Will Be Eternal escrita por Bia Souza


Capítulo 7
As pessoas mudam - Castiel 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, parece que eu tenho uma maldição, pra sempre estar em dívida com vocês, ein? Me perdoem, garotas... É que eu ando cheia de coisas! Minhas notas nas provas não foram muito boas entendem? Ahh, queria avisar que o capítulo não foi betado... Então me perdoem todos o monstruosos erros no texto! Minha beta anda cheia de tarefas assim como eu, e eu consequentemente a entendo... Mas assim que eu puder, tento achar e corrigir o máximo de erros. Gente não esqueçam de dar a opinião de vocês, ok? Isto vale demais pra mim, entendem? Eu sei que nem mereço as leitoras que tenho com todos os meus atrasos. Sério, perdão. Aqui, um cap bem tranquilo dês da aula de música, quer dizer, tranquilo pra vocês lerem, porque confesso que não foi nada fácil escreve-lo. Castiel, seu estranho! Gente eu vou parar por aqui, pois já demorei até demais nas notas u.u Um beijo, e perdão novamente! Boa leitura.



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Saí da sala estarrecido. Quem ela era afinal? Como ela conseguia transparecer tudo que sentia? Era estranho. A dor de perder seu tudo... A dor de perder seu outro lado, pelo que vi, ela sentia. Ela tinha posto para fora tudo que havia amargado sua vida, usando a música. O mesmo sentimento que aquela garota podia estar sentindo por ter me deixado, estava sendo expressado nas teclas de um piano por uma garota tão complexa e diferente para mim.

Estava sentindo sua falta... A necessidade de possui-la, como fazia há pouco mais de um ano e meio, estava acabando comigo. Me lembrava
dela pela manhã, enrolada em um lençol, seus cabelos desgrenhados e seus olhos azuis ainda modorrentos, encostada na porta da cozinha, me olhando cozinhar as panquecas com framboesa que fazia toda as manhãs pra ela, com um sorriso lindo... O sorriso que tempo depois me levou à tristeza, me tirou tudo, me deixou desnorteado e sem integridade psicológica...


Aquela música aumentou a falta daquelas manhãs tão normais e ao mesmo tempo tão especiais, pelo menos para mim. Doce ilusão a minha de pensar que ela também via sincronia e perfeição em nossos beijos. Eu sentia falta dela, não tinha dúvidas, mas, precisava fazer o que chamam de “ tocar a vida”. Como iria esquecer algo que ainda estava tão fincado em mim? Cobri meu rosto com as mãos na tentativa de proteger minha imagem, mesmo que aquele local estivesse vazio.

–Castiel, velho amigo, não é de total normalidade te encontrar desnorteado dessa forma em público... Vamos ao meu apartamento, sim? Conversaremos sobre o que te aflige lá.

–E seu irmão, e Rosalya? Eles podem estar por lá, Lysandre. Não quero que me vejam assim.

–Meu caro, fique tranquilo, nem meu irmão, nem minha cunhada estão em meu apartamento. Foram visitar meus pais.

***

Chegando ao apartamento de Lysandre,
me senti mais aliviado, eu costumava tocar lá todos os dias há 5 anos.

– Castiel, quer comer? Beber algo talvez?



– Cerveja.


Senti ele enrijecer sua postura ainda de costas e sabia que ele iria argumentar, mas quando virou e me olhou, voltou a virar-se, pegando uma garrafa de Kronenbourg e virando em dois copos.



Não esperei que ele falasse algo, tomei um bom gole e fiz o nó de minha garganta descer, ao menos um pouco.

– Castiel, quer contar o que te aconteceu para que tu saísses daquela forma da aula da professora Michelle?

– Ora, Lysandre, você viu o que aquela garota tocou no piano? Eu a vi ali! Debrah! Eu não vi arrependimento nos olhos dela, mas a música possuía isso. Ela pode ter abandonado alguém que a amava. Como ela
fez... Ou, ela também pode ter sido magoada como eu fui. Eu lembrei de nossos momentos juntos, e de como eu devia esquecê-los.

– Meu caro, não podes simplesmente te expores desse jeito. Sei como sofres. A dor da perda é de machucar por demasiado. Porém, não é de teu feitio te machucares tão fácil, ou ao menos demonstrar isto. Amigo, não gosto de vê-lo sofrer de forma tão drástica... Já se passou um ano e meio. Para ti nem parece ter sido um semestre. Não continues levando essa amargura contigo. Isso só causa dor. E pessoas de caráter duvidoso não merecem isto. Eu sei que este momento está piegas demais. Não queres tocar guitarra para mim? Gosto quando deixas tuas dores se irem quando tocas... Pelo menos por um tempo.

Toquei
I’ll Be There For You, de Bon Jovi. E passamos a tarde assim, entre notas e sons.

