Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 30
Bomba


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Nos desculpem a demora! Realmente, estamos partilhando o azar da Sakura, só pode! Probleminhas com a internet novamente... Até nossas ligações estão sendo interceptadas, sério!
Deixando isso de lado, queremos agradecer todos os comentários!
Esperamos que vocês gostem desse capítulo!
Boa leitura!!



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Ele sabia de tudo?

Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!

Estamos ferrados! Fritos! Fodi...

Pera aê, pera aê... Estamos?

 Estamos uma ova!

Eles estão! É isso mesmo...

 Vou deixá-los se estreparem sozinhos!

Se Itachi descobriu tudo, e é altamente perigoso, além de podre de rico, eu certamente iria ao seu encontro. Me Renderia e imploraria de joelhos por misericórdia, talvez usando um decote em "V" e uma saia curta, afinal, esse era um bom momento para se apelar para sedução, como diria mamãe.

Alguns podem chamar de egoísmo, eu chamo de extinto de autopreservação. A corda sempre enforca o pescoço mais fino, e eu seria a primeira a me ferrar.

Mas antes que este desacato à natureza perfeita fosse cometido, eu mesma daria um jeito de permanecer viva e rica de preferência.

Chutei a caixa de lenços para debaixo da cama e segurei firme o cartão que continha seu endereço atrás. Como eu esperava, era o mesmo da festa de ontem. Ai, ai...

Cacei meu celular verificando a hora, e ainda me sobrara um bom tempo para me arrumar.

Sendo assim, tranquei-me no banheiro ignorando por completa minha hidro que só me faria mudar de opinião. Não estava a fim de um remember dos momentos de Sasuke e eu na banheira para azedar minha decisão.

 Tomei um mega banho, deixando a água levar os resquícios da noite anterior. Depois me enrolei na toalha felpuda de Sasuke e me dirigi para o espelho...

Estava precisando da opinião de uma expert, sabe.

Os ensinamentos de mamãe viriam a calhar nesse momento, por isso precisava de um sinal dela.

E bom, sabendo que tive a pior noite de sono da minha vida, faltando somente o cobertor de papelão para dormir nas condições de uma mendiga, era mais do que óbvio a vontade de mamãe.

 Se meu reflexo no espelho se parecer com uma zumbi, escolho o lado do Sasuke. Agora se eu estiver linda de viver, como em todos os dias, eu passo a perna nos meninos. É.

Passei a mão no espelho embaçado, e olhei aquela figura refletida...

Para o desespero das inimigas, acordei deslumbrante!

Saí do banheiro decidida, vou acabar com eles!

Mas a consciência pesou quando escutei a risada de um dos meninos no andar de baixo.

 Ai, eu sou a pior pessoa do mundo!

Um monstro gigante horrível!

 Tô armando contra meus amigos, querendo vê-los pelas costas...

Tá, tá, eu não vou mais!

 Decidido, eu não vou!

 Eu não vou.

 Suspirei.

Droga, onde eu estava com a cabeça?

Não posso fazer isso!

 Está decidido, eu não vou!

 Agora é o momento em que eu desço e conto que ele sabe de tudo aos meninos, eles vão saber o que fazer, certo?

Será?

Foco, Sakura, foco, força, fé...

 Feijão, farofa e frango frito.

 Céus, é isso que vai me acontecer se escolher o lado do Sasuke e companhia.

Não me lasquei em todos esses capítulos para terminar na miséria, não. A vingança era do Sasuke, eu não sabia de nada!

 Fui coagida com muita grana para ir tão longe assim, mereço o perdão divino do Itachi, não é?

 Fui enganada esse tempo todo, é...

Mas e o Sasuke, Naruto, a equipe, Konohamaru, Ino e Hinata? Como vão ficar?

Maldita consciência!

Droga, eu fico, eu fico!

Pronto, decidi, tá legal? Sem julgamentos, leitores!

Agora é sério, seríssimo!

Ajustei a toalha que caia em meu corpo, sentei-me no chão de qualquer jeito e coloquei a cabeça no joelho. Droga, que dilema!

