O Cavalo De Bronze - Fic Interativa escrita por CarpeDiem


Capítulo 4
Quadribol


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, é que passei a tarde dormindo(Depois de uma semana estudando feito um louco) e quando acordei tratei logo de escrever o capítulo, muitos personagens aparecendo e é isso aí.



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Gabriela Priscila Rabelo -

 Os dias no instituto estavam sendo “normais” na medida do possível, todos os alunos estavam atacando Carlos Magno, principalmente os primeiranistas, será que eles não percebem que se nem um aluno do 7º Ano, se preparando para o N.I.E.M, não conseguia fazer nada contra o cavalo de bronze, por que eles conseguiriam?

  Deixando tal assunto de lado, eu estava com raiva, mas com muita raiva mesmo!As “araras”, depois de mais de dez anos tinham passado de todas as casas e estava em primeiro lugar na “Copa das Casas” e obviamente, eu, como líder do jornal do instituto, e uma entusiasta das “Araras-Azuis” queria dar uma ênfase enorme naquela posição e jogar na cara das harpias, mas diferentemente a Srta.Ford, uma americana que nos ensina Aritmância, decidiu me obrigar a dar ênfase no primeiro jogo da “Taça das Rapinas”, o campeonato de quadribol do instituto.

  A casa das araras-azuis só foi fundada a vinte e dois anos em 1994, e tirando a arara todas as outras aves são de rapina, então mesmo que o diretor seja nosso patrono, nunca mudaram o nome da taça porque “não era necessário”, mas todos sabiam á verdade, eles não mudaram o nome porque nosso time de quadribol é ruim demais e não havia necessidade de mudar o nome por causa de um time ruim.

  E lá estava eu, sentada lendo o jornal que eu mesma escrevi e vendo a foto do artilheiro dos peregrinos, Artur é desde o primeiro ano o artilheiro dos peregrinos, e não por acaso, desde então aquela casa não perde uma única “Taça das rapinas”, quatro consecutivas com o impressionante número de apenas um pomo de ouro capturado por cada ano, ou seja, nos últimos quatro anos os peregrinos capturaram o pomo de ouro quatro vezes.

  Meu suco de abóbora voltava sempre a aparecer no copo e ainda tinha meia-hora de café da manhã antes da aula, tinha acabado de comer á tempos e apenas de vez em quando dava um gole no suco.

  O primeiro jogo era entre o campeão e o vice do ano passado, os campeões são os peregrinos e os vices foram às harpias. Decidi seguir para minha primeira aula de sexta-feira, herbologia.

  Cheguei à sala de aula da Srta. Gomes, a mulher de Tobias Gomes, o nosso diretor, ela estava como sempre com suas vestes longas e verdes, os cabelos loiros já tinham várias mechas cheias de fios brancos e a cara já mostrava a idade, mas mesmo assim reluzia em felicidade, só de vê-la eu já abria um sorriso.

  Só me deu um desanimo quando ela resolveu dar uma aula sobre o gramado do campo e como fazer para grama se manter verde entre outras coisas do tipo, fora que ela também começou a falar do feitiço para fazer a grama se manter fofa e assim amortecer a queda dos jogadores.       

  Aproveitando o fato de todos os jogadores das harpias e dos peregrinos terem sido liberados das primeiras aulas para se preparar para o jogo, ela usou o exemplo do Nicolas, que á dois anos foi ser o apanhador das Harpias e acabou com um balaço acertado na sua cabeça, se não fosse a grama ele teria morrido.

  Srta. Gomes então dividiu a sala em duplas e eu fiquei com Helena Dawson, uma garota mimada das harpias, ela se esforçava de uma forma incrível para tentar fazer a mistura de ervas fazer a poção, mas não conseguia, já estava ficando com pena, era a terceira tentativa.

-Helena... – Chamei sua atenção e ela olhou para mim, não parecia à rainha do instituto Oliver Groon que todos tanto falavam.

-Sim?

