Vida De Monstro - Livro Três - A Guerra escrita por Mateus Kamui


Capítulo 8
VIII - Drake


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo fresquinho e com Pov do nosso querido (ou nao) vampiro com alguns flashbacks do passado dele que voces podem gostar, detestar ou nao achar nada



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VIII – Drake

-Você tem certeza dessa informação? – perguntou meu amado pai sentado no seu trono com uma taça de cristal em mãos

-A informação me foi entregue pessoalmente pelo mercador do inferno – não podia mais guardar aquilo só para mim, tinha que falar logo da tatuagem

-Se isso for verdade então nossa lista de alvos diminuí bastante

-O senhor sabe quem poderia ter a tatuagem?

-Mas é claro, agora vá Erich, logo mais teremos nossa reunião com os licantropos e vou querer você lá

-Sim senhor

Apenas meu pai poderia me chamar por aquele nome e não ser morto, mas ele também era o único que sabia daquilo.

Todos os lordes vampiros já sabiam que os lobisomens que atacaram usavam a marca do seu clã, a sua tatuagem, entoa eles não podiam ser traidores, mas isso não ajudava a encontrar o culpado, ter o tipo da marca ajudava. Meu objetivo não era começar a guerra, mas sim evitá-la ao máximo, mas pelo rosto de meu pai isso já era tarde demais, perdemos muitos vampiros bons e agora era hora da revanche.

Entrei no meu quarto e deitei sobre a cama de casal, seria hoje que os lordes se encontrariam com os lideres e a guerra teria iniciou os lobisomens gostando ou não, hoje começaria a maior guerra entre duas raças da historia e se não fosse a maior que fosse pelo menos a mais sangrenta.

Peguei sangue no frigobar do quarto e comecei a beber enquanto pensava no meu passado, aquela não seria a minha primeira guerra contra uma raça, lembro a época em que era um caçador de monstros como aquela estúpida garota é hoje, bons e ao mesmo tempo terríveis tempos de segunda guerra mundial.

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-Acordem seus imbecis nós chegamos – gritou o capitão abrindo a porta do avião e o ar entrou – Nós vamos pular agora, venham logo seus malditos!

Eu fui o primeiro, agarrei meu pára-quedas e saltei para fora, estávamos caindo em uma região no norte da parte européia da Rússia, o Fuhrer acreditava que ali pudesse haver alguma pista sobre Atlântida e nós como seu batalhão de elite iríamos invadir.

Fui o primeiro a chegar em terra e também o que caiu mais próximo do alvo, uma base secreta russa construída com o propósito de analisar casos ditos como sobrenaturais, diziam que eles tinham achado pedaços de arquivos e tecnologias atlantes e era nossa missão pegar aquilo, nós os “Evoluídos”, o futuro do mundo de acordo com nosso líder.

Os Evoluídos eram tudo que Hitler buscava, a raça ariana perfeita, a evolução do homo sapiens, nós ainda éramos uma espécie de fase de testes por isso haviam judeus de cabelos negros no grupo e eu era um desses judeus. Eu havia sido salvo de um campo de concentração e levado para um outro lugar, um lugar ainda pior do que qualquer campo de concentração, o centro de pesquisas humanas secretas do Fuhrer.

Ali naquele local eram feitos experimentos para elevar o corpo e a mente humana a um outro patamar evolucional e um dos métodos utilizados era uma tentativa de controlar sangue de vampiro, o sangue de vampiro dava a um humano poderes inimagináveis e Hitler queria saber o quanto de poder então mandou que seus cientistas tentassem sintetizar o sangue, e eles conseguiram.

Eles injetavam aquela coisa na gente e nós davam poderes sobrehumanos sem precisarmos morrer, era simplesmente perfeito, super-soldados imortais por simplesmente ingerir pequenas quantias de sangue sintético por mês. Daqui a duas semanas começariam outros experimentos, a criação de híbridos, eles pegariam algum usuário do sangue sintético e o fariam copular com uma ariana em busca da obtenção de um ariano que já nascesse com os poderes de vampiros sem ter que ter problemas com sol e madeira, e sem a necessidade de sangue. Só precisávamos pegar os arquivos com os russos, diziam que um dos arquivos falava de manipulação genética e seria perfeita para os experimentos.

