Quem eu sou? Quem eu fui? Quem eu vou ser? É difícil me achar, já que só sei pensar em você. Busco uma saída todos os dias, uma saída dessa tristeza que insiste em pairar sobre mim todos os dias. Minha saída é você, você é a cura para todos os meus medos, meus problemas, meus desafios, meus desvios. Mas quando nossa cura é algo que jamais iremos conseguir, nós sofreremos por toda a vida? Então não faz sentido. Você encontra a sua metade da laranja e descobre que a metade dela é outra. Por quê? Porque temos que sofrer por alguém quando somos tão amados? Porque só ele me faz bem? Não existe solidão pior do que aquela que sentimos mesmo quando estamos no meio de uma multidão. Eu me sinto um nada, um ninguém sem rumo nessa caminhada da vida, eu me sinto só. Com você não, você faz com que eu me encha de esperanças, faz com que eu me sinta viva e faz com que eu o ame cada vez mais, mas depois, você se vai e eu sofro os efeitos da abstinência sozinha, porque você meu bem, você não precisa de mim nem um terço do quanto preciso de ti e você nunca vai precisar. Agora, eu me pego todos os dias, sentada, sozinha, escrevendo um novo texto sobre você tentando achar sentido nesse amor sem razão. Mas não encontro, não encontro nem se quer uma faísca de razão no meio desta bagunça emocional. Mas eu estou descobrindo meu amor, que a graça de amar é não ter razão, mas será que vale a pena se doar assim por inteiro sabendo, que sempre, irá sair ferido