(HIATUS) Helena. escrita por anajvargas


Capítulo 5
Helena, a tarada.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAS ME DESCULPEM PELA DEMORA, SE QUISEREM SABER TUDO CERTO TEM UM AVISO ANTES DO CAP E BLA BLA BLA;
ESPERO QUE GOSTEM



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- O que você queria falar comigo? – Aquele maldito fingia que não estava usando só uma toalha, qual era a graça disso?

- É-é-é sob-b-bre o que. COLOCA UMA ROUPA LUCAS. – Bati a porta mais uma vez, só que agora eu tinha fechado ela.

Encostei na parede enquanto ele se trocava e tentei me acalmar. Eu não sou nenhuma pervertida ta? Pelo menos espero que eu não seja. É só que eu não esperava isso e também não esperava que, bom...  O Lucas já é bonito normalmente... E eu acho que deveria mencionar que ele tem uma tatuagem perto da clavícula e que os ossos e veias dele são “saltadinhos” o que é bem fofo e ele é bem mais branco do que parece e também. EU TENHO QUE PARAR DE PENSAR NISSO OU VOU ACABAR REALMENTE VIRANDO UMA PERVERTIDA.

- Já pode entrar. – O ouvi dizendo de dentro do quarto.

Abri a porta lentamente e graças a Deus ele estava completamente vestido. Acho que seria bem difícil conversar com ele só de toalha. Arg. tenho que esquecer disso. Esquecer.

- Hunf, você não sabe colocar uma roupa quando sai do banho não? – Perguntei o repreendendo.

- Eu sei, mas alguém invadiu meu quarto antes que eu pudesse fazer isso. – Ele retrucou.

- Tanto faz. – Me joguei na cama dele, sem nem perceber e bufei. Acho que sou realmente despreocupada. – Sério Lucas, a gente precisa falar sobre o que aconteceu hoje lá no beco.

- Eu sei ta? Eu sei que eu parecia um louco e que eu parecia que ia bater um pouco no cara e.

- UM POUCO? PARECIA QUE VOCÊ IA BATER NELE TIPO, PRA CARALHO. PARECIA QUE VOCÊ IA ARRANCAR O FÍGADO DO CARA COM UM TACO DE BEISEBOL. – Eu disse me sentando na cama, eu realmente queria xingar ele um pouco.

- Calma, eu estava bem puto mesmo, o cara tentou fazer umas coisas com uma garotinha e eu vi, eu só estava tentando impedi ele. – Ele se sentou do meu lado. – Sei que não foi o melhor jeito também, mas quando ele segurou você foi demais. Eu realmente queria arrancar o fígado dele com um taco.

- Não precisava disso, ele não ia fazer nada comigo. Ninguém iria fazer isso comigo, ninguém é tem tanto mau gosto. – Eu respondi sendo sincera. Não achava que alguém faria isso comigo porque seria desperdício.

- Tá brincando comigo né? – Ele perguntou levantando uma sobrancelha e de repente a expressão dele mudou para um sorriso leve. – Vai em frente, me xingue o quanto quiser.

Respirei fundo umas duas ou três vezes. Ele tinha deixado não é? Além do mais, a culpa era dele.

- RETARDADO! BOSTA AMBULANTE! PROJETO DE COTONETE QUEBRADO! LAZARENTO! PUTA BARATA! – Comecei a dar leves socos no braço direito dele. – CACHORRO! VIADO! CABEÇA DE FÓSFORO! PICA PAU! – E foi ai que eu comecei a falar da cor do cabelo dele e comecei a reparar nos detalhes do rosto, meu lado pervertido estava a fim de se mostrar hoje, pelo visto. – BRANQUELO! TATUADO! OLHOS LINDOS! SORRISO LINDO! – Merda. Merda. Merda. Será que eu vou virar uma ninfomaníaca?

Tampei minha boca com a mão em menos de um segundo e vi que as pupilas dele diminuíram rapidamente, ele tinha levado um choque. Então ele fez a coisa mais improvável. Me empurrou no colchão, segurou meus ombros e ficou por cima de mim. Opa acho que eu não era a única propicia á virar ninfomaníaca ali.

Foi a minha vez de levar um choque.

- Lu-c-cas? – Gaguejei sem forças.

Ele não falou nada, só ficou ali me observando. Os olhos dele estavam um pouco mais escuros e astutos do que normalmente. Senti alguma coisa cair na minha bochecha, um pingo d’agua. Os cabelos dele ainda estavam molhados e por isso estavam mais escuros também. Ele passou o dedo aonde o pingo d’agua tinha caído e o limpou cuidadosamente.

- Lucas? – Perguntei mais uma vez, meio apreensiva.

De repente o corpo e a expressão dele relaxaram e ele se jogou do meu lado no colchão.

