Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 53
Just Your Blood




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POV de Edward

- Eu não sei se vai funcionar, eu tenho medo... - Willow murmurou.

- Por favor, seja lá que queira fazer, tente. - Pedi suplicante.

Willow pegou o telefone e discou vários números. Um toque, dois toques, três toques. Até que finalmente alguém atendeu.

"Alo?!"

- Eu gostaria de falar com a Senhorita Madison, ela está?

"Sim, só um minuto."

Depois de um tempo - cerca de quase cinco minutos -, Willow já havia explicado tudo a Madison. Eu fiquei feliz por saber que ela saberia o que fazer eu não poderia arriscar perder Bella.

"Senhorita Olorin, acalme-se." Madison pedia. "Se ela está desacordada, é porque ela deve estar muito fraca. Isso acontece ás vezes. Procure um feitiço que está na página 368. Ele deve ajudar."

- O que ele faz? Eu nunca... fiz algo assim.

"Preste atenção, quem está com você?"

- Pai da Bella, Edward e Eu.

"Certo, Você já fez seu primeiro aniversário, então você consegue executá-lo. Diga a Edward para ficar com Bella. Ele irá dividir um pouco da vitalidade dele com ela."

- Mas ele é um...

"Willow, entenda. Ele pode ser um vampiro, morto, mas ele tem seus cento e lá anos não tem? Ele é forte, eu sei que é."

- Tudo bem. VOu fazer isso.

"Me ligue assim que acabar."

- Bom, não sei aonde isso nos levará. Não sei se isso o deixará muito fraco Edward. Mas você aqui é o que tem mais força agora. - As palavras de Willow saiam rápidas.

- EU entendi. Vamos logo com isso.

- Querem que eu os deixe a sós? - Charlie perguntou.

- Não, Charlie. Por favor, fique. Não sei se precisaremos da sua ajuda. - Will respondeu.

- Se algo acontecer, ligue para Carlisle. Conte tudo o que você ver, ele saberá o que fazer. Alice também verá, então, só os avise. - EU joguei meu celular para Charlie.

POV da Autora

Charlie ficou em um canto do quarto, próximo a porta. Edward havia encostado Bella sobre seu peito a a abraçado. Ele havia entendido o que Willow pedia, usar um  pouco de sua força adquirida por um século, para salvar sua amada.

Willow havia aberto sua mente para ele naquele momento. Ele viu ali que se não conseguissem, ambos iriam ficar no mesmo estado de Bella, enfraquecendo com o passar do tempo.

A jovem bruxa posicionou-se e segurou o livro aberto em suas mãos, próximo ao peito. Então, recitou:

"Forças que movem este mundo, eu agora lhes peço.

Nos mostrem o seu poder, nos mostrem sua força!

Dêem a ela a força para voltar a vida, dêem a ela a força daquele que a ela oferece.

Me ajudem com meu feitiço!

Potenza Organi!"

Willow recitara o feitiço em alto e bom som. Charlie sentiu um arrepio correr por sua espinha, ele nunca tinha visto sua nova filha mostrando seu poder. Will sentia seus poderes se esvairem rapidamente, uma brisa forte entrou pela porta e janela do quarto. Edward inalou.

Ele mantinha Bella abraçada, junto a ele. Havia uma sensação diferente ali, não era o conforto, não era a sede. Era a fraqueza. Ele se sentia como se estivesse lutado contra um batalhão de vampiros recém nascidos; ele sentia que a sede começaria a aparecer, mas isso ele não cederia.

O corpo de Edward ficou rijo. Toda sua força, proporcionada pela caça do dia anterior saia rapidamente do seu corpo. A pele branca, marmórea do vampiro centenário, já não era mais tão bonita quanto antes.  Edward já mostrava sinais de fraqueza, haviam - por mais incrível que parecesse - rachaduras em sua face. Ele iria virar pó.

Charlie olhava a cena abismado. As pétalas brancas de Willow, azuis e pretas de Bella voavam por todo o ambiente, mostrando sua força, quando se chocavam com paredes, portas, janelas e quando envolviam Bella e Edward.

Mas aquela cena nada agradável, estava surtindo algum efeito. A cor branca pálida da pele de Bella voltara, suas olheiras sumiram e sua respiração começava a normalizar. Willow vislumbrou isso, então, com um pouco da força que ainda tinha, fechou o livro abruptamente.

POV de Bella

Era estranho tudo aquilo. Num momento eu estava com Damon, no outro o eu havia derrotado, em outro eu estava num lugar vazio e sem forças e, agora, eu estava no meu quarto. Em Forks. Meu pai olhava da porta do quarto. Ele deu um leve sorriso e eu retríbuí, correndo lhe dar um abraço.

- Pai!

- Bells! - Ele gritou de felicidade.

- O que houve? - EU o encarei, só então, vi Willow caída e, vi Edward deitado em minha cama, com uma aparência deplorável. - Não!

- Sim, Bells. Eles fizeram isso por você... eu... - Meu pai pegou o celular e ía discar alguma coisa, mas o celular tocou antes. - Sim. Sim.... - Houve uma pausa. - Acho melhor. - Outra pausa. - Vocês virão? Já estão quase aqui? - Mais uma pausa. - Tudo bem.

- Edward! - Eu gritei e fui para o sue lado na cama.

- Be...lla. - Ele sussurrou. A pele marmórea já não existia, agora era ela cinza, com rachaduras, como se ele fosse virar pó; os olhos dourados agora eram pretos. As olheira levemente arroxeadas, agora era de um roxo absurdamente escuro. Sede.

- Porque fez isso? - EU perguntei em meio ás lágrimas.