— Já sei! Agora está fazendo outro drama inventando que não tem calcinha para vestir, né? — olhei para cima, encarando Sasuke que estava de pé a minha frente.

Idiota, mal sabe que estou tentando salvar a vidinha dele!

— Vai se lascar! Você devia é ajoelhar, beijar meus pés e me agradecer por fazer o que estou fazendo por você!

— Uma ova! São 500 mil na sua conta para você me agradecer. — respondeu despreocupado pegando sua câmera digital do criado mudo, depois saiu esquivando-se do sapato que atirei na sua direção.

 Ingrato!

Eu aqui me lascando para salvar a pele dele, e ainda o ouço me chamar de mercenária.

Vou te mostrar quem é a mercenária, Sasuke Uchiha!

Isso foi o que bastou para minha decisão. Ignorando por completo aquela coisa que se chama consciência, me troquei colocando minhas melhores roupas.

 Peguei minha bolsa, o cartão com o endereço e meu celular que me avisava que perdi tempo demais naquela indecisão lazarenta e inútil.

Desci as escadas encontrando todos os bobinhos e o ingrato conversando na sala.

Tentei passar despercebida, mas isso era impossível quando se nasce linda demais.

— Vai sair, é? — observou Naruto sorrindo para mim.

— O que é agora, hein? Vão ficar me regulando? Vocês viraram meus guarda-costas? Vão me seguir, é? Devo satisfações da minha vida a vocês, por acaso? Vocês pagam as minhas contas, queridos? — isso eu não perguntei para o Sasuke. — Para que todo esse interrogatório? Já chega de tantas perguntas! Estou fazendo algo de errado por acaso? Sou mais uma vítima de vocês? Por que querem saber aonde vou? Não se pode mais ter uma vida privada? Não se pode mais sair sem dar satisfações? Não se pode respirar ar puro? Não se pode mais ser livre? Sou maior de idade, sabiam? Eu só vou até o shopping comprar umas coisinhas, queridos. Obrigada pela compreensão. Até mais, bye, bye. — disse saindo e deixando todos os marmanjos de olhos arregalados. Eu hein, esses doidinhos!

Peguei um taxi na porta de casa, dando o endereço do Itachi ao motorista. Fui o caminho todo roendo as unhas, sem ter noção do que lhe dizer, e do que inventar para provar minha inocência e salvar minha pele macia e cheirosa.

 O taxista me deixou em frente ao grande portão, que foi aberto assim que dei meu nome a um segurança.

Entrei no casarão sendo escoltada por uma empregada, que me acompanhou até a sala de estar onde Itachi me esperava.

— Pontualidade... — disse Itachi ainda virado de costas. — Quando marco com alguma mulher, esta, chega meia hora antes do combinado, e você...

 Virou-se para me encarar e logo levou os olhos ao pulso para ver seu relógio caro de ouro.

— Duas horas e quarenta e três minutos... Atrasada!

— O que são as horas, para quem já está atrasado, não é mesmo? Sabe... Fico encantada com estes noticiários onde pessoas que menos esperam são esmagadas por um prédio que desaba quando se resolve dar algum terremoto. Quando metade de uma população morre de repente afogadas por um tsunami. Meteoros que resolvem decolar em direção ao nosso planeta fazendo o povo sacolejar, ou até mesmo, estes homens-bomba que se explodem para matar um montão de gente sei lá por quê! De certo, devem ter algum motivo aterrorizante. Mas... Digamos que não tenho muita pressa em morrer, sabe? É bem tentador, atraente e tudo mais. Não tenho nada contra essas pessoas que gostam de morrer, aliás, tenho vários amigos que participam dos suicidas anônimos, muitos deles até já se foram, mas fazer o que? É a morte! Contudo, acho que gostaria de chegar pelo menos aos trinta... Sabe o que dizem, não é mesmo? Idade do auge na beleza e... — eu tagarelava sem parar, preparando o terreno para poder mudar de time, quando ele me interrompeu com uma risada divertida e elegante ao mesmo tempo.

Ótimo, ele está rindo da minha cara!

