Aos Seus Encantos escrita por Masary, Black


Capítulo 15
Uma noite conturbada


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a ALWAYS HP e A CS eu amei as lindas recomendações e esse capítulo é dedicado a vocês! Agradeço a todas que comentaram, obrigada!
Gente eu tenho 96 leitores e só 16 comentaram! Ai eu desanimo de escrever, é só colocar alguma coisinha nos comentários.
Então esse capítulo é meio conturbado, mas vamos lá...
Boa Leitura!



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P.D.V. Rose

Ignorei o que Malfoy disse e desci as escadas junto com Braider, com toda certeza a Mansão Malfoy é uma das mais lindas e é uma pena ninguém ter me mostrado ela. Andamos em direção à cozinha e quando chegamos lá vimos que não tinha ninguém além de mim e Braider.

Comecei a olhar para Braider e percebi o tanto que ele estava lindo naquele smoking, seus olhos azuis se destacavam, o smoking ficava perfeito nele, seu cabelo estava sempre com um toque bagunçado e ele me olhava de uma forma engraçada com um dos braços em minha direção.

– Rose você tem que me dar os pratos, a não ser que queria leva-los para Hogwarts – despertei do meu transe e entreguei os pratos a ele corando, será que ele tinha percebido? – Gostou do que viu Rose?

– Ah... É... Braider eu só estava... – ótima hora para gaguejar Rose.

– Calma Rose – disse Braider, ele chegou perto de mim e colocou as mãos em minha face forçando a olhar para ele – Não precisa ter vergonha até porque você está mais do que linda nesse vestido.

– Obrigada – disse a ele tímida e ele apenas riu.

– Só estou falando a verdade – disse ele sorrindo.

– Está doendo? – perguntei a ele e ele não entendeu – O corte perto de sua boca?

– Ah isso! Não está não – Braider continuava com as mãos em meu rosto e nossos lábios estavam muito próximos.

Braider começou a se aproximar e olhava para os meus lábios enquanto eu me perdia em seus olhos azuis celestes. Braider puxou meu rosto para perto do seu e quando pensei que ele ia me beijar não o faz. Braider deposita um beijo em minha testa e olha em meus olhos.

– Apesar de querer muito isso sei que você não está pronta – me derreti com o que ele disse e sorri – Diferente de Scorpius eu gosto de você e isso é muito difícil de acontecer.

– Como assim difícil de acontecer? – perguntei confusa e ele desviou o olhar, ele não gostou da minha pergunta – Não precisa responder, desculpa!

– Pra você não tem problema – disse Braider e ele me puxou para o sofá.

– Braider não precisa, serio!

– Minha mãe morreu, ela se chama Elizabeth e quando ela morreu meu mundo simplesmente acabou – percebi que aquele era um assunto delicado para ele e segurei sua mão – E depois disso eu me afastei das pessoas, preferi não sentir nada por elas para não sofrer. Só que com você foi e é diferente, mas eu sinto falta dela.

– Eu sinto muito.

– Eu sei – disse ele e o clima pesou na sala.

– Sabe de uma coisa Braider? – perguntei animada inclinando a cabeça para o lado dele.

– Não o que é? – perguntou ele entrando na brincadeira.

– Eu acho que você me chamando de Rose é muito formal – disse e ele gargalhou entendendo o que eu tinha dito – O que sugere?

– Ahn... Que tal pequena? – olhei apavorada e ele compreendeu – O Scorpius te chama assim, não é?

– Parece que ele vai estar sempre no caminho – disse a ele – Mas eu ainda acho Rose formal.

– Posso pensar? – perguntou ele e eu assenti – Vou arrumar um bem legal.

– E quando encontrar quero ser a primeira, a saber.

– Com toda certeza – disse ele rindo junto comigo – Rose você quer dormir no meu quarto?

– Não ela vai dormir no meu quarto Braider – escuto a voz do Malfoy e me viro e vejo que ele está com raiva, para variar.

– Eu prefiro um quarto de hospedes Braider.

– Claro... – ele ia continuar, mas Malfoy o interrompe.

– Lembra-se de Nef, pequena? – perguntou Malfoy e eu engoli seco. Nef.

– Você está a ameaçando com aquela cobra? – perguntou Braider chocado e com raiva.

– Não só estou a lembrando de um acordo.

– Eu vou dormir Braider, boa noite – abracei-o por um tempo e depositei um beijo em sua bochecha.

– Boa noite Rose, qualquer coisa é só gritar que eu venho – Braider disse e eu me levantei sorrindo.

Malfoy começou a subir as escadas e pude perceber que ele tinha ficado estressado. Viramos o corredor e Nef passava por lá, quando vi a cobra segurei o braço dele com medo e ele riu.

– Como pode ter medo de uma cobra, pequena? – perguntou Malfoy.

– Eu não tenho medo – ele olhou para mim e sorri sarcástico – Eu só não gosto delas, só isso.

– Claro como não pensei nisso? – disse Malfoy irônico ele abriu a porta de seu quarto e eu entrei.

