Os 7 escrita por Killer


Capítulo 9
7


Notas iniciais do capítulo

Oi, tres capitulos em um só dia, pra mim é muito.é pra recompensar o tempo que fiquei fora.
Ok, agora vai acontecer uma coisa meio estranha e finalmente vocês vão saber o sobrenome deles.
Beijos.



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Acordei quando eram 6 da manhã. Eu não estava nem um pouco cansada, como nos outros dias. Na verdade, estava bem disposta.

Fui até o banheiro e olhei-me no espelho. Pude jurar que meus olhos estavam arco-íris, mas quando olhei mais de perto, eles estavam o mel normal.

Suspirei aliviada. Saí do banheiro e me vesti no quarto de Dylan. Coloquei uma blusa azul e uma calça jeans escura. Calcei os tênis pretos e me dirigi à cozinha.

Daniel estava lá, tomando café. Fiquei surpresa dele já estar acordado. Sentei-me ao lado dele, mas não queria conversar nem nada. Mas percebi que não sabia onde Dylan estava, já que pensei que ele dormia no sofá.

- Onde está Dylan? – perguntei sem olhar para ele.

- Pensei que não falasse comigo. – ele respondeu.

- Só estou perguntando onde o meu amigo está. – falei.

- Amigo, para estar tão preocupada parece que...

- Cale a boca – falei antes que ele terminasse. Ai, como eu o odeio. Daniel é a pior pessoa de todas.

Ele riu com isso, o que me deixou mais irritada.

- Ele está dormindo no meu quarto, senhorita Dounavan. – ele falou. Odiava quando me chamavam pelo sobrenome.

- Entendi, senhor... – então percebi que não sabia  nem o sobrenome dele.

- Parker. Daniel Parker. – ele falou como se eu não o conhecesse.

- Senhor Parker. – respondi. Revirei os olhos.

Olhei o relógio na parede. Uau, já era quase 7 da manhã. Há quanto tempo eu estava sentada ali?

Decidi me levantar e abri a porta. O céu estava limpo, sem nenhuma nuvem sequer. O sol aparecia. Mas estava frio. Muito frio.

O vento gelado açoitava-me, fazendo-me apertar os olhos. A claridade também não ajudava muito. Comecei a ficar com frio. Devia ter trago um casaco.

Foi aí que senti algo quente sobre o meu corpo. Um casaco marrom. Mas como? Virei-me e me deparei com Daniel, bem perto de mim.

- Como sabia que eu estava com frio? – perguntei, chegando para trás.

- Morei aqui a minha vida toda. – ele respondeu – Sei que, por mais que o céu esteja claro, nunca faz calor de manhã. Tem sempre o vento frio.

Ele ia se virando para ir embora quando eu falei:

- Obrigada. – comecei. Ele parou, como se esperasse que eu dissesse mais alguma coisa. Então eu disse – Obrigada, senhor Parker.

Ouvi um riso abafado vindo dele. Mas também poderia ter sido vento, já que fazia com que as folhas das árvores fizessem um barulho como se estivessem caindo.

- De nada – ele falou. – Senhorita Dounavan. E a propósito... – ele disse virando-se na minha direção. – Não sou nem velho, nem casado para a senhorita me chamar de senhor.

Tive que dar um leve sorriso com aquilo. Então ele entrou na floresta e se foi. Entrei de novo na casa, que agora parecia o lugar mais quentinho do universo. Fiquei andando pela sala e pela cozinha até me deparar com o calendário. Dia 3. Faltava 4 dias para o meu aniversário.

E fazia três dias que eu não tinha noticias da minha família. 3 dias que conheci os Parker. 3 dias que estava longe de casa. Como tanta coisa pode mudar em simples 3 dias?

Mas agora não importava. Dia 7 eu fazia 15 anos e mostraria a todos que sou uma 4. Dia 7... Como esse numero era presente na minha vida.

Olhei novamente para o relógio: 7:00. Comecei a rir com isso. Dylan apareceu na cozinha, perguntou o que havia e eu hesitei em responder. Mas, como parecia que eu teria que ficar lá por mais um tempo, falei logo:

- É que são 7 horas e agora percebi que faço aniversario dia 7.

- E a nossa casa é o numero 77 – ele falou. Parei por um minuto, mas depois comecei a rir ainda mais. E ele também. – Está com fome? – ele perguntou depois de um tempo.

- Não, na verdade. Você está?

- Também não. – ele disse. Não percebi o quanto estávamos próximos.

Nos encaramos por um tempo, acho que nos aproximávamos cada vez mais. Então ele me beijou. Ou eu o beijei, não sei. Só sei que não durou muito, mas foi bom. Eu estava meio sem jeito. Já havia beijado antes, mas eu sempre era pega de surpresa. Dessa vez não fora de surpresa.

Quando nos afastamos, eu estava confusa. Ele também pelo visto.

- Abby, desculpa – ele começou – Olha, eu só quero a sua amizade e...

- Você namora a Cloe. – falei. – Eu também só quero a sua amizade.

- Então isso nunca aconteceu, certo?

- Certo. – falei.


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Notas finais do capítulo

E ai? Será que eles vão ficar juntos?
Deixem reviews, até a próxima
beijos.