— Senhorita Haruno, quer me dizer algo? — perguntou com um rosto bastante amigável. Até parecia querer insinuar que eu estava enrolando... Vê se pode?!

Nem parecia que ia me assassinar por eu ser casada com um cara, que por acaso é bandido, que por acaso é seu irmão, que por acaso é um gato, que por acaso está no sangue, que por acaso quer se vingar e tomar-lhe toda sua fortuna. É... Pra que se preocupar com coisinhas pequenas como essa, não é mesmo? Argh.

— Quero sim... — pigarreei, limpando a garganta.

Agora era a hora da confissão!

— Teu relógio é muito bonito. — pronto, falei.

 Tá, tá... Sou covarde mesmo!

Ele me fitou seriamente tirando o relógio de seu pulso e jogando em direção a um empregado que passava no instante. O coitado quase lambeu o chão para segurar antes de cair e Itachi sequer o olhou, continuou com seus olhos nos meus.

— Se gostou então já está na hora de trocar, comprar um melhor... — comentou, aproximando-se, e com uma de suas mãos tocou minha face. — Não deve ser nada fácil te impressionar, mas vou tentar!

 Ele disse a palavra impressionar?

 Ele está querendo me impressionar?

Não vi nenhum noticiário recente de pessoas que morram de impressionismo! Mas que coisa, será uma nova técnica dos ricos para matarem suas vítimas?

— Quando pretendia me contar? — perguntou e um tremor percorreu minha espinha. — Se é que pretendia! Confesso que fiquei um tanto desapontado em saber que a linda mulher de vermelho que estava em minha festa, escondia algo tão...

— Ok, Itachi... Isso é algo novo para mim também, e só estou nisso porque meu marido me envolveu... Eu juro que não sabia de nada do que ele estava planejando, foi tudo ideia da cabeça dele e eu estou tão... Envergonhada aqui diante de você! — disse fingindo um choro, cobrindo o rosto com as mãos.

— Ora... Envergonhada? Mas por quê? Você está mais que aprovada como minha sócia.

Hein? Tirei as mãos do rosto, a fim de fitá-lo.

 — Milionária, linda, diferente de todas que já vi... Acho que só encontrei um defeito em você... Casada! — disse num sorriso deslumbrante, sorriso de Sasuke! Não, Sakura! Não se lembre dele agora! Te proíbo! Rum.

— V-você não está decepcionado? — perguntei cautelosa.

— Não. Confesso que tomei um susto quando soube que era mulher, mas se foi o teu marido que te envolveu nisso, certamente é porque deve ser ótima nos negócios. Que homem em sã consciência colocaria a esposa para assumir ações bilionárias? — perguntou e eu sorri.

Então isso era tudo o que ele sabia?

Viva la vida!

— Acredita que ele comprou estas ações para me presentear no dia do meu aniversário? — comentei encenando.

Sasuke nunca me deu nem uma bala. Mentira, já me deu uma joia e um vestido, mas o restante das coisas foram a base de chantagem, então não vale!

— Acho que o Sr. Haruno foi bem mesquinho com você, merecia muito mais! — disse, deixando-me encabulada.

 Claro que ele estava de charme, mas ainda assim gostei!

E merecia mesmo!

Mas aquele miserável não vale nem o café amargo que toma. Vagaboy!

— Me desculpe por ontem, acho que não me comportei como uma dama. — disse, lembrando-me dos modos um pouco rudes em sua festa. Se ao menos eu soubesse que ele era o dono da festa e podre de rico! Não tenho bola de basebol, né?

— Na verdade, gostei muito do seu comportamento... Uma mulher milionária e linda, geralmente é tudo isso e... Só! São ocas, consumistas, vaidosas, fúteis, egocêntricas, interesseiras... Piores que o diabo com um cartão de crédito em mãos. Mas você... Não! Pude observá-la na festa, o quanto nem se importa se vai engordar comendo aqueles doces, se estava abalando com aquele vestido e joias de causarem inveja alheias, fora que nem deu bola ao cara mais rico da festa, enquanto todos tentavam sufocá-lo como bons puxa-sacos, você simplesmente me ignorou. Sakura você é... Humilde! — Itachi disse com toda calma e admiração.

