Will Be Eternal escrita por Bia Souza


Capítulo 5
What Could Have Been Love Will Never Be...


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, eu queria pedir desculpas à todas vocês... Eu sei que deixei de postar, mas foi por que minha mãe fez cirurgia e eu tive que cuidar dela, aí quando ela melhorou nós brigamos u.u Enfim, me desculpem, eu estou com a consciência mega pesada, por favor me perdoem. Mas, pra compensar vocês, aí está um capítulo que eu particularmente, achei MUITO emocionante, porque eu chorei u.u.
Gente! Eu quero agradecer à minha Shinigami perfa, que recomendou minha fic!!! Obrigada por essas palavras tão lindas, sério, muito agradecida, você sabe que se dependesse de mim eu faria um escândalo nas notas iniciais, mas você me pediu discrição, então, vou ser discreta... MAS, ARIGATO SHANTI-SAMA!!! Nem sei como agradecer isso, mas vou tentar, evoluindo cada vez maiiis.
Gente, pra não ficar tão grande, boa leitura pra vocês. Só mais uma coisa, nos últimos parágrafos, tem trechos de músicas, elas estão em itálico ok? Acho que vocês vão entender, ou ao menos espero u.u Kissus***



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Saí dali super feliz com o diálogo, estava com saudades de falar japonês, era estressante ter que me desdobrar pra falar outro idioma, e o sotaque só piorava a situação. Além disso, não havia ninguém que eu realmente conhecia ali, o que me fazia ficar ainda mais desconfortável com tudo.

Lembrei-me de Haruna e disquei seu número rapidamente. Logo uma voz familiar e confortável atendeu:


– Izumo! Você lembrou... Estava com medo de você ter se esquecido de me ligar, você estava demorando e...

– Calma, Haruna! E aí? Como estão as coisas no Japão? - falei receosa porque tinha medo de que ela dissesse que estava ruim ou algo do tipo.

– Tá tudo normal aqui, mas, quem liga? Eu quero saber é de você! Como é aí? E a escola nova? Foram legais com você? Tem algum carinha interessante? - por mais que quisesse me irritar, não conseguia, sua voz de menininha e sua empolgação me faziam feliz.

– Bem... Aqui é quente, a escola é enorme! Tem duas garotas super gentis, e uma é Otome! E tem, sim, uns garotos bonitinhos, mas, não quero me aproximar... E você sabe!

– Tá, tá, Izumo. Qual é a Otome?


– Violette, ela começou à falar o básico do japonês, sabe, aí eu fiquei intrigada e perguntei como ela sabia, já que lá na escola não ensinam outros idiomas, só inglês, que é o básico... E ela desenha tão bem! Assim como a mãe do Ken, ela pode ter uma carreira legal fazendo mangás.

– Poxa, Izumo, você já sabe tudo isso desse povo... - sabia o que aquele comentário significava: ciúmes! E sabia também, o que fazer para deixá-la mais segura, até porque seu lugar não estava ameaçado, nunca!

– Haruna, pare com isso, agora! Elas podem virar minhas amigas, mas seu lugar ninguém toma. Você é única, tá?

– Desculpa, amiga, vou deixar esse medo de lado.

– Faz muito bem, viu?

– Haha, ok! Eu vou terminar de fazer aquele trabalho. Você se livrou, sua doida!

– Tudo bem, vai lá... Qualquer coisa me liga, tá?

– Certo! Beijos, amiga!

– Beijos! Até mais.

Quando desliguei, notei que estava parada na frente de um shopping muito bonito, tinha a estrutura bem moderna e era grande, não tão grande quanto os que via no Japão, mas tão bonito quanto. Resolvi entrar e dar uma volta só pra conhecer, até porque eu tinha que conhecer aquela cidade tão bonita! Ignorei o fato de não saber onde estava, GPS serve pra que, afinal?

Havia lojas de todos os tipos. Circulei o shopping até que, por fim, achei a loja que eu tanto queria examinar. Tinha um letreiro em néon escrito: Total Music. Sempre sonhei em visitar essa loja, mas não sabia que havia uma filial nesse shopping, estava a procurar uma loja de Instrumentos musicais qualquer e realmente fiquei feliz ao encontra-la, até porque, por mais que a cidade seja pequena, a loja é de grande reconhecimento. Principalmente entre franceses. Chegava a ser estranho não ter filiais fora da França, porque, pra mim, esta era uma das melhores lojas musicais conhecidas.


