Elena P.O.V
- Damon! O que você está fazendo aqui? - Stefan perguntou sério.
- Eu deveria estar no casamento do meu irmão, não deveria? - Damon respondeu a pergunta do Stefan com uma outra pergunta irônica
Eu estava paralisada, como se o meu corpo estivesse congelado. De certa forma, eu estava feliz por estar o vendo. Mas também estava triste, um tristeza que eu não sabia o motivo. 
- Deveria, mas não para estragar meu casamento. 
Damon o ignorou e se olhou para mim.
- Você está tão linda! Sempre esteve.  
Não consegui responder, minha voz se recusava a sair. 
- Eu sei que você deve estar brava comigo, mas me desculpe, Elena. Eu te amo, sempre te amei e sempre vou te amar. Te deixar por três anos foi um erro, um erro muito grande que eu não deveria ter cometido. Eu passei esses três anos em Mystic Falls, no nosso apartamento. Pensando em você todos os dias, em tudo o que eu ia fazer
Mystic Falls. Todas as lembranças, todos os momentos, todas os beijos, todas as caricias, tudo, exatamente tudo vieram como um jato e me atingiram. E tudo o que vivemos passou na minha cabeça como se fosse um filme.  Meus olhos encheram-se d' água. 
- Chega! Vamos lá para fora. Não iremos conversar sobre isso dentro de uma igreja. Apenas nôs três - Stefan disse enquanto Bonnie se levanta para ir junto e rapidamente se sentou novamente. E ele se virou para mim. - Iremos conversar lá fora e se tudo dar cmo eu espero, voltaremos para dentro dessa igreja e vamos terminar o que já era para ser terminado. 
Enquanto eu saia de dentro da igreja, olhei para a Bonnie que me olhava com um olhar preocupado. 
- Porque você voltou para Paris, Damon? - Stefan perguntou irritado.
Damon o ignorou e olhou para mim, mesmo que eu não estivesse olhando para ele, senti o olhar dele em cima de mim. 
- Elena! - Me virei para ele, mas não disse absolutamente nada. - Me desculpe, de verdade.
- Se você me ama tanto como está dizendo, porque está voltando só agora?
- Porque eu achava que não era bom para você. Mas percebi que não posso, não quero e não consigo viver sem você. Vamos embora comigo, Elena! Eu arranjo um emprego, compramos uma casa, seremos uma família. 
Quando o Damon disse "família", Stefan correu para cima dele, o empurrando, fazendo com que ele caísse no chão e lhe dando uma sequência de socos.
Eu estava apavorada e desesperada. Damon conseguiu tirar o Stefan de cima dele e subiu em cima dele, lhe dando vários socos. 
- Parem! - Gritei. Corri para separa-los. 
Segurei o Stefan e percebi que o dois estavam com o sangue escorrendo pelo rosto. 
- Para, para, para. Por favor. - Implorei.
- Eu vou te matar. - Stefan berrou. 
- Stefan! - O reprovei.
Ele me olhou, furioso.
- Pare de proteger ele, Elena. Você ainda o ama, não é? É claro que o ama, nunca parou de ama-ló. - Ele me empurrou, fazendo que eu o soltasse e fazendo com que eu caísse no chão. Percebendo o que tinha feito, me olhou com um olhar de arrependimento. - Elena... - Ele disse baixinho, quase em um sussurrou. - Me desculpe. 
Me levantei do chão e o encarei.
- Respondendo a sua pergunta, sim, eu ainda o amo e sempre vou ama-ló. E desde o começo, eu sempre te contei. Mas eu também te amo, Stefan.
- Mas não me ama como ama ele. 
O ignorei. Ele sabia que nunca seria a mesma coisa. O jeito que eu amava o Damon era diferente, era forte e sem explicações. O meu amor pelo o Stefan não era tão forte. Quando Damon e eu terminamos, foi ele que me ajudou, que me deu apoio e com o passar do tempo, eu comecei a ama-ló. 
Mas eu estava indignada por ele ter me jogado no chão e ele sabia disso. Andei até a igreja.
- Acho que o casamento acabou. - Anunciei. 
Voltei para o lugar onde estávamos.
- Vocês dois não me entendem, eu não posso escolher um, eu sei que se eu escolher um de vocês dois, eu irei perder o outro e eu não quero perder ninguém. Eu sei que é total egoísmo da minha parte e que vocês não merecem isso. É errado, eu estou prendendo vocês. - Eu estava chorando. - Stefan, não dá mais. Eu preciso de um tempo sozinha. Damon, isso serve para você também. Eu só peço uma coisa, voltem para a casa de vocês e não briguem. - Eu não conseguia parar de chorar. Droga!
- E você? Vai para onde? - Damon perguntou.
- Vou falar com a Bonnie, vou ver se posso ficar um tempinho na casa dela.
Entrei até a igreja e as pessoas estavam saindo, eu podia ouvir elas cochichando sobre mim. "Será que ela ama os dois irmãos?" "Mas que pouca vergonha." "Imagine quando ela tiver uma filha, que exemplo será para a filha dela?" Era como se estivessem gritando para mim.
Eu não estava achando a Bonnie e meu celular não estava comigo. Pedi o celular da primeira pessoa que eu vi. 
- Ãn, você pode me emprestar seu celular? Preciso fazer uma ligação para uma amiga, dois minutos. -
- Claro. 
Peguei o celular e disquei para a Bonnie. 
- Alô? Quem é?
- Sou eu, Elena. 
- Onde você está? 
- Na frente da igreja.
- Estou indo ai. 
Desliguei o celular e o devolvi.
Em menos de dois minutos a Bonnie já tinha aparecido e agora estávamos dentro de um táxi, indo para a casa dela. Todo o caminho foi de completo silêncio, ela pagou o taxista e entramos dentro da casa dela. 
- Tem um quarto de hospedes do lado do meu quarto, se você quiser, você pode ficar lá. 
- Preciso de um banho. - Minha voz falou. - Mas não posso tomar.
- Porque?
- Estou sem roupas. Liga para o Damon ou para o Stefan, qualquer um dos dois e peça para um deles trazerem uma mala com umas roupas minha dentro? 
- Sem essa, você vai tomar seu banho agora e enquanto isso, eu vou lá e pego suas roupas. É melhor.
Dei de ombros. 
Fui para o banheiro e tirei o sapato, aquele salto estava me matando, meus pés estavam doendo. Tirei o vestido e soltei o cabelo, deixei a água da banheira encher enquanto tomava meu banho no chuveiro, logo depois, sentei na banheira, encostei a cabeça e fechei os olhos. 
Lembrando de todos os momentos com o Damon. Mas também lembrando de todos os momentos com o Stefan. Cada risada que tive com cada um deles, cada momento agora não se passava de uma lembrança. Meus olhos ardiam de tanto que eu chorava, parecia uma criança de cinco anos quando perde um brinquedo ou quando cai e a mãe fala que vai passar mertiolate. 
Meus olhos estavam pesados e deixei eles se fecharem.

