Collapse - Another One Bites The Dust escrita por Lady Spoiler


Capítulo 6
VI - Clove


Notas iniciais do capítulo

Notas iniciais:
HEEEY, IT'S MY BIRTHDAY! Parabéns pra mim! Tô postando aqui rapidinho que porque só vou ter tempo agora...
Bom, espero que gostem do capítulo! Esse tem MUITO diálogo. E inclui my precious(MY PRECIOUS - GOLLUM). Explico no final.
Aviso? Esse capitulo contém grandes níveis de bipolaridade da Clove...
~.~



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Maldito Collapse. Conseguir desviar de uma lâmina, ainda mais lançada a uma distância relativamente curta, só acontece uma vez na vida... Da maioria das pessoas. Cato não, ele tem um sexto sentido que o indica quando se abaixar ou ainda escorregar para o lado. Sempre vou me perguntar como um cara que passa a maior parte do tempo sentado, como ele, consegue se manter em ótimas condições físicas. Porque além de se desviar, começa a correr como um louco varrido. Talvez buscando ajuda. Muito heróico não? Por favor, sintam o sarcasmo no ar.

— MALDITO! — eu grito com todas as minhas forças. Já que todas as pessoas que antes estavam por perto já fugiram, eu estava me permitindo um pouco menos de sutileza. Cato corre muito, sem nem ao menos olhar para trás. Não sei se é covarde ou esperto, mas não vou deixá-lo escapar. Ou seja, a idiota que sou tenta alcançá-lo.

Não em vão.

Porque simplesmente não lancei outra faca? Depois de Cato me fazer de boba tantas vezes, eu quero sentir o medo em seus olhos antes de matá-lo. E não, não tem nada a ver com aquele papo de talvez hesitar em matá-lo... Eu acredito. Eu consigo, eu treinei para tirar a vida das pessoas, posso muito bem vencê-lo. Então porque não o alcanço? Eu posso correr mais do que isso! Tento vencer meus pensamentos confusos e pego uma faca. Hesitante, eu miro, ainda correndo, e a lanço.

A lâmina passa rente ao lado direito de Cato, deixando um ferimento leve em seu braço. Começo seriamente a duvidar de que a sorte dele seja minha culpa. Então... Eu mesma estou me atrapalhando?... Paro de correr, imediatamente, enquanto ele se arrisca a olhar para trás, também para, e avalia o ferimento. Também parece estar em um conflito com seus pensamentos, mas não tanto quanto eu. OQUE HÁ DE ERRADO COMIGO?! Eu sentia uma enorme vontade de ir o prédio mais alto que se encontra por perto (leia "Empire States Building") e dar um jeito de pular. Aí é adeus vida, adeus confusão, adeus... Cato... Háa, como se eu realmente fosse fazer isso antes de matá-lo. Ele me paga por me colocar nessa situação. Aposto que minha expressão confusa mudou para algo entre maligna e presunçosa, porque Cato começa a correr com o mesmo empenho de antes. Sangrando, mesmo que pouco, ele talvez não consiga ir muito longe. Perfeito.

Só tenho um pequeno probleminha. Polícia.

Ah, como eu odeio oficiais de justiça e de segurança. Eles são muito irritantes às vezes. Sorrio um pouco, Cato parece achar que foi salvo ao ouvir as sirenes e ao longe ver as luzes dos carros de polícia. Ele me subestima. Não sou assim tão fácil de se vencer. Pego meu celular em um de meus bolsos. Eu estranhava a capacidade de sobrevivência daquele aparelho, contando tudo pelo que já passei, ele deveria estar ao menos destruído. Completamente. Mas, para minha sorte, ainda estava inteiro... Bom, o suficiente para eu discar o número de Marvel.

"Alô?”  exclama ele sonolento ao atender.

— Marvel, sou eu.

"Háa, lógico que é você, Clove. Quem mais me ligaria as..." a voz dele se perde por uns instantes. "3 horas da manhã. Wow, você está ofegante. 'Tá correndo por acaso? Oque você quer, bactéria?”.