Entrei eufórica no estabelecimento, fiquei encantada ao ver tantas guitarras ali. Me sentei e arrisquei algumas notas que, para minha surpresa, saíram bem até demais. Permaneci tocando por uns 15 minutos até me lembrar de que o que eu procurava naquela loja não era esse instrumento. Me levantei, pondo a guitarra em seu antigo lugar, e voltei a vasculhar a loja até encontrar um piano de cauda curta. Toquei Always, de Bon Jovi, a música que mais faz parte da minha vida. Eu não levo muito à sério esta história de música preferida, pelo menos isso não funciona comigo,mas, se funcionasse, com toda a certeza, seria essa a minha favorita.

Passei uns 30 minutos na loja e, logo depois, voltei pra casa. Teria me demorado mais, se uma mulher que trabalhava na Total Music não ficasse me olhando torto por me ver tocando o piano sem comprar nada. Velho, que medo tive dela! Mas o homem que trabalhava lá era gente boa, até me elogiou, mas acho que nem isso mexeu com a funcionária mau humorada.

Cheguei em casa uns vinte minutos depois, claro, com a ajuda do meu GPS. Estava sozinha, por fim... Não tinha nada pra fazer, e ainda não havia começado os deveres de casa, então resolvi desenhar algo. Fiz uns perfis bobos de qualquer ser humano que nem sei se existe e, quando fui ver, já eram 22:30 da noite.


Me deitei na cama, na esperança de dormir logo, mas eu estava com uma vontade enorme de ligar para Haruna e começar a falar baboseiras, mas, não, ela precisava descansar um pouco, até porque ela nunca foi de acordar cedo mesmo, e em Okasa era praticamente 05:30 da manhã.

Não estava afim de esperar meus pais voltarem, então, fui dormir.

Acordei com o barulho horrível do despertador. Levantei e me arrumei. Como sempre, meu
converse de cano médio, uma blusa preta básica (mais básica, impossível) e cabelo preso em um coque mal feito.

Desci as escadas com má vontade. Minha mãe tomava café sozinha, estava quieta e sonolenta, talvez fosse só o cansaço da noite passada.

– Mãe? Tudo bem? E o jantar de negócios?

– Ah, oi, filha, não pensei que fosse acordar tão cedo... Sim, estou muito bem, o jantar foi um sucesso! Você sabe, né? Seu pai conquista qualquer um, deve ser por isso que ele tem todos os tipos de amigos...

– É mesmo... Bem, eu vou indo, ainda não me habituei com o caminho da escola, e você sabe como o meu senso de direção é bom...

–Hahaha, é mesmo, minha filha, se cuide, viu?

– Certo, okaasan*, Ja ne!

– Ja mata, filha...

Estava quase saindo de casa, quando ouvi minha mãe gritando para que eu usasse o GPS. É, eu realmente não tenho um senso de direção muito bom.

* * * * * *

Na escola, não sabia o que fazer, havia chegado muito cedo, e só tive noção disso quando já estava lá e olhei no relógio da escola. Me sentei num banquinho e comecei a esboçar uns desenhos. O sinal tocou e eu me assustei, claro, isso sempre acontece comigo.


As aulas passaram muito rápido, e, no recreio, fiquei conversando com Eliza e Violette.

Eu achei tão interessante a conversa das meninas! Elas tinham um “um quê” de receptivas, elas queriam que eu criasse amor ao país, à cidade,à escola e, por fim, à elas... A minha vontade de aprofundar uma amizade com elas era tão intensa quanto a delas. Isso me aliviava, aumentava minhas esperanças de viver uma nova vida aqui, e não que eu tivesse muitas. Como disse, não queria me apegar muito.

As três ultimas aulas eram literatura, história e artes. Os alunos se dividiram em grupos na aula de artes, e, se não fosse por Eliza, teria me perdido, não sabia o esquema daquilo tudo. No final entendi que os grupos nessa aula se dividiam por categorias como: música, escultura, desenho, teatro, dança e fotografia. Optei por música, claro, mesmo querendo ir também ao de desenho e teatro.

Fomos à uma sala separada e quem chegou de fininho lá? Castiel, que provavelmente matou as duas aulas anteriores, e só foi naquela pra tocar guitarra. A professora de música era muito bonita: era alta, bem magra, mas seu corpo era bonito, tinha os cabelos ruivos e um estilo anos 50 bem discreto, tinha os olhos esmeralda, contornados de lápis, fazendo o típico delineador gatinho, e seus lábios estavam tingidos em vermelho vivo. Meu Deus, uma pin-up bem aqui na minha frente, e que entende de música!