Quando acordei, percebi que eu tinha cochilado na banheira. Sai da banheira e abri um pouquinho a porta.
- Bonnie? - Chamei por ela em um tom mais alto.
- Estou aqui. 
- Pode pegar uma toalha para mim? E uma calcinha e um pijama. 
Em menos de um minuto ela me entregou o que eu tinha pedido.
Me sequei e coloquei o pijama. Era uma calça de moletom cinza e uma blusa de manga comprida surrada. 
Sai do banheiro e a Bonnie estava sentada no sofá comendo pipoca, me sentei do lado dela e comecei a comer também. Ela estava me fitando.
- Quer desabafar? 
- Bonnie, eu os amo, eu simplesmente não posso escolher um e deixar o outro ir. Se escolher um significa perder o outro, não, obrigada, eu não quero. - Comecei a chorar novamente. - Eu não sei o que eu quero, não sei o que eu devo fazer.
- Elena, olhe para mim, me escute. Siga seu coração, escolha quem te faz feliz. Você não pode prender eles e você sabe o que você quer. Só tem medo de dizer. 
Me levantei e fui para o quarto de hospedes. Abri a janela e fiquei olhando a lua. 
- Seguir o coração. Tudo bem coração, estou te seguindo. - Eu estava falando comigo mesma. Eu esperava por algum sinal, uma ligação de quem eu deveria escolher, mas nada aconteceu. É claro, isso só acontece nos filmes. - Seguir o coração? Bela dica. 
Deitei na cama e esperei o sono vim. Talvez eu tivesse um sinal de quem escolher enquanto eu dormia, em um sonho. Talvez. Enquanto estava deitada, lembrei das palavras da Bonnie, "Você não pode prender eles e você sabe o que você quer. Só tem medo de dizer." e senti uma dor enorme no coração, pois era verdade, eu sabia o que eu queria, eu tinha medo de magoar o outro.
- Elena! Você precisa ser forte. - Sussurrei para mim mesma. 
E adormeci.

Damon P.O.V
Eu estava trancando no meu quarto com uma garrafa de whisky. Eu nunca tinha sofrido tanto por uma mulher...Mas a Elena não era qualquer mulher. Ela era a mulher certa para mim, a que eu realmente amava e pretendia ficar para o resto da minha vida. Eu nunca sentia medo, mas agora eu estava. Medo dela escolher o Stefan e não a mim, eu não queria pressiona-lá, mas a cada minuto que passava, eu sentia uma vontade enorme de correr até a casa da Bonnie e pegar a Elena no colo e leva-lá para longe daqui. Eu sentia uma necessidade de estar perto dela, de abraça-lá, de beija-lá. Eu a queria perto de mim.

Stefan P.O.V 
Damon estava trancado no quarto dele e eu estava no meu. Eu já havia bebido duas garrafas de whisky e agora estava terminando uma de vodka, eu estava revoltado. Eu não sabia o que aconteceria se a Elena não me escolhesse, mas eu não iria colocar pressão em cima dela, ia deixar ela tomar sua própria decisão, mas se ela ainda não tinha escolhido nenhum de nós dois e eu já estava com os nervos á flôr da pele, imagina quando ela escolher?
Eu estava com ódio do Damon, eu queria mata-ló e a Elena o escolhesse, eu não saberia o que seria capaz de fazer tanto com ele ou tanto com ela.