-Deixe eu te ajudar. – Peguei as ervas e comecei a misturar e a mexer, percebi que ela não tinha feito o feitiço necessário de forma certa, peguei a minha varinha e balancei falando de leve o feitiço, um raio branco saiu e entrou na poção que começou a borbulhar.

-Impressionante! – Srta. Gomes estava impressionada com a poção.

-Mais vinte pontos para as araras e para as harpias. – Não gostei de ter que dar pontos para as harpias, mas ajudar Helena Dawson tinha sido uma ótima experiência.

-Obrigada. – Ela falou me dando um sorriso.

-As senhoritas estão liberadas para o jogo. – Pegamos nossos casacos e fomos para a arena.

A arena de quadribol se encontrava lotada, tinham alunos de todas as casas, estava um frio enorme e todos usavam agasalhos e roupas longas, eu teria gostado de ficar no meu quarto, lendo um livro trouxa muito caro que eu havia conseguido e tomando chocolate quente, mas sou a chefe do jornal, minha obrigação é cobrir qualquer evento importante, e o primeiro jogo de quadribol, do maior campeonato de quadribol da América e um dos maiores do mundo, era realmente uma matéria importante, jornalistas de todo o mundo bruxo leriam a minha matéria. Estava do lado de Jordyn, o nosso principal fotógrafo.

-Gabriela! – Olhei para o lado e observei Helena me chamando enquanto balançava mão, coloquei a mão sobre o peito dizendo “Eu?”, ela fez um sinal de positivo com as mãos e eu fui até ela que estava rodeada de harpias.

-Quer assistir o jogo junto com a gente? – Ela perguntou fazendo uma cara manhosa, quando Helena Dawson tinha virado minha melhor amiga?

-Não posso... Estou fazendo uma matéria pro jornal...

-Então por que você não faz uma daquelas matérias de analise dos torcedores dos dois lados? – Ela disse e me veio logo uma idéia, realmente era uma boa ver o jogo ao lado de torcedores das harpias e dos peregrinos e depois analisar como foi o jogo para cada um.

-Eu aceito. – Ela fez um sorrisinho e comemorou.

  Fiz uma magia e mandei um papel para Carlos, um pernambucano do jornal que era peregrino e mandei a idéia pra ele. Carlos concordou e também enviei um para Jordyn, que não discordou. Sentei-me ao lado das harpias e comecei a comer um cachorro-quente junto com suco de abóbora... É meus gostos são estranhos.

  Os primeiros a entrar foram os harpias com suas vestes cinza e o brasão da casa no lado esquerdo do peito, e lá estava Nicolas mais uma vez de apanhador, depois de um ano se recuperando daquele choque com o balaço, ao lado dele tinha... Newt!Isso mesmo, o novato já tinha virado artilheiro da casa das Harpias, o estádio todo gritou, a casa das harpias podia não ser a melhor no quadribol, mas eram de longe os mais populares.

  Enquanto pensava os jogadores peregrinos entraram como um foguete no campo voando e fazendo manobras com suas vestes pretas e calças brancas, no telão do estádio aparecia de um lado Newt e do outro Artur, os dois artilheiros avançados do jogo, será que o Lachowski é tão bom assim?

Todos prestavam atenção na entrada de Tobias Gomes, o nosso diretor no estádio, ao lado dele o professor de vôo do primeiro ano, ao chegarem ao meio do campo à mala foi aberta e os jogadores dos dois times que estavam em uma roda fechada assumiram suas posições, o diretor pegou a gole em uma das mãos, logo após liberou o pomo de ouro, os olhos dos jogadores das Harpias brilhavam ao ver o pomo, os peregrinos como já foi dito não tinham o melhor dos apanhadores, mesmo tendo bons artilheiros.

  A goles foi jogada ao alto e Newt pegou mais rápido que Artur e todos do time de harpias recuaram em direção ao seus aros sendo acompanhados de perto pelos peregrinos.Tobias soltou os balaços e rapidamente saiu do campo.