–Bem, vejo que muitos gostam da minha aula, principalmente o Castiel, né? -ela olhou pra ele com um olhar cúmplice- Sério, Castiel considero um extremo privilégio, mas, por favor, pelo menos seja mais pontual na próxima.

–Claro, desculpa aê, Michelle.- Castiel falou, sorridente, não parecendo muito preocupado com o comentário dela.

A aula passou como um raio de tão rápido, talvez pelo fato de ter sido muito boa. Ela ensinava música de uma maneira extremamente dinâmica. Foi emocionante vê-la tocar
Sweet Child O’ Mine no violino, junto com uma aluna ruiva no cello. Elas conseguiram casar dois tipos de músicas muito bons, tornando a melodia épica.
–Então, gente, precisamos parar com essa história de que “rock é melhor que reggae” e outros comentários como esses... Música é música! O que importa é como a entendemos, como a sentimos na alma. Se uma música te causa arrepios, ela é boa, não? Não quero ensinar apenas o técnico à vocês. Até, porque, de que adianta eu saber tocar e não expressar meus sentimentos? Sintam a música... Sintam o ritmo... VOCÊ!- droga, ela apontou pra mim e todos me olharam com os olhos arregalados; me limitei à apenas gesticular um: eu?


– Venha até aqui...

Me dirigi até lá com o coração palpitando feito louco, minha respiração pesou... Eu puxei oxigênio com uma força descomunal. Minhas pernas estavam bambas, e a distonia que tinha desde sempre atacou de forma incrível.

–Izumo, não é? -assenti, nervosa.


– Ouvi falar de você, sabia? Te vi na Total Music ontem, ou melhor, te ouvi. Quero que mostre aos meus alunos como tocar com o coração, com o sentimento...

–Mas, eu não estou pron-

–Ah, baixinha, você me deve esta, lembra? Toca logo! -Castiel gritou, chamando a atenção de todo mundo.

–Preciso falar mais alguma coisa? -Michelle cruzava os braços, vitoriosa.

Preferi não falar mais nada.
Me dirigi ao piano, sentei no banco e comecei a tocar What Could Have Been Love, a música mais nova de Aerosmith.

Quando comecei, me lembrei do que passei com Armin, meu ex namorado, me lembrei de tudo o que havíamos sentido, das loucuras que havíamos feito, dos beijos que iam esquentando e consumindo um ao outro cada vez mais, até acabarem com o amor... “Eu acordo e me pergunto como tudo deu errado”...E tudo isso virou fogo que queimou a pele e só deixou cicatrizes. Uma queimadura de 3° grau que deformou minha vida, e pode ser que tenha deformado a dele também...

Quando me dei conta estava cantando junto com a melodia. Todas as notas mais graves e mais altas que custei a alcançar estavam fluindo da minha garganta com uma facilidade inimaginável. Será que aqueles sentimentos eram os dele? Será que o arrependimento finalmente bateu em sua porta? “Deveria ser a única coisa destinada a permanecer”...Mas, agora, de que adianta mais? “Seguimos caminhos separados”...Tudo acabou, como chama em concreto banhado em alcóol. Quando o álcool é totalmente consumido, o fogo dissipa. Mas, claro, o concreto ainda fica com marcas daquela reação química tão desesperada... “O que deveria ser amor, nunca vai ser...”


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Notas finais do capítulo

E aí? Vocês gostaram? No próximo, uma surpresa pra minha querida, Kaoru-sama. É, vou te matar de curiosidade até quinta que vem, quem mandou me abandonar? Gente, primeiro, aquela música que a Michelle tocou com a garota ruiva ainda misteriosa, não estava no roteiro, mas fazer oque, os personagens me obrigaram à mudar kkkk', era pra ser outra, mas eu fui pesquisar e achei essa música ai me encantei, caso queiram ver: http://www.youtube.com/watch?v=-4bJdiRcOiU. E a música que a Izumo toca, eu imaginei uma voz grave pra ela,e acabei por achar o que eu queria, se quiserem escutar (lembrando que essa mulher só canta um trecho, infelizmente): http://www.youtube.com/watch?v=zYSK2R2sTm8
Enfim, gente, obrigada por lerem! Reviews, por favoooor?



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