(HIATUS) Helena. escrita por anajvargas


Capítulo 6
Helena e a Casa dos Smith.


Notas iniciais do capítulo

Gente este capitulo ta sem revisao pq eu postei tipo loucamente pq não queria deixar vcs sem capitulo já que não postei semana passa e bla bla
Mas, mesmo assim.. Espero que gostem.



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Como é que eu fui parar ali? Na porta da Casa dos Smith, pela quinta, sexta vez?

Depois do incidente de ver o ruivo naquele traje nada conservador e de sair correndo da casa parecendo uma louca e me sentindo uma tarada; acabei voltando ali.

Acabei passando meu endereço para o ruivo quando estávamos conversando por mensagens e de repente ele apareceu na minha porta para me raptar.

Flashback on.

- HELENA! ABRE ESSA PORTA MENINA, SE NÃO EU VOU ARROMBAR. – Escutei Lucas jogar uma ameaça para mim pela décima vez.

- VAI SIM! FÉ AI AMIGO! – Gritei, esperando que ele saísse do meu portão.

- OK ENTÃO! EU TO COM O MEU TACO. – Ele ameaçou mais uma vez. Decidi ignorar.

POW!

Mas que merda, o que é que aquele idiota tinha feito na minha maldita casa de praia?

Corri até a porta e escancarei ela, juntando todas as forças possíveis para bater nele.

Mas para a minha surpresa Lucas estava parada na frente do portão, sem taco, sem nada e tudo estava em perfeito estado.

- Lucas, o que foi isso?

- Ah! Você finalmente abriu essa porta. Mas agora fica um pouco quieta. – Ele disse fazendo um sinal de silencio. Ai, eu ia matar aquele ruivo um dia.

- Lucas, você ta pensando o que? – Perguntei fechando a porta e indo até o portão.

- Cala a boca! – Ele disse e eu de um belo dum tapa nele pelas frestas do portão.

- Ai! Sua retardada! Você não ouviu o barulho agora pouco? Não parecia barulho de tiro? – Ele disse massageando onde tinha levado o tapa.

- Tiro? Sério Lucas? Quem é que..

POW!

Não, não, não. Tiros?

- Vem, vamos embora. Agora Helena. – Ele disse me apressando para abrir o portão e então agarrando meu braço e saindo correndo comigo.

- Lucas! – Eu disse quando já estávamos longe o suficiente.

Para a minha surpresa a única coisa que ele fez foi começar a rir. Rir não, gargalhar.

- Ai meu Deus, você tinha que ter visto a sua cara quando eu falei a palavra “ tiro “.

- Aquilo era mentira? – Perguntei com aquela vontade de matar o ruivo voltando.

- Claro que era! Quem é que ia dar tiros numa vizinhança de velhos? – Ele disse ainda rindo da minha cara.

- Seu retardado! E aquele barulho o que era quilo? – Comecei a dar tapas nele de novo.

- Era só uma construção na rua de trás, eu passei lá quando estava indo para a sua casa. – Ele finalmente parou de rir, talvez por causa dos tapas ou porque tinha esgotado seu estoque de risadas.

- Qual é o seu problema ruivo retardado? – Perguntei parando de bater nele, porque já estava muito ofegante de correr.

- Foi o único jeito de fazer você sair de casa ué. E agora já passamos metade do caminho até a minha, sem voltas. -  Ele deu um sorriso maroto e eu desisti.

Flashback off.

E ali estava eu, na frente da Casa dos Smith, esperando que atendessem a porta.

Antes que eu entre, deixe-me explicar como essa casa funciona.

Lucas é adotado, descobri isso no dia que ele fingiu que ouviu tiros.

Seus pais biológicos morreram quando ele ainda era bem pequeno, mas ele não me disse como isso aconteceu.

Os melhores amigos da família Eliza e Fred Pinheiro adotaram Lucas, o loiro com os olhos diferente, Pedro, é filho de Eliza e Fred,  e irmão adotivo de Lucas, por isso eles estão sempre implicando um com o outro, são irmão de verdade.

Outro amigo da família era Jorge Smith, marido de Laura, pai de Gabriella e de Felipe.

A casa onde Lucas estava era de Jorge e Laura, só que, como as famílias sempre foram próximas e os filhos também, eles acabavam passando as férias juntos.

