P.O.V. Grace Snowline

- Mandar uma mensagem de Íris para Quíron – disse Nico

Anna e Leo o seguiram, então decidi que seria o certo a fazer. Nico entrou na barraca e logo em seguida saiu de lá segurando uma prancha de metal grossa.

- Será que você poderia fazer parar de nevar um pouco, por favor? Eu acho que iria ajudar um pouco – disse Leo olhando para mim. No mesmo instante eu o fiz.

- Valeu.

Fiquei observando o que eles iriam fazer. Nico apoiou a chapa de metal num suporte e colocou um pouco de madeira em baixo posicionando contra a luz. Então ele se virou para mim e disse

- Se eu fosse você me afastava um pouco... É que nós vamos fazer um pouco de fogo – engoli seco e balancei a cabeça em um sinal de sim e logo em seguida me afastei bem rápido.

Leo fez fogo com as mãos e logo e seguida jogou na madeira molhada que á princípio não pegou fogo

- Ah cara! – reclamou ele, mais logo em seguida acendeu uma pequena chama que aos poucos foi esquentando a chapa. Aquela era uma imagem aterrorizante, ver algo tão quente que a neve ao redor já começava a derreter, Grey ficava cada vez mais tenso ao meu lado, nós dois sabíamos que eu estava próxima demais e que a qualquer momento eu poderia me queimar (mesmo á quinze metros de distancia) ou até mesmo desmaiar. Mas apesar do perigo, eu tinha que admitir que o fogo seja uma coisa fascinante, eu via a chapa cada vez mais quente e de repente Nico jogou o agua na chapa. E a agua começou a evaporar e formar um arco-íris.

- Oh Íris deusa do arco-íris aceite essa oferenda – disse Nico jogando um dracma de ouro lá – Quíron, acampamento meio sangue.

No próximo momento apareceu um homem de meia idade na tela com barba rala

- Quíron – disse Nico olhando para a tela

- Nico... Acharam a garota?

- Sim... Mas tem uma coisa que a gente precisa da sua opinião técnica...

- o que é?

- É uma longa historia e seria melhor que ela explicasse

- É sobre ela?

- Sim, digamos que ela não é só uma semideusa.

- Cadê ela?

- Grace? – chamou Anna se aproximando

- Eu não posso chegar perto, sinto muito... é o fogo – enquanto eu disse Nico e Quíron continuavam a conversar e Nico contou do nosso encontro com os Ols.

- Leo, apaga isso – disse ela.

- Se eu apagar a conexão cai

- A chapa está quente o suficiente para mais uns sete minutos

- Você que manda – disse ele se aproximando e num piscar de olhos apagando o fogo.

- Vem – disse Anna estendendo a mão para eu me levantar

- Tudo bem, só não posso ficar muito próxima – disse eu me levantando e indo em direção á mensagem de íris.

-Então esta é Grace? – disse Quíron observador – estou louco para ouvir.

- Grace conte á ele o que nos contou sobre os elementos... – sussurrou Anna

Contei a ele tudo, algo me disse que eu podia confiar nele, contei desde a historia dos elementos até o fato de ser neta de Apolo.

- Já tinha ouvido essa historia sobre os elementos mais eu não fazia ideia de que era realmente verdade, sempre achei que fosse um mito.

- Então é verdade? – perguntou Nico que até agora estava quieto

- Provavelmente – disse ele sério – a garota tem um coração puro e você pode sentir isto também - Nico assentiu e logo em seguida Quíron voltou a olhar para mim

- Vocês tem que voltar para o acampamento o mais rápido possível, Ols não são comuns nessa região de Ohio, se eles vieram de tão longe é bem capaz que não são os únicos. Estou surpreso que até agora só tenham encontrado Ols.

- Tem mais uma coisa que você precisa saber... – disse Nico com as mãos no bolso de sua jaqueta de aviador – Nós desrespeitamos a profecia.

- Como assim desrespeitaram?

- Nós viajamos pelas sombras – disse Nico de uma vez

- Na ida ou na volta?

- Na volta.

- Nico isso foi muita imprudência... tem alguma noção do que poderia ter acontecido?

- Quíron nós não tivemos escolha, a casa começou a pegar fogo e ela estava quase morrendo quando nós decidimos.

- Quantas vezes?

-eu fiz três e Anna uma

- Vocês estavam mesmo pedindo para morrer, quase que não voltam, Quatro viagens nas sombras? Você tem ideia da sorte que tiveram?

- É parece que não era meu dia de morrer

- Quero vocês de volta até sexta de manha – disse Quíron sério – ainda tem o dinheiro mortal que eu lhes dei?

- Sim, mas só da para uma passagem de trem na econômica já que única mochila que conseguimos salvar do fogo foi a de Leo, e ele gastou quase todo o dinheiro no almoço – reclamou Nico.

