(HIATUS) Helena. escrita por anajvargas


Capítulo 14
Fugitivos e futuros ninfomaníacos!


Notas iniciais do capítulo

CHEGAY GALERA!
Espero que gostem do capitulo e tomara que fiquem ansiosos para o proximoooo!



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- ALL I WANNA DO IS BE WITH YOU, BE WITH YOU, THERE’S NOTHING WE CAN’T DO, I JUST WANNA BE WITH YOU, ONLY YOU AND DON’T MATTER WHERE LIFE TAKES US NOTHING CAN BREAK US APART, YOU IS TRUE, I JUST WANNA BE WITH YOOOOOOOOOOOOOOOU.

Tem algumas vezes, algum raros dias em que eu acordo com um bom humor impecável. Hoje era um desses dias e por essa razão eu estava cantando High School Musical do meio da cozinha da Casa dos Smith usando um pote de mostarda - que seria usado no strogonoff – como microfone. Além de estar rodopiando em volta de todos.

- Nada contra essa sua voz maravilhosa, mas por quê é que você esta cantando HSM? -  Felipe, que estava sentado na bancada de mármore, perguntou.

- Olha, essa é uma ótima pergunta. Pena que eu não tenho a resposta pra ela. – Estralei os dedos e fiz o sinal de ‘joinha’.

- Qual é Feh, nem é tão ruim assim. – Pedro parou de mexer o que estava dentro da panela gigantesca sobre o fogão e começou a cantar os mesmo versos que eu tinha cantado só que encenando para o outro garoto, o que resultou num Felipe um tanto corado demais.

Para a sorte de Felipe, naquele mesmo instante um Lucas descabelado, molhado, de toalha e irritado entrou na cozinha.

Quer dizer, passou pela cozinha. Ele foi até a área de serviço e começou a abrir as portas do armário branco fixado a parede furiosamente. Depois de revirar tudo ele se sentou no chão e enfiou a cabeça no meio das pernas.

 - Você vai falar o que aconteceu ou vai ficar ai tentando pagar um boquete pra si mesmo? – Pedro perguntou inclinando a cabeça para ter uma visão melhor da área de serviço.

O ruivo saiu da sua belíssima posição gay depois do comentário do loiro e respondeu:

- Meu chuveiro queimou, eu estava procurando outra resistência, mas aparentemente não tem uma porra de uma resistência nessa merda de casa. – Ele fez um gesto com as mãos pra enfatizar sua irritação.

- Você por acaso é um completo idiota? – Felipe perguntou descendo da bancada e indo até a mesa. – Porque não foi tomar banho em algum outro banheiro? Essa casa tem cinco se você não percebeu.

Lucas fez uma cara de  “ iluminado “ e se levantou em um pulo. Ele passou voando por todos nós e gritou assim que saiu da cozinha:

- Cara, você é um gênio.

Abri a minha boca para falar alguma coisa muito importante, mas desisti na metade do caminho e fiquei lá parada com um perfeito O formado nos lábios.

- Então... Quem vai fazer o arroz? – Pedro perguntou ignorando o nosso minuto de silencio para a estupidez de Lucas.

*****

 - Eu quero fazer alguma coisa. -  Lucas disse arrancando meu exemplar de A culpa é das estrelas das minhas mãos.

- Que tal devolver meu livro? – Cruzei as mãos e o encarei.

- Deixa eu reformular a minha frase. Eu quero fazer alguma coisa que envolva você com as mãos em mim e não em um livro. – Ele respondeu sacudindo o corpo inteiro.

- Eu não sei se eu devo ignorar o duplo sentido dessa sua ultima frase reformulada ou se...

- Cala a boca e vem comigo! – Ele me puxou da poltrona em que eu estava sentada e largou o livro ali mesmo.

- Você pode pelo menos me dizer aonde estamos indo? – Perguntei enquanto era arrastada para fora da Casa dos Smith.

- Nós vamos em um encontro. – Ele me olho por cima do ombro, falando como se fosse obvio.

- Isso não responde “ aonde estamos indo ” .

- Estamos indo no cinema. – Ele parou no meio da avenida em que estávamos e sinalizou para que um taxi que estava passando parasse.

Ele abriu a porta e indicou com a mão que era pra eu entrar.

Passei por ele mostrando a língua junto com a minha maturidade e me sentei no banco de trás do carro, que por sinal estava muito bem cuidado.

O estofado estava inteiro, os tapetes no chão estavam limpos, os vidros funcionavam e aquele cheiro de Glade entrava pelas minhas narinas.

Lucas bateu a porta no momento em que o taxista, que era um senhor de idade perguntou:

- Para onde vamos?

- Pro cinema. – Lucas respondeu dando um leve sorriso para o senhor e então ele se virou para mim. – Hoje você é minha, eu não vou perder pra nenhum livro.