  Ao chegarem perto dos seus aros eles fizeram uma inversão e avançaram em uma formação de seta com Nicolas na posição principal, mas ao se aproximarem cada vez mais a posição de seta foi virando um V, e passaram a defesa dos peregrinos e numa velocidade descomunal, desviando dos balaços Lachowski pegou a goles e arremessou de longe, mesmo assim acertou o aro dando dez pontos para as harpias.O estádio foi ao delírio, a bola foi dada de volta para Lucas Alexandre de Lima, o garoto era o outro artilheiro do time e rapidamente o jogo recomeçou, todos sabiam que era mais um lance de sorte das harpias, e que agora que os peregrinos estavam com a bola tudo estava acabado, mas o que se viu não foi isso, os batedores dos harpias colocavam os balaços na direção de Artur fazendo com que ele não se fixasse em uma posição dificultando o passe, Lucas avançou e jogou a bola mas não teve sucesso em acertar o aro, abola estava de volta nas mãos de Newt que como um foguete voltou a passar o campo inteiro, definitivamente aquilo não era uma vassoura normal, ele voava rápido demais deixando todos os peregrinos para trás, os balaços nem conseguiam acertar pegar ele, e em um movimento de giro ele lançou a bola novamente no aro, mais dez pontos para as harpias, a garota loira do meu lado, Mila Brocklengust comemorou o ponto, mas logo depois ao receber perceber o sorrisinho de Helena para si se sentou com as bochechas em chamas, no meu tempo de descuido os peregrinos já tinham perdido a bola mais uma vez e Newt havia marcado seus terceiro ponto.

  Eu nunca poderia imaginar que os peregrinos poderiam ficar perdendo de 60 a 0.As harpias estavam no céu, Helena então... Por que ela estava no céu pelo time de quadribol da casa dela estar ganhando, porque os peregrinos, time da casa de Jessica Alves Ferrer estava perdendo, falando nisso a morena estava não muito longe dali com uma cara de raiva, nem Helena, nem Jessica eram garotas mimadas, mas viviam competindo, dês de o primeiro ano para saber quem era a melhor, e naquele ano a briga estava feia.

  Lucas lançou de novo a bola, mas o goleiro das harpias defendeu, e Newt marcou outro ponto, 70 a 0 em menos de uma hora de jogo, Artur pediu tempo e o jogo parou, vi Helena falar alguma coisa pra ele e logo depois o jogo voltou.

  Não sei o que “Jess” falou pra ele, mas foi quase como dar uma injeção de adrenalina nele, de 70 a 0, o jogo ficou empatado em menos de uma hora depois, é de acordo que para o jogo não durar uma quantidade absurda de tempo em jogos colegiais, que o jogo terminasse quando uma equipe atingisse ou passasse dos 150 pontos e naquele momento estava 70 a 70, mas não ficou assim por muito tempo, Artur pegou a goles das mãos de Newt e jogou contra o aro central, o goleiro não conseguiu parar.

  Depois de mais de quatro horas de jogo os peregrinos fizeram 150 pontos contra 120 das harpias, Helena estava se remoendo de ódio.

  O jogo acabou e eu resolvi sair para pegar o depoimento de alguns jogadores, Nicolas estava irritado pela derrota, Artur estava feliz e Lucas comemorava também, já que tinha marcado o ponto da vitória.

  Tudo tinha acabado já, as pessoas voltavam para o castelo e resolvi e quando estava passando vi Mila Blockengust chorando sentada na arquibancada me perguntei por que ela estaria chorando, mas logo vi o porquê, Newt estava a beijar uma penacho, ela definitivamente gostava dele.

-Oi? – Ela olhou para mim tentando enxugar as lágrimas.

-Oi... Gabriela, não é?

-É. Olha... Eu sei que você gosta do Lachowski...

-Eu?!Não mesmo...

-Não precisa mentir pra mim...

-Tá, eu gosto dele, vai botar na primeira capa do jornal de amanhã? – Falou irônica.

-Não. Srta. Ford vai me obrigar a falar sobre a vitória dos peregrinos, mas a segunda página talvez.

  Ela riu junto a mim, senti um vinculo de amizade surgir ali, não sabia o que estava acontecendo comigo, em um dia tinha feito amizade com duas harpias, isso realmente não era a minha cara.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.