Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 12
Capítulo 12




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Apesar de ter me deixado levar por seu beijo ardente, eu ainda estava preocupado com toda aquela situação. Galina me pressionava e o tempo que ela havia me dado para convencer Rose estava no fim. Mais do que isso, minha própria paciência estava acabando. Eu conhecia Rose o suficiente para saber que ela se tornaria facilmente uma inimiga minha se fosse despertada contra sua vontade. Ao mesmo tempo, eu conhecia vários Strigois que foram despertados por sua própria escolha e estes tinham verdadeira devoção para com o vampiro que fez o trabalho.

Aquele jogo que seu estava traçando com Rose estava no fim e eu sentia que não estava progredindo o bastante com ela. Mesmo com a mente cheia de endorfinas das mordidas, mesmo com toda aquela sedução que eu a envolvia, ela não cedia. E aquilo estava realmente me irritando.

Buscando minhas memórias da minha vida como dhampir, tentei resgatar momentos vividos com Rose, na esperança de fazer com que ela visse as vantagens de me seguir.

“Venha,” eu disse, me afastando do beijo e me levantando. “Vamos lá.”

“Onde estamos indo?” Rose me encarou com olhar confuso.

“Para fora.”

Ela se sentou na cama, ainda com expressão confusa em seu rosto. “Fora... lá fora? Mas... Isso não é permitido. Não podemos.”

Realmente, ela sozinha não podia. Mas sob a minha supervisão, qualquer coisa era permitida. “Nós podemos fazer qualquer coisa que eu quiser.”

Eu segurei sua mão e fomos até a porta e digitei o código de acesso sem mesmo me preocupar se Rose observava. Com tantas endorfinas em seu sistema, era improvável que ela conseguisse decorar uma sequência de números. Passamos pela segunda porta e em seguida pelos corredores e sala da casa de Galina. Rose parecia maravilhada com a beleza da casa, e com razão. A mansão era ricamente decorada, seguindo um estilo antigo, com quadros e tapetes caros. A iluminação era feita por candelabros, o que dava um toque ainda mais intrigante ao local.

Eu tinha ouvido que aquela casa pertenceu a um antigo e rico Moroi que se tornou Strigoi por sua vontade. Contavam que Galina derrotou este Strigoi e se apossou de todos os seus bens. Mas sabia ela que isso era um prenuncio do que eu mesmo faria com ela. Aquela casa também era um dos meus objetos de desejo.

“O que você está fazendo?” A voz conhecida ecoou pelo corredor e eu senti uma enorme repugnância em mim. Era Nathan, o Strigoi que me despertou. Eu não conseguia passar indiferente por ele. De alguma forma, ele achava que tinha um certo controle sob mim o que me irritava profundamente. Ao me virar e olhar para ele, encostado na parede, senti meu corpo todo enrijecer, como se fosse travar uma batalha.

“Estou levando-a para uma caminhada.”

“Isso é contra as regras. Já é ruim o suficiente você ainda a mantenha aqui. Galina deu ordens para você mantê-la confinada. Nós não precisamos de uma dhampir selvagem correndo por aí.”

“Ela parece com uma ameaça?” Respondi rispidamente apontando para Rose, que parecia estranhamente amedrontada com tudo aquilo. Nathan olhou para ela e deu um pequeno sorriso sarcástico, mas logo ficou sério novamente, quando se dirigiu para mim.

“Não, mas eu fui designado para cuidar desta porta, e eu não vou entrar em problemas só porque você quer ter um passeio no campo.”

“Eu seu lidar com Galina. Direi a ela que lhe dominei, não será difícil para ela acreditar nisso,” eu disse, sem conseguir conter um pequeno sorriso. Aquela pequena provocação fez os olhos de Nathan arderem em raiva. Eu, particularmente, gostava daquilo.

“Você é tão cheio de si. Eu não lhe despertei para você agisse como se você estivesse no comando por aqui. Eu fiz isso para que nós pudéssemos usar sua força e conhecimento interno. Você deveria se submisso a mim.”

Eu já tinha ouvido aquelas palavras tantas e tantas vezes que já sabia onde tudo iria dar. Com desdém de sempre, apenas dei de ombros e peguei a mão de Rose. “Não é minha culpa se você não é forte o suficiente para me submeter a isso.”

Eu não precisava olhar para Nathan para saber que ele havia partido para cima de mim. Era sempre a mesma coisa, ele nunca aprendia que não podia me enfrentar. Sem pensar muito, soltei a mão de Rose e me virei para golpear Nathan, que foi arremessado com força contra a parede. Ele não se abalou com o golpe e tornou a me vir me atacar, mas ele realmente não podia me enfrentar. Eu não deixei sequer que ele tentasse me atingir, antes, soquei várias e várias vezes o seu rosto até que seu sangue jorrou. Ainda, sem piedade, lhe apliquei um forte chute no estômago.

Nathan parecia um boneco destruído. Eu o seguei de forma que pude olhar em seu olhos. “Não tente me atacar,” eu disse irradiando raiva e ao mesmo tempo prazer por vê-lo derrotado. “Você sempre irá perder.” Rapidamente, eu limpei o seu sangue que estava na minha mão e segurei Rose novamente, mas ainda mantendo meus olhos em Nathan. “Eu já disse, eu sei lidar com Galina. Mas, obrigado por sua preocupação.”

Eu segui meu caminho pelo corredor, puxando Rose comigo. Percebi que ela ainda lançou um olhar para Nathan, mas eu o ignorei. Ele não merecia qualquer preocupação.

“Você não está seguro! Nenhum dos dois está. Ela é almoço, Belikov. Almoço.”

Aquelas últimas palavras dele acenderam a ira dentro de mim. Ele não podia determinar nada sobre Rose, ela me pertencia e seria minha para sempre. Apertei a mão dela com força.

“Nathan me assusta,” Rose murmurou.

Aquelas palavras dela me surpreenderam, Rose sempre foi brava e determinada, mas naquela hora pareceu muito fraca e indefesa, mas eu sabia que parte da fraqueza dela era originada daquela situação que eu a submeti.

“Ele não vai tocar em você,” eu disse duramente, pensando no que eu seria capaz de fazer caso Nathan se atrevesse fazer algo contra Rose. “Você não tem nada para se preocupar.”


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