— Não me chame assim. Eu não tenho tempo para brigar com você. O quão longe você está de New York?

"Eu estou em New York. Repito, oque você quer, bact...”.

— Não se atreva, Marvel! Eu preciso de ajuda. Consegue me localizar, certo ?

"Estou indo. Quero só ver no que você se meteu dessa vez. Hasta la vista, baby!”.

Encerro a ligação e reviro os olhos, mesmo sabendo que ele não poderá ver. Sabe, ele consegue ser irritante às vezes. Às vezes? Corrigindo, sempre. Mas oque importa é que Marvel virá me ajudar. Ele provavelmente já sabe do preciso. Aproveito e coloco o capuz da blusa que vestia. Quanto menos os oficiais saibam sobre mim melhor, então tento cobrir pelo menos parte do meu rosto. Sombrio, mas útil.

— Pare onde está, Garota das Facas! — grita um dos policiais que estava fora dos veículos. Sim, eu diminui o passo.  E perdi Cato de vista. Mas não fugi, apenas caminhava.

— Com prazer. — paro e me viro para observá-lo. O policial estranha, mas não se abala. É jovem até, mas bastante alto. Não chega a ser assustador, e com certeza não parece um daqueles policiais que ficam sentados e comendo rosquinhas, está mais para aqueles oficiais competentes que vemos em séries policiais. Ao se aproximar, eu percebo que seus olhos mostravam claramente que ele estava assustado. Olhos cinzentos que faiscavam na dúvida. Seria divertido!— Pelo visto você me conhece. Mas eu não te conheço... Por favor, se apresente!

Ele hesita.

— Oras.— eu continuo, e levanto às mãos ao alto, como se me rendesse. Onde está, Marvel?!— Que mal fará eu conhecer o nome do oficial que me prendeu! Eu não vou te matar apenas com seu nome*!

— Certo, mas eu também não sei o seu.

— Tem razão. Sou Clove.— respondo. Já estava na hora de eles me conhecerem de verdade, não é?

— Gale Hawthorne. Por favor, dirija-se à viatura.

Mais policiais apareciam. Aos poucos, estão todos fora de suas viaturas. Começava a duvidar seriamente se Marvel realmente me ajudaria. Teria de fazer tudo sozinha. O mesmo teatrinho de sempre. Suspiro, e respondo:

— Desculpe, Gale. Não vou poder ir com vocês. Certamente seria divertido, mas...

Paro de falar,  ao ouvir uma voz ao longe. E cada vez mais perto. Marvel

— Policiais, se afastem da garota baixinha. Repito, por favor, afastem-se da garota baixinha.

Maldito Marvel! Não faça isso... EU NÃO SOU UMA GAROTA BAIXINHA QUALQUER!

— Pois é, ouviram? Nunca contrarie uma voz ao megafone vindo ao meu resgate com um helicóptero.— eu digo, olhando para cima. Acreditem ou não, funcionou. Todos, inclusive Gale, que parecia ser inteligente, olharam para o alto, com as mãos sobre a testa, tentando ver alguma coisa... Que nunca viria. E é esse "um segundo" seria fundamental para minha quase perfeita fuga. 

Quando Marvel aparece em um carro vermelho, um 1970 Chevrolet Chevelle SS 454 para ser mais exata. Exata demais? Bom, resumindo: Ele estava trazendo meu carro. Meu lindo, rápido e perfeito carro. Mal entro no veículo e ele já dispara pelas ruas, enquanto atrapalhados policiais tentam se organizar e nos perseguir. E a perseguição começa.

Além de ser, modéstia a parte, um ótimo carro, Marvel é um bom motorista. Após alguns minutos, em uma daquelas perseguições que só deveriam existir em filmes (com um grande risco de vida, carros alheios danificados, manobras arriscadas e coisas assim), nós os despistamos. E quando recupero o fôlego, utilizo este para gritar com o motorista:

— Quem te deu permissão para usar o MEU carro, Marvel?!

