Para Katniss escrita por Tatá Mellark


Capítulo 24
Capítulo 24 - Briga, saudades e... amigo?


Notas iniciais do capítulo

Oi meus leitores lindo. Incrivelmente eu consegui e NÃO demorei a postar. Mas isso graças a vocês! Até agora 18 comentários no capítulo 23 ^.^
Será que nesse capítulo conseguimos passar dos 20?
Vamos tentar?
Boa leitula!
P.S: LEIAM AS NOTAS FINAIS, TENHO UMA PROPOSTA A FAZER!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/302932/chapter/24

Pov Katniss

Eu não estava tão animada para essa viagem. Pelo menos não como as meninas e até mesmo como Gale. Ele só falava de como essa viagem veio em uma boa hora, do quanto iríamos aproveitar para ficarmos juntos e esse tipo de coisa.

Passei a maior parte das minhas férias com Gale, ou com Fox, já que Clove viajou com os pais dela. Aproveitei para passar um tempo com minha patinha, mas claro, sem querer impedir que ela se divertisse com Rue e suas outras amigas.

O dia da viagem havia chegado e finalmente iria reencontrar a Clove e iríamos para o acampamento. Mas tenho que admitir, acho que essa viagem pode mesmo ser boa. Eu estou sobrecarregada, estou estudando como louca. Mas não posso dar moleza, tenho que passar no vestibular e terminar o quanto antes a faculdade para poder trabalhar e ajudar a cuidar de tudo.

Minha mãe mal para em casa, mas acho que isso não se deve apenas a ter de trabalhar para pagar as contas, mas também ao fato de que nossa casa trás muitas lembranças do meu pai e ela prefere ficar longe o máximo de tempo possível. Acho que essa viagem pode servir um pouco para isso também, me afastar um pouco das lembranças do meu pai.

Depois de arrumar as minhas malas, que se resumem a uma mala e uma mochila, fico esperando Gale chegar. Vou com ele para a escola para não precisar que minha mãe pegue meu carro na escola. Já que o irmão mai velho do Gale pode ir pegar o carro dele quando voltar do trabalho.

Meu namoro com Gale está caminhando bem. Nós continuamos muito amigos, a única diferença é de agora nos beijamos, andamos de mãos dadas e fazemos programas de casais. Fora isso, Gale continua sendo o meu melhor amigo. Não vou dizer que estou loucamente apaixonada por ele, mas estou me esforçando para que possa dar certo. Ele me faz bem, me faz feliz.

Quando chegamos ao colégio fiquei esperando as meninas chegarem abraçada a Gale que me falava os planos que tinha para essa viagem. Ele havia pesquisado sobre o local e imprimiu um mapa de todo o acampamento, para podermos conhecer todo o local.

Assim que vi que Foxface e Clove haviam chegado, disse para Gale ir falar com os amigos dele enquanto eu ia falar com as meninas. E assim que chego lá percebo que estavam falando sobre mim e acabamos combinamos uma “noite das meninas”, afinal nós sabíamos que não iriam separar a gente.

No ônibus fui sentada ao lado de Gale. Conversamos um pouco mas depois de um tempo me encostei a ele, que começou me fazer um cafuné e logo caio no sono. Quando acordei já estávamos no acampamento. Jantamos e eu me despeço de Gale, isso demorou um pouco e pude perceber que minhas amigas não curtiam muito esse nosso jeito meio que... Meloso.

Fomos até a recepção onde pegamos as chaves do chalé onde iríamos dormir com outras duas meninas, mas pelo menos não teríamos que dormir em quartos separados.

Clove foi na frente, mas quando abriu a porta todas nos surpreendemos ao encontrar Delly e Glimmer dentro do Quarto desfazendo suas malas. Aquilo só podia ser brincadeira, e de muito mau gosto.

Entramos no chalé e elas se viraram para nós, aparentemente tão assustadas como nós.

- O que vocês estão fazendo no nosso chalé? – perguntou Delly com seu tom arrogante. Acho engraçado que ela não o usa perto do Peeta.

- É isso o que nós também queremos saber, afinal, esse é o nosso chalé. – disse Clove e parece que ela já estava perdendo a paciência.

- De vocês uma ova! Na lista esse estava como o nosso chalé. – disse Glimmer.

- Estava como o nosso também! – exclamo.

- Ahhh não! Só pode ser palhaçada. Colocaram a gente para dormir no mesmo chalé que elas!- disse Fox esclarecendo toda aquela situação.

- Não, não, não e não! Eu não durmo com vacas! – falou Clove e pude ver os olhos de Glimmer faiscarem.

O que nos menos precisamos agora era de uma briga. Afinal, havíamos ido a essa viagem para aproveitar e descansar. Então resolvo intervir antes que a Clove pule no pescoço da Glimmer.

