Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 82
Capítulo Especial - Sexta Parte




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Capítulo Especial – Parte Seis

 

- Me diga o que está acontecendo... Eu... – Eu arfava sem parar. As lágrimas vieram rápidas, fortes e constantes ao meu rosto. Afinal, porque raios eu estava chorando?

 

O meu desespero em saber o que estava acontecendo comigo, me fez perder o controle total de todo o meu desespero aprisionado em mim mesma. Eu era boa com isso, eu era boa em reprimir sentimentos bons e ruins, também. Edward continuava ao meu lado, afagando meus cabelos, enquanto eu tentava de todas as formas me acalmar.

 

Quando me dei conta, eu estava em meio aos meus sonhos novamente, vendo a mesma coisa que eu mostrara a Edward. Eu estava desesperada porque não conseguia encontrar algo que satisfizesse minha sede alarmante, então, quando ele mordeu seu pulso e me deu, tudo ficou calmo novamente.

 

Eu sempre quis que Edward me transformasse, eu seria imortal como ele, então poderíamos viver nosso felizes para sempre – antes da atual situação. Então, descobri que eu era uma bruxa. Então, eu consegui as duas coisas que mais desejava. Imortalidade e humanidade. Mas seria esse sonho uma previsão do que estaria para acontecer?

 

Mas, antes que eu pudesse pensar que esse sonho seria uma boa coisa, algo veio a minha mente. Se Edward, agora, para se manter ‘vivo’, se alimentava do meu sangue... O que seria dele, se eu me transformasse? Eu não podia deixar de pensar nisso. Uma imagem de um Edward, como a tempos atrás, se definhando por não ter mais sua imortalidade, voltou a minha cabeça.

 

- Eu não posso deixar que meu sonho se realize, amor. – Falei-lhe.

- Pensei que você quisesse se transformar em vampira ainda.

- Depois que eu descobri que sendo bruxa, eu seria humana e imortal, deixei essa idéia meio que em segundo plano. E, tem outro detalhe. – Engoli seco. Edward notou minha preocupação. – Se eu me transformar, não sei o que será de você.

- Nós podemos resolver isso.

- Edward, as coisas com magia não se resolvem tão simplesmente assim. – Falei. – Mas tem outra coisa que me incomoda...

- O que? – ele acariciou meu rosto. Encarei-o.

- Seus olhos estão escuros. Sua sede aumentou. – Murmurei.

 

Sentei-me no colo dele, aninhando-me em seus braços, então puxei os fios que estavam por cima da pele em meu pescoço. Edward era muito relutante, mas, como o bom vampiro que era – e sim, isso era para ser uma ironia – apoiou sua cabeça no vão que eu oferecia. Senti seus lábios frios tocarem na pele quente do meu pescoço. Não demorou muito para que eu começasse a sentir minha força se esvaindo.

 

Seu toque frio e o quente do sangue pela minha pele faziam-me ficar arrepiada. Por mais estranho que fosse, para qualquer outra pessoa, esse era um momento exclusivamente íntimo para cada um, seja vampiro ou humano. Ter seu sangue sorvido por um vampiro, que tem alguma relação com o humano, não era algo que pudesse ser desconsiderado.

 

Quando em dei conta, Edward pousava uma mão sob minha nuca e deitava gentilmente na cama. Ele sabia que depois de se alimentar, tinha me ajudar a deitar na cama, pois eu mesma não tinha forças nem para erguer o braço direito, quanto mais para fazer algum movimento brusco. E, eu sabia que por dentro,e ele também ficava chateado por ter que fazer isso.

 

- Agora durma. Amanhã você tem de estar forte. Nós temos que estar fortes. – ele sibilou.

 

[...]

 

- Bell? Bell, acorde... – Eu sentia que alguém me chamava.

- Hum...

- Eles estão se aproximando.

 

Foi só isso que me fez despertar.

 

Não precisei de mais nada para começar a achar uma roupa confortável. Ao mesmo tempo, eu me concentrava – ainda mais – em Nessie. Edward pareceu perceber onde minha cabeça estava e tentava me tranqüilizar.

 

- Quanto tempo?

- Alice e Willow os viram a uma hora daqui.

- Vamos, me de sua mão. – Pedi.

 

Peguei a mão de Edward e deixei que nossa energia fluísse, como se fosse a água correndo num rio. Deixei que minha mente vagasse, buscando nossa filha. Edward enrijeceu-se por um instante, mas logo relaxou, quando a imagem do campo em frente a casa branca de Sookie e Bill tomou conta de nossa mente. Era como se estivéssemos lá, vaguei pela frente da casa, junto a Edward e entrei.

