Paixão Peculiar escrita por Ro_Matheus


Capítulo 12
Capítulo 12- Emotiva


Notas iniciais do capítulo

Para quem sentiu falta do nosso loirinho preferido no capitulo anterior, espero nesse compensar!



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Dormimos no quarto eu, Kiba e Karin à noite. Parece que após o beijo da menina, toda a rixa que tínhamos se desfez em água; ela mostrou-se por fim uma menina doce e divertida com um humor ácido que, já estou acostumada, devido aos meus irmãos.

O tema da conversa não poderia ser outro se não hóquei, onde Kiba mais parecia um guru para nós do que nosso amigo, afinal dos três era o com maior experiência. Depois caímos em filmes, música, musicais, aliás, tema que os três eram apaixonados, e após uma difícil discussão de qual o melhor musical de todos os tempos, tendo como eleito Wicked entrei em um tema que dominava minha mente nos últimos tempos.

- O que vocês vão fazer da vida? – perguntei enquanto estava deitada sobre o peito de Kiba, ele fazia carinho no meu cabelo e eu olhava para baixo aonde Karin estava deitada me olhando. Era impressão minha, mas, tinha quase total certeza que era para as minhas pernas.

- Veterinária, na faculdade agrária de Kohona mesmo Hina. – Disse Kiba enquanto resolvia fazer trancinhas no meu cabelo. Por que todo mundo quer trançar eles?! Por serem lisos? Sério é tão difícil assim simplesmente deixá-los quietos?

Se eu fosse a medusa era mais fácil, ninguém tentaria trançar minhas cobrinhas, seria tão mais divertido! Teria amigas sempre comigo e poderíamos fazer altos penteados malucos e no dia das bruxas já teria fantasia pronta!

Falando em fantasia, podia vestir cada uma com uma roupinha colorida para ficar super fofo.

Se bem que seria difícil achar roupas sob medida para cobras...

Enquanto viajava no DDA Kiba pelo visto estava explicando para Karin todo seu sonho, dessa vez não devo ter perdido nada mesmo, estava careca de saber.

- Eu quero mudar as coisas. – Karin disse sorrindo de lado para mim.

- Como assim?! – Perguntei sentindo que já devia ter umas dez tranças em meu cabelo, caramba! Viajei bastante tempo mesmo!

- Eu gosto que as pessoas se apoiem em mim para poder crescer, gosto de ver os outros ao meu redor dependendo de mim, mas também quero causar mudança nas pessoas e, nada melhor para isso que ser professora! Quero ser professora de Literatura e levar através dos livros, que sempre curti ler, reflexões para esses cabeças ocas daqui e mostrar que o mundo é muito mais do que a cidade no interior mostra!

- Nossa isso é tão bonito! – Disse totalmente admirada, realmente as pessoas são muito mais do que apresentam, não é só uma líder de torcida desmiolada, como os pais do Kiba não são somente preconceituosos como são pais dedicados e carinhosos. Como eu mesma não sou só uma nerd.

Todos somos complexos pra cacilda! Seria tão mais sem graça na vida se todos no mundo fossem como personagens de histórias, onde ou se é bom ou mal.

- Hinata!

- Ai desculpa viajei! – disse completamente roxa escondendo o rosto no peito de Kiba sentindo ele rir e dei-lhe um tapa em resposta.

- Cabeçudinha!

- Hinata, te perguntei e você, o que deseja fazer?! - Karin disse rindo da minha reação e forma de ser.

- Eu... N-não sabia antes....Agora quero só... Cozinhar. – Disse simplesmente muito vermelha gaguejando, detesto ser pega viajando no DDA.

- Você quer ser cozinheira? - Karin parecia bem surpresa.

- Sim.

- Achei que ia querer ser cientista de alguma coisa, não uma simples cozinheira. Suas notas podem te proporcionar algo muito além disso pelo menos – Disse sempre sincera e sem o menor tato.

- G-go-gosto de... coi-i-ssas sim-ple-ples. – Poxa o que tinha de mais em gostar de cozinhar? Mamãe ficou orgulhosa quando adorei a ideia, e papai estava me dando um super apoio, maior do que eu poderia sonhar em ter.

- Karin você a está deixando nervosa.

- Ah! Desculpe Hinatinha! – Disse meio sem jeito.

- Tu....tudo b-bem... Eu quero... ser uma boa chef.. E fazer as pessoas felizes. Só.

