O Livro Da Nossa Vida... escrita por halmina


Capítulo 2
A Noticia / As Irmãs


Notas iniciais do capítulo

Não demorei! Escrevi isto tudo em menos de uma semana! u3u
Bom, cap sem sal. Não gostei muito. Mas apareceu a minha adorada Ayumi. Adorei criar a personagem... *ç*
O itálico é quando ele está escrevendo o livro, e o normal é quando ele fala/age/qualquer coisa no presente. Nas partes do livro diz quem está narrando. Nas normal (pelo menos nesta) sou eu a narrar. kkkkk
Como eu uso expressões japonesas e estou nos Originais, irei explicar o significado de algumas nas notas finais... ^^
Bom, vão ler, nee...
Espero que gostem! *-----*



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(Lucas)

Março. Um mês de chuva interminável, frio cortante e, por vezes, mudanças assustadoras.

Naquele dia, em especial, eu estava aninhado no fundo de um armário. Sempre usava aquele armário como esconderijo, pois era pequeno, e de aparência insignificante, para além de se encontrar nos fundos da mansão.

Eu vivia numa mansão. É… Era muito grande. Tinha uma sala de estar do tamanho dos apartamentos normais… Mas eu não gostava de viver lá. Me parecia muito vazio. Muito superficial. Muito sem vida… Não havia um único toque de humanidade naquela casa. As paredes eram como gelo, imaculadas, sem decoração… Os dois quadros que existiam naquela casa estavam pendurados de maneira a não estorvarem, e combinarem totalmente com a desumanidade daquela casa. Os tapetes, ajustados ao milímetro, para dar um ar menos formal à casa… Não era normal. Aquela casa era demasiado perfeita.

Mas vamos antes falar do motivo de eu estar escondido dentro de um armário… Sabem, é por uma razão bem simples… Deixem-me elucidar-vos!

Eu estava caminhando calmamente pela mansão. É, eu passeava nela mesmo… Eu estava andando, por entre os intermináveis corredores, até que passei em frente do quarto dos meus pais. Eles estavam a discutir… O que era realmente estranho. Meus pais eram muito frios. Muito perfeitos. Se importavam demasiado com as aparências, e com o facto de passarem uma boa imagem da família, para discutirem regularmente. Isso foi a primeira coisa que me assustou. A segunda foi o assunto…

– Eu não quero ir embora daqui Oliver! – exclamou minha mãe, furiosa.

– Mas Elisa… Fomos ambos transferidos para lá. – rebateu o meu pai, receoso.

– Como é possível? Sermos transferidos ao mesmo tempo, para a mesma cidade, sendo que os nossos empregos são totalmente diferentes?!

– Não sei mulher! – exclamou o meu pai, passando as mãos no cabelo, exasperado – Só sei que não temos escolha. Como queres manter esta família sem o nosso dinheiro?

– Bem… Não sei. – sussurrou a minha mãe – Mas podemos arranjar uma solução. – ditou, vacilando um pouco.

– Desta vez não Elisa… - comentou meu pai, com um sorriso amargo.

– Queres trocar a nossa casa… A nossa mansão por um apartamento rasca no meio da cidade?! – perguntou a minha mãe incrédula.

– Não… Eu arranjei um duplex lindo, na cobertura de um prédio. Vais gostar amor…

– Ah, sendo assim, eu aceito. – a minha mãe sorriu maliciosa e aproximou-se vagarosamente de marido.

Ok! Não precisava ver aquilo. Saí andando apressadamente. E vim parar a este armário…

Eu não acredito! Meus pais tinham sido transferidos para outra cidade e não me disseram nada! E agora íamos mudar-nos sem eu poder dar a minha opinião… Como eu sou prezado nesta família, nee...

Não queria mudar. Tudo bem, eu não gosto desta casa, desta família, desta vida… Mas quem me promete que tudo irá melhorar. Quem sabe, talvez piore…

– Lucas, filho! – chamava a minha mãe, um pouco distante.

Não! Porque ela tinha de aparecer agora? O que eu faço?! Espera… Ela nem deve saber deste armário. Superficial como ela é… É, ela nem deve procurar aqui.

– Lucas! Onde estás? Lucas… - a minha mãe procurava por mim. Cada vez se aproximando mais. Isto não pode estar acontecendo... Eu estava quase chorando! Mas se eu fizesse barulho é que não me safava… - Lucas! Eu estou vendo a porta do armário aberta. – a minha mãe comentou, encostada ao móvel.

