Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 3
Capítulo Dois - Desencontros


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é contado do ponto de vista de Draco, no entanto, não é ele que o narra.



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– Bem-vindos de volta, alunos! Espero que tenham tido um ótimo feriado! – A voz falsamente meiga e infantil de Dolores Umbridge disparou pelo Grande Salão. – As aulas serão dadas normalmente a partir de amanhã! Bom apetite! – Os alunos começaram a devorar o banquete.

Draco, sentado entre os alunos da Sonserina, estava sem apetite. Comera um monte de doces a caminho de Hogwarts e não queria pensar em comida. Procurava Hermione Granger com o olhar dentre os alunos da Grifinória.

O problema era que não conseguia esquecer aquele pequeno acidente no trem, quando Granger acidentalmente chutou seu rosto. Ela o olhara de um jeito tão... Esquisito.

Desde que começara a estudar em Hogwarts, sentia uma atração pela garota, mas não gostava de pensar naquilo: tinha certeza que era desprezo ou qualquer outra coisa relacionada a ódio. Mas depois de ver sua expressão intrigante, duvidou de suas teorias. Começou a pensar se o que sentia por ela podia ser...

– Draco!!! – Ele ouviu a voz afetada de Pansy, e logo depois sentiu suas mãos cobrindo seus olhos. – Quem é?

– Hum, não sei, Pansy... – Ele disse tirando as mãos dela do rosto. Ela explodiu em risinhos.

– O que foi fazer nesse Natal? – Ela perguntou estridente.

– Fui visitar minha tia Anne na Rússia. – Ele informou com um ar importante.

– Uh, e você gostou?

– Para ser sincero, não foi a melhor viagem da minha vida... – Antes de terminar, Pansy gritou e pousou um dedo em seu lábio inferior. Draco recuou, mas ela perguntou piscando os olhos inúmeras vezes:

– O que aconteceu à sua boca?

– O quê? – Ele perguntou, tocando no mesmo lugar que a garota acabara de tocar. – Ah. Eu... Eu caí. – Ele mentiu. Sentiu-se incomodado e resolveu cortar a conversa. – Olha! Colin Creevey está tirando uma foto sua! – Draco disparou apontando para a sua esquerda.

Pansy olhou para Colin, e, no entanto, ele estava conversando com seu irmão sem nem ao menos estar com uma máquina fotográfica. Quando, porém, virou-se para ressaltar isso a Draco, ele não estava mais ali. “Safado!” pensou.

Draco tinha escapulido das mãos de Pansy, mas não conseguia fugir de suas lembranças. Ainda estava vívido em sua mente o rosto de Hermione e seus olhares se encontrando, sua expressão intrigante. Seus olhos eram de um âmbar profundo e penetrante, e as faces estavam rosadas de frio; seus cachos louros escuros caiam pelos ombros. Seus lábios eram vermelhos e carnudos e estavam semiabertos em surpresa.

Naquele segundo Draco percebeu o quão bonita Hermione era.

Não. Mais que bonita: linda.

Quando o momento passou, ele não conseguia tirar os olhos dela, porém, quando ela lhe pediu que saísse, tentou tira-la da cabeça. No entanto, aquela lembrança o atormentava, e apenas quando Blásio entrou no dormitório, com Crabbe e Goyle, ele adormeceu.



No dia seguinte, Hermione foi a primeira pessoa que ele viu quando entrou na masmorra de Snape, para a aula de Poções. Ele prendeu a respiração ao vê-la se dirigindo
para os fundos da sala.

Queria desesperadamente falar com ela sobre aquele momento no trem, sobre os seus sentimentos, sobre tudo, mas suas pernas o desobedeceram, e as palavras não vieram.

Tudo o que fez foi ficar parado no meio da sala, enquanto os outros alunos ocupavam os seus lugares.

Quando Draco ouviu a voz de Snape, ele voltou ao normal e se sentou ao lado de Pansy.

– Todos em silêncio, agora! – Snape ordenou. Contudo, aquela frase nunca tinha sentido porque sempre que chegava, a sala já estava em silencio.

Pansy pigarreou quando Snape começou a explicar a matéria.

– Fugiu de mim ontem, seu safado! – Ela piscou.

– É... Eu estava cansado. – Draco mentiu. Pansy mordeu os lábios e sussurrou: Eu nunca vou te deixar cansado.

Draco piscou indignado, mas nada surpreso, pelo atrevimento de Pansy. Nesse momento, Snape o chamou:

– Draco, por favor, pode responder à minha pergunta? – Draco engasgou e alargou a
gravata, subitamente sufocado. Ele hesitou.

– O quê? Que pergunta?

– Menos cinco pontos para Sonserina por não estar prestando atenção e – alguns
sonserinos vaiaram - a minha pergunta era: é possível misturar uma poção do otimismo com a da depressão? – Snape perguntou secamente. Draco hesitou.

Sentiu as gotas de suor surgirem na testa, sentiu Pansy alisar sua calça, sentiu os
olhos de Hermione nele.

– Eu não sei senhor. – Ele respondeu tremendo. Snape balançou a cabeça para ele,
desapontado e disse: Sinto muito, mas creio que pela sua falta de atenção, você terá que fazer as duas poções, enquanto os outros alunos apenas farão a poção do otimismo. Vamos, mãos à obra! – Draco suspirou. Como iria conseguir fazer duas poções em cento e vinte minutos? E ainda com Pansy lhe acariciando, e Hermione o observando?

Snape tinha acabado de passar as instruções no quadro e os alunos já estavam se
apressando em fazê-lo.

Draco dobrou as mangas da camisa e começou a fazer seu trabalho.



Após aquela cansativa aula de poções, Draco se dirigiu lentamente para mais dois
tempos de Aritmancia. Pensou em matar aula, mas com Umbridge no seu pé, nunca seria perdoado. Para o seu azar, sentou-se em uma carteira atrás de Hermione. Olhando para seus cabelos cheios, ele teve devaneios a aula inteira, imaginando cenas amorosas entre ele e ela.

Movido pela esperança de conseguir explicar o que estava sentindo por Hermione,
escreveu em um pedaço de pergaminho rasgado:


Preciso falar com você depois dessa aula.

Respirou fundo, assinou o bilhete e discretamente cutucou as costas dela e lhe entregou o recado. Depois de alguns minutos, o sinal bateu e o coração de Draco acelerou.

Apressou-se em por o material na mochila e saiu da sala rapidamente. Esperou por Hermione balançando-se nervosamente pelos calcanhares.

No entanto, quando viu que tinham se passado mais de três minutos, se escondeu
atrás de uma escultura de Godofredo, o Ousado e esperou por Hermione mais alguns minutos.

Sua falta de coragem o fez ficar ali parado enquanto Hermione olhava para os lados, procurando-o; e quando ela estava indo em direção ao grande salão, ele não correu para impedi-la.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, por favor deixe suas críticas e opiniões, vai ajudar muito! :)



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