- Isso é bem legal! – Agora Karin sorria abertamente.

Sorri tímida e totalmente empolgada.

- Ai, farei lindos pratos pros meus filhos. – Imagina que fofo criancinhas comendo pratos feitos com todo o carinho em uma cozinha toda familiar que nem a da minha casa com vários cachorrinhos correndo pelo chão.

- Uoou! Quer ter filhos? – Acho que sonhos tão simples e puros a surpreendeu.

- Sim, eu e Kiba queremos adotar! Eu quero três! Igual lá em casa. – Notei que Karin ficou confusa e logo expliquei. – Bom você sabe que... enfim,... Ai tradicional não rola, mas sempre quis ter filhos e ai, há anos definimos isso, que adotaríamos num futuro distante.

- Mas Kiba o.. – Karin ia dizendo quando Kiba apagou a luz.

- Gente o papo está ótimo, só que já são três da manhã e logo mais mamãe vem chamar a gente, e prometemos jogar hóquei com meu pai lembram? Vamos dormir?

- Está certo Kiba, me lembra de falar com você um negócio amanhã? Preciso marcar algo que mamãe pediu. – Avisou Karin, de uma forma estranha. – Boa noite Hinata.

- Boa noite Karin, boa noite Kiba!

No outro dia logo cedo, como previsto, minha sogra invadiu o quarto nos tirando da cama e dizendo para irmos tomar um café da manhã reforçado, ela tem mãos de fada na cozinha, sempre coisas simples, mas nossa! Cozinha muito bem mesmo.

Somente depois disso, fomos à sala aonde foram abertos os presentes, onde ganhei dela um lindo casaco de tricô com o símbolo da tri-força bordado nas costas que tenho certeza que foi sugestão do Kiba.

Isso foi confirmado quando ganhei um Link e uma Zelda de pelúcia de natal. Dei para ele um kit de dados de rpg de pedra sabão e para Akamaru uma coleira com o símbolo dos x-men.

Para minha sogra um livro de receitas da época bíblica (coisa que arrancou lagrimas dela) e para meu sogro um machado.

E pior.

Ele amou o machado.

Bom por isso eu dei né, sabia que ele ia curtir.

Lembro de ouvir ele reclamando que o dele estava com a pegada ruim, já soltando farpas e a lâmina gasta de mais para afiar.

Depois do momento presentes, fomos ao jogo onde ficou eu, Kiba e Karin e Hana de um lado contra meu sogro e os três irmãos homens de Kiba do outro lado.

Perdemos lindamente! Mas não desistimos até o momento final! É o que importa né?!

Espero que sim!

Logo depois do almoço, que comi feito um pequeno filhote de javali na estiagem, voltei para casa sentindo o vento nos meus cabelos.

Amava a sensação de estar na moto, era como voar! Tire uma das mãos do guidão e ergui no ar sentindo o vento acertar meus dedos enluvados e os deixar gelados, e sem me preocupar com mais nada simplesmente soltei um berro de liberdade.

Sim eu berrei.

Você já esteve em um local onde ninguém o escutaria, em um local somente seu e permitiu-se simplesmente abrir os pulmões e berrar como se sua vida dependesse disso?

É libertador, é completo. É perfeito!

Ainda apreciava a sensação disso, quando entrei em casa e a encontrei vazia, fui até a geladeira, lá continha um aviso que mamãe e papai foram visitar o meu tio Hiashi, Itachi nunca estava em casa atualmente, então nem me preocupei, passei pelo quarto de Sasuke e também não o achei, devia estar no Naruto ou, foi com nossos pais.

Entrei no meu quarto, em cima da cama existia somente uma caixinha de madeira e um bilhete.

Embora você tenha nos abandoado no natal, preferindo o pulguento, não poderia deixar em branco!

Feliz Natal!

Beijos

Naruto”

Abri a caixinha e tinha um lindo anel feito de madeira, todo em forma de um ramo de flor, coloquei no anelar e serviu como uma luva. Como ele sabia o tamanho do meu dedo!?!

Caramba!

Peguei o pacote de dentro do armário e parti para a casa da frente, precisava agradecê-lo.

Toquei a campainha e ninguém veio abrir, será que ninguém fica em casa no dia de natal não? Já ia voltando quando a porta foi escancarada e um Naruto sem camisa, todo suado e sujo de madeira abre a porta.