- Vo...cê... morrendo. - Ele disse em meio a sussurros.

- Will, ah, Will! - Eu ajudei meu pai a erguer minha irmã.

Nós levamos Will para o quarto dele, ela dormia profundamente. Coloquei minhas mãos em seu rosto e fechei os olhos. Eu via Will bem, eu sentia que Willow estava bem. Ela estava apenas cansada... diferente de Edward.

Alguns minutos se passaram, desde que eu acordei para essa realidade horrível. Meu havia dito que Alice tinha nos visto, eles estavam vindo, correndo - literalmente. Em poucos minutos, estariam aqui.

Diferentemente de mim ou de Willow, Edward não poderia se recuperar, a não ser que déssemos sangue a ele. Ele era um ser morto, ele não tinha suas funções vitais funcionando para recuperar-se. Quando me dei conta, alguém havia chegado em casa.

- Bella! - Alice gritou. - Ah, Bellinha!

- Por favor, poupe-me. Venha. - Eu a arrastei para o quarto. Em seguida, Carlisle e os outros Cullens haviam entrado também.

- ISso é... - Esme se ajoelhou.

- Filho... - Carlisle murmurou.

- Ele precisa ser alimentado! - Eu gritei.

- Vamos. - Carlisle desapareceu, junto com Rosalie e Emmett.

Três segundos depois, ele já estavam de volta com bolsas de sangue. Eu fui para o lado de Edward, o ergui e o deitei sobre meu colo. Ele apenas mexeu os olhos. Aquele, era o sinal de que, com a ajuda de uma bruxa, um vampiro podia se matar de inanição. Mesmo sabendo disso, Edward o fez.

- Bella, você não precisa ver isso. - Jasper me avisou.

- Eu. Vou. Ficar. - EU disse entre dentes. - Ele está assim por minha causa!

- Bell, Bellinha, calma. Nós vamos alimentá-lo, vai dar tudo certo" - Alice em abraçava.

- Allie, ele está virando pó. -Eu murmurei. - Ele está tão fraco que chegou a esse ponto...

- Dê isso a ele, Bella. - Carlisle me entregou um bolsa de sangue.

Eu coloquei na boca de Edward, ergui um pouco sua cabeça e pedi a ele que bebesse. Mas parecia que nada adiantava. EU sabia, porque seus olhos ainda estavam pretos.

Uma hora depois...

- Isso não está adiantando! - Exclamei. - É sangue humano! Porque...

- Be... - Edward fechou os olhos.

- Edward, não! - Eu gritei. Todos os Cullens me olhavam com pena. - O que eu tenho que fazer para você melhore!

Três coisas aconteceram naquele momento. Eu senti meu coração acelerar bruscamente. As pétalas que denunciavam quando havia alguma aia emanando de mim apareceram, dessa vez estavam roxas e então vermelhas. E Alice tinha ficado estática no meio do quarto.

- Alice! - Gritei. - O que você viu!

- O que via acontecer, filha? - Carlisle perguntou.

- Não... - Edward murmurou.

- O quÊ? - Eu indaguei.

- EU vi. - Alice sussurrou. - EU vi, eu vi! EU sei como você via salvá-lo...

- Nã...

- Edward, quieto! Vou fazer o que for preciso para que volte a ser o meu marido! - Exclamei. - Vamos Alice, me diga!

- Só isso vai... ajudá-lo. - Willow apareceu na porta, cambelando, apoiada por meu pai.

- Falem!

- Bella, ele terá de beber do SEU sangue para voltar a ser o que era antes. - Alice falou.

- Nã...

- Shii! - Eu coloquei meu dedo nos lábios de Edward.

- Sim, você vai. Eu não ligo de dar o meu sangue a você Edward. Eu daria muito mais, eu daria minha alma e você sabe muito bem disso. - Falei séria. - Se acha melhor, mais alguém fica aqui, então.

- Nem... - Ele ia me impedir.

- Carlisle, você é o único que é imune aqui. - Pedi. - Você pode ficar.

- Ficarei na porta do quarto. - Ele falou. - Entrarei se precisar. Todos, vamos.

Carlisle pediu que todos saíssem. Meu pai apenas ficou, com Willow nos braços. Ele me encarava de uma forma que eu nunca tinha visto, havia determinação em seus olhos. Havia esperança.

- Pai. - Eu murmurei. - Você sabe o que pode acontecer...

- Sim, Bells. - Ele respondeu, falando sobre minha transformação. - Vamos, Will.

- Se você se concentrar... acho que consegue não ser transformada. - Will sussurrou.

Era óbvio. Edward me morderia o veneno atingiria meu sangue, correria por meu corpo, fazendo a transformação. Minha sorte? Era que eu não ligava para isso. Porque eu sempre quis ser igual a ele.

Me sentei na beirada da cama. Ergui Edward e o abracei. 

- Por favor. - Eu pedi.

- Não... posso. - Ele murmurou fraco.

- Eu não vou me perdoar se você morrer definitivamente, Edward. Eu não vou ficar viúva, não existem feitiços de ressuscitar os mortos e eu quero meu marido! - Eu exclamei. - Por... favor.

- Be...lla...

- Prometo me concentrar... prometo me concentrar para que o veneno não me transforme. - Falei suplicantemente. - Me beije, Edward.

EU levei meu rosto em direção ao seu. Minhas mãos espalmadas em suas costas, minha mente me concentrando árduamente e os lábios dele nos meus. Então, eu fiz o que tinha que fazer. Coloquei uma mão sobre sua nuca e ergui um pouco minha cabeça, eu podia sentir a respiração fria e fraca dele, sobre a pele de meu pescoço.

- Por favor. - Implorei.


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