço porque colocou ele em baixo da cabeça da Dorcas... – Disse Sirius.

– Aqueles sonserinos devem achar você um idiota por quebrar o braço por causa dela. – Disse James.

– É... Ela podia ficar com um problemão na cabeça e ter que ficar pra sempre no St. Mungus se você não tivesse feito isso, Remo. – Disse Sirius.

Remo se limitou a concordar com a cabeça, seu braço estava doendo muito.

– Você devia segurar a parte quebrada, Remo, não o lugar que eles quebraram... – Disse James, e depois de segurar a outra parte do braço, ele começou a doer menos e Remo perguntou:

– Nossa. Como você sabia disso?

– Eu já quebrei boa parte dos ossos, Reminho. Varias vezes voando de vassoura...

Os três meninos sorriram até que Remo olhou para Dorcas e perguntou:

– Ela não é nem um pouco pesada, não é?

– Não mesmo... – Disse James.

– Mas também é tão baixa, né... Acho que compensa... – Disse Sirius.

– Gente, vocês sabem pra onde a gente está indo? – Disse Remo de repente, lembrando que não sabia o caminho para a enfermaria.

– Vish, é mesmo. Vocês não sabem o caminho? – Disse James.

Os outros dois fizeram que não com a cabeça.

– E agora?

Então viram uma mulher alta na porta do castelo, era McGonagall.

– Eu sabia que alguém ia se machucar. Alguém sempre se machuca. – Ela disse olhando para os quatro primeiranistas, Dorcas ainda desmaiada. Suspirou e disse – Me sigam.

Ninguém disse mais nada até chegarem na enfermaria, onde Minerva disse para a nova enfermeira:

– Madame Pomfrey, como vai? – A enfermeira projetou um sorriso.

– Muito bem, McGonagall. O que houve com eles? – Apontou para Dorcas e Remo que ainda segurava o braço.

– Primeira aula de vôo. Isso sempre acontece... – Olhou para a enfermeira e projetou um sorriso - Bom, seu primeiro caso em Hogwarts, Papoula, o braço quebrado do Sr. Lupin e um desmaio da Srta. Meadowes.

Madame Pomfrey sorriu para Remo e disse para James e Sirius:

– Podem colocar a menina em uma das macas. – Sacou a varinha e murmurou um encantamento que consertou o braço de Remo na mesma hora. – Não exija demais desse braço, Sr. Lupin, por uma semana. Use este apoio aqui – conjurou uma faixa que Lupin apoiou o braço. – e beba muito suco de abóbora.

– Sr. Potter, Black e Lupin, vocês três já podem se preparar para sua próxima aula, com o professor Binns.

– Mas o Remo aqui sofreu um trauma professora. Acho que devia tirar o horário livre. E nós podemos ficar de olho nele... – Disse James.

– Tentando matar aula no primeiro dia, Sr. Potter? – E antes que James pudesse responder – Vão pegar os livros de Historia da Magia antes que eu lhes de uma detenção, meninos.

Os três saíram rapidamente, antes que ela mudasse de idéia. Depois de andarem alguns corredores James sorriu e disse:

– Ei, a gente podia ir pegar minha vassoura... – Sirius e Remo sorriram para ele.


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Notas finais do capítulo

Varios desenhos nesse capitulo! Alguma review?? :D

Imagem 1: pestopollux.deviantart.com/art/Hogwarts-63949106
Imagem 2: xxtwilightdreamzxx.deviantart.com/art/Lily-Evans-First-Flight-225309593
Imagem 3: jessjapan.deviantart.com/art/Hogwarts-AU-Flying-Lesson-65479623
Imagem 4: godessfae.deviantart.com/art/Flying-Lessons-Commission-276340539
Imagem 5: bonka-chan.deviantart.com/art/Surprise-Flying-Lessons-WIP-303409611
Imagem 6: solanawolf.deviantart.com/art/First-Flying-Lesson-HA-193369148



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