- Ei não me culpem, foi a Anna que decidiu que não ia comer no boteco e obrigou agente a comer naquele lugar caro – disse Leo se defendendo

- Não era para ser caro só que o seu prato pesou mais que o meu e o do Nico juntos e aí depois você ainda veio com aquela historia que queria provar as sobremesas já que se você acertasse o peso do prato você não pagava nada e depois de erar feio, você ainda voltou no boteco nojento só para comprar aquele chiclete que você disse que era “típico do Alasca”- disse Anna gritando com Leo.

- Crianças – gritou Quíron que fez eles pararem de brigar por um momento

- Em outras circunstancias eu seria totalmente contra isso só que essa é uma situação delicada, então vocês estão autorizados a roubar um carro.

- Yes – comemorou Leo

- Mas quero que tome cuidado e quero que Nico dirija

- O que? – gritou Leo – por que eu não posso dirigir?

- Porque Nico é uma semana mais velho que você

- isso não é justo

- A vida não é justa meu caro amigo Leo – disse Nico colocando o cotovelo em seu ombro no momento em que a conexão caiu.

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Caminhamos nós até ficar de noite quando finalmente chegamos á cidade mais próxima que era Cincinnati era uma cidade linda eu posso te garantir, mas se você veio em busca de um carro para roubar está na cidade errada. Eu não se foi por que chegamos na parte mais rica da cidade ou se a cidade inteira é assim, mais eu sei que foi bem difícil encontrar um carro que não tivesse um daqueles alarmes chiques que dão choque quando alguém tenta arrombar. O coitado do Leo não sabia disso então ele tentou roubar uma Ferrari vermelha e nos acabamos correndo dos seguranças praticamente carregando Leo todo chamuscado.

- Tá legal essa cidade não tem carros muito legais – disse Leo com a cabeça no colo de Anna deitado num banco na praça.

- Eu falei que aquela Ferrari estava fácil demais – disse Nico sentado no banco de frente

- você sabe que eu tenho uma quedinha por Ferraris

- isso, vai tentar roubar um carro de rico, do jeito que é fácil qualquer amador consegue – disse Anna sarcástica tentando limpar seu rosto com um pano umedecido – agora fica quieto que eu to tentando te limpar.

- A sua delicadeza me impressiona

- eu acho que eu vou procurar por algum carro sem alarme–disse eu me levantando

- Vou junto – disse Nico com a mão na espada

- Posso me virar sozinha

- Sei que pode, mas eu fico me perguntando se você vai realmente escolher um carro com estilo e que seja automático. Não sou muito fã de cambio manual.

Revirei os olhos e ele veio atrás de mim, estava um silencio morto na cidade, já devia passar de meia noite. Nós caminhamos pelo subúrbio, e lá só tinha carros chiques, tirando a ultima casa da rua. Eles tinham um jeep 4x4 na garagem. Era perfeito para nossa pequena aventura. Só que as luzes ainda estavam acesas, parecia estar acontecendo uma festa de escola, aquelas que os adolescentes dão quando os pais viajam.

- Vem, vamos entrar – disse Nico me puxando em direção á festa.

- Tá louco? Nós viemos roubar um carro não entrar de penetra na festa

- Já parou para pensar que vai ser muito mais fácil se a gente tiver a chave do carro? Imagine se a policia nos parar, vão ver que nosso carro é roubado. Mais se tivermos chaves à situação vai ser mais fácil.

- Já parou para pensar que o carro pode não ser do dono da casa e sim de um dos convidados? Como você espera encontrar o dono do carro?

- Olhe a neve acumulada nos outros carros – pediu ele, e vi que tinha pouca, não muita – agora olhe a neve acumulada em cima do Jipe. Esse carro está aí á no mínimo dois dias.

- Vão perceber que somos penetras, não conhecemos ninguém aqui.

- Já ouviu falar numa coisinha chamada manipular a Névoa?

Não foi difícil nos misturar, estávamos vestidos como típicos adolescentes e Nico passava pelas pessoas dizendo coisas como “e aí como vai a força” ou “Festa incrível, não?”. Aquele ambiente já estava me dando náuseas estava abafado demais.

- Nico! Que bom que apareceu cara! Essa aí é a tua gata? – perguntou o dono da festa ele ficou meio confuso, e aí se lembrou de que tinha manipulado a nevoa e disse.

- É sim, e onde é a cozinha ela escorregou ali na porta e bateu a cabeça, fez um galo mais eu acho que se colocarmos um pouco de gelo...

- É bem ali cara – disse ele apontando para uma porta branca – tem gelo na gaveta do congelador.

- Valeu cara! – disse Nico me puxando para a porta

- Foi mais fácil do que imaginava – disse ele entrando na cozinha.

- Por que a cozinha? – perguntei

- Por que a chave costuma ficar pendurada ao lado da porta da cozinha – disse ele procurando a porta.

- Ah – disse ele quando achou a porta mais não tinha nada pendurado lá

- Parece que não são todas as pessoas que colocam a chave ao lado da porta – disse eu vitoriosa.