– Eu não entendo porque vocês idolatram a Sonserina – ele olhou para mim e eu disse rindo – Nem é a melhor casa.

– Pelo menos no Quadribol é pequena – disse Malfoy, ele começou a arrumar a capa de casal que tinha no quarto dele e olhou para mim – Que foi?

– Não vai arrumar a sua cama no chão? Ou vai dormir no chão mesmo? – perguntei e ele riu.

– Chão? Pequena isso é uma cama de casal, vamos dormir nela – disse ele e eu não acreditei.

– Não eu vou dormir nessa cama, sozinha – ele negou e eu me irritei – Então eu vou pro quarto de Braider.

– Nem pense em sair daqui, Nef costuma dormir aqui no quarto, em qualquer lugar, e se tentar sair deste quarto, pequena Nef vai estar na porta. Quer que eu te mostre – disse a ele que não e Malfoy apenas riu.

– Por que você está fazendo isso? – perguntei a ele que revirou os olhos – Você me odeia Malfoy e...

– Estamos em minha casa pequena, temos que manter as aparências – disse ele olhando para mim – As cartas chegaram, está na mesa.

– Como assim as cartas? – perguntei a ele.

– Uma é a que estava com os Potter e Weasley, a outra é do seu pai – quando ele disse meu pai olhamos um para o outro e corremos em direção a mesa, mas eu a peguei primeiro – Ele deve falar de mim ai pequena, pode me dizer o que está escrito.

Não queria que Malfoy a lesse primeiro que eu. Vi uma porta que com certeza era o banheiro e corri para lá com Malfoy atrás de mim. Só que fui mais rápida e entrei no banheiro e tranquei a porta, Malfoy batia nele.

– Para com isso idiota, vai acordar seus pais – disse e ele finalmente parou.

– Eu quero ler, saia da ir pequena!

– Depois que eu ler eu saio – escutei os passos dele e o barulho de quando ele sentou na cama e eu finalmente abri a carta.

Rose Weasley,

Estou decepcionado com você filha um Malfoy? Pensei que você era melhor do que isso! O que você estava pensando quando começou a namorar esse garoto? Será que você sabe de quem ele é filho? Será que ficou burra de uma hora para outra.

Lia a carta e lágrimas caiam pelos meus olhos, não estava acreditando no que ele tinha escrito. Meu pai não pode fazer isso comigo...

Você me decepcionou muito quando perdeu o jogo de Quadribol para a Sonserina e agora me vem com essa? Como acha que minha imagem no mundo mágico vai ficar Rose? Vou ser condenado.

Decepcionou-me quando o escolheu como namorado decepcionou quando perdeu o Quadribol e qual vai ser a próxima coisa? Suas notas?

Não consegue ser igual ao seu irmão? Por que Rose? Me desculpa Rose, sei que deve ser difícil estar lendo isso, mas é a verdade. Você está com esse garoto e se está com ele não é mais minha filha. Sinto muito por isso, mas não é.

Passe bem Rose, sua mãe deve ter te mandando uma carta. Mande lembranças a Hugo.

– Ronald Weasley.

Não! Ele não fez isso, é só um namoro! Como ele acha que eu fico? Lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu tentava segurar meu choro, mas não estava conseguindo. Pelo menos Malfoy não tinha escutado.

Ele tinha-me... Por que isso tem que acontecer comigo? Por que ele fez isso? Ele devia me aceitar, eu sou filha dele! Agora as lágrimas caíam livremente pela minha face e eu ainda me perguntava por que.

Eu o havia decepcionado, mas eu não fic por querer. Olhei para cima tentando conter as lágrimas e ao olhar ao redor pude ver um pedaço de lâmina ou vidro, não sei bem. Fiquei encarando aquilo no chão e me concentrei em olhar em outra direção.

Isso ia aliviar a minha dor, eu sempre fiz isso. Mas eu prometi a mim mesma que nunca mais ia fazer isso, eu prometi. Pequei a lâmina nas mãos e fique olhando para ela, com toda certeza aquilo iria me fazer sentir bem. Eu já fazia isso antes.

– Não... Rose... Não faça isso, você prometeu – eu tentava me convencer, mas não conseguia.

Meu pai já não gosta de mim mais, então não tem por que eu não fazer. Peguei a lâmina direito em minha mãe e direcionei-a a meu pulso, pressionei ela e pude sentir a dor vinda junto com o sangue. A dor me fazia esquecer tudo, simplesmente me fazia sentir, me fazia esquecer acima de tudo.

Enquanto passava a lâmina pelos meus dois pulsos eu me lembrava de tudo que já me fez mal, de todas as vezes que fui humilhada, de todas as vezes que sofri e a cada vez que pensava nisso eu apertava e afundava mais a lâmina. A dor é imensa, mas me fazia esquecer.

– Rose saia dai agora! Já deu tempo de reescrever outra carta! Abra agora! – escutava a voz de Malfoy mais já estava desmaiando, a dor é grande e estava ficando fraca. A única coisa que percebi era Malfoy abrindo a porta e cai em uma escuridão.

P.D.V. Scorpius.