A única roupa que os membros do meu grupo usavam era uma calça, um sapata, uma camisa com capuz, tudo branco. O céu estava nublado e sem sol, perfeito para a gente.

Haviam guardas posicionados ao longo de mais de quinze quilômetros ao redor da base secreta, os melhores soldados russos, dizem que todos ali só precisavam de uma garrafa de vodka e poderiam passar sete dais sem mais nada, nem mesmo ar. Eu fui o primeiro a me aproximar da base, sete guardas estavam próximos portando cada um duas pistolas Makarov, eles eram tão bons que só precisavam daquilo para matar cinqüenta soldados fortemente armados e bem protegidos, por sorte eram cinqüenta soldados humanos e não um evoluído.

Peguei a única arma que trazia comigo, uma espada de dois gumes com sessenta centímetros de lâmina, e avancei. Tiros ecoaram e agora todos os russos sabiam que estavam sendo atacados, mas antes de poderem reagir meus companheiros atacaram também e em menos de uma hora todos os soldados da região estavam mortos.

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-Está na hora de acordar vampiro dorminhoco – aquela voz quente só pertencia a uma vampira em todo o mundo, Anne

Levantei e encarei aquela linda criatura, uma mulher de traços finos como a mais bela dama da renascença, de longos cabelos loiro-prateados e olhos azuis como os meus. Diziam que ela era descendente de Caterina Sforza, não sabia se era uma neta ou bisneta ou algo diferente, mas ela era descendente:

-O que faz aqui? – perguntei indo até o frigobar pegar mais um pouco de sangue e vi que alguém havia mexido no meu estoque pessoal – E é bom ter um bom motivo, pois não vou lhe deixar viva depois de mexer no meu sangue mesmo que seja filha do lorde Lestat e seja a vampira mais linda desse mundo

Lembro quando ainda a cortejava nos bailes de meu pai, mas ele sempre me ignorava ou brincava comigo, ela era de a única criatura que já tinha mexido comigo e talvez fosse seu espírito incontrolável ou simplesmente por ser tão ou até mais linda quanto diziam que era sua antepassada:

-Seu pai convoca-lhe, os lobisomens já estão aqui a muitas horas e estão cansados de esperar então seu pai vai começar logo mais a reunião de guerra

-Finalmente

Tentei arrumar a roupa amassada, mas não era bom naquilo. Então Anne se aproximou e começou a me ajudar passando suas mãos por cada parte do meu corpo, cada uma:

-Não devia brincar comigo – disse afastando-a

-Você gostava das minhas brincadeiras no passado, não me diga que o colégio mudou-lhe tanto assim? – ela fez um beicinho como se estivesse triste com isso

-Eu nunca gostei, não queira apenas brincar com você

-Já lhe disse que só irei me casar quando encontrar um homem mais forte do que eu e que não seja um lorde

Traduzindo, ela não queria ficar com ninguém, Anne era a oitava vampira mais forte, só perdia em combate para os sete lordes e mais ninguém:

-Assim você me deixa sem escolhas

-É só tornar forte meu querido Drake

-Você fala como se fosse fácil, eu já encontrei criaturas realmente fortes Anne e garanto que nunca vou chegar aos seus níveis, criaturas capazes de enfrentar um lorde de igual para igual

-Viu é por isso que é fraco Drake, você sabe que é forte, mas sempre se compara com criaturas acima de você e acaba desistindo antes do fim, se não fosse assim eu até poderia abrir uma exceção a minha regra

A vampira saiu do quarto com uma expressão furiosa, eu não sabia se aquela era real ou não, ela sabia como manipular alguém quando queria e eu sei disso porque sempre o mais manipulado. Sempre nos seus jogos de sedução que me deixavam com o coração partido quando percebia que eram apenas jogos e nada daquilo era real.

