Renesmee Cullen - A Mestiça escrita por Escritora


Capítulo 12
Sangue




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O filme era absolutamente violento, cheio de sangue, com pessoas sendo estraçalhadas a cada segundo, e por um instante eu pensei que talvez Damon tivesse razão a respeito de não ficar ao meu lado durante filmes de terror, todo aquele sangue, sim, muito sangue, sangue quente que jorrava para todos os lados, depois de alguns minutos eu não sabia nem ao mesmo que rumo a história tinha tomado, eu estava cheia de vontade de... Vontade de sangue. Senti meus músculos se contraírem, mesmo estando escuro eu enxergava bem as pessoas que tinham sangue correndo nas veias.

E vários gritos tomaram o cinema, gritos de horror, gritos apavorados.

Era uma cena forte do filme, eu respirei fundo e senti a mão forte de Jacob apertando a minha.

“Você se assustou?”

Ele sussurrou em meu ouvido.

“Um pouco...”

Respondi.

“Quer ir embora?”

Eu queria ir, mas uma coisa me impediu de dizer isso a ele, quando eu fui sussurrar em seu ouvido que gostaria de ir, senti o cheiro inebriante do seu sangue quente que corria nas veias, e em delírio disse a ele, que não, que queria ficar ali. Ele sorriu enquanto eu cheguei mais perto. Apertei minha mão a dele e ele me envolveu com seu braço, aquele braço forte, e aquele coração batendo dentro dele. Eu levantei meu rosto até seu pescoço e quase sem perceber encostei levemente meus lábios nele causando um arrepio imediato.

“Desculpe, foi... Sem querer...”

Tentei me concentrar em algo que não fosse o sangue dele.

“Tudo bem...”

Ele falou baixinho.

Eu me reencostei em seu peito, e tudo começou a voltar, aquele desejo, aquelas coisas dentro de mim, e aquele sangue que circulava em todo o corpo dele. Uma mão fria tocou a minha e me puxou para seu lado, era Damon.

“Se você chegar mais perto, mais acabar estraçalhando seu amigo...”

Damon falou num tom sério e me fez voltar a mim, o que eu estava fazendo, o que tinha acontecido? Fiquei nervosa só de pensar que pensei na possibilidade de tomar o sangue de Jake, não, ele não. Eu jamais faria isso com ele. Antes do filme acabar eu pedi para sair para dar uma volta, e Jake, docemente aceitou, nos sentamos em uma mesa de um bar e começamos a conversar.

“Jake, me desculpe... Por eu ter... Beijado, você...Bem, foi sem querer...”

Ele abaixou a cabeça e por um instante sua expressão mudou, parecia decepcionado, ou talvez não, depois do que aconteceu na sala do cinema eu não saberia interpretar as expressões de ninguém. Sim, eu precisava de alguns minutos para me recuperar.

“Tudo bem minha Nessie...”

Delirei quando ele usou o pronome possessivo. Mas logo, comecei a voltar a mim. Damon, Elena, Bonnie e Caroline voltaram da sala de cinema e se juntaram a nós. Damon pediu uma bebida enquanto Bonnie me contava quem era o assassino do filme. Com nossa conversa descontraída, quase me esqueci do que havia acontecido. Decidimos voltar para casa, e quando Damon foi pagar a conta eu cheguei perto dele para dizer.

“Obrigada...”

Damon sorriu.

“Para isso que servem os amigos, para ajudar, não para comer...”

Ele apontou para Jacob.

“Mas, no caso de vocês, é amor ou amizade?”

Sorriu.

“Para Damon... Sério, eu não sei o que aconteceu.”

“Eu sei, você desejou o sangue dele... Ele tem sangue quente na veia e você é metade vampira...”

“Mas, eu nunca iria machuca-lo...”

“Eu sei Nessie...Mas acho que você tem que falar com ele sobre isso...”

“Não vai acontecer, novamente...”

Retruquei.

“Mas se acontecer... Diga a ele...”

Concordei enquanto ele pagava a conta. Depois cada um de nós entrou nos carros, Damon pareceu um pouco apreensivo, mas eu disse que ia ficar tudo bem, novamente Jake e eu ficamos sozinhos, mas a viagem foi mais silenciosa dessa vez, eu estava tomando um chá quente que havia comprado e, numa curva o carro balançou mais do que o normal, o chá caiu em minha coxa, arrancando um leve gemido. Jake parou o carro imediatamente.

“Você está bem?”

Perguntou retirando seu cinto de segurança e vindo até minha direção.

“Sim, não foi nada...”

Disse, mas ele não se convenceu, pegou uma flanela dentro do porta luvas do carro e começou a limpar o chá que já havia escorrido pela minha perna. E, de repente, aquela mão imensa começou a deslizar pela minha perna e subiu até minha coxa.

“Jake...”

“Desculpe...”

Ele retirou sua mão automaticamente, e nós nos olhamos, eu senti uma sensação nova, que nunca tinha sentido antes, e que eu não sabia definir, ele novamente lançou um olhar perturbador por todo o meu corpo e lambeu seu lábio inferior, será que ele está sentindo o mesmo que eu? Me perguntei. Mas ele logo ligou o carro novamente e nós seguimos viagem, ele me perguntou se minha perna estava ardendo e eu respondi que já tinha passado, quando chegamos em casa, ele beijou minha testa e me puxou, me abraçando.

“Obrigado pela companhia”

Ele sorriu e eu retribui o riso.

“Imagina, é sempre muito bom desfrutar da sua companhia também.”

Notei que o carro de Bonnie tinha chegado primeiro, beijei a testa de Jake e entrei em casa pensando em tudo que tinha acontecido






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