Vida De Monstro - Livro Três - A Guerra escrita por Mateus Kamui


Capítulo 23
XXIII - Morgareth


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo saindo do forno e pra tornar a história mais confusa ainda



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XXIII – Morgareth

O fim estava próximo. Logo a lua de sangue estaria pronta e não importava se Lilian seria morta ou não pela jovem maga. Não importava todo o esforço que o demônio tentava fazer para impedir a mim e os outros servos de mestre Zan.

Sei que meu mestre não é um tolo e está pronto para qualquer situação, qualquer uma, mas ainda assim não entendo como ele pode confiar uma missão de tamanha importância como a captura do hibrido para alguém como Ella. Aquela garota era protegida de Ferdinand e isso já era argumento suficiente para não confiarmos nela, mas como se isso não bastasse ela era uma agente dupla infiltrada na Academia. Agentes duplos são bons e confiáveis, até o momento em que a missão acaba. Ai eles devem ser eliminados. Mas se meu mestre confiava nela eu me forcei a confiar também.

Observava com calma tudo que acontecia ao meu redor enquanto recitava as palavras místicas. A maga lutava com habilidade, sua arma maldita cortava o corpo da súcubo de tal forma que logo ela teria que trocar normalmente de recipiente ou poderia morrer. Como se já não bastasse isso a magia dela também era forte e seus dois avatares causavam mais problemas do que poderíamos imaginar a principio por mais que o mestre fizesse questão de dizer que eles mais ajudavam do que pensávamos.

Sentia o poder da lua aumentando quando as chamas rubras do demônio se misturaram a uma onda de energia dourada da maga. Aquele esforço deles era inútil, talvez a maga até vencesse aquela súcubo inútil, mas não importava mais se ela vivia ou morria. Sua missão ali já estava terminada a muito tempo:

–Acabou demônio – falou meu mestre simplesmente afastando as chamas com um movimento do braço, havia chegado a hora

–A luta só acaba quando você morrer – disse o demônio grunhindo estupidamente

–Eu não morro criatura insignificante, mas não perderei meu tempo com divagações inúteis com você, meus sacrifícios chegaram

Finalmente tudo estava pronto. Do céu emergiu uma enorme nave que parou a poucos metros da torre. Dela emergiram homens-lagarto carregando a estatua da rainha das fadas e então o mago Flamel surgiu das sombras sorrindo, seu pai havia morrido, mas o garoto nem se importava, ele só queria o poder que mestre Zan prometeu e brandindo um feitiço explodiu a estatua fazendo feé e sangue de fadas correr pelo chão. O sangue da rainha das fadas estava ali.

Caim então surgiu carregando o hibrido em um braço e o que restava de um quase-morto Ferdinand no outro e com um simples movimento de suas garras soltou o sangue deles pelo chão e garanto que vi aquela Ella e o vampiro sobrevivente fazerem uma careta, ela era uma traidora e logo provaria isso. O sangue do pai dos vampiros proveniente do hibrido estava ali. O sangue de um lobisomem que tinha o poder de dois deles estava ali.

A súcubo sorriu vendo nossa gloria, mas antes mesmo de terminar de sorrir foi esfaqueada por mim pelas costas e a única coisa que vi foi espanto em seu rosto. O demônio gritou de dor sentindo o ferimento bem no seu rim e o sangue jorrando, um ligamento de corpos usando magia antiga de exorcista, machuque um demônio e todos os outros se machucam. Aproveitei o feitiço para paralisar o demônio e impedir sua regeneração. O sangue do nobre demônio estava ali.

O jovem dragão vermelho tentava grunhir algo, mas era inútil, meu mestre Zan havia o inutilizado perfeitamente utilizando um feitiço que apenas ele conhecia e então fez um rasgo no peito da criatura. O sangue do dragão estava ali.

Agora faltava apenas o sangue de um mago. Por um instante pensei em rasgar a garganta da maga humana que ainda lutava contra os servos de meu senhor e estava ganhando enquanto tentava quebrar meu feitiço e soltar o demônio. Mas o olhar de meu mestre foi simples. Não era ela que deveria morrer. Então com um simples movimento dele a garganta do Flamel se abriu e sangue espirrou para todos os lados. O sangue do mago estava ali.

A pobre maga era a única que continuava em pé lutando, a única que ousava se erguer entre todos nós, mas ela só era uma e mesmo com o poder de Babalathe e o dom do entendimento ela era inútil. Antes que eu pudesse matá-la com um simples feitiço de sombra que a pegaria desavisada vejo Ella recitando um feitiço que fez a garota humana cair no chão como se a gravidade tivesse aumentado sobre ela. Não gostei daquilo, mas meu mestre pareceu gostar então tive que fica em silêncio. Ela estava armando alguma coisa:

–Bom está na hora – falou meu mestre e então das sombras emergiram dezenas de deuses de diversas mitologias, tão numerosos que chegavam a assustar, ali estava o elemento final, o éter primordial – Eu invoco o deus dos deuses, eu invoco Babalathe!

E então tudo começou a tremer, o chão, o ar, as chamas, a realidade.

E um portal negro se abriu. Ele estava vindo. O fim chegou.


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Notas finais do capítulo

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