Somewhere in Time escrita por Lonely Looney


Capítulo 7
Capítulo 7




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Capítulo 7 –

Snape... Snape...

Amanda sussurrava seu nome, quando sentiu o orgasmo, que quase a fez perder toda a coerência e a razão.

Ele parecia ainda mais incoerente, pois até seus olhos estavam cobertos por uma espécie de... "névoa". Amanda tomou-lhe o rosto em ambas as mãos, e disse:

– Isso é para que você nunca, jamais esqueça, o quanto eu o amo, e que nunca haverá ninguém nesse mundo que o ame tanto assim.

Ela disse isso com tanta finalidade que Snape a agarrou e beijou, como se estivesse possuído.

Os dois estavam tão famintos, tão... entretidos em si mesmos, que nem perceberam quem chegara para interrompê-los acintosamente...

Ora ora, oooooora ora!

Era ninguém menos que James Potter e todo o time de Quadribol da Grifinória, encontrando-os sob as arquibancadas... Amanda e Snape estavam apenas usando a si mesmos para se cobrirem... Snape foi o mais rápido que pôde, dadas as circunstâncias, para tampar Amanda com suas vestes negras de morcego.

Snivelly! Nós aqui, trabalhando duro e você se dando bem!

O time todo de Quadribol ria. Provavelmente, Snape se sentia tão humilhando quanto Amanda, apesar de não deixar transparecer...

– O que quer, Potter? Saia daqui! Não há nada para você! Vá embora! – ele disse, tentando manter o controle da situação.

– Oh, mas pelo contrário, Snivellus... Estou, aliás, estamos, nos divertindo à beça! – mais risadas. – Que tal umas fotos desse momento? Aposto que você gostaria de guardá-lo...

– Retire-se daqui, imbecil. – Amanda finalmente se levantou, ainda coberta com a vestes de Snape. – O que pretende com isso? Não desconte suas frustrações nos outros que conseguem o que você não.

O time da Grifinória dava risinhos abafados e soltava uivos de empolgação, sem saber por quem torcer. James parecia irritado.

– E o que você estaria querendo dizer com isso, menina?

– Ora, mas o óbvio! Quer mesmo saber? Bem, já que quer ser humilhado na frente de seus colegas... Não é à toa que Lily Evans o despreza...

O silêncio era tão afiado que podia cortar como uma faca. James empunhou a varinha para Amanda, ao que Snape, ainda mais rápido, retirou de suas vestes, que a outra ainda usava, sua própria varinha, e posicionando-se em frente a Amanda, apontou-a para James:

– Não ouse, Potter. Não ouse machucá-la. Ela só disse a verdade, e você veio procurar. Saia daqui, antes que cause mais problemas.

Amanda também estava com sua própria varinha apontada para James. Os dois atacariam se necessário. James sabia, de alguma forma, que eles não estavam brincando.

– Vão ficar aí parados?! – vociferou James Potter para o time da Grifinória. – Não vão fazer nada?!

Os colegas e amigos de James não pareciam dispostos a reagir, muito menos a fim de comprar a briga dele...

– É assim, então? Ótimo. Não haverá treino hoje. Passar bem.

E James se retirou, virando as costas para seu time, Amanda e Snape (que ainda empunhavam as varinhas).

O time também se foi, um tanto humilhado (não tanto quanto James) e os dois puderam ficar em paz.

– Nossa... – disse Snape. – Isso foi... incrível. Quer dizer, isso, e mais, tudo. Obrigado, Mandy.

Os olhos de Amanda brilharam. Ela disse, surpresa e extasiada:

– Meus amigos me chamam assim!

– Assim...? Bem, Mandy... – Snape olhou para ela com ternura, pegando em alguns fios de seu cabelo dourado – Eu considero qualquer garota que viaje no tempo por mim e ainda por cima me defenda, uma amiga. Ou talvez, algo mais. Sei lá...

Amanda resistiu ao impulso de soltar gritinhos e pular em seus braços, e contida, apenas disse:

– É... É justo.

Mas pelo enorme sorriso estampado em seu rosto e pela maneira como os olhos dela reluziam ostensivamente, Snape sabia o que ela realmente estava pensando, mesmo que ainda não tivesse prática em Oclumência.

****************************************************************

James ficou sentado até tarde num dos sofás da Sala Comunal da Grifinória. Sua última interação com Lily, após o incidente, fora péssima, algo para se esquecer... Ela continuava a evitá-lo, maltratá-lo... E para piorar, agora era melhor-amiguinha da pestilenta Amanda Rice.

Maldita garota... Quem era ela, afinal?

– O que faz aí, com essa cara de mau, Prongs? – disse Sirius Black, sentando-se perto do amigo.

– Padfoot. Caramba, Padfoot... – James suspirou – Você não tem ideia do que presenciei hoje! Foi... não sei explicar. Foi, no mínimo, surreal.

– Deve ter sido mesmo, pra te deixar impressionado... Devo acordar pelo menos o Moony?

– Não, não... Nem sei se queria falar sobre isso, mas como você é meu melhor amigo, sinto que devo compartilhar isso com você.

– Bem, então? Estou curioso.

– Por onde começar... Padfoot, hoje era dia de treino, como você bem sabe. E, sem querer ir direto ao ponto... Encontro Snivellus e aquela garota... em ação, bem debaixo das arquibancadas! Nem sabia o que pensar, os dois estavam decididamente em uma situação indecente, Sirius. Foi chocante.

Sirius, por sua vez, parecia chocado, de fato.

– Que... garota? Amanda Rice?

– Sim, sim, ela mesma! Quem mais! Desde que ela chegou aqui, é uma confusão atrás da outra! Você não se pergunta, Padfood, quem é ela nem de onde veio? Não acha tudo isso muito estranho?

Sirius estava em turbilhão. Não sabia o que estava sentindo, exatamente, mas disse a James:

– Prongs... Não a prejudique... Posso pedir-lhe isso?

James lançou ao amigo um olhar de incredulidade e desconfiança, mas nada comentou sobre o fato.

– Mas e quanto a Snivellus?

– Não se preocupe, Prongs... – disse Sirius, soando perigoso – Dele me ocupo eu. Ele vai aprender uma lição valiosa, se tiver a oportunidade de se lembrar dela nessa vida...


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