Terminei de beber o sangue e comecei a andar pelo castelo rumo ao salão de encontros, um espaço que comportava facilmente duzentas pessoas, mas raramente chegava a comportar cinqüenta pessoas.

Andei pelos longos corredores acompanhado apenas da minha sombra que era formado pelos inúmeros candelabros que existiam pelo castelo. O clima era de tensão em todos os vampiros que encontrava no caminho, logo mais todos aqueles vampiros iriam ingressar em uma guerra sem precedentes. Não era difícil adivinhar quando cheguei ao salão de encontros, eu estava em frente a uma enorme porta feita de madeira de salgueiro com maçanetas de platina e vários adornos na madeira, alguns dizem que os adornos eram na verdade palavras na língua de Henoc, nossa cidade natal, onde Caim começou seu império de vampiros, mas era só uma suposição.

Abri a porta que tinha três metros de altura por três de comprimento e entrei no salão. O salão era um círculo perfeito com um candelabro central enorme feito de diamante, seu teto possuía um desenho que diziam ter sido feito por Michelangelo e representava um homem nu se erguendo do chão de um deserto, próximo do homem havia uma cratera e no centro da cratera havia um cometa. No centro do salão havia uma enorme mesa que naquele momento tinha trinta cadeiras, quinze para os lobisomens e quinze para os vampiros, além dos sete lordes mais oito vampiros de confiança sentariam ali hoje e veriam em primeira mão a reunião.

Sentei na cadeira ao lado da cadeira onde meu pai estava sentado, ele não me dirigiu nenhuma palavra e seu rosto estava serio e nem mesmo piscava. Já haviam cinco outros lordes já presentes. O primeiro deles era Enlil, um homem de pele morena e careca com olhos castanhos. Ao seu lado estava Erzsébet Bathory, a lendária condessa húngara que diziam se banhar em sangue humano em busca do rejuvenescimento, ela realmente fazia aquilo, mas era por puro prazer, e diferente do que dizem ela não morreu na prisão, mas forjou sua morte e depois escapou. Ao lado da condessa estava o lorde Ruthven, um homem pálido de cabelos loiros e olhos cinzas. Ao lado do lorde estava um homem magrelo, branco, careca e de olhos negros, era o lendário Nosferatu, um vampiro maluco que mesmo pertencendo a terceira geração tinha uma fraqueza gigantesca pela luz do sol inexplicável. Ao lado de Nosferatu estava uma jovem que não era nobre, mas ao lado da jovem de não mais que doze anos estava alguém de alta nobreza, lady Carmilla, uma vampira lésbica que tinha seu próprio harém pessoal, a moça de doze anos ao seu lado devia ser parte do harém de Carmilla que era uma belíssima mulher e sabia como atrair suas vitimas utilizando de seus belos cabelos e olhos negros. Os outros que ali estavam presentes eram todos parte das famílias nobres e os sucessores de seus senhores caso eles morressem.

Os últimos a ali entrarem foram lorde Lestat e sua acompanhante, Anne. Lorde Lestat era um homem de longos cabelos loiros encaracolados, de pele branca perfeitamente natural que nem mesmo parecia que ele estava morto, possui também olhos castanhos que pareciam te hipnotizar só de olhar:

-Finalmente estamos todos reunidos – disse Enlil se espreguiçando na cadeira – Pensei que vocês fossem mais pontuais irmãos e que tivessem entendido o valor do tempo depois de milênios de milênios de vida

-Falou o egocêntrico estúpido que já deu uma de deus até, você só está reclamando porque fizemos você esperar, mas se você o atrasado não falaria nada sobre tempo – disse lady Bathory

-Eu sou egocêntrico? Fala a maldita que se banhava em sangue

-Todos aqui já fizemos isso pelo menos uma vez, eu só fui a que fiz mais

-Calados – disse lorde Ruthven – Será que não conseguem coexistir no mesmo local por alguns segundos sem brigar? E isso é uma pergunta para todos antes que comecem a dizer mais besteiras, nós estamos aqui para decidir uma guerra e não para brincar

-Belas palavras meu irmão – disse Lestat mandando um de seus cativantes sorriso – Agora onde estão nossos outros convidados?