No dia seguinte o telefone tocou, me acordando e me fazendo insultar o ser humano que tinha me ligado com nomes inimagináveis. Era meu pai, no começo não entendi ele ter me ligado. O que ele queria afinal? Ele nunca se importou comigo mesmo! Mas depois entendi o seu interesse no meu estado: minha meia-irmã. Ela provavelmente tinha discutido com ele, por isto voltaria para a França em breve e queria morar comigo.

– Claro, diga à Íris que venha, estarei esperando por ela.

– Certo Castiel, ela chega neste domingo. Esteja pronto para buscá-la às vinte da noite.



– Mas tão cedo?- a pressa para se livrar de minha irmã era visível até demais, tinha de provocá-lo.

– Claro, Íris me dá muito trabalho e desgosto, assim como você, então não seja imbecil e pare de reclamar, ela chega domingo.

– Sua linguagem está muito imunda, para um homem de seu nível, senhor Alexander, deverias limpar tua boca, não, teu caráter, não achas?

– Ah, Castiel! Pare de fingir ser tão moralista, certo? Não irá me atingir. Não tenho tempo pra você, quando você deixar de ser um moleque, talvez eu tenha vontade de dizer que tenho filhos.

Não consegui rebater, até porque ele desligou o telefone logo em seguida. Foi um golpe pra mim, mas já estava calejado de golpes como esse. Eu não tinha pai, e já havia me acostumado com isso há tempos.

Passei a tarde ensaiando na garagem, após fazer o isolamento na mesma, ficara muito mais fácil tocar sem me preocupar com a vizinha reclamando de barulho.

Às cinco da tarde, eu saí com Dragon e aproveitei para tomar um sorvete. Sentei num banco, e observei as pessoas naquele local, enquanto Dragon descansava deitado ao lado do banco. Como tudo ali era costumeiro... Não conseguia entender o porquê de eu ainda estar ali...

– Meu caro, continuas desnorteado. Pergunto-me se és sempre assim...- Lysandre falou atrás de mim, sentando-se e afagando a cabeça de Dragon logo depois.

– Oi, você tá bem, Lysandre?

– Digamos que eu estou com muito vigor hoje.

– Que bom... Gastei toda a energia que tinha em minha guitarra agora pouco.

– Deveríamos ensaiar juntos amanhã. O que achas?

– Beleza, te ligo amanhã. Que horas?

– O horário que achares melhor, Castiel. Será demasiadamente interessante nosso “encontro” musical - ele me disse divertido, adorava me irritar imitando um homossexual.

– Pare de veadagem, Lysandre.

– Haha, como se você não gostasse do meu linguajar, assuma que me ama!

– Fale baixo seu gay vitoriano, que me fazer passar vergonha?

– Ah meu amor, não devemos ter vergonha de nossa paixão, não podemos evitar não é verdade?

– Hahahaha, você é muito gay, cara- nisto Dragon se soltou de minha mão e correu o mais rápido que pode pra cima de Nathaniel, nem havia percebido que ele estava na praça, sei que Dragon não hesitou em ir cumprimentar aquele panaca. Não podia evitar, Dragon gostava muito de Nathaniel, afinal ele o conhece desde filhote. E infelizmente já fomos melhores amigos.

Via de longe Dragon pular em cima dele e derrubá-lo, enquanto ele ria e brincava com ele, sem se importar com os outros à volta, coisa que ele não era de fazer, mas, era o Dragon, e o Nathaniel também o estimava muito.

– Me diga... Como você vai buscar seu monstrinho de volta?

– Eu não vou. Você vai. E nem abra a boca pra recusar, você e o Nathaniel se entendem, ao menos não se odeiam, e o Dragon não te estranha.

– Você é impossível- ele saiu tranquilamente, em seus passos lentos. Como ele era autista!

Eles conversaram um pouco e logo ele voltou com o Dragon, com muita dificuldade, devo dizer, ele realmente gosta do oxigenado.

– Bem, eu vou indo ok? O Dragon já aprontou muito hoje. Devia ter caminhado com ele de manhã...

– Tudo bem, amanhã veremo-nos.

Cheguei em casa com um cansaço que apareceu de repente. Pus a comida de Dragon e tentei, sem êxito, dormir. Pensava em minha amizade com Nathaniel, era mais forte até que a minha com Lysandre. Era perturbador pensar no seu lado ruim, que ele fez de tudo na época, para escondê-lo, mascará-lo. Por que ele tinha de destruir algo tão forte e sincero?


Lembrei-me de um poeta brasileiro, que meu avô me apresentara: Caio Fernando de Abreu. Disse ele em um de seus pensamentos: Nada é eterno. O café esfria, o cigarro apaga, o tempo passa, as pessoas mudam...


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Por mais que o Castiel seja fechado, eu quis mostrar um pouco mais dele aqui, pois eu sei como é sofrido para nós, leitoras, não entendê-lo bem. Esperam que tenham gostado :) Review?



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