 

-Ness, o que foi? – Sookie perguntou a ela, quando ela ficou com o olhar fora de foco.

- Meus pais. – Ela respondeu. Nessie, como meio bruxa, conseguia sentir a nossa presença.

- O que tem eles? – Bill apareceu.

- Eles estão... aqui! – Ela abriu um sorriso.

 

Mentalmente, pedi a Edward que se concentrasse mais, para que pudéssemos aparecer para ela. Junto a ele, eu sei que não seria difícil conseguir tal proeza. Quando olhei para Nessie, ela estava parada, no centro da sala, de olhos fechados. Eu sentia o poder dela fluindo também, como se ela soubesse o que tivesse que fazer.

 

- Mamãe! Papai! – Ela disse quando nossa imagem, translúcida, apareceu a frente de Sookie, Bill, ela e Bill Jr.

- Ness!!! – Eu passei minha mão levemente pela sua bochecha, pois não podia tocá-la.

- O que está havendo?

- Os Volturi estão há uma hora daqui. Assim que nós sumirmos, vou estar me concentrando em esconde-la. Não faça nada insano, por favor. Bill e Sookie cuidarão de você.

- Não sabemos o que acontecerá a partir de agora, Ness. – Edward falou. – E sim, Bill. – Ele olhou para o filho deles. – Eu dou minha permissão a você.

- Eu não vou chorar. Porque eu sei que isso ia acontecer. Mas eu vou estar aqui torcendo por vocês. Porque é só o que posso fazer. – Ela disse com lágrimas nos olhos. – Fiquem bem. Eu amo vocês.

 

Sendo assim, nós desaparecemos da sala deles e voltamos ao quarto. Deixamos tudo de lado e descemos para a sala, onde todos já estavam reunidos. Era a cena que eu jamais gostaria de ver, todos juntos a seu par e, aparentemente, esperando que eu falasse algo. Olhei para Madison, que estava junto aos seus membros da guarda, mas ela retribuiu o olhar.

 

- Bella, você é a feiticeira aqui. – Ela disse meio solene.

- Que seja. – Eu falei meio desconcertada. Eu não sabia o que falar. A única coisa que eu sabia, é que eu tinha que dizer a todos eles, que eu os amava. – Eu... Preciso agradecer a todos vocês. Mas antes de mais nada, preciso lhes dizer... essa é uma briga minha. Vocês sabem que podemos não sair vivos dessa.

 

Vendo que eles continuavam calados, eu continuei falando.

 

- Edward. – Eu sorri para ele. – Só o que eu tenho para lhe dizer, é obrigado. Obrigado por ter mentido sobre me amar, obrigado por voltar para mim. Eu jamais imaginei que quando eu me apaixonasse, fosse por um vampiro. Jamais imaginei, que a família dele me aceitaria, mesmo eu sendo a humana que sempre causou confusão. Eu não tenho mais o que falar a todos vocês.

 

“Obrigada Will, por ser minha irmã e aparecer na minha vida. Obrigada por me dar as duas coisas que tornaram minha vida feliz. É só o que posso dizer, porque sei que se eu não sair viva dessa, pelo menos minha vida estará completa e minha alma estará em paz. Se algo me acontecer, eu quero que algum de vocês vá atrás de Nessie e fuja com ela. Esconda-a, não importa o que aconteça. Mas saibam que vou dar o meu melhor para proteger a todos.”

 

E foi assim, dizendo isso, nós todos saímos e corremos – eu e a parte bruxa da tropa – para um descampado, longe o suficiente da cidade. Madison e sua guarda, começaram um feitiço que serviria para isolar a área. James, que era um ótimo especialista em bloqueio mental, murmurava um feitiço constantemente, para nos bloquear. Já eu, mantinha minha atenção em Nessie e a outra, em estar forte o suficiente para tentar derrotá-los.

 

Matar não era uma opção. Estava fora de cogitação. Eu sei que nada se resolveria na base da boa conversa, antes de tudo, nós quase nos mataríamos para tentar tornar o ambiente menos agressivo.

 

Então, quando eu menos esperava, eu vi uma névoa surgir entre ás árvores. Eu pude distinguir as três figuras – Aro, Caius e Marcus -, sendo seguidos por Jane e Alec de um lado; Demetri e Felix de outro; uma grande – para meu desprazer – orda de vampiros atrás deles; e, haviam duas vampiras que vinham a frente da comitiva inteira. Suas aparências eram de jovens, que podiam ser tão doces e tão letais, eram quase gêmeas. Cabelos pretos, longos e lisos, olhos de carmim, pele alva, coberta por mantos negros.

 

E finalmente, as peças foram postas. O tabuleiros estava armado.


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