-Eles estão vindo Lestat, paciência – meu pai fez questão de dizer a última palavra encarando lorde Enlil

Vários minutos se passaram, minutos de silencio onde o único barulho era o do sangue saindo das taças para a garganta de todos ali presentes e quando parecia que ninguém mais apareceria os quinze lobisomens entraram no salão.

Eram um grupo bem diversificado e era liderados por um velho decrépito que devia ser tão velho que a morte devia ter se esquecido de buscá-lo, mas o que mais me surpreendeu nem foi isso, mas sim o fato de que o caçador-lobisomem estava lá, depois de semanas sem vê-lo a primeira vez que revi Michael Winchester foi no único lugar que não o esperava:

-Agora estamos todos reunidos – disse meu pai se erguendo da cadeira – Sejam bem vindos queridos licantropos

-Diga isso para o terrível tratamento de quarto e o quase envenenamento que sofremos lorde Vladmir – falou o velho se sentando em uma cadeira vazio aleatória, era a cadeira que ficava na minha frente

-Garanto que qualquer ato contra vocês não era do meu conhecimento e garanto que todos os responsáveis serão punidos

-Sei que serão Vladmir, você tem palavra e gosto disso em você, mas podemos parar logo com essa conversa fiada e vamos logo ao que interessa

Todos os lobisomens se sentaram nos seus respectivos lugares:

-Bem como daremos inicio a tudo isso? – pergunto Carmilla encarando todas as mulheres licantropas, a desgraçada não sabia se controlar

-Primeiro explicando o que já explicamos antes – disse o velho – Não foi o meu povo que atacou

-Temos centenas de provas que os lobisomens que atacaram os vampiros eram lobisomens marcados, todos tinham suas tatuagens tribais e até onde eu lembre todo o traidor perde sua tatuagem, se eles ainda tinham então ainda serviam a alguma tribo – disse lorde Enlil bebendo uma dose de sangue

-Até que apresentem provas concretas não posso fazer nada

-Temos a palavra dos nossos filhos – disse Ruthven se erguendo da cadeira

-E nós temos a palavra dos nossos irmãos Ruthven, garanto que nenhum lobisomem de nenhum das tribos atacou um dos seus

-Então que foi grande líder? Diga-me quem conseguiu enganar o grande líder dos lobisomens? Quem conseguiu ludibriar o grande Miakoda?

O rosto do velho pareceu ficar com raiva:

-Eu não sei meus queridos lordes, mas parece ser a mesma pessoa que aniquilou seus filhos

-Eu consegue uma certa informação Miakoda – disse meu pai se erguendo –Uma informação vinda de um dos seres com mais conhecimentos do universo e ele me informou que o líder dos lobisomens que mataram nossos filhos carregava uma tatuagem em forma de um sol transpassado por uma lança, não sou conhecedor profundo das tribos dos lobisomens, mas sei que isso resumi bastante o numero de suspeitos?

-Tem certeza dessa informação?

-É claro, se não eu jamais teria ousado pronunciá-la

-Garanto que nenhum de meus irmãos fez tal ato – disse um dos lobisomens se levantando e revelando sua tatuagem, a mesma descrita por Vulgrim

-Não fez? E que prova teria disso lobisomem? – disse Bathory em pé – Até onde pensa que seus irmãos te seguem?

-Nenhum lobisomem desobedeceria seu líder

-Vocês lobisomens dizem muito isso – disse Lestat com um sorriso no rosto – Mas a poucos anos atrás nós tivéssemos uma bela prova de que essa obediência é bem relativa

Michael se ergue da cadeira, seus olhos brilhavam de raiva:

-Sente-se Michael – disse o velho e Michael obedeceu – Aquele foi um caso a parte