Humilde?

Acaso ele está me xingando?

Não entendo como ele acabou de me listar como se fosse algo ruim e agora vem com essa piada de humilde! Esse cara é maluco, é?

 Na dúvida, apenas lhe sorri. Vai que quando a mãe do Sasuke fugiu e na pressa nem olhou o menino que caiu do berço, batendo com a cabeça! Nunca se sabe...

— Bom... Eu fico feliz que esteja feliz que eu seja sua sócia. Estou felicíssima com toda essa felicidade mútua. — respondi sem ideias do que ia falar e ele riu.

— E ainda é bem humorada! Onde posso comprar uma Sakura dessa? — perguntou zombeteiro.

Oras... Bem aqui!!! Cego!

 Pagando bem, tudo bem! É só dar seu lance...

Acima de 500 mil e o mês é garantido, eu garanto! Argh.

— Acho que sou exclusiva!

— Gostaria de ter toda essa exclusividade, amanhã às quatorze horas, para uma importante reunião na empresa Uchiha. Assim, poderá me mostrar o que sabe, sócia! — disse e eu fiquei aflita novamente.

 Eu não fazia ideia de como participar de uma reunião a negócios.

Mas é claro que ele não precisava saber disso!

— Será um prazer!

— Ótimo! Então, te espero amanhã. Não tomarei mais do seu tempo, darei ordens para que o motorista a leve. Realmente foi um prazer falar com você, Sakura.

— Digo o mesmo, Itachi. — disse devolvendo o sorriso. Itachi fez um sinal com a mão, e assim apareceu novamente a empregada que havia me acompanhando quando cheguei, sequer a olhou ou lhe disse algo. Eu hein. Segui a moça até uma mercedes que me levou direto para casa.

E bom, como eu quebrei a cara feio achando que o Itachi sabia de tudo, estava na hora de encarar o outro lado.

 Não ia ser agora que eu passaria a perna nos meninos, mas essa opção não estava fora de cogitação, já que eu percebia claramente que poderia jogar nos dois lados e ficar ao lado do vencedor.

 É isso aí, sou agente dupla agora.

 A partir de agora é a Sakura quem dá as cartas!

Me ferrar? Jamais!

Agora é uma nova era, onde a Sakurinha se dar bem de um jeito ou de outro, hehe.

Entrei em casa já correndo para bat-caverna, Sasuke estava atrás de uma mesa cheia de trecos, totalmente concentrado. E apesar de eu ter absoluta certeza de que ele estava ciente de minha presença, simplesmente me ignorou, como se fosse um nada.

 Fiquei parada, imóvel, apenas fitando aquele homem diante de mim.

Por que ele tinha que ser tão másculo, forte, lindo e sexy? É muita coisa para uma pessoa só!

Em especial, para uma com um humor tão negro quanto ele.

Lá vai eu ficar nervosa apreciando cada músculo de seus braços e tanquinho exposto. Suas feições sérias, como se fizesse algo totalmente digno de sua plena atenção. Os cabelos bagunçados emoldurando sua maravilhosa aparência. Usava um jeans claro largado que o deixava atraente até demais. Pés descalços e sua postura superior, até mesmo arrogante, que o fazia ser Sasuke Uchiha.

— Preciso te contar uma coisa... — disse cautelosamente em voz baixa.

 Como ele reagiria ao saber que estava na casa de Itachi? Certamente eu corria perigo de vida, dessa vez por parte do irmão mais novo.

— Como foi a visita ao cunhadinho? — perguntou sarcástico, sem levantar o olhar do que fazia.

Ele sabia? Mas... Como? Argh!

— E-eu ia contar... É que, estava numa missão, super, hiper, mega, master secreta! Não queria que ele descobrisse vocês! — respondi fazendo-me de inocente, mas pela gargalhada que Sasuke soltou, acho que não acreditou muito. Droga!

No que ele estava mexendo, hein? Medo.

— Pode enganar aquele otário, Sakura, mas não a mim... — avisou finalmente me olhando nos olhos.

 Aquele simples gesto fez com que minhas pernas tremessem.

