Collapse - Another One Bites The Dust escrita por Lady Spoiler


Capítulo 7
VII - Cato


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Gente, desculpa! Eu estive viajando, por isso demorei pra atualizar.
A pesquisa do último capítulo resultou que 90% dos leitores leram as notas. Portanto vou diminuir o tamanho delas.
Boa leitura!



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Eu odeio surpresas. Odeio quando tudo corre quase bem e de repente algo ruim acontece. Odeio quando tenho que sair correndo por minha vida me sentindo completamente fraco. Odeio quando tenho que lidar com alguém que pode me vencer.


Infelizmente eu passei por tudo isso nos últimos instantes. E quase morri. Estava distraído, uma conversa com minha mãe e uma suspeita surpresa... Mas escapei. Confesso que sempre tive muita sorte para desviar de projéteis, é uma boa vantagem quando existe uma garota psicótica tentando me matar com objetos altamente afiados constantemente. Fico pensando se ela não faz bonecos com um nome "Cato" e treina com eles...



De qualquer forma eu teria uma vida muito mais feliz( e segura) sem ela por perto. Uma feliz e tediosa vida.



Eu me lembro que alguns anos antes fui obrigado a conversar com um psicopata que acabara de ser descoberto. Ele matara sete pessoas com a desculpa de que o sangue suas vítimas evitaria um colapso mundial, um possível fim do mundo. Segundo o próprio, o assassino seguia uma antiga lenda que dizia que oito pessoas salvariam o planeta Terra, e interpretou que esses oito deveriam oferecer sua vida pelo mundo. Atordoado, ele acreditava que havia sido interrompido e precisava completar a oferenda de qualquer forma, oque eu ignorei completamente. Ainda precisava matar mais um, qualquer um, a pessoa mais próxima....


E foi a primeira vez em que quase fui morto, quase morri pelas próprias mãos de ser humano (que mais tarde seria diagnosticado com esquizofrenia). Talvez fosse uma situação cômica, um adolescente correndo de um homem adulto por uma sala fechada por poucos e quase fatais instantes, mas para mim foi algo aterrorizante. O nome "Collapse" surgiu desse incidente(Sinta a ironia, obrigado pais!). Porém ... talvez eu deva agradecer a esse homem, desde o cômico/terrorífico incidente nunca mais fui pego de surpresa tão facilmente, oque me deixava preparado para fugir de Clove. Ainda sim ela tinha facas, a cada lâmina que passava zunindo por cima de minha cabeça era um mini-infarto que me ocorria. Não, estou exagerando, depois de muitos ocorridos desse modo era até divertido desviar dos ataques. Perigoso, mas divertido.


E, por muita sorte ou muita prática, ainda estou vivo para contar minha história, e a Garota das Facas seria pega em breve. Isso era um compromisso que fazia comigo mesmo, e estava disposto a cumpri-lo.



Era isso que passava por minha mente até perceber que andava sem nenhuma rota certa, afinal não sabia onde estavam Peeta e o segurança com quem o deixei, então sou obrigado a fazer uma ligação. E tenho que esperar um bom tempo até ser atendido.



—Alô?


—Cato?

É o "babá" de Peeta. Parece tudo normal. Seguro minha vontade de dizer "É senhor Desher pra você" e continuo:

—Sim, eu, ehr, queria saber onde vocês estão. Eu esqueci de deixar um lugar marcado. — eu digo.

—Estamos na 5th Avenue.

— Certo...— obrigada por ajudar. Tenha um bom dia enquanto eu adivinho oque fazer exatamente e...

—Plaza Hotel.

Melhorou. Não muito, porque desconfio que pensem que sou feito de dinheiro. Plaza Hotel, claro porque não?

Cerro os dentes, e respondo de má vontade, com certeza sendo mal educado com a pessoa que está vigiando um assassino profissional:

Claro, claro, estou indo.

E começo a andar, não estava muito longe.

...

Vamos pular esse trajeto. Digo apenas que não demorei a encontrar o hotel e o quarto, e logo estava novamente frente a frente com Peeta Mellark.

Oque eu vou fazer com esse cara?! Talvez eu deva ser cruel e simplesmente dar um tiro na cabeça dele. Talvez fosse oque Clove faria, embora tenha minhas dúvidas se ela não fugiu rapidamente para me deixar com o fardo decidir o destino de Peeta. Difícil saber, ela sempre muda de humor muito rápido, lembro disso toda vez que ela primeiro é amigável e depois tenta me matar. Olho novamente para Peeta, que está observando alguma coisa ao meu lado.

—Oque foi?! — pergunto.

— Nada não. Mas seu braço está sangrando.

Olho para meu braço cauteloso, mas percebo que Peeta tem razão. Maldita Clove.

Estava tão ocupado pensando que acabei esquecendo o ferimento, embora estivesse um pouco incomodo.

Ai.

Sabe, uma das piores coisas quando você se fere é que quando percebe que o machucado existe é aí que ele começa a doer. Embora o meu não fosse profundo a dor era simplesmente insuportável, e fui obrigado a pedir ajuda ao segurança presente.