Saí vagarosamente, olhando diretamente para a minha mãe… Eu estava morto. Ou não…

– Lucas. Eu… E o teu pai, temos uma notícia a dar-te. – ela começou.

– De nos mudarmos? Não obrigado. – respondi grosseiro, revirando os olhos.

– Como tu sabes?! – perguntou chocada.

– Sabendo. – respondi, virando as costas.

– Vamos amanhã filho, prepara as coisas… - ela me soou magoada, mas afinal o que ela queria que eu respondesse? Eu que deveria usar aquele tom…

– Eu vou fazer as malas. – ditei, saindo da divisão, e deixando a mulher especada.

E lá fui eu, arrumar tudo, e esperar pela hora de ir embora. Preparar-me para uma grande mudança…


o-O-O-o-O-o-o-o-O-o-O-O-o


(Ayumi)

Por um momento o meu quarto encheu-se com o glorioso som de guitarras. Nunca ninguém me conseguiria convencer que o Tora e o Hiroto eram maus no que faziam. E logo eu esperava ansiosa pela voz do Shou.

“Are you ready to change yourself?

Are you flying like you want to?

Kimi ga ima negai egakidasu miraizu

Please show me your weakness, I want to know your everything.”(1)

– Desliga a porcaria do despertador! – exclamou Yui(2), a minha irmã mais nova.

Suspirei baixinho, enquanto esticava o braço para fazer o que me era pedido… Não que minha irmã não gostasse de Alice Nine. Na verdade, ela gostava bastante da banda, bem como daquela música! Acho que ela apenas não gostava de acordar cedo. Cliquei no botão “desligar” e voltei a cair com tudo na cama.

– Feliz imouto-chan(3)?! – exclamei, tendo a certeza que ela ia ouvir. Assim como os nossos pais iam acordar…

– Muito feliz. – ela respondeu, um pouco mais baixo – Mas… Nee-chan(4), porque tens o despertador ligado para domingo?

– Aaaa… Sei lá. – me apercebi disso mesmo, eu tinha aquela porra ligada para… Nada.

– Nem comento Ayumi. Vou ficar em silêncio. – disse, virando-se na cama e, provavelmente, voltando a dormir.

Eu, pelo contrário, não voltaria a conseguir adormecer agora, nem que a minha vida dependesse disso. Levantei-me cautelosamente, tentando evitar o lixo que cobria o chão. Não queria cair já a esta hora da manhã… Mas, a sorte nunca está do meu lado. A bainha das calças ficou presa na madeira da cama, e o meu pé enrolou-se nos cobertores… E eu? Fui de cara ao chão.

Ouvi a porta de casa abrir-se, e alguém entrar em passos apressados, em direção ao meu quarto. À medida que o som dos passos se aproximava, eu tentava desembaraçar o tecido em volta dos meus pés.

– O que estás aqui a fazer Nicole(5)? – perguntei, assim que a porta do quarto foi escancarada, tentando puxando os cobertores.

– Nada… Eu ia para casa e ouvi alguém cair violentamente aqui. Vim ver. – respondeu ela, rindo estranhamente, e segurando na ponta de um dos cobertores.

– Estás a rir de quê?! – perguntei agressiva, virando-me finalmente para ela.

– Olha a tua posição Ayumi, por favor. – ela ditou, se sentando no chão, e quase asfixiando de rir. Por mim podia muito bem morrer sem ar…

– Qual… - olhei para mim, de quatro, agitando a bunda enquanto, tentava desentalar a porcaria dos cobertores – Ahh… - finalmente compreendi porque ela ria – Podes ajudar-me Nico-chan?

– Claro. – ela respondeu, desenrolando quase instantaneamente. Fiquei a olhar para ela descrente... Era tão fácil assim?! Ri de mim mesma.

– Agora que a senhora Ayumi já deixou de posar de maneiras constrangedoras, posso te dar a notícia que queria? Foi por isso que vim cá.

– Ahah! Eu sabia que não estavas só passando. A tua casa é no andar de cima. – respondi, eu tinha descoberto a mentira dela. Algo que nunca acontecia…

– Parabéns Ayu-chan. – ela bateu palmas, zoando – Agora… A notícia?