— Tente contar algo sobre nós, ou nos passar para trás, e eu mesmo a matarei. — disse num tom tão calmo que parecia estar me contando a receita de bolo da vovó, quando na verdade estava me ameaçando de morte. Droga! É isso o que dá bancar a esperta... Constante risco de vida! Argh.

— Jamais faria tal coisa, querido! Dessa maneira chega a me ofender! Eu? Nunca pensaria tal coisa... Nunquinha! Cruzes! — sorri, enquanto ele apenas me reprovava com o manear da cabeça e logo voltou a se concentrar.

 Àquilo me irritou!

Exijo atenção quando estou presente!

 Mas ele nunca aprende isso...

Minha imaginação me traiu, fazendo-me pensar como seria receber toda aquela dedicação à qual ele oferecia a sei lá o quê quer que estivesse mexendo.

E foi a vez das pernas começarem a caminhar em direção a ele, como se dentro de mim houvesse um chip implementado, que me fizesse seguir aquele homem pelo qual tanto era atraída.

Eu disse atraída?

 Ora... Me desculpem!

Quis dizer "traída"...

 "A traída"... É.

 Se ele pensa que me esqueci de sua pegação com a Tenten, ele está enganado... E merece ser enganado!

Aprendam comigo...

Abaixei-me a fim de passar por debaixo de seu braço, ficando entre ele e a mesa, que estava cheia de...

Bombas!

 Quase que senti medo, antes disso senti seu corpinho delicioso atrás de mim. Ham.

— Não me atrapalhe. — rosnou perto de meu ouvido.

— O que está fazendo?

— Passando o tempo.

— Com bombas? — perguntei indignada.

 As pessoas quando querem passar o tempo, vão ao shopping, jogam videogame, assistem a um filme, vão ao cabeleireiro, comem a tal bolacha... Mas Sasuke não!

— É uma terapia desativá-las. — disse dando de ombros.

— Como é que se desativa? — perguntei curiosa e ele me entregou um alicate, colocando suas mãos em cima das minhas.

 Fechei os olhos nervosa e respirei fundo.

— Depende do mecanismo de detonação... Existem vários tipos delas, explosivos elétricos, outros de plástico... — Sasuke dizia apontando em direção as bombas estiradas na mesa. — Esta é de CI's, são circuitos integrados projetados para explodir se algum destes fios forem cortados... — disse mostrando-me a bomba que estava entre nossas mãos. — Tente! — Sasuke me incentivou e eu inclinei o rosto para encará-lo, acho que ele não estava brincando quando disse.

Sendo assim, tudo bem.

Se ele não tinha medo de morrer... Lá vou eu desativar uma bomba, bem simples assim!

Olhei para o explosivo que estava ligado em três fios de cores diferentes, preto, azul e vermelho. Mirei o alicate no primeiro fio de cor preta, prestes a cortá-lo, quando pensei melhor e decidi que o fio certo seria o azul, com toda certeza era! Sem sombra de dúvidas! Mas espera aí...

O vermelho era tão bonitinho...

 Exatamente da mesma cor que meu batom novo.

Droga, e agora?

Já disse que sou jovem demais para morrer...

Já sei! Isso nunca falha!

Minha mãe mandou eu escolher, este da-qui... Mas como eu sou teimosa eu escolho este da... Qui!

Caiu no azul... Azul!

 Mesma cor dos olhos de Naruto! Tão bonito!

Mas o preto me lembrava os olhos de Sasuke! Tão intensos!

Tá, o vermelho também era da mesma cor do vestido que Sasuke me dera... E Itachi gostou muito dele! Hmmmm.... Vermelho! Tá decidido! Além de ser a cor de meu batom e do vestido que Sasuke me dera e que agradou Itachi, também era a cor do fio que os mocinhos escolhem cortar nos filmes...

ISSO! Eles sempre sobrevivem no final...

Fechei os olhos determinada a cortá-lo. Uma gota de suor formou-se em minha testa... Argh.

— BUMMMMMMMM. — Sauske gritou, fazendo-me pular de susto, logo ele caiu na risada.