- Como desejar senhor. – Prestei continência numa piada irônica o que resultou em um beliscão no meu braço direito. – Hey!

Lucas beijou minha bochecha em menos de um segundo e meu corpo todo ficou quente. Eu rezava para que o taxista não tivesse visto aquilo e para que minha cara não estivesse tão vermelha quanto eu imaginava.

Ótimo, agora eu tinha virado uma garota de 8 anos que fica toda vermelha e envergonhada quando ganha um beijinho na bochecha.

- Você esta ciente de que nós assistimos uma pancadaria de filmes ontem né? – Perguntei enquanto olhava o caminho passar pelo lado de fora do carro.

- Claro que estou! – Escutei ele responder.

- Então por que é que estamos indo para o cinema? – Eu realmente não via a lógica naquilo.

- Por que nós assistimos filmes com todo mundo e eu quero ir assistir um filme com a minha namorada, ta bom? – Me virei a tempo de ver ele cruzando os braços e logo depois fingir estar emburrado virando a cara.

- Que filme vamos assistir? – Disse depois de dar uma leve risada.

- Ahnn... – Ele pareceu pensar em uma resposta plausível. – Isso é com você.

- Adorei a parte em que você planejou as coisas hein. – Respondi rindo um pouco mais forte dessa vez.

Uns dez minutos depois disso o taxi já estava parando na frente do lugar certo e assim que saímos do mesmo alguém logo se esgueirou para dentro.

Nem prestei muita atenção no lugar e nas pessoas, só no cartaz em que estava escrito que João e Maria – aquele filme em que eles caçam bruxas e tudo mais – seria exibido as 5:40. Ou seja, tínhamos 7 minutos para pegar uma fila maravilhosamente desagradável para comprar os ingressos e outra para comprar a pipoca nesse minúsculo espaço de tempo.

Quando estávamos prestes a comprar nossos ingressos Lucas soltou essa frase merecedora de um prêmio:

- Não quer assistir algum filme de romance?

Eu olhei para ele com uma cara de incrédula do tipo “ Por acaso você acha que eu vou preferir assistir viado pegando uma idiota à um filme com caçadores de bruxas? “ , o que acabou funcionando, já que ele comprou dois ingressos para João e Maria enquanto ria de mim.

Entramos na sala 5:52 e o filme tinha acabado de começar, o que foi uma bela de uma cagada.

Uma coisa que me irrita na maioria das vezes em que vou no cinema são aquelas pessoas que decidem debater a existência de tudo bem nas melhores partes do filme. Eu sinto um desejo extremo de mandar todas elas calarem a boca.

E é claro que com a minha sorte imensa não só havia pessoas assim dentro da sala de cinema, elas também estavam sentadas bem em frente as nossas poltronas.

Eu podia ver que Lucas estava quase socando a cara de algum idiota de cabelos descoloridos nas pontas, estilo jogador de futebol baitola.

Acho que paciência é uma virtude que nem eu, nem o ruivo possuímos.

- Será que tem como você calar esse seu bico de galinha podre ou eu vou ter que fazer isso? –Berrei para uma das garotas que não parava de tagarelar.

- Hey! Olha como você fala com a minha garota! – O projeto de jogador do sub 17 com cabelos bizarros se levantou numa pose ameaçadora e se dirigiu a mim.

- E olha como você fala com a minha. – Lucas também se levantou e foi visível que o garoto se encolheu um pouco. Eu sabia que o ruivo poderia ser bem assustador quando queria.

- Calma amor! – A garota se postou ao lado do namorado. – Eu não obedeço gente que acha que pode passar por cima dos outros e falar o que quiser, quando quiser.

Ok, esse é o meu limite. Eu vou socar essa garota.

Eu ainda estava sentada na minha poltrona nº 18, então eu simplesmente depositei uma grande quantidade de força no meu punho direito – que já estava fechado a um bom tempo – e liberei tudo na barriga da menina, que gemeu de dor enquanto se encolhia.

- Sua putinha degraç – O namorado dela não conseguiu terminar seu xingamento, já que ele também levou um soco bem dado, só que no rosto.

-Ei! Vocês! O que pensam que estão fazendo? – Um segurança estava parado em uma das entradas nos encarando.

Sem hesitar, me agarrei ao braço de Lucas e sai correndo pela saída que estava livre o mais rápido que pude.

Saímos do cinema e corremos no meio das ruas destrambelhadamente. Até que eu perdi as minhas forças e tive que parar numa pracinha qualquer, onde varias crianças andavam de bicicleta e suas mães conversavam nos banquinhos de concreto já desgastados.

- Ai meu Deus! – Coloquei as mãos no rosto e pelo buraco dos dedos encarei Lucas que também estava ofegante. Caímos no riso. – Eu não acredito que fizemos isso.

