Somewhere in Time escrita por Lonely Looney


Capítulo 12
Capítulo 12




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Capítulo 12 –

Último dia de aula. Snape só desejava que fosse seu último dia de vida.

Amanda o ignorava completamente. E agora andava às risadinhas com Lily Evans pelos corredores, como se pudesse se dar ao luxo de ser conspícua.

E aquele maldito Black... A maneira como ele a olhava...!

A maneira como eles se olhavam...

Parecia haver algo tão errado. Tudo parecia ter, simplesmente, perdido o Equilíbrio.

Lucius parecia ainda mais interessado em Amanda Rice, além de tê-la proibido terminantemente de participar das reuniões. Snape não sabia ao certo por quê, mas conseguia convencer Lucius de qualquer coisa, inclusive de que mantinha Amanda sob seu controle e que ela não passava de uma espiã da Grifinória, relatando tudo o que lhes pudesse ser útil. E Snape sempre dava um jeito de salvar Amanda de algum perigo que ela sequer tinha ideia de que estava correndo, sendo simplesmente, criativo.

Ou talvez, Lucius e Cia. é que eram muito tapados.

Sim, provavelmente era isso.

O fato é que... Amanda não estava mais nem aí para Voldemort ou os Comensais, o que tornava as mentiras de Snape mais... críveis. Ela não fazia nada que chamasse ou não chamasse atenção ou representasse perigo. Então, não havia do que desconfiar...

E foi num desses momentos de aparente despreocupação de Amanda Rice, que Snape a acossou num dos corredores do castelo.

– Você está me seguindo há horas, Snape. Afinal, o que quer? – ela perguntou, irritada.

– Amanda, você tem me evitado. Eu preciso falar com você.

– Não temos mais nada a conversar.

– Isso não é verdade! – ele vociferou. – Amanda, espere, não vá. Por favor.

– Você tem cinco minutos.

Snape suspirou.

– Preciso de mais tempo que isso, Mandy. Mas vou começar com o básico... Eu- Novamente, me desculpe. Parece que estou sempre fazendo algo errado e me desculpando com você. Sinto muito. Mas eu já tinha uma história antes de você surgir. Sei que isso soa insensível, mas procure entender. É ainda mais difícil para mim. Não sei se posso lhe dar o que você quer, mas se estiver disposta... Bem, eu não sei... – ele passou a mão pelos cabelos.

– Sinto muito. – ela tomou as mãos dele, quase chorando, novamente. Agora simplesmente parecia um chafariz! – Não deveria ter exigido tanto de você. Eu entendo e afinal, você nem nunca me pediu nada. Eu... eu vou deixá-lo em paz.

Ela soltou-lhe as mãos e tentou não sair correndo, só se afastava com o máximo de dignidade que pôde juntar naquele momento.

– Do que está falando?! – Snape perguntou, confuso. – Aonde vai?!

– Ora... Você fez sua escolha, não fez?

– E pelo visto você fez a sua! – ele falou, soando indignado. – Entendi. Mas logo o Black! Essa realmente é a melhor forma com que você conseguiria me atingir! Muito bem, Amanda!

Black...? Ei! – ela se voltou, agora, definitivamente irritada – Eu não fiz nada para atingi-lo, Sr. Narciso! Por incrível que pareça, nem tudo se trata de você! Primeiro, não há nada entre mim e o Sirius! Segundo-

SIRIUS?!

Segundo! – Amanda apontou um longo dedo na cara de Snape - Eu não lhe devo satisfação alguma! E esse nem era o "segundo", mas então, terceiro: se houve qualquer coisa entre mim e o Sirius, a culpa foi sua! Afinal, QUEM É QUE NÃO ESTAVA LÁ?!

E para a surpresa da garota, Snape a abraçou.

Ele a abraçava como se nunca mais quisesse soltá-la.

– Eu nunca deveria tê-la deixado sozinha. Eu nunca mais vou te deixar, Mandy...

E dessa vez, ela cedeu e deixou as lágrimas fluírem.

******************************************

Amanda não ousou participar do Banquete... Mas deve ter sido um espetáculo e tanto. O que seria da vida de todos, agora?

O Expresso de Hogwarts viria buscá-los amanhã e seria o fim de mais essa jornada para uns e o começo para outros.

E Amanda não tinha nem um espaço no tempo para se definir.

– Que coisa mais triste... O último dia de aula e uns ficam aí, lamentando em frente à lareira.

Amanda sorriu, pois agora, não podia mais deixar de fazê-lo para Sirius.

– E você, o que está fazendo aqui? Por que não está comemorando?

– E o que? Deixar você aqui sozinha? – ele tentou abraçá-la, mas ela se esquivou.

– Sirius... Eu e o Snape... Bem, nós conversamos e...

Ele suspirou, frustrado e irritado e se levantou do sofá, bruscamente.

– Para aquele maldito você dá tudo e para mim, até conseguir ser chamado pelo meu nome foi quase impossível! Nunca mais vou conseguir nada além de um beijo, pelo jeito.

– Não sei o que pretende com esse discurso, mas está longe de me conquistar. Você soa como um cafajeste, além de me fazer soar como uma... como algo que eu não sou.

Eu não quis dizer isso, e você sabe! – ele chutou algo em cima de uma das mesas, irado. – Por que faz isso consigo mesma, Amanda?! Não sabe que merece mais? – ele se aproximou dela, sentando-se a seu lado.

– Eu não sei o que mereço e eu decido o que é ou não é bom pra mim! – ela se levantou, subitamente, soando ofendida.

– Sabe de uma coisa? Eu sei que você vai se arrepender. Não queria que alguém como você se arrependesse de um erro óbvio, mas-

– Sirius Black, está passando dos limites.

Eu sei que estou. E vou fazer mais. Preciso que me prometa que não vai perder contato comigo, Amanda, pois quando precisar de ajuda, você vai ter pra onde ir. Por enquanto, estou morando com o James. Mas se-

Isso é absurdo!

–Não, não é! – ele tomou as mãos da garota, que ficou perplexa com o ato e com tudo o mais – Visto o quanto seu... namorado é instável, acho melhor você me ouvir. Assim que eu tiver minha própria casa, informarei a você.

– Mas isso não me interessa!

– Pode ser que não. Mas eu prefiro correr o risco. Vou voltar para a festa. Boa noite, Amanda Rice.

Sirius saiu através do Retrato e Amanda bufou, sentindo-se mais que confusa. Irritada e faminta, atirou-se novamente num dos sofás, quando alguém entrou na Sala Comunal.

E para seu espanto, era Snape. E ele trazia comida. Estava preocupado com ela...!

E imediatamente, Amanda esquecera qualquer promessa ou problema. Tudo ficaria bem, como sempre.


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