Que coisa! Rose não tinha me deixado ler a carta junto com ela ou primeiro com ela. Não escutava nenhum barulho vindo do banheiro e eu estava começando a me preocupar, o que ela estava fazendo?

– Rose saia dai agora! Já deu tempo de reescrever outra carta! Abra agora! – eu falava em um tom baixo para não acordar meus pais – Droga onde eu coloquei a chave reserva?

Comecei a revirar minhas coisas e a achei em cima de meu computador, um aparelho trouxa. Abri a porta o mais rápido possível e me choquei com o que vi. Rose estava sentada no chão e pressionava uma lâmina em seus pulsos, lágrimas caiam em seu rosto. Por um momento ela apagou e voltou, seus olhos estavam abertos e lágrimas caiam.

Corri em sua direção e joguei a lâmina longe, eu não sabia o que fazer. A carta que Ronald deu estava jogada em um quanto do banheiro e eu senti pena quando vi Rose assim.

– Eu não queria Scorpius – ela falava e chorava por isso sua voz ficava difícil de entender – Eu não queria mais fazer isso, mas eu não resisti. Tá doendo.

– Calma pequena – disse a ela apavorado – Vou chamar alguém! Vou chamar minha mãe.

– Não! – ela gritou e eu pressionei seus pulsos para o sangue para de sair- Não fala pra ninguém se não eu vou voltar a fazer eu não consigo resistir Scorp.

Apavorado peguei ela no colo e rapidamente a coloquei em minha cama e fui em direção a uma das gavetas que tinha no meu quarto e peguei o kit de primeiros socorros, eu não podia pedir nenhuma poção para minha mãe por causa de Rose. Por incrível que pareça eu sabia mexer com isso.

Rose ainda chorava e isso doía em mim, eu nunca tinha visto ela vulnerável assim. Depois de muito tempo eu consegui fazer parar de sangrar e limpei o machucado, enrolei seus pulsos em uma gaze e vi o tanto que ela estava fraca.

Ela estava tão frágil em minha cama, parecia que apenas um olhar poderia a machucar. Como eu fui deixar aquilo acontecer com ela? Isso foi culpa minha! Como eu sou burro, não devia tê-la deixada sozinha! Ela ainda estava com o vestido da festa e ela tinha que trocar.

– Pequena? – chamei e ela olhou para mim com um olhar de dor e isso me fez sentir pior ainda – Você tem que trocar de roupa.

– Eu... Não... Consigo Scorp – disse ela, sua voz estava fraca.

– Eu posso fazer isso – ela balançou a cabeça em sinal negativo e eu olhei para a camisola que estava do lado da minha cama – Desculpe Rose.

Peguei a com cuidado e levantei suas costas e abri o zíper do vestido que ficava de lado, ela começou a chorar, mas eu ignorei. Peguei a camisola e passei pelos braços dela e ela já estava vestida, então puxei e tirei seu vestido. Por sorte ele não tinha alças o que facilitou muito.

– Tá doendo... – ela dizia com a voz fraca e eu apenas me sentia culpado por não poder fazer nada – Faz parar Scorp...

– Por que você fez isso com seus pulsos, pequena? Por que fez isso? – perguntei desesperado.

– A carta... – ela tentava dizer, mas não conseguia.

Deitei a na cama direito e a embrulhei e fui até o banheiro e peguei a carta, comecei a ler e não acreditava no que lia. Isso tudo é culpa dele.

– Desde quando faz isso? – ela começava a fechar os olhos – Pequena?

– Há muito tempo – disse ela com a respiração ofegante – Não pode contar...

– Se eu não contar vai continuar a fazer isso Rose, eu não posso permitir que se machucasse de novo. Eu tenho que protege-la.

– Eu... Não vou... Por favor... – eu não podia dizer não, teria que confiar.

– Só desta vez, mas se fazer de novo eu vou contar – disse a ela e ela assentiu com dificuldades, Rose ainda está fraca – Só desta vez.

– Obrigada...

Entrei no meu closet e troquei de roupa rapidamente, uma calça de moletom e uma camisa branca. Deitei do lado oposto do que Rose estava e me embrulhei. Fique a olhando e com cuidado a puxei para perto de mim, coloquei sua cabeça em meu peito e passei a mão em sua cintura a envolvendo.

Tomei cuidado com seus pulsos e comecei a passar as mãos em seu cabelo para tentar faze-la dormir, já que ela dormia apenas com isso. Eu iria a proteger e qualquer coisa das trevas que estivesse chegando eu não deixaria ninguém encostar-se a ela. Nem que para isso eu precisasse me aliar a Braider, eu senti coisas fortes por essa pequena.

– Eu vou cuidar de você – disse a ela dando um beijo em seu cabelo, percebi que ela já dormia – Acho que as coisas estão mudando pequena e você está fazendo isso. Não vou deixar mais você sentir dor, não vou pequena.



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Notas finais do capítulo

Escolham o nome para Braider chama-la, ok?
Estarei esperando comentários e só posto o próximo com 20! Dê sugestões para o próximo!
Beijos e até lá!