-Claro que foi, é obvio que foi não é mesmo? É claro que jamais ira se repetir não é mesmo? Da mesma forma como jamais era possível ele ter acontecido, mas aconteceu, quando vão entender que seus lobisomens são capazes de mentir grande líder? Diferente de vocês lobisomens nós vampiros não confiamos é por isso que sempre usamos nossos poderes os interrogatórios, para ter certeza da lealdade deles, mas vocês não, vocês tem essa fé cega que já os traiu uma vez, nada impedi que ocorra de novo

O velho ficou em silencio, todos ficaram, o ar ficou tenso, todos se controlavam muito para não fazerem nenhum movimento desnecessário:

-Iremos averiguar o caso milordes – disse o velho se erguendo da cadeira – Agora se nós der licença estamos nós retirando

-Não grande líder eu não dou licença – os olhos de Enlil brilhavam de ódio – Queremos o maldito da tatuagem de sol, queremos a cabeça dele e do outro membro da sua tribo agora como garantia de que encontrarão os outros assassinos e nos trarão suas cabeças também

-Não precisamos disso

-A precisamos sim, vocês confiaram demais no seu povo e por isso o nosso povo pagou por tempo demais, agora queremos a cabeça desse idiota estúpido que não soube agir como um líder de verdade, ou nos entregam as duas cabeças agora e entregam os culpados em setenta e duas horas ou então a partir desse segundo estamos em guerra e sei que não falo isso por mim mesmo apenas

Todos os sete lordes se colocaram de pé, agora era oficial, se não tivéssemos as cabeças agora era guerra:

-Não vou entregar um dos meus

-São alguns poucos Miakoda – disse Ruthven – Poucos agora ou darão todos os outros em alguns dias

-Vocês vampiros acham que podem nos vencer?

-Não achamos grande líder – disse meu pai batendo seu copo na mesa – Nós temos certeza

-Então a partir de agora estamos em guerra e falo por todos os lobisomens quando digo isso – pensei que alguém atacaria, mas ninguém se moveu

-Bom então grande líder, você e os seus irão sair do meu castelo e da Romênia e assim que seu avião sair serão contadas vinte e quatro horas, após essas vinte e quatro horas estaremos oficialmente em guerra

-Que assim seja meus bons lordes, a próxima vez que nos virmos será no campo de batalha

Os lobisomens saíram as da sala e vi quando Michael olhou nos meus olhos antes de sair, agora éramos inimigos igual como éramos no começo:

-Nós já iremos começar os preparativos em nossos respectivos territórios – disse Lestat indo até a porta e ele foi seguido lentamente pelos outros lordes – Já estaria com todos os meus reunidos aqui amanhã ao meio dia e espero que todos também – todos os lordes assentiram

Anne me encarou também antes de sair, havia medo nos seus olhos, ela era forte, mas odiava lutas, odiava chegar em um campo de batalha com medo de morrer, e dessa vez morrer para sempre:

-A partir de agora estamos em guerra Drake – disse meu pai me guiando para fora do salão

-Eu sei meu pai, hoje nós começaremos a preparar nossas tropas para a guerra e amanhã já começaremos as batalhas, só não queria que tivesse que ser dessa forma

-Ninguém queria

-Mentira, poucos ali presentes não queriam a guerra e sei que o senhor não estava entre eles, eu vi seu rosto enquanto falava pai e não era o rosto de alguém que desejava a paz

-Que seja Drake, não em interessa o que pensa, agora só me interessa o que você será capaz de fazer nessa guerra, não me faça ter me arrependido do dia em que lhe transformei

-Não vai se arrepender pai

Andei de volta para meu quarto e bebi o máximo de sangue que consegui até não agüentar mais e fazer o liquido vermelho banhar minha roupa, fúria me dominava, não era pra ser desse jeito, não era pra ser.

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Em poucos segundo a base secreta estava vazia, nenhum soldado ou cientista estava vivo.

O local estava recheado das mais diversas armas, veículos e aparelhos de alta tecnologia, ninguém ali entendia nada daquilo, mas sabíamos que se os russos usassem aquilo seria o fim da guerra.