- Hinatinha! Entra! – Ele já me puxa para dentro, dando um abraço de esmagar os ossos me pegando de surpresa. Precisei concentrar totalmente na minha respiração e assim, evitar desmaiar. - Essa semana uma amiga da minha mãe veio aqui em casa e viu a mesinha da sala que eu fiz e adorou! Ai ela pediu uma para si também!!! Hinata ela vai pagar para eu fazer uma mesinha! Isso não é genial?!?!?!?!?

- É sim Naruto, que bom!! – Disse feliz por ele, é sempre bom quando somos recompensados pelo que gostamos de fazer. Ele estava mesmo empolgado, estava caprichando na mesa. - Está linda!

- Obrigado! Você é a primeira pessoa que a vê! Alias, que sabe que estou fazendo também.

- Ué e seus pais? E Sasuke? - Pergunto me sentando no sofá de dois lugares que tinha lá, estava imundo com poeira de madeira, mas não estava nem um pouco preocupada com minha roupa.

- Recebi esse pedido ontem no meio da festa, ela era uma das convidadas né, então nem tive tempo de comentar com ninguém, como hoje mamãe e papai saíram cedo para casa do vô Jiraya e não vi Sasuke hoje nem tive como contar.

- Estranhei dele não estar aqui, ele não está em casa também. Deve ter ido com mamãe para a casa do tio Hiashi então.

- Certeza. – Ele se jogou do meu lado caindo sobre mim e erguendo todo o pó, nos fazendo tossir sem parar por uns minutos, quando olhei para ele todo sujo parecia feito de madeira não aguentei e comecei a rir, que em meio ao pó virou uma tossida risada, enquanto Naruto me acompanhava.

- Desculpe te sujei toda! – Ele disse quando finalmente paramos de rir, ele ainda estava meio em cima de mim e não parecia disposto a sair tão cedo. E eu não era nada boba de negar, embora agora minha cor natural seja vermelho –fazendo-inveja-em-tomate.

- Se-sem proble-ma-mas! – Tirei do bolso o embrulho e estendi a ele que se apoiou em um dos braços para abrir, rasgando toda a embalagem, era uma foto nossa, no dia do meu aniversário completamente bêbados, com ele fazendo trancinha no meu cabelo e as meninas dançando de fundo. Desde a festa ele não cansava de afirmar que foi a melhor festa de todos os tempos, ainda mais devido ao ataque de pelanca que Orochimaru deu na sala de aula por conta da cobra, cobrando aos responsáveis por terem traumatizado o bichinho.

Ele me abraçou novamente mais forte me deitando sob ele, me olhando dentro dos olhos, nossos narizes estavam se tocando.

- Obrigado! Foi o melhor presente. – Os lábios dele roçavam o meu quando ele falava, o olhar dele brilhava como nunca vi, suas bochechas estavam tão vermelhas que dava para ver através da serragem. Sentia o coração dele batendo junto ao meu e seus braços me apertando como para me impedir de fugir.

E como sou alguém de muita classe desmaiei.

É

Tudo ficou preto.

Uma merda.

Como acabar com o presente da sister lá de cima para mim no natal? Desmaiando na melhor parte!

Pelo menos foi o que pensei, mas quando acordei descobri que não, o melhor era acordar do desmaio e me ver sentada no colo dele, com a cabeça em seu ombro e ele me chamando baixinho desesperado.

Ergui a cabeça sorri para ele, que sorriu para mim.

- Desculpe. – Minha vez de pedir e ele só sorriu de volta. Nessa hora me toquei que ao aceitar a proposta do meu pai, durante pelo menos cinco anos não o veria. E quando o voltasse a ver provável que estivesse casado com Sasuke e esse tipo de intimidade que temos se perderia com o tempo.

Isso apertou meu coração forte e me controlei a vontade era de chorar. Precisava perguntar a ele o que ele achava deu partir.

- Naruto, papai me deu um presente, que não sei se aceito. – Digo voltando meus olhos para o anel em meu dedo, isso fez meu peito apertar ainda mais.

- E por que não aceitaria hein mocinha?

- Porque...

- Porque?- Incentivou quando parei.

- Porque eu teria de sair de Kohona.

- C-como?!- O abraço dele ficou mais forte. – Não aceita! Seu lugar é aqui!