- é, mais colocam em algum lugar da cozinha – disse ele apontando para algum ponto acima do meu ombro. Ele foi até lá pegou a chave e logo em seguida disse

- vem – e logo em seguida saiu pela porta sem esperar por mim. Eu corri atrás dele, mais quando abri a porta só vi uma multidão.

Eu tentei caminhar por ela, mais não dava certo, tinha muita gente lá até que alguém segurou meu ombro me virei achando que era Nico, mais era um cara enorme, parecia ser jogador de futebol americano dizendo

- Ei gracinha, você é nova no pedaço não é? Nunca te vi por aqui antes.

P.O.V. Nico di Ângelo

- Vem – disse eu antes de sair pela porta.

Ouvia conversas e sentia um cheiro insuportável de suor quando passei pela porta tinha dois jovens se agarrando na porta passei por eles e fui à direção do carro quando alguém segurou meu ombro

- Já vai cara? A festa ainda nem começou direito – disse o dono da festa

- foi mal, eu prometi ao pai da Grace que ia deixar ela em casa antes das duas da manha.

- Mais você acabou de chegar

- é que agente passou no... No... – foi aí que percebi que ela não estava lá, ela não tinha me seguido – cadê a Grace?

- Eu que vou saber? Mais se você quer uma dica... – não deixei ele terminar passei por ele em direção a porta, ela estava lá em algum lugar, talvez ainda na cozinha.

Passei pelo mesmo caminho em direção á cozinha, mais ela não estava lá, comecei a procurar pela multidão. Qual é não tem como uma pessoa desaparecer assim. Eu estava passando perto da sala de televisão quando ouvi uma voz conhecida dizendo “saiam de perto”. Corri em direção à sala vazia e vi dois garotos enormes encurralando ela no canto da sala

- Ouviu a moça ela disse para saírem de perto – disse eu na sala

- Ouviu isso Jimmy, o mocinho quer que agente solte a garota.

- Ouvi bem James, o que você acha?

- Acaba com ele – disseram os dois juntos, eles avançaram aos poucos e me preparei para abriga, mais nesse momento Grace pulou nas costas do maior e puxou a orelha dele fazendo ele tombar para o lado e logo em seguidas pulou das costas dele ainda segurando a orelha e lhe deu um chute nas partes baixas. O outro avançou para ela, e a derrubou com um empurrão. Mais antes que ele pudesse lhe machucar, eu segurei ele pelo pescoço dando um mata-leão puxando ele para mim. Ela se levantou e deu um chute nele também. Que caiu no chão uivando de dor. Antes que eles pudessem levantar disse

-Me segue – peguei a mão dela e i em direção á saída

- Corre – disse eu assim que chegamos é porta, nós corremos para o Jeep e entramos, mais então notamos que precisaríamos limpar o carro antes já que estava tudo coberto de gelo.

- consegue dar um jeito nisso? – perguntei, e num piscar de olhos ela saiu do carro e colocou a mão no capo. E por um momento seus olhos ficaram completamente brancos e todo o gelo e neve simplesmente voaram para fora. Ela se jogou no banco cansada e disse

- vamos antes que alguém veja

Ela não precisou falar duas vezes, eu já estava dando ré e saindo. Do nada ela começa a rir sem motivo nenhum

- Tá rindo por quê? – perguntei enquanto dirigia para a praça em que estavam Leo e Anna

- ouviu a moça? – e mais risadas – parece algum filme antigo

Não pude deixar de rir também

- Foi até divertido – disse ela

- Você viu a cara do Jimmy quando você pegou a orelha do outro – comecei a rir – ele olhou como se tivesse um demônio bem ali.

- Você foi ótimo – disse ela rindo

- você também – disse eu sem tirar os olhos da estrada

P.O.V. Anna Shadow

Eu e Leo já estávamos esperando eles voltarem á mais de meia hora. Enquanto eu estava sentada no banco de pernas cruzadas, Leo estava brincando com o lobo gigante, um mendigo tentava dormir no bando ao lado, mais sempre acordava com Leo dizendo “é um bom garoto” eu não fazia ideia do que os mortais estavam vendo, mais eu sabia que se Nico e Grace não tivessem chegado naquele momento o mendigo teria batido no cachorro e em Leo, e eu não iria impedir.

- Até que em fim – disse eu me levantando – acharam algum carro decente?

- Nós não só já achamos como já roubamos também – disse Grace

- Mais eu que ia roubar – reclamou Leo

- Nós vimos à oportunidade, e a agarramos – disse Nico.

- Qual é o modelo? – perguntou Leo ansioso

- Você vai ver

E eles nos levaram até o estacionamento aonde só tinha um grande Jeep liberty esperando por nós, eu adorei o carro

- como conseguiram? – perguntei de imediato

- Longa historia – disse Grace entrando na frente

- Garanto que vamos ter muito tempo para ouvir – Disse Leo

OBS - LEIAM AS NOTAS FINAIS É MUITO IMPORTANTE