— Seu carro? Ele é tão meu quanto seu.

— Eu paguei por ele. Me pertence, por direito.

— Como se eu não soubesse... Só queria ver sua cara quando me visse nele. Então, enquanto você voava, eu pedi para o Tordo me levar a NY... Junto com seu carro.— ele tira uma das mãos do volante e faz uma moldura com os dedos, aproximando-os do meu rosto, que estava realmente bravo.— Impagável! Não se preocupe, eu me esforcei o máximo para não danificá-lo... Eu espero que tenha conseguido.

— Você é mau.— Afasto a mão de perto de mim, e ele ri.— Porque demorou tanto?

— Assuntos a tratar, sono pra espantar... Conseguiu alguma coisa com o "Collapse"?

— Ele foi ferido. E está escondido em algum canto.

— Legal... Saiu do nível -15 para o nível 0.

— Não exagere, eu já tinha avançado um pouco.

— Nem tente discutir. Você não tem argumentos, bactéria.

Eu permaneço em silêncio. Em parte porque ele tem razão, e eu não queria admitir que era tão inútil. Logo eu, que havia recebido o trabalho mais importante de todos. Tinha muita coisa em jogo. Em um jogo realmente voraz.

— Marvel?

— Diga.

— Me deixa dirigir. Não tem mais ninguém atrás de nós.

—Ah...— ele freia e sorri. Já comentei que esses sorrisos me dão medo? Aparecem nas horas mais desnecessárias, e quase sempre vêm seguidos de péssimas notícias, comentários maldosos ou morte. Quase nunca são sinceros. Marvel é uma máquina de destruir sentimentos. — Não. Sinto muito, bactéria.

— QUAL É!? — eu agarro sua camisa, ameaçando-o.— PRIMEIRO, É MEU CARRO.  SEGUNDO. VOCÊ NÃO TEM NENHUM DIREITO SOBRE NADA DA MINHA VIDA. TERCEIRO. NEM ADIANTA ME CHAMAR DE BACTÉRIA QUANDO VOCÊ MESMO É UM... Um micróbio.

— Hey, calminha! Eu te deixo dirigir...

Quando assumo o volante, me acalmo um pouco. Não sou nenhuma fanática que chama o próprio veículo de "bebê" ou coisas assim, mas é o único lugar onde podia realmente assumir o controle da situação. Respiro fundo, e começo a dirigir.

—Humpf. Obrigada, micróbio. Aqui é bem melhor.

— Ah, vamos, não me chame assim! Eu te ajudei, não é?

Finjo pensar por um momento. Mas depois sorrio.

— Tem razão. Mas...

—Sempre tem um "mas".— ele murmura.

— Vou precisar da sua ajuda. Com Collapse. E você não receberá nenhum crédito.

— Pode deixar! Por onde começamos?

— Nós vamos atrás de Peeta Mellark.

Marvel sorri. Um sorriso diabólico, mas ainda sim é um bom sinal vê-lo, ele realmente me ajudará.

— Aquele cara ainda está vivo? Eu achei que não duraria nenhum dia fora da "asa do Tordo". Onde ele se encontra?

— Acredite se quiser, Cato me revelou um importante detalhe sobre o paradeiro do cara. Aparentemente está em algum lugar com um daqueles seguranças incompetentes dele.

— Então vamos achá-lo. Começo a rastrear agora?

— Por favor.

E começamos a trabalhar. Com um forte aliado, eu vencerei esse jogo voraz contra Collapse.


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Notas finais do capítulo

Notas finais:
Clove e sua bipolaridade a mil... Eu me espelhei muito dessa vez O.O
Pois é, diálogo demais né? Mas era necessário (preciso de um beta reader :/, alguém se apresenta como voluntário para tributo? lol).
E o carro da Clove?? Acreditem, esse carro é lindo (pelo menos pra mim)! Incorporando Gollum/Sméagol(O Senhor dos Anéis), "Meu precioso"... Eu não fui ver o Hobbit