- Minha namorada acabou de socar alguém! – O ruivo gritou no meio da pracinha, fazendo com que todas as mães olhassem espantadas e algumas chamassem seus filhos de volta.

Continuamos rindo, não ligando para elas.

- Foi legal né? – Perguntei tentando parar de rir.

- Claro que foi! Agora você é oficialmente do gueto! – Ele levantou as mãos e soltou um “Uhu!” em comemoração.

- Me da licença que eu sempre fui do gueto. – Fiz uma arminha com os dedos da mão direita e a coloquei no queixo em uma pose super “ traficante de salgadinho Isopofura ( Também conhecido como, Isopor, papel triturado e molhado, aquele salgadinho que gruda nos dentes, ou só Fofura mesmo) “

- Tem toda licença. – Lucas fez um gesto indicando que eu poderia “passar” e então me puxou pelos pulsos e me deu um selinho.

- Lucas! – Me afastei cobrindo a boca. Meu corpo inteiro deveria estar vermelho sangue, não só meu rosto.

Além daquele formigamento básico em cada poro e da festa rolando dentro do meu estômago, que hoje estava ao ritmo de alguma musica eletrônica que toca nas baladas e faz todos na pista de dança pularem que nem um monte de coelhinhos.

- O que? – Ele perguntou normalmente, mas suas bochechas também estavam bem mais rosadas do que normalmente.

- A gente está numa pracinha, cheia de crianças e de mães que vão achar que nós dois somos loucos violentos e ninfomaníacos. – Gesticulei com as mãos um pouco e acabei cobrindo o rosto pela terceira ou quarta vez em menos de dez minutos.

- Foda-se. – E foi então que eu descobri que ser beijada em frente um monte de crianças e suas mães é muito vergonhoso, e que essa vergonha só aumenta aquela sensação que eu tenho toda vez que Lucas faz alguma coisa “ romântica”.

O ruivo me abraçava pela cintura e uma de suas mãos brincava de enrolar a ponta dos meus cabelos, eu segurava em seu pescoço levemente. De repente um vento daqueles que indicam que logo ira chover nos atingiu e eu pude sentir o perfume de Lucas ainda mais, ele entrava e entorpecia todos os meus sentidos. Como é que um simples perfume consegue fazer tudo isso?

Senti o vento tocar meu rosto por completo, já que ele tinha tragicamente encerrado nosso beijo de ninfomaníacos na praça e vi um sorriso graciosamente grande no rosto do ruivo.

- Eu acho que vai chover. – Falei meio – muito – envergonhada, pois eu ainda estava sendo segurada pela cintura.

- Ótima frase para se falar depois de um beijo. – O celular de Lucas tocou logo após ele dizer isso. – É uma mensagem do Pedro. -  O ruivo indico virou o celular para mim, onde eu pude ler a frase “ Hoje tem festa cara, trate de dar um jeito de estar pronto com a Lena as dez e meia aqui em casa.”

- Festa de quem? – Perguntei assim que terminei de ler.

- Não sei, mas acabei de descobrir um novo apelido pra você.... Lena.

- Até que eu gostei dele. – Respondi meio pensativa.

- Ótimo! Vamos? – Ele inclinou a cabeça para a esquerda e levantou uma sobrancelha.

- Mas é claro! – Enganchei no braço dele, como uma legitima dama e sai andando com ele da pracinha, que agora estava quase fazia por nossa culpa.

Fazer o que? YOLO. ( You only live once.)

Lembra do vento que veio enquanto nos beijávamos e que eu falei que isso indicava chuva? Pois é, ela chegou.

Vários trovões e raios estouraram no céu e um batalhão de pingos d’agua começou a cair, encharcando nós dois em menos de dez segundos.

Poxa, acho que Zeus ta meio bravinho lá em cima.

Resultado, tivemos que ir correndo até a minha casa em baixo de chuva e assim que chegamos lá, ela parou. Isso deve ter sido um complô contra mim.

- Quer que eu venha te pegar? – Um Lucas encharcado perguntou do lado de fora do meu portão.

- Não preciso não, dez e meia eu to lá na sua casa prontinha.

- E seca também. – Ele brincou.

- Se não fizerem outro complô contra mim e o mundo não desabar de novo. – Dei de ombros e esperei Lucas desaparecer da minha vista.


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Notas finais do capítulo

PROXIMO CAPITULO TEM FESTA PUTS PUTS, PARTY HARD - SEM FORRÓ E ESSES TRECO!
Espero que tenham gostado!
E EU PRECISO CORRER DE UM CINEMA QUE NEM UMA RETARDADA, VOU ADICIONAR PRA MINHA LISTA AQUI.
ADIOS!
@_anajvargas falem comigo no twitter eu nao mordo nao !!!!!!!!!



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