- Papai, tem um contato com a chef de um dos maiores restaurantes do país, e conseguiu emprego para mim lá, e isso me ajudará a entrar na escola de culinária que sempre quis.

- Oh! – A boca dele abriu e ficou lá aberta um tempo então virou um imenso sorriso. – NOOOOOOOOOOOOSSA e eu empolgado com uma mesinha!!! Você tem a maioria oportunidade da sua vida nas mãos!!! Que perfeito Hinata! Pode ir tranquila que eu cuido das coisas aqui para você!

Aquilo me quebrou por dentro, ao mesmo tempo que foi um incentivo para mim ir. Esperava que ele não desejasse que eu fosse. É um egoísmo imenso desejar que as pessoas não queiram que eu parta que eu faça falta nas vidas delas. Isso é desejar vê-las tristes. Mas mesmo assim doeu.

- Então, vou aceitar.

- Isso aceita! – Incentivou mais uma vez e eu tentei sorrir da mesma forma brilhante que ele.

- Obrigada Naruto.

- Que isso!

- Agora, já vou, preciso de um banho. - Disse me levantando com vontade de voltar para o colo dele.

- É eu também preciso terminar a mesa. Vou te levar até a porta. – Ele disse levantando também.

- Não precisa eu tranco e passo a chave por de baixo da porta.

- Ah! Valeu!

Sai de lá com a cabeça bombando, após fazer o que falei corri para casa e corri para meu quarto me jogando na cama e chorando igual a um bebê.

Ele não sentia falta mesmo de mim.

É uma droga amar alguém tão próximo e tão distante de mim. É uma merda não ser correspondida.

Sabia que minha relação estranha e ao mesmo tempo tão perfeita com Naruto estava com dias contados.

Peguei minhas chaves em cima da mesa do computador e sai de casa, acho que ouvi a voz dele me chamando quando sai chorando e montei na moto e parti, mas mesmo que não fosse sonho não voltaria. Precisava daquilo.

Fiquei dando voltas até não conseguir enxergar mais nada e tornar um risco dirigir por ai, precisava de um local para ficar, precisava de um colo, mas não podia ir no Kiba acabei de voltar de lá e minha sogra me encheria de perguntas.

Shino também era fora de questão, estava com Ino em casa não queria atrapalhar, toquei então para o único local que nunca pensei que iria.

Parei a moto na entrada da fazenda e pulei a cerca dando a volta na casa toda e a vendo na janela do alto perto de uma árvore.

Subi na árvore e bati no vidro. Ela deu um gritinho de susto, mas coloquei o dedo sobre a boca pedindo silêncio.

Ela veio e abriu a janela e no mesmo instante saltei para seus braços chorando.

Karin só me abraçou de volta, me sentando em sua cama e esperando minha respiração acalmar e eu conseguir parar de soluçar. Quando isso passou ergui minha cabeça, mas continuei abraçada nela.

- Você descobriu?! - Ela perguntou

- Não não descobri nada, maas.. Eu tinha de descobrir o que? – Perguntei confusa e ela ficou vermelha

- Sei lá, as vezes você descobriu que é lesbica, por isso veio chorar aqui! – Explicou como se fosse obvio.

- Não! Eu só,... percebi que ficarei longe de todos em pouco tempo e me desesperei! – Não podia mentir nem contar toda a verdade, então um meio a meio soou bem.

- Ah! Que pena, eu ia adorar te consolar! – Disse dando os ombros.

Dei um tapa nela rindo.

- Viu! Você sorriu! Não é o fim do mundo Hinata!

Sorri de volta doce.

- Obrigada.

- Disponha!

Fiquei mais um pouco conversando com ela e depois voltei por onde vim.

Quando estacionei a moto na frente de casa, Naruto correu atravessando a rua.

- Hinata!

- Oi! – Disse me voltando para ele sentindo o peito apertar, mas agora estava melhor.

- Está tudo bem? – Perguntou com uma preocupação genuína.

- Sim, por que?

- Sei lá! Ah! Escuta, vi que achou meu presente né, nem disse gostou? Vou achar que nem gostou! – Disse fazendo um bico fofo, ai que eu derreto. Não pode Naruto.

- Eu amei! Ficou lindo!- Puxei minha mão acariciando o anel e olhei para cima meio envergonhada mordendo o lábio. – Obrigada mesmo!

