Pov Hermione

         Eu estava de boa debaixo da árvore, sem fazer mal a ninguém e sem incomodar, só lendo um livro, e daí vieram as pessoas que eu ainda não entendi por que eu chamo de amigos, devo ser masoquista.

         Gina, Luna, Harry, Rony e a fuinha loira se sentaram do meu lado.

         Estranho o meu irmão não está com eles, e isso só pode significar uma coisa: merd*. Com o passar dos anos a gente aprende que não se deve deixar Orion Sirius Black sozinho a menos que você queira meio castelo sendo destruído, e o que sobrar sendo destruído por mim, pois eu ia matar o imbecil.

         - O que ta lendo Mi? - perguntou a Barbie oxigenada.

         - Nada que te interessa Malfoy. E pela última vez é Black Malfoy, Black. - falei já começando a me irritar.

         Mas que culpa eu tenho se puxei o temperamento de Marlene Mckinnon?

         - Querida, você só vai ser Black Malfoy quando nos casarmos. Eu estava pensando em ir mais devagar, mas se você que assim...  - ele disse com aquele maldito meio sorriso que faz quase todas as meninas de Hogwarts suspirarem. Menos eu.

         Interessante, nunca tinha percebi que um bom livro pesado pudesse servir como arma. Mas na hora a gente usa o que tiver a mão.

E foi o que eu fiz. 

         - Gente!!! - gritou o ser que eu chamo de irmão - De novo? - ele perguntou para Gina, Luna, Harry e Rony, olhando para a gente.

         Acho que eu não expliquei isso né? Acontece o seguinte, certa fuinha albina vive me testando pra ver até onde eu aguento antes de explodir, mas quando eu explodo, digamos que ele ahh... Apanha. E muito. Com qualquer coisa que eu tenha nas mãos ou com os punhos mesmo. E o idiota fica rindo.

         Ultimamente o jeito que ele achou para me irritar foi tentar me convidar pra sair, dizendo que eu amo ele e que ele me ama. Okay isso até pode ser fofo, mas uma semana depois que o Malfoy me disse isso pela primeira vez eu o vi se agarrando com a Pansy Buldogue Parkison. Apartir dai você já pode imaginar a minha reação sempre que ele fala que me ama ou me chama pra sair.

         - Que novidade tem nisso? - perguntou Rony. E os demais menos eu e o Malfoy concordaram.

         - Ta, mas olha o que eu achei. - Disse ele puxando um objeto dourado do bolso.

         Era uma pequena ampulheta cheia de areia e presa por tiras douradas que formavam um circulo.

         Eu já tinha visto isso em algum lugar, talvez algum livro. Mas não...

         Será? Não, eles foram quase todos destruídos ano passado.

         Acho que esse foi um dos que sobreviveu.

         - É um vira tempo. - A minha voz estava quase nula. Quantas coisas eu poderia aprontar com ele...

         Posso ser a santa do grupo, mas mesmo assim sou filha de Sirius Black.

            Todos nós nos inclinamos para ter uma melhor visão do objeto. Ele era lindo, atemporal (me jura?!), brilhante, mas ao mesmo tempo discreto. Era diferente, não se parecia com o que eu usei no terceiro ano para salvar o meu pai.

         Esse tinha um magnetismo, uma vontade de virar para ver qual era a sensação.

         Alguns minutos não iam fazer mal a ninguém né? Bom se fizer azar.

         Acho que todos nós tivemos a mesma ideia pois nos inclinamos ao mesmo tempo para tocar-lo. Só que o meu querido irmão (saca a ironia) se inclinou demais e caiu em cima de nós, fazendo com que o vira tempo desse varias e varias voltas.

         Toquei a mão de todos para que nós não ficássemos em tempos diferentes. E então eu senti.

         As paredes pareciam estar derretendo, se formando e derretendo de novo, o chão sumiu dos meus pés, era milhares vezes pior que a aparatação e eu sentia que estava esquecendo um membro pra traz, meu corpo aquecia como se estivesse pegando fogo e depois ficava frio como se eu estivesse na Groelândia.