– Sim, sim! Qual é? – perguntei, sorrindo infantil, e ignorando o facto de a minha melhor amiga (indiretamente) me estar chamando lenta, tapada e burra, como sempre fazia.

– Temos um morador novo. – ela falou lentamente, se afastando subtilmente.

– Kyaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! – guinchei, me levantando num salto – Sério? Sério? Sério?! Que bom, bom, bom, booooooom!

– Que histérica Ayumi… - disse ela, quando eu decidi ficar calada, e me contentei em dar pulinhos felizes.

– Sou mesmo. – comentei, com um sorriso nos lábios - Espera… É um garoto? – perguntei, com os olhos a brilhar.

– Aaaaa… É. – ela me olhou receosa, esperando a explosão. Que logo veio.

Há quem diga que eu não sou normal. Que fico histérica por coisas insignificantes. Mas só porque não percebem as minhas motivações…

– Fujoshi(6) desmiolada. – me disse a Nicole.

– Fujoshi… Espertinha. – respondi, estirando a língua.

– Obrigada. – ela riu, me dando um tapinha no braço.

*oOoo*oOoOo*oOoOo*ooOo*


– Tens a certeza que aconteceu assim? – ele perguntou, nervoso, enquanto anotava o que a amiga narrava pelo celular.

– Claro!

– Ayu-chan… - chamou o escritor, fazendo manha – Quando estarás cá?

– Não sei Lucas-chan. – ela respondeu, rindo.

Dois dias antes o moreno tinha ligado à melhor amiga, pedindo-lhe para ela vir passar uma temporada à sua cidade. Utilizando três motivos. Primeiro, a sua amizade, que devia valer para algo. Segundo, ela iria participar numa das obras de Lucas, uma coisa que ela sempre pediu. E, em terceiro, e ainda mais importante, ela poderia ver como o romance dos amigos se estava a desenvolver… E Ayumi era uma fujoshi dedicada.

Tinha aceitado, até porque passaria um mês em casa do melhor amigo, e do marido dele…

O problema é que Ayumi estava quase um dia atrasada. Como sempre, a amiga tinha adormecido, e em vez de sair às 6 horas da manhã, como combinado, tinha partido apenas a meio da tarde. Juntamente com a irmã, Yui, o namorado, Zico, e a nossa melhor amiga, Nicole. Há horas que os outros já tinham chegado, mas ainda não eram necessários nesta parte do livro. Estavam muito no início…

– Como não sabes?! – perguntou Lucas, irritado. Ayu-chan era tão irresponsável!

– Desta vez não é culpa minha… A Nicole pediu para pararmos num motel. Daí ela levou a Yui para dentro, e já estão lá à uma hora… - ela explicou - Que será que estão fazendo? – perguntou a garota, inocentemente.

Se fosse outra pessoa, Lucas teria levado a pergunta na brincadeira. Como uma sugestão do que as amigas estariam fazendo. O problema, é que era Ayumi. E quando ela queria (ou sabia como) ser tarada, ela era. Ninguém a parava nessas alturas… Era muito direta. Mas muito ingénua… O moreno ficou indeciso. Dizia à Ayu-chan que a melhor amiga e a irmã dela estavam transando? Não lhe parecia bem…

– Não ligues Lucas. – exclamou Zico, do outro lado – Eu já lhe explico… – ele riu-se, e em seguida Lucas despediu-se, e desligou o celular.

– Ok… Estranho.

Ainda lhe faltava muito por escrever… Reposicionou-se na cadeira de couro, pegou na caneta, e voltou ao trabalho…


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Notas finais do capítulo

Mini glossário o/:
1. Tsubasa - Alice Nine (http://youtu.be/uvX9_2xEyX4)
2. Não está antes, mas ela não me pertence. Foi o nome que a minha melhor amiga koi-chan me pediu para pôr na fic. =^.^=
3. Imouto-chan significa irmã mais nova.
4. (O)nee-chan significa irmã mais velha.
5. Precisava fazê-la aparecer logo... u.u
6. Fujoshi - é o termo utilizado para chamar a uma garota que é fão de yaoi (relacionamento entre homens), e pode significar louca, pervertida e estressada kkkk (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fujoshi)
Bom... Gostaram? Não? Me digam onegai! kkkk Comentem... *desesperada*
O próximo vem logo, logo.
Agradecimentos para todos os personagens-pessoa. kkkkk
BjsS

da Mina-chan



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