— Idiota! Não tem graça nenhuma! — disse irritada, pois não havia cortado fio nenhum.

— Não pode decidir simplesmente cortar o fio vermelho, só porque fazem isso nos filmes! — repreendeu-me.

Como ele sabia? Leu minha mente é? Argh. Irmãos mutantes de uma figa!

 — Estes são um pouco mais difíceis de desarmar, pois é necessário saber o tipo de CI que se está usando. Neste caso... — disse, conduzindo-me novamente, como se fosse um professor. Tudo o que eu conseguia pensar era em seu corpo tão próximo do meu.

Concentre-se, Sakura! Concentre-se!

Desarmar bombas é bem mais interessante! É sim!

 — Desencape, mas não arrebente o fio azul... — fiz o que ele mandou, tentando não pirar com sua respiração em meu pescoço...

Tão próximo... Ai, ai...

— Vamos utilizar esta ponta do fio de cobre... Está vendo? — perguntou e eu afirmei com a cabeça. — Vamos emendar ele com o fio preto — ajudou-me a ligá-los. — E agora sim... Pode cortar o fio vermelho. — disse me autorizando e assim o fiz.

— Ebáaaaaaa! Desatei uma bomba sozinha! Isto é incrível! Sou demaaaaais! Sou uma desarmadora de bombas! — comemorei, virando-me para olhá-lo, mas acho que ele não concordou com todo o meu talento e total independência ao desarmar aquela bomba sozinha! Poxa... Esperava um pouco mais de reconhecimento de sua parte.

Enfim, agora vou me vingar! Muaaaaaaaah!

— Sozinha, é? — perguntou, encarando-me bem descontente.

— Tá, você me ajudou um pouquinho... Mas, acho que me sai excelente na missão de hoje... — disse analisando sua reação. — Não se preocupe, querido, ele já sabe que sou sua sócia, e amanhã será minha primeira reunião na empresa. Eu não devia te contar isso... Porque afinal, é uma missão ultra, blaster, advancet secreta! Altamente sigilosa... Mas acho que merece saber! — dizia enquanto ele apenas me encarava com as sobrancelhas unidas. — Tive de seduzi-lo... Foi tão fácil! E ah... Também tive de beijá-lo. Espero que não se importe, porque eu não me importei... Tudo em nome da missão! Você sabe bem como funcionam essas coisas não é, querido? — ironizei. Toma essa, mais essa e mais essa! Rá!

— Está mentindo. — disse convicto.

— Não estou, não! — na verdade estou sim, mas quem liga para a verdade? Comigo não morreu!

— Mentirosa! — murmurou, apertando meus pulsos enquanto me encurralava contra a mesa.

— Eu o beijei! E foi maravilhoso! — contei debochadamente e ele aproximou seu rosto do meu, inclinando-se a minha altura.

 Meu coração me atormentou novamente.

Perto demais... Perto demais!

Seus lábios fizeram um leve roçar nos meus, e foi o suficiente para que eu avançasse para beijá-lo.

Sasuke correspondeu, soltando-me para prender meu cabelo entre seus dedos, de modo em que o beijo ficou ainda melhor. Então o abracei sentindo toda aquela musculatura.

Céus! Eu era casada com ele!

 Sasuke me suspendeu, fazendo eu me sentar sobre a mesa, afastando todos os trecos pelo caminho, sem se desvencilhar de nosso beijo interminável. Suas mãos agora apertavam minhas cochas e eu afagava seus cabelos negros, quando ele levemente mordeu meu lábio inferior, olhando-me intensamente...

 Grudei novamente meus lábios nos seus desesperadamente, querendo retomar o ritmo antes que Sasuke voltasse ao normal...

E ele não parecia querer isso.

 Ambos não queríamos.

— Eca! Vamos parar com a pouca vergonha, vocês dois aí? — Naruto resmungou, olhando-nos com cara de nojo.

E eu o praguejei, esfaqueei, metralhei, bombardeei mentalmente! ARGH!!!


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Notas finais do capítulo

O que acharam???? Queremos comentários!! Recomendações!!
Beijos, até o próximo!!