- Eu fiz um igual para mim! E agora que você vai partir toda vez que você estiver lá, cozinhando com essas mãos, fazendo todo mundo babar nas suas comidas e virando rica e famosa você vai lembrar dessa cidadezinha, no meio do nada de onde saiu e que tem um amigo aqui sempre! – Ergueu a mão mostrando o mesmo anel também no anelar.

Foi impossível não chorar, deixei escorrer uma lágrima sorrindo com o maior sorriso do mundo.

- Hey não chora!- Ele me abraçou secando minha lágrima.

- Mas é de felicidade... – Disse muito vermelha e tímida.

- Mesmo assim! Sem lágrimas! Olha, é para você, nunca, nunca mesmo sentir-se sozinha, por que quando você o olhar vai saber que eu também estou olhando para o mesmo anel a quilômetros dali, então você não estará sozinha.

Nos abraçamos novamente e me afastei.

Depois disso os dias passaram correndo, todos os dias, para minha surpresa Karin aparecia aqui em casa logo cedo. Não sei por que do nada surgiu essa amizade. Acho que foi pelo fato dela ser tão genuína e se abrir para mim sem medo de ser feliz e me permitir entrar me aceitando como sou.

Sei que muitas vezes, pouco depois surgia Naruto, às vezes ficávamos os três e às vezes Sasuke nos acompanhava. Outro dia Kiba apareceu o que, junto com Itachi, rendeu um jogo de hóquei junto com nossos pais, foi super divertido.

No geral ficávamos nós três, Sasuke não tinha paciência para ficar em casa então toda hora arranjava o que fazer fora e Kiba estava sendo muito requisitado pelo pai.

Logo no primeiro dia Naruto brigou com Sasuke falando que eram as ultimas férias minhas com eles, mas Sasuke não ligou e portanto, Naruto deixou de insistir mas também não se dispunha a ir junto, nem Sasuke o chamava.

Quando vi era o ultimo dia do ano e tinha muito que fazer, afinal recebíamos boa parte da cidade em casa nessa ocasião, o povo se divida entre minha casa e a do Naruto, mas acontecia tudo por aqui, afinal ficávamos a três quadras da praça central, dava para ir andando tranquilamente até lá para ver os fogos ou mesmo ver de casa.

Então aconteceu uma cena cômica logo cedo, estava toda minha família, mais a família do Naruto, e os agregados, que eram o povo da minha festa de aniversário e Karin prostrados na sala, de frente a mim e a Kushina. Ela parecia pronta para a guerra e eu também, confesso até vesti minha calça militar e a jaqueta militar da época que meu pai servia o exercito por cima da minha regata preta.

- Par! – Pediu ela

- Impar! – Disse também séria.

Demos os dedos e saiu quatro.

- AH! Mikoto! – disse e minha mãe foi com um sorriso de desculpas para mim mas dando pulinhos até a mãe de Naruto.

- Trairagem! - Disse antes de falar. – Naruto!

- Mas preciso dele para pôr os enfeites e pregar as coisas! – Tentou argumentar e eu a olhei em desafio enquanto Naruto só se punha atrás de mim engolindo seco. – Ceerto, Sasuke.

- Todo seu ele é péssimo na cozinha, - Recebi um dedo do meio do meu irmão que levou um tapa na testa das duas mulheres. – Karin!

- ISSO! – Disse Karin vindo dançando e arrancando risada geral.

- Shino!- Kushina disse com um sorriso diabólico

- Não!! Ele é super detalhista! - Reclamo. – Hidan

Todos, absolutamente todo me olham espantados.

- Ele é bom em conseguir as bebidas. – Digo dando os ombros e arrancando risadas geral.

- Ai essa doeu morena! – Ele disse mas mesmo assim veio para nosso lado.

- Ino! – Disse Kushina e eu logo devolvi com um ;

- Itachi!

- Nagato!- Ela disse com tanto fogo nos olhos que até o Pain engoliu seco antes de ir para perto da mãe.

- Konan!

- Choji!

- Kiba! – Kiba me deu tchauzinho enquanto seguia para o lado da Kushina;

- Temari!

- Shikamaru!

- Não meu estrategista de horas! – Reclamei. – Gaara.

- Tenten! – Ela disse vitoriosa mas dei os ombros, Tenten era muito bruta com a comida.

- Neji!