- Olha. Isso só pode ser um mal entendido. Vamos fazer o seguinte, Fox e Clove vão chamar a diretora Coin ou o Haymitch e tragam eles aqui. Assim vamos poder resolver tudo isso. - digo querendo resolver tudo o mais rápido possível.

- E você Kat? – pergunta Fox.

- Eu vou ficar aqui cuidando das nossas malas, pois não confio em deixar essas aí sozinhas com as nossas coisas. – digo, e é a mais pura verdade. Não confio nem um pouco nessas duas.

- Como assim? Por acaso acha que nós iríamos mexer nas coisas de vocês?- pergunta Glimmer e logo dá uma risada sem humor. – Me poupe né?

- Que seja. Vão logo meninas, não vou suportar muito tempo está no mesmo espaço dessas duas. - digo e logo Clove e Fox saem do chalé para ir atrás de alguém que possa nos ajudar.

Não se passaram nem dois minutos que as meninas haviam saído e eu já não aguentava mais. Elas só estavam falando besteiras como roupas e a quantidade de meninos que ficaram na última festa que foram.

- E você Katniss, ainda está namorando aquele menino? – pergunta Glimmer como quem não quer nada, mas pude notar uma troca de olhares com Delly. – Qual o nome dele mesmo?

- Gale, e sim, ainda estou namorando ele. – respondo o mais normal possível. – Por quê?

- Nada, era só para saber se você já tinha parado mesmo de correr atrás do Peeta. – dessa vez é Delly quem provoca.

- Eu? Correndo atrás do Peeta? – dei uma risadinha – Você deve esta me confundido com você não? Por que pelo que eu saiba é você que não sai do pé dele e aceita qualquer migalha de atenção que ele te dá.

- Mas quem vive das migalhas de carinho e atenção aqui é você, pois esse seu namoradinho só fica com você por pena. Já que é só isso que as pessoas sentem por você, todos só têm pena de você. Da pobre menininha que perdeu o pai. Pai esse que matou outras duas pes... – Delly fala, mas não consegue falar mais nada, já que dei um belo tapa naquela cara de pau.

Ela logo tratou de revidar e em poucos segundos já estávamos rolando no chão trocando tapas, arranhões e xingamentos. Glimmer tentava inutilmente me tirar de cima daquela vaca loira enquanto eu depositava muitas tapas nela.

- MAS QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – alguém gritou da porta, foi quando percebi que a diretora Coin, Clove, Fox e Haymitch estavam na porta do chalé. Foi Haymitch que gritou e logo foi para onde estávamos e me tirou de cima de Delly.

- Foi a Everdeen quem começou. Do nada, ela pulou em cima da Dellyzinha. – Glimmer tratou logo de me acusar.

- Isso é verdade senhorita Katniss? – perguntou a diretora.

- Claro que não! – disse Clove partindo em minha defesa.

- Que eu saiba você não é a senhorita Katniss. – disse Haymitch ainda me segurando.

- Toma! Vai de novo! – provocou Glimmer. Vi que Foxface teve que segurar Clove para que outra briga não começasse.

- De certa forma, fui eu sim quem comecei a briga. Mas foi ela quem começou a falar o que não devia. – falei pela primeira vez desde a chegada de todos.

- E o que seria no caso? – perguntou a diretora.

- Ela... Ela começou a falar... Do meu pai. – disse já sentindo as lágrimas virem aos meus olhos, mas fiquei firme, não iria dar esse gostinho a Delly.

- Tudo bem, vá dar uma volta e esfriar a cabeça. Tenho certeza que suas amigas não se incomodaram em levar suas malas para o novo chalé de vocês. Vou arranjar algumas meninas para trocar com vocês. Agora vá, você precisa de um tempo para pensar, um tempo sozinha não? – falou a diretora, e ela estava certa, eu precisava esfriar a cabeça.

- Sim... – respondo em um fio de voz.

Assim que Haymitch me solta eu vou em direção a porta, mas entes de chegar à mesma Clove e Fox aparecem na minha frente e me abraçam. Não recuso afinal o que eu preciso agora é de carinho, mas também de um pouco de espaço.

Saio do chalé e começo a andar pelo acampamento. A maioria do pessoal do colégio está andando conhecendo o local, ou nos seus próprios chalés. Continuo andando até que me deparo com um lugar muito bonito. É como se fosse uma varanda ou algo assim, tem um banco bem grande e dá uma bela vista da subida da serra e do céu muito estrelado. Não havia reparado antes, mas a noite está muito bonita.

Fico em pé, apoiada no suporte de madeira trabalhado que tem lá. São nesses momentos que eu mais sinto a falto do meu pai, quando estou em silêncio e escuto as batidas do mau coração. Permito-me tirar um pouco a mascara de forte e durona e deixo que as lágrimas rolem livremente.