Todos eles eram incrivelmente simpáticos e divertidos,exceto talvez, por Gabriella, não acho que ela seja uma pessoa fechada e fria, mas se ela tivesse a visão de calor do Superman á essa altura eu já estaria transformada em um montinho de cinzas. Sem dúvidas.

Eu podia sentir uma aura negra saindo dela, igual nos desenhos e animes. Só por precaução eu nunca falava muito com ela, vai saber se ela tem um machado ou uma arma.

Acho que posso estar exagerando, mas como todos os pais e avós dizem “ É melhor prevenir do que remediar.” Pelo menos meus pais e avós falaram isso para mim ao menos uma vez.

 Pedro abriu a porta enquanto eu ainda estava meio mergulhada em meus devaneios.

- Morena! – Pedro tinha me dado esse apelido por causa do meu cabelo não pro causa da minha pele, que na verdade era quase tão branca quanto a do ruivo. – Não vai me responder não?

- Desculpa. – Disse saindo dos meus pensamentos e voltando para o mundo real. – Oi loiro. – Já que ele me chamava de morena eu tinha todo o direito de chamá-lo de loiro.

- Entra ai. – Ele disse adentrando a casa e deixando a porta vazia para que eu pudesse entrar.

Como todas as outras vezes em que eu fui ali – não que estas fossem muitas, no máximo cinco. – todos estavam na sala conversando animadamente e fazendo piadas.

- Helena! – Felipe disse animado e correu até mim com os braços abertos. Ele era incrivelmente carismático e sem duvidas deveria ter um monte de amigos.

- Ah! Helena, ainda bem que veio, vamos sair mais a noite e pensamos em chamar você. – Escutei  Laura dizer enquanto tentava respirar no meio do abraço de Felipe.

- Você vai vir junto não é? – Pedro perguntou me ajudando a me soltar de Felipe.

- Hum, não sei, tenho que avisar meus pais. – Respondi sinceramente.

- Ligue para eles. Venha com a gente, vai ser ótimo. – Eliza enfatizou o pedido.

- Mas se você não tem problema, vamos nos divertir do mesmo jeito. – Gabriella soltou uma alfinetada básica de boas vindas.

- Vou ligar para meus pais agora mesmo. – Respondi meio irritada por causa da provocação da garota de cabelos claros e alguns anos mais jovem do que eu.

- Eba! – Laura comemorou junto de Eliza, elas podiam ser mães, mas eram bem fofas e talvez até um pouco infantis.

Disquei o número do celular da minha mãe automaticamente e esperei ela atender.

“Alo, filha?”

“ Oi mãe, sou eu mesmo, hm... eu to na casa do Lucas, aquele meu amigo sabe?”

“ Sei sim querida, o que foi? Aconteceu alguma coisa?”

“ Não, só liguei pra falar que eles me chamaram para sair mais a noite, tudo bem?”

“ Claro filha, só não volta sozinha, ta?”

“ Pode deixar mãe, tchau.”

“Tchau, um beijo.”

- O que ela disse? – Laura perguntou toda animada e ansiosa.

- Ela disse que tudo bem. – Respondi dando um leve sorriso só para piorar a cara de desanimo que Gabriella fez, admito, era bem legal encher o saco dela, já que ela me odiava tanto por um motivo que o universo desconhece.

- Isso! Vamos todos juntos. – Eliza comemorou e deu alguns pulinhos no sofá onde estava sentada, não pude segurar um leve riso.

- Ai! – Senti um tapa na minha cabeça.

- Acho o fato de que você chega na casa do seu amigo e nem fala “ Oi ” para ele. – Virei e dei de cara com um ruivo nada satisfeito.

- Foi mal, você não tava aqui na sala e sua mãe começou a falar sobre sair mais tarde e eu tive que ligar para a minha mãe, além do mais, vai que eu abro a porta do seu quarto e vejo alguma coisa tão feia quanto aquela que eu vi da ultima vez. – Admito que só soltei isso no final da frase para provocar ele mais ainda, o que funcionou.

- Mas hoje você ta afiada, trocou a ferradura ontem de noite é? Machucou a patinha? – Ele disse pegando a minha mão e a examinando fingindo preocupação.

- Não machuquei não, ainda está ótimo para dar tapas. – Dei um no braço dele. – Viu?

- Me poupe dos seus tapas de mariquinha. – Ele disse empinando o nariz. – Pode fingir que está em casa e se sentar. – Ele disse e se jogou em uma poltrona.