- Você realmente não devia entrar no quarto de um garoto e ficar fazendo essas coisas Helena. - Ele disse cobrindo os olhos com o braço.

- É não devia mesmo. – Dei uma risada falsa e fraca e me levantei da cama. – Acho melhor ir embora, já estava escuro. – Joguei uma desculpa esfarrapada pra ele e fui saindo do quarto. O que é que eu estava pensando? Eu só o conhecia á dias, e nesses dias ele se mostrou um possível louco. Então porque eu não fiz nada quando ele me jogou contra o colchão? Porque eu fui procurar ele na praia? Porque eu fui até o limoeiro? Estou começando a achar que loucura é contagiosa ou que eu realmente sou uma tarada de primeira.

- Já vai? – O garoto loiro perguntou quando eu passei pela sala quase que correndo e dando leves tropeços aqui e ali.

- Vou sim, até mais. – Fechei a porta atrás de mim e corri o mais rápido que pude até em casa.

Como eu consegui chegar em casa só Deus sabe, afinal eu não tinha a mínima ideia da onde eu estava.

MOMENTO IMAGEM PRA VCS, ESSE É O PEDRO ( VULGO O TIO LOIRO DE OLHO DIFERENTE TA?) 

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*****

- Filha! Você voltou, já estava quase ligando pra saber onde você estava! – Escutei minha mãe falar assim que abri a porta da casa.

- Pois é mãe, voltei. Feliz agora? – Meu humor não estava lá no alto depois da linda cena que eu tinha acabado de vivenciar.

- Eita, aconteceu alguma coisa minha querida? – Porque a minha mãe tinha que ser tão calma e “leve”.

- Nada mãe. Eu só quero tomar um banho. – Percebi que eu só falava que nada tinha acontecido, quando na verdade pra mim tinha acontecido alguma coisa, isso me deixava extremamente irritada.

Fui direto para o banheiro, ignorando a chamativa cozinha e meu quarto.

Ajustei o chuveiro para a água ficar o mais fria possível e me joguei em baixo dele. Apesar disso, estava parecendo que nem um mergulho no polo Sul ia me ajudar a esquecer do jeito que cada fio de cabelo ruivo de Lucas ficava quando estava molhado, a expressão que ele tinha quando abri a porta do quarto que nem uma louca e a pele extremamente esbranquiçada da barriga dele.

Mas que merda! Me xinguei mentalmente algumas – várias – vezes e também fiz uma anotação para parar de ser tão tarada.

Desliguei o chuveiro, pois já tinha me dado por vencida e peguei a única toalha que estava no banheiro. Me enrolei mecanicamente nela e fui vagarosamente até o meu quarto.

Abri a porta de imbuia envernizada e vi uma cena que fez meu sangue subir.

Eu ia matar aqueles dois pedaços de merda.

Incrível o jeito que eu consigo passar de tarada para serial killer em menos de 3 minutos, mereço um premio, não?

- HECTOR! HEITOR! – Gritei pelos dois enquanto eu dava uma ultima olhada na bagunça que eles tinham feito na minha bagunça.

Fui marchando até o quarto dos gêmeos onde os encontrei dando gargalhadas abertamente devo ressaltar que a situação só piorou quando eles olharam para mim. Me desculpem se a única toalha que tinha no banheiro era uma cheia de bichinhos brilhantes e adoráveis.

- Podem rir, mas façam isso trancados. – Tive uma ideia maravilhosa.

Peguei a chave que estava na maçaneta e antes que os dois percebessem a minha intenção, saí do quarto e tranquei a porta pelo lado de fora.

Pude os ouvir socando a porta e me ameaçando levemente com aquele amor fraternal.

- O que você fez com eles Helena? – Meu pai perguntou sem desgrudar os olhos da tv da sala, estava passando Law & Order.

- Só devolvendo o presente que eles deixaram pra mim no meu quarto. – Sorri vitoriosa. Na minha melhor pose de vilã com toalha de bichinhos. – Daqui a pouco eu solto eles, papai querido que ajudou a colocar eles no mundo.

Olhar para o meu quarto me desanimava completamente.

Acho que fiquei pelo menos umas três horas arrumando – tentando arrumar- aquela porcaria e no final, ainda tinham coisas jogadas, a cama estava desarrumada e eu estava morta.

Me lembrei dos gêmeos que deviam estar se deteriorando no quarto. Peguei a chave do quarto deles que eu tinha largado em cima da cama e abri a porta.

- Se vocês fizerem isso de novo, vão ficar uma semana trancados nessa merda, entenderam? Vão comer sopa de atum enlatada e podre. – Eles concordaram com a cabeça e eu suspirei me virando para ir até a cozinha, minha amiga que já estava me esperando á um bom tempo.