- Kankuro! – Ela disse por fim e eu olhei para os três restantes.

Meu pai, Minato e Sakura, suspirei passando a mão na cabeça. Fiz sinal para Kushina se aproximar e pude ouvir meu pai indignado.

- Certo eu levo meu pai e você leva os outros dois. - Cochicho.

- Nem pensa! Sakura é tão descuidada e bruta que ano passado quebrou a estrutura do toldo em um soco!

- Mas ela é péssima na cozinha!!! Ela salgou o cheesecake!!!!

- Tá então leva meu Marido por favor!

- Nem pensar já basta meu pai de lesma! Ano passado fiquei com o Sr. Minato e ele quase arrancou o próprio dedo.

- É só deixar ele longe de coisas cortantes.

- Mas É uma COZINHA! – Eu disse.

- Certo, eu levo o Minato, mas se prometer deixar seu pai bem ocupado, para impedir que ele se aproxime dos fogos de artifício Topas? O meu gato ainda não se recuperou do ano passado.

- Tudo bem prometo.

Kushina suspirou passando as mãos nos cabelos revoltos.

- Olha atura a Sakura mais esse ano na cozinha, que ano que vem levo os três, por que você já pegou o Naruto e se ela destruir o toldo não teremos como repor.

Bufei e concordei com a cabeça então voltamos para a sala e encontramos os três completamente indignados por serem deixados por últimos e ainda rolar uma negociação.

Após deixar Kushina lá na organização e decoração parti para a cozinha com meus auxiliares, logo despachei Hidan, Itachi e Sakura para pegarem as bebidas, refrigerantes e afins.

Depois fiz o mesmo com Minato, Temari e Gaara para as compras dos ingredientes que faltavam ou precisavam ser frescos.

A partir dai meu dia virou uma loucura, não sei bem quando foi que o paletó foi parar pendurado, muito menos quando o calor foi tanto que simplesmente cortei as pernas da calça transformando em um short curto de mais. Mas entre impedir que meu pai explodisse a cozinha ou fizesse as coisas com o mínimo de velocidade e a Sakura de destruir os meus pratos por não conseguir seguir instruções simples, quando vi a noite já estava surgindo e enquanto mandava meu pai guardar os cremes brules no freezer, enfim pude sentar. Do meu lado sentaram Karin e Naruto nos escoramos uns nos outros.

- E eu achava que minha casa era uma loucura. – Disse Karin, que era a primeira vez que participava da organização.

- Você não viu nada, esse ano até que foi tranquilo. - Disse Naruto apoiando a cabeça na mesa

- Tranquilo!?!

- Sim, esse ano meu pai só chamuscou a sobrancelha e pelo estrondo Sakura só derrubou a pilha de copos que Shino estava meticulosamente montando. Ano passado a Sakura destruiu o toldo e foi mandada para minha cozinha onde salgou o cheesecake.

Karin caiu na gargalhada.

- E ano retrasado o Fugato foi fuçar nos fogos por que ama e literalmente explodiu minha janela da frente e levou meu gato junto para o alto do poste. Enquanto meu pai fez o favor de destruir a escultura de gelo que minha mãe encomendou no meio da sala transformando em uma piscina, meia hora antes de a festa começar.

- Meu Deus!! Foi épico! – Ela disse levantando. – Vou ver se Sakura e Ino saíram do seu chuveiro.

- Vou tentar arrancar Itachi do chuveiro dos meus pais, vem comigo Naruto que você toma banho depois de mim . – Disse me arrastando para cima.

Quando estava saindo ele voltou-se para mim e falou.

- Hinata, faz um favor?

- Qual?- Perguntei e o senti levantar e se aproximar

- Nunca mais corte um short seu nesse comprimento. – Ele disse bem perto de mim fazendo o cheiro dele me inebriar.

- Por... porque?

- Por que se não fica difícil. – Ele disse respirando em meu pescoço. – Vou pegar minhas roupas.

E partiu me deixando lá.


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Notas finais do capítulo

Olha, os próximos capítulos são divisores de água da fanfic, e para delírio geral estão prontos! *_*

Resolvi fazer uma prenda para vocês.

Se receber pelo menos três comentários nesse capítulo quinta nesse mesmo horário posto o próximo capitulo! Ou seja dois capítulos em uma mesma semana.

Mas caso não aconteça tudo bem, posto semana que vem o próximo ;)



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