Sim,corro perigo de vida constantemente e não posso cuidar de meu próprio ferimento sozinho. Poder eu posso, mas prefiro não arriscar meu pobre braço.

— Pois é, Collapse, vimos sua amiguinha na TV.— diz Peeta.

— Amiguinha? Quem?— "Amiguinha"? Eu mal tenho um melhor amigo e vou ter uma "amiguinha"!

Ele se aproxima do controle de uma televisão e a ligou. Aparentemente após eu conseguir fugir do alcance de Clove ela quase foi presa. A manchete que aparecia na tela dizia "Garota das Facas é avistada". E só uma coisa passava na minha mente: "COMO ELES NÃO VIRAM ELA NO AEROPORTO?!".

E ela não é minha amiguinha.

— A "Garota das Facas" foi vista hoje às 23:57 minutos, na cidade de New York. Ela é conhecida pelas tentativas de assassinato ao famoso detetive "Collapse", e é procurada em diversos países. Tudo indica que Collapse estaria por aqui instantes antes do aparecimento da garota. Policiais tentaram prendê-la, e ela foi perseguida por vários minutos antes de fugir, com a ajuda de alguém, que poderia ser outro conhecido assassino, procurado pelas mortes de 26 pessoas. Um dos policiais chegou a ter um diálogo com a Garota das Facas antes da fuga.— dizia uma repórter. A imagem muda e o policial antes mencionado aparece na tela, com o nome "Gale Hawthorne" em um retângulo abaixo.

— Nós quase a prendemos— ele diz. Mas eu duvido muito.— Ela é muito esperta. Mas nos revelou seu talvez verdadeiro nome, ela disse se chamar "Clove".

A repórter continua:

— Agora que as autoridades conhecem o nome acreditam que será mais fácil prendê-la. Estamos procurando o detetive Collapse para fazer contato e descobrir mais revelações do caso. Mas com o novo parceiro nos resta a dúvida, será que em algum dia viveremos livres da ameaça das facas?

Com oque eles estão preocupados? Sou eu que corro perigo enquanto Clove estiver livre. Um novo parceiro. Um assassino procurado pela morte de 26 pessoas. Não consigo gritar um palavrão o suficiente forte pra expressar a realidade da minha situação.

Peeta está rindo.

— Do que você está rindo, Mellark?!

— De você, coitado. Agora que ele está dentro a vida do Collapse tem dias contados.

— Você o conhece?

— Se não me engano ele se chama Marvel. O cara é um monstro, se ele colabora com a Clove você já era. Suas chances de sobrevivência são de 12%.

Ah, obrigado! Minha vida melhorou muito agora.

— Não brinque, você poderia morrer agora mesmo, Peeta.

—Ah, não me ameace, eu estou em um hotel de luxo as suas custas, depois dessa eu duvido que você me mate. Além do mais, você não tem coragem de me matar.

Brincando desse jeito, que coragem. Mas ele tem razão. O máximo que posso fazer é mandá-lo para a cadeia. E porque mesmo que o bendito segurança levou um assassino para um hotel de luxo?

— Mas...

— Oque você quer?

— Talvez, só talvez, eu possa te ajudar a vencer sua "amiguinha"...

— Dá pra parar com essa de amiguinha?!

— E com minha ajuda suas chances de sobrevivência sobem para 50%, como eram antes de Marvel aparecer.

Interessante... Eu só tinha 50% de chance de ficar vivo?!

— É uma boa proposta, Peeta. Mas porque eu passaria a confiar em você.

— Não precisa confiar. Você simplesmente não tem escolha.

Humpf, ele é bem espertinho para um telessequestrado.

— Certo. Vou aceitar sua ajuda. Mas as duas únicas condição é: Não tentar me matar e nunca mais cantar a música da árvore-forca.

...

Oque foi? A música da árvore me assusta, julguem-me.

— Feito.

Pelo menos agora estou de volta a minhas míseras 50% de chance de viver. Mas perco pelo menos 15% ao aceitar a ajuda de um assassino. É eu não tinha pensado direito, mas não podia voltar atrás. 35% é melhor que 12%.

Meus pensamentos se perdiam em novas estratégias para prender a Garota das Facas e seu cúmplice. E também nas palavras de Peeta "Além do mais, você não tem coragem de me matar". Será que eu teria coragem se tivesse que matar Clove?

Não saberia responder a essa pergunta.

E não precisei, no instante em que tentava ouvi barulhos na porta. Me levantei do sofá onde estava sentado e fui ver oque ou quem era, afinal já era muito tarde. Ou cedo, estava de madrugada.

Sempre vou me perder nessas expressões relacionadas ao tempo.

...

Continuando, eu fui atender a porta. E a abri, cauteloso caso fosse Clove ou alguém pior.

E... Acreditem ou não, era alguém pior.

— Olá, Cato. Sua mãe me mandou dizer "Surpresa!"— dizia a garota a minha frente.

Peeta se aproximou e perguntou:

— Quem é?

— E-ela é...

— Com licença, Cato, mas eu me apresento. Muito prazer, meu nome é Katniss Everdeen.

Porque justo ela?! Porque tudo que já está ruim piora?!


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Notas finais do capítulo

Bom, reviews?