- Me poupe dessa sua cara horrível. – Retruquei enquanto me sentava no único lugar disponível, ao lado de Pedro que me apoiou e estendeu a mão para que eu fizesse um “ Hi-5 ” nela.

- Olha que eu te boto pra fora. – Ele ameaçou fazendo pose de durão.

-  Eliza! – Eu disse colocando a mão no peito, pura atuação, claro.

-  Diga Helena. – Ela respondeu imediatamente.

- Seu filho quer me botar pra fora. – Eu disse apontando para o ruivo que me encarava com um olhar um tanto parecido com o de Gabrielle, que já estava na habitual pose de “olhar de calor”.

- Lucas! Eu que vou te botar pra fora menino. – Ela disse entrando no jogo.

- EI! Ela que é a visita aqui! – Ele se queixo e todos começaram a rir.

Lucas ficou com a cara emburrada e eu decidi deixar ele sofrer um pouquinho mais.

Virei a cabeça e comecei a conversar com Pedro e Felipe, que estavam sentados no mesmo sofá que eu, sobre coisas banais, do tipo: aquele filme que passou na TV ontem, ou como passaríamos o Ano novo.

Depois de um tempo achei que Lucas merecia sair do castigo, então virei para ele e perguntei casualmente:

- Ei, aonde vamos?

- E por que é que eu tenho que saber? – Ele respondeu, ainda emburrado.

- Tudo bem, eu vou ali perguntar pro Pedro... – Falei já virando de novo na direção do loiro.

- Ta bom, você venceu. – Ele disse me impedindo de virar. – Está tendo esse festival lá no centro, tem de tudo um pouco, todo mundo estava querendo ir, então a gente vai.

- Entendi, agora, se você me da licença eu vou continuar a minha conversa super profunda e entusiástica com o seu irmão e seu amigo. – Eu disse só para dar um ultima provocada.

- Helena! – Lucas me repreendeu.

- Eu só estou brincando, não precisa chorar não. – Eu comecei a rir dele o que me custou um peteleco na testa.

Com o tempo alguns foram saindo da sala para se arrumarem – tomar um banho e colocar alguma roupa mais apresentável – até que eventualmente todos estavam prontos, ou melhor quase todos.

- Gabrielle, minha filha, anda logo, nós não temos nada que nos faça passar pelo trânsito. – Jorge disse ao pé da escada, clamando para que a filha se apresasse.

- Calma pai! Estou escolhendo uma blusa. – Ela respondeu numa voz nada apressada.

- E você já escolheu uma calça por acaso? – Felipe perguntou se juntando ao pai.

- Ah! Ainda não, mas não se preocupem, vou fazer isso depois de escolher um sapato.

Aquela maldita garota estava lá em cima já tinha o que, uma hora e meia? Tive de me segurar para não subir e enfiar uma roupa nela, afinal mesmo que todos ali fossem muito extrovertidos, aquela não era a minha casa.

Para a minha felicidade - ou devo dizer: para a felicidade de todos – Laura subiu as escadas e cinco minutos depois tínhamos uma Gabriella emburrada, mas pelo menos já estávamos nos carros.

Isso mesmo, eu tive de utilizar o plural já que não cabíamos em um carro só.

Por algum motivo oculto, Gabriella tinha se esgueirado para o carro onde eu, Lucas, Eliza e Fred estávamos, com isso Pedro teve que ir no outro carro junto de Felipe, Laura e Fred.

Graças as quase duas horas desperdiçadas pela garota demoramos quase um século para chegar até o centro da cidade. Com uma sorte descomunal encontramos uma vaga e pudemos nos reunir com o resto do pessoal.

- Então o que querem fazer? – Pedro perguntou quando estávamos todos juntos.

- Só não quero ouvir a mãe falando sobre como tudo aqui é fofo e que ela vai comprar um monte de coisinhas.

- Ótimo, nem eu, vamos escapar. – Ele disse com um sorriso maroto estampado do rosto.

Em menos de  trinta segundos tínhamos deixado Laura, Fred, Jorge, Eliza e Gabriella para trás.

O que foi um certo alívio para mim e Felipe, que parecia que ia explodir com a irmã se ficasse mais alguns minutos do lado dela.

Adentramos o festival e procuramos ficar fora da vista de pessoas conhecidas.


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Notas finais do capítulo

Não tem imagem neste capitulo ok ? TO BOLADA TBM PQ N ACHEI UMA IMAGEM
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAS
@anajvargas_



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