Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 11
Capítulo 11




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Enquanto meus dentes perfuravam a pele dela, pude ver a dor de seu rosto se transformar em prazer. A mordida de um vampiro possui endorfinas que dão às nossas vítimas a falsa sensação de que tudo ficará bem. Eu confesso que isso deixava tudo melhor. Rose não oferecia qualquer resistência e era claro que a partir dali, eu podia ter o que quisesse dela.

Tive que usar quase toda minha força de vontade para me impedir de beber todo o sangue dela. Eu desejava Rose e desejava de todas as maneiras, mas a sede por seu sangue era o maior de todos os desejos. Eu me afastei um pouco, passando a mão pela minha boca, ainda tentando me controlar e sondando a reação de Rose. Ela parecia frustrada e confusa. Eu podia ver em seus olhos sua luta interna para não aceitar aquilo.

“Porque... o que... você disse que seria minha escolha...” Suas palavras saíram vagas.

“Ainda é,” respondi forçando meu melhor para me manter controlado, mas minha respiração ainda estava pesada. Eu queria beber mais dela e minha mente parecia se focar somente nisso. “Eu não estou fazendo isso para lhe despertar, Roza. Uma mordida como essa não vai transformar você. Isso... bem, isso é apenas diversão.”

Eu tentei o máximo que pude, mas não resisti. Parti novamente para o pescoço dela e bebi novamente o seu sangue. E eu tinha certeza que nenhum do mundo se comparava ao de Rose.

***

Os dias seguintes se passaram muito rápido e também se aproximava o prazo que Galina havia me dado para terminar com isso. Mesmo assim, me mantive paciente e segui com meu plano. As endorfinas deixavam Rose sob controle e para mim não era nenhum sacrifício deixá-la dopada.

Eu dividia meu tempo entre cumprir, de forma exemplar, todas as ordens de Galina e checar Rose – e essa era sempre a melhor parte do dia. Todo tempo em que eu estava fora sempre meus pensamentos se voltavam para ela e, quando a encontrava, eu não sabia dizer o que era maior: se a sede por seu sangue ou o desejo que eu tinha de tê-la. Nós nos beijávamos e ficávamos juntos, mas eu sabia que não podia ir além disso. Rose era forte, mas ainda era uma dhampir. Um dhampir nunca sobreviveria a um sexo com Strigoi. E tudo que eu não queria era ver Rose morta. Mas isso não queria dizer que nossos encontros não podiam ser bem quentes.

Mesmo assim, o meu foco em transformar Rose era maior do que qualquer vontade minha. E quando estávamos juntos eu sempre procurava dizer a ela tudo que eu planejava. Como íamos ser invencíveis juntos e como seriamos poderosos quando ela despertasse.

Eu continuei bebendo seu sangue, eu percebia que Rose precisava daquilo e eu também. Se ela fosse transformada eu não teria mais esse prazer então, eu tentava tirar o maior proveito que eu podia.

“Deixe-me ver o seu pescoço,” perguntei um dia quando estávamos deitados.

“Já?” Rose parecia surpresa e ansiosa. Ela desejava muito minha mordida, mas não era isso que eu tinha em mente, não ainda. Puxei do meu bolso um colar de ouro branco e safiras. Eu havia trazido muitas jóias para Rose. Ela ficava poderosa usando coisas caras e eu gostava da sensação de poder. Algumas peças eu havia trocado por favores, outras eu havia pego das minhas vítimas. Aquelas mulheres não iriam mais precisar delas mesmo e, de toda forma, sempre ficavam melhor em Rose.

Os olhos dela olhavam de forma encantada para as pedras azuis brilhantes. Depois que coloquei em seu pescoço, passei meus dedos por eles e percebi que Rose usava um vestido azul, no mesmo tom da pedra do colar.

“Lindo, combina.” falei e Rose sorriu.

“Como você conseguiu?”

Eu sorri ao pensar na mulher que usava aquele colar e de como eu havia drenado seu sangue até a sua morte. Definitivamente, Rose não iria querer ouvir isso. “Eu tenho minhas fontes,” disse apenas.

“Você é como Abe,” ela falou pensativa. Eu nunca tinha ouvido Rose falar aquele nome.

“Quem?”

“Um cara que conheci. Abe Mazur. Ele é algum tipo de chefe da máfia... ele ficava me seguindo.”

Eu enrijeci. Todos nós conhecíamos Abe Mazur. Era um Moroi que muitos Strigois procuravam não cruzar seu caminho, ou tinham algum tipo de associação com ele. Ele tinha muitas conexões e todos sempre terminavam em suas mãos. Galina, vez por outra, sempre acabava precisando de um favor seu e isso fazia dele um homem muito poderoso. Eu realmente não entendia porque não se abava com ele de uma vez por todas. Talvez eu mesmo fizesse isso, qualquer hora dessas.

Mas, o que ele tinha a ver com Rose?

“Abe Mazur estava seguindo você?”

“Sim, e daí?” Rose respondeu com aquele jeito típico dela que parecia ler meus pensamentos.

“Por quê? O que ele queria com você?”

“Eu não sei. Ele ficava querendo saber por que eu estava na Rússia, mas finalmente desistiu e queria que eu fosse embora. Eu acho que alguém da Academia o contratou para me encontrar.”

“Eu não quero você perto de Abe Mazur. Ele é perigoso.” A simples ideia de Abe estragar meus planos me irritou profundamente. Ele estava na Rússia e provavelmente estava procurando por ela agora, embora eu não conseguisse imaginar o porquê. Não seria difícil para ele chegar a Galina e, consequentemente, em mim e Rose. E, eu estou certo que ele encontraria uma forma de levá-la de mim. Por um momento, esqueci que nunca deixaria Rose sair dali antes de ser transformada. Tentei colocar minha mente em ordem, passando os dedos por seus braços, absorvendo a sensação de sua pele quente e macia neles. “Claro, pessoas como essas não serão um problema se você despertar.”

“O que você fez hoje?” Rose perguntou numa clara tentativa de mudar de assunto.

“Busquei errantes para Galina jantar.” Esse assunto era melhor que pensar em Abe.

“Você bebeu deles?” Ela perguntou franzindo a sobrancelhas. Eu corria meus lábios por seu pescoço, e meus sentidos só conseguiam se focar no sangue dela pulsando em suas veias.

“Não Roza. Eles eram comida. Isso é tudo. Acabou rápido. Você é a única com quem eu tenho prazer nisso.”

Ela passou as mãos pelos meus cabelos, como sempre fazia “Você continua esperando para me despertar... mas nós não seremos capazes de fazer mais isso. Strigoi não bebem um dos outros, não é?”

“Não. Mas isso valera a pena. Nós podemos fazer muito mais...”

Eu não mencionei com todas as palavras, mas eu realmente me referia a sexo. Eu precisava de Rose dessa maneira, mas ia somente até onde era seguro. Ao mesmo tempo, eu sabia que os acontecimentos daquela cabana ainda eram tão vivos para ela como eram para mim. Então eu realmente usava carícias e provocações não só para me satisfazer, mas para dar a ela pequenas amostras do que poderíamos ter se ela aceitasse ser despertada.

Eu mantinha Rose sempre dopada, com as endorfinas em seu sistema, ela ficava mais maleável e fácil de conduzir. Normalmente, ela teria resistência a qualquer contato, eu sabia bem como um dhampir pensava sobre Strigois e, se ela ficasse lúcida, seria mais difícil de ser convencida.

“Aqui vamos nós,” ela pareceu zombar. “os lances do vendedor. Vida eterna. Invencibilidade. Nada ficara em nosso caminho.”

“Isso não é uma piada,” disse duramente. Muitas vezes eu não tinha mesmo paciência para o sarcasmo de Rose. “Nós não podemos ficar assim para sempre. Nós não podemos ficar aqui para sempre.” Eu a apertei com força para que ela entendesse que eu não estava brincando.

Com cuidado, ela se desvencilhou do meu aperto e passou seus braços pelos meus ombros, me abraçando e tentando me beijar. Eu não cedi.

“Não podemos falar sobre isso depois?” Ela falou mansamente e, então, nos beijamos.


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Notas finais do capítulo

No livro, a Richelle não deixou claro se Strigois e dhampirs podem ou não podem fazer sexo...
Essa explicação aí do Dimitri, foi invenção minha... por isso se você pensou diferente, tá valendo rsrs