Anne acordou amarrada a cama. As correntes estavam dolorosamente presas a corrente. Akaime, Miley e Megan estavam em um sofá. Akira estava em pé e Nicholas olhava Annelise deitada. A mulher tentava berrar mas o pano em sua boca impedia que os gritos passassem de gemidos.

– Enfia logo os dentes na vadia. - Akaime falou entediada.

Anne percebeu que a vadia que o vampiro devia "enfiar os dentes" era ela. Ela sabia que para ser transformada, ele precisaria tomar dois litros, mas talvez ele tomasse quatro ou até sete.

– Por favor Nick. - Miley implorou e o garoto caminhou até Anne.

Annelise se debatia tentava chutar, mas as tentativas eram inuteis. Nicholas se aproximou e mordeu o pulso de Anne. O sangue da garota invadiu a boca dele. O sangue era doce, vivido, diferente do sangue das bolsas que ele roubara dos hospitais. Os olhos dele enegreceram e ele mordeu mais forte. Annelise gritou. A ferida no peito estava cicatrizada. Como se nunca houvesse existido. Annelise sentiu a consciencia ir embora quando Nicholas se afastou.

– Chega. Ela pode ser útil caso mais alguém se machuque. - Anne ouviu ao longe.

Os cinco sairam do quarto e foram para a sala. Esperavam uma pessoa.

Aleksandra Kivora entrou na casa com um chute. A porta cedeu e caiu aos seus pés. Ela usava um coturno preto e uma calça camuflada militar. A blusa branca estava suja em alguns pontos. De oleo de motor, sangue e simplismente poeira. O cabelo ruivo parecia ainda mais escarlate. Usava um oculos de sol estilo aviador e preso nas costas tinha uma espada e uma shot gun. Ela ainda segurava uma sub metralhadora.

– O que vocês querem, afinal? - Ela sibilou olhando superiormente.

– Um grupo vem para Los Angeles hoje.

– Eu não vou lutar. - Aleksandra disse.

– Você não vai estar sozinha. - Uma voz familiar disse. - Meu nome é Jesse.

Aleksandra olhou arrogantemente para o garoto. Os cabelos chocolate eram bagunçados enquanto os olhos dourados eram tão frios que até Aleksandra que era uma garota fria, sentiu um arrepio.

– Como podemos confiar no seu grupo, caçador? - Akira perguntou.

– Não poderão. Devem acreditar. Oi Lekinha.

– Jesse... - Ela rosnou com ódio

– Volto amanhã as oito e doze da manhã.

Jesse saiu tão repentinamente quanto entrou. Aleksandra queria atirar em alguma coisa.

– Não me acordem antes de sete e cinquenta.

Aleksandra subiu sem dizer mais uma palavra.

Centro de Los Angeles

– Escutou alguma coisa, Singrid? - Luka perguntou dirigindo.

– Ainda não.

Douglas estava preocupado. Mais preocupado do que devia estar "Por que estou tão preocupado. Deve ser só gratidão. Ela me ajudou na estrada e eu dormi com ela. Mas será que ela faria o mesmo por mim, mesmo que soubesse que eu podia estar morto?" ele pensou e viu a chuva começar a cair forte do lado de fora e as gotas pesadas parecerem tiros atingindo o capô do carro amassado