Começamos a revirar o local em busca dos tais arquivos atlantes, pelo que soubemos eles estavam escritos em uma espécie de pedra negra devia ter por volta de sessenta centímetros de altura por quinze de comprimento. Passamos alguns minutos procurando por todo o gigantesco complexo e chegamos a achar mais três cientistas que tentaram se esconder, torturamos um deles e eles nos contou como achar a pedra negra.

Andei até uma maquina estranha que lembrava os computadores atuais e digitei a senha que o cientista me disse antes de matá-lo e então uma porta se abriu no chão revelando uma pedra negra escondida abaixo do solo. Peguei a pedra e já ia começar a caminhar em direção ao meu grupo para finalmente sairmos dali quando tudo explodiu.

Não conseguia mais enxergar nada no meio da fumaça, apenas escutar o barulho de lâminas se chocando e então senti algo me acertando vindo por cima. Senti minhas pernas sendo esmagadas, mas não podia ver o que causara aquilo, se ainda fosse um humano normal teria morrido pelo terrível ferimento que sentia, mas continuava vivo, só não sabia por mais quanto tempo.

Mais alguns segundos se passaram e o barulho cessou. A fumaça subia aos poucos e escapava pelo buraco que havia na parede da base secreta. Pensei que veria uma verdadeira tropa de elite, uma centena de lutadores em equipados com as armas modernas que via na base, essa era a única explicação para os corpos dos membros da minha equipe de evoluídos, mas não havia exercito algum. Apenas um homem me encarava de cima:

-Diga seu nome criatura abominável – disse o homem me encarando

-Meu chefe e criador me chama de E-15, mas minha mãe me chamava de Erich antes de morrer nos campos de concentração com meu pai e meus dois irmãos

-O que aconteceu com você para se tornar esse ser tão abominável que nem é humano nem vampiro?

-Foi tudo obra de meu Fuhrer – não conseguia negar nada aquele homem – Ele sintetizou sangue de vampiro e usou esse sangue artificial para criar essa tropa de guerreiros de elite

-Entendo então os rumores eram verdadeiros, que bom que eu mesmo vim aqui ou talvez meus filhos não fossem capazes de vencer todos vocês

-Qual será meu destino agora?

-Eu poderia fazer o que quiser com você, uma morte rápida, ou deixá-lo para morrer ai lentamente, mas olhando para você vejo um grande potencial rapaz, se quiser posso transformá-lo em meu filho e o preço que pagara será me servir pela eternidade

-Que assim seja então, qualquer coisa para viver

Senti o sangue do pulso do homem caindo em meus lábios e então o homem se aproximou e quebrou meu pescoço. Tudo pareceu sumir ao meu redor, eu não via, nem escutava, nem sentia, nem cheirava ou falava algo, simplesmente o mundo parecia ter sumido, mas então de um segundo para o outro todos os meus sentidos voltaram a funcionar.

Ergui a barra de ferro que havia esmagado minhas pernas e joguei-a para longe, demorou alguns segundos, mas então minhas pernas voltaram e eu comecei a andar seguindo aquele homem:

-Eu sou Vladmir II, seu pai e senhor a partir de hoje entendeu? – disse o homem me encarando nos olhos

-Sim meu pai e senhor

-Bom, a partir de hoje você não é mais o humano chamado Erich ou o monstro mutante chamado de E-15, você hoje é meu filho e como quer ser chamado na sua nova vida meu filho?

Encarei aquele homem que me lembrava as historias que ouvi no campo de concentração, historias sobre um homem que era capaz de beber sangue das pessoas até secar seus corpos e que tinha um castelo em terras distantes, um ser chamado de conde Drácula:

-A partir de hje me chamo Drake

Sim Drake, em homenagem ao lendário conde que foi que foi meu primeiro contato com o vampirismo, uma homenagem ao vampiro que foi morto por meu pai e fez o tornar um lorde, uma homenagem aquele ser desprezível chamado por Bram Stoker de Drácula.

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Acordei de repente, minha cama estava cheia de sangue igual a minha roupa, pele e boca, eu havia esgotado todo meu estoque de sangue, mas aquilo não importava mais. Logo mais eu estaria numa guerra e lá não faltaria sangue.


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Notas finais do capítulo

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