Meu pai era uma das pessoas que eu mais amava, e ainda amo. Mesmo não o tendo comigo, mesmo sem os seus conselhos, seus carinhos, suas brincadeiras. Sinto tanto a falta dele que às vezes a dor chega a ser tão insuportável que acordo diversas vezes na noite chorando ou com pesadelos. Pesadelos esses que acho que nunca vão me deixar em paz.

Escuto passos pesados atrás de mim e a primeira coisa que penso é que é Gale, que soube da briga e imaginou o quanto eu estaria precisando dele. Sem pensar em mais nada, me viro e o abraço. Mas logo percebo que estava enganada. Quem eu estava abraçando não era Gale, já que como Gale é muito mais alto que eu, acabo não me encaixando bem. Mas essa pessoa na qual estou abraçada... Eu me encaixo perfeitamente a ela.

É quando levanto os olhos, que possivelmente estão vermelhos por conta das lágrimas, e vejo de quem eu estou abraçando. Todos os meus músculos travam quando dou de cara com aquele par de olhos azuis hipnotizantes. Peeta. Era a ele a quem eu estava abraçada. Quando finalmente essa informação tem sentido para mim e saio do transe no qual eu estava, me afasto bruscamente dele.

- O que você está fazendo aqui? Vai embora!- digo para ele seca.

- Kat... Não faz assim, eu sei que se não fosse eu, você permitia que ficasse ao seu lado. Por favor, será que pelo menos só por hoje eu não posso ser... um amigo? – diz ele em um tom gentil.

- Amigo? – pergunto confusa.

- Sim, um ombro amigo. Se você preferir não precisa falar nada. Só te peço que me deixe ficar aqui e te fazer companhia. – diz ele abrindo os braços me oferecendo um abraço. – Por favor Katniss.- o modo como ele falou o meu nome fez com que o meu corpo se arrepiasse.

Mas não estava em condições de discutir, e no fundo nem queria. Aproximei-me de Peeta que me acolheu em seus braços. Seu abraço era protetor e fez com que eu me sentisse bem, que eu me sentisse segura. Mesmo que eu não admitisse, sei que sentia a falta de Peeta. Do tempo, mesmo que tenha sido pouco, no qual ele se aproximou de mim e éramos apaixonados, pelo menos eu era apaixonada por ele.

Ele nos guiou para o banco ali próximo, se sentando comigo junto. Ele não me soltou, me manteu em seus braços, com a cabeça encostada em seu peito, onde pude escutar as batidas do seu coração.

Não sei quanto tempo já havia se passado, mas nós continuávamos ali, sentados, abraçados e em silêncio. Peeta fazia carinho em meus cabelos e eu simplesmente aproveitava o momento, pois sabia que quando minha consciência me atingisse eu sairia dali e me manteria afastada de Peeta.

O tempo esfriou e provavelmente já deveria ter passado das 22hrs. Um vento frio soprou e fez com que eu me arrepiasse e me encolhesse mais ainda sobre o peito de Peeta. Ele percebeu, pois passou suas mãos em meus braços na tentativa de amenizar o frio.

- Me deixa colocar a minha jaqueta em você – ele disse separando os nossos corpos, ficando de frente para mim.

Depois de tirar a jaqueta ele me olhou por alguns segundos e passou-a sobre os meus ombros. Nesse momento estávamos bem próximos, cara a cara. Pude sentir a respiração de Peeta e seu hálito de menta. Seus olhos estavam fixos nos meus e nem se eu quisesse conseguiria desviar, pois era como se um campo de força estivesse ligando os nossos olhares.

Uma das mãos de Peeta foi até meu rosto e com o polegar ele começou a desenhar círculos na minha bochecha. Seu toque fez com que uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo e involuntariamente fechei um pouco meus olhos sentindo melhor o carinho.

Peeta começou a se aproximar, ainda com seus olhos fixos nos meus, e colou nossas testas. Naquele momento não existia mais nada, nem acampamento, nem brigas, nem Gale, nada. Só Peeta e eu. E foi quando pude sentir meus lábios serem cobertos pelos dele. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? sou má não? kkkkkk Próximo capítulo promete ;D
Gostaram? Então comentem!
Sim, como eu disse lá em cima tenho uma proposta a fazer.
Como alguns leitores (Lis Fabray) cobraram o Finn e a Annie e eu já estava com a ideia de fazer um momento deles nessa viagem, queria saber o que vocês acham.
Para quem lembra (Belle) o Finn é o professor de Ed.física e a Annie é a professora de Química e eles foram na viagem como monitores.
Então, o que acham de um fazer uma povzinha deles?
Me digam a suas opniões!
Bjs, Tatá :3