Assim que mordi um pedaço de um bolo de cenoura com cobertura de chocolate, - porque coberturas de chocolate são obrigatórias em bolos de cenoura – me dei conta de que não comida nada desdá hora do almoço e agora já passava da meia noite. Como é que eu ainda estava viva?

Depois de quase acabar com o bolo e uma caixa de suco de abacaxi fui até a sala e me joguei no sofá, Law & Order já tinha acabado e meus pais já deveriam estar no décimo quinto sono, peguei o controle e fui mudando de canal lentamente esperando encontrar algum filme que me ajudasse há passar o tempo.

Depois de passar uns cinquenta canais, ou mais, me deparei com um filme que eu não assistia há muito tempo e que eu era apaixonada por ele quando menor. O diário da princesa. Lembro que por causa do filme eu li os livros e conheci Meg Cabot e suas histórias.

O filme tinha acabado de começar, literalmente. Eu estava agora vendo o cartaz do lado de fora da janela da Mia que dizia “Home of Mia and Fat Louie. Do not disturb.” (Lar de Mia e Fat Louie. Não perturbe.).

Me alinhei no sofá e comecei a assistir o filme.

*****

Senti meu celular vibrar do meu lado no sofá e tomei um susto. O que fez com que eu fosse parar no chão. Olhei para o relógio da sala.  Quatro e cinquenta da manhã. Quando foi que eu peguei no sono?

Olhei para o sofá tão convidativo e depois para a porta do meu quarto que estava tão longe. Me desculpe cama, mas hoje eu vou te trair com o sofá.

Deitei de novo e adormeci quase que instantaneamente. Esquecendo da mensagem que tinha chegado no meu celular.

Vi algumas imagens passarem rapidamente na minha cabeça. Fragmentos do filme, do dia em que fui á praia com a minha mãe, o episódio de L&O que meu pai estava vendo, a bagunça que os gêmeos tinham feito no meu quarto, a minha toalha, o Lucas. Merda, o Lucas não. Eu não posso sonhar com ele.

Acordei forçadamente por causa da claridade que invadia meu quarto. Ou melhor, a claridade que invadia a sala. O que foi um alivio, assim pelo menos não sonhava com o ruivo.

O que eu estava esperando? Que me levassem para o quarto como faziam quando eu tinha cinco anos? Isso mesmo.

- Mãããe! – Chamei por ela e depois de alguns minutos sem resposta fui obrigada a levantar e procurar um bilhete dela falando aonde tinha ido. Era sempre assim.

Achei o papel em cima da mesa da cozinha, obviamente escrito às pressas, mas mesmo assim com uma letra fina.

Helena.

Não sei que horas foi dormir, por isso decidi não te acordar.

Além de tudo, você parecia tão tranquila dormindo.

Saímos para ir à praia!

Vamos almoçar fora e de tarde passearemos com os meninos na cidade.

Se acordar antes do almoço ligue para mim que iremos te buscar.

Se não, voltamos lá pelas seis e meia.

Beijos, Mãe.

Corri até a sala para checar o relógio. Cinco e dez da tarde. Ótimo, pelo menos assim eu não tive de aguentar os pestinhas a tarde inteira.

Para o espanto de todos, eu estava com fome. Abri o freezer e peguei um Yaksoba congelado da Sadia, já que meus dotes culinários não são tão avançados e eu duvido muito que tivéssemos todos os ingredientes.

Esperei os longos e demorados quinze minutos.

No meio do meu lindo e maravilhoso almoço, me lembrei da mensagem que tinha me acordado no meio da madrugada. Fui até a sala e agarrei o celular, já me preparando para mandar a pessoa pro inferno por ter me acordado.

1 new text message.

Lucas: Helena??? 

Ah! Claro que tinha que ser aquela coisa me amando no meio da madrugada.

Não queria responder, ainda não tinha superado o fato dele ser tão... Ruivo e branco...

Além do mais, já tinha passado um bom tempo desde que a mensagem tinha chegado, ele provavelmente já tinha esquecido.

1 new text message.

Lucas: Helena, será que dá pra me responder?

Meu Deus! Aquele maníaco estava me vigiando agora?

Suspirei e então respondi a mensagem, não ia ter jeito, era capaz de ele aparecer no portão da minha casa, mesmo não sabendo onde eu estava.

Helena: O que foi Lucas?

Rezei para que ele não visse a resposta ou que demorasse muito para responder. Pelo visto não tive um resultado nada positivo.

1 new text message.


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Notas finais do capítulo

Olha como eu sofro por vcs, era pra eu estar arrumando minhas coisas pra mudar pra minha mae amanha, saõ 6 da tarde já, acordei tem umas 2 horas e eu venho postar a fic :D
SUIAHSIUAHIUSAHISUH
Deixem reviews falando o que acharam e o que eu posso melhorar PORFAAAAAAAAA
@anajvargas_
ADIOS