Mas um dia na escola tinha passado, passei a manhã toda me esquivando para não ter que conversar com Joseph. Mas infelizmente, quando eu sai do colégio, ele estava lá me esperando. Eu resolvi, então, que não iria mais fugir, eu ia ter aquela conversa.


Ele olhou nos meus olhos com seus lindos olhos castanhos. Meus olhos azuis e cansados apenas o fizeram entender que aquela era a hora. Nos sentamos de baixo da nossa arvore, não muito longe da entrada do colégio. Ele pe olhou esperançoso. 

- Eu apenas.... não sei mais o que fazer.- foi o que eu disse para ele.-Era para ser um dia normal, mas então eu apenas recebi um ligação, Joey. -ele sorriu ao me ver usando seu apelido, mas ficou serio logo depois. 

-Você não pode tentar enfrentar tudo sozinha, e eu estou aqui, Sarah. Sempre estive, sempre vou estar. Eu vejo o quanto você se cobra para ser a melhor nos estudos, mas não adianta tentar fugir da realidade. - ele botou uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha. Eu dei um leve sorriso.-Vamos comer algo.

-Não, Joey. Hoje não. Tenho que ir para casa, já esta tarde. Mas amanhã eu prometo que eu vou.- falei olhando em seus olhos.

-Ok. Mas de amanhã não passa.- ele se levantou e me ajudou a levantar. Ele me deixou na porta de casa. 

 Andei lentamente sobre o gramado. Peguei as chaves na minha bolsa, botei-as na fechadura, dei um largo suspiro e entrei. Ele estava no sofá, Anabel já saiu. Fui direto para a cozinha.

 Eu estava lavando as minha mãos quando ele veio por trás de mim e me abraçou. Ele começou a passar as mãos pelo meu corpo, e as lagrimas começaram a brotar. Minha mãos começaram a tremer. Senti uma gota de suor escorrer por minha testa. Ele me puxou para o sofá. E eu fiquei imóvel, vendo ele tirar cada peça de minha roupa, as lagrimas caindo silenciosas de meus olhos. 

 Suas mão passeando por meus seios, a ânsia de vomito crescendo em meu estômago. Ele começou a me beijar. Em algum momento, se posicionou dentro de mim, e gemeu alto, até o momento que ficou satisfeito. 

Lentamente eu levantei e fui para o meu quarto, entrei debaixo do chuveiro, chorando. Passando a esponja com rapidez e raiva por cada canto do meu corpo, para tirar qualquer resquício daquele homem. Minha pele quase em carne viva, meu olhos se sucumbindo em lagrimas. O grito preso em minha garganta. Foi assim que eu fui dormir. 

~.~ 

Cheguei cedo na escola, sai o mais cedo possível de casa, apenas para evita-lo. Incrivelmente, Joseph já estava parado encostado em nossa arvore. Me aproximo dele e vejo seu sorriso aumentar, e pela primeira vez em dias, também sinto vontade de sorrir. Ele me da um abraço, e eu o retribuo.

-Como dormiu, Sarah? - pergunta ele.

-Bem- respondo meio incerta.- E você? 

-Depois que você voltou a falar comigo, eu praticamente não consegui dormir, de felicidade. 

-Claro- rapidamente a expressão dele muda e seu olhos ficam presos a um ponto fixo em minha pele, onde estão as marcas da esponja.

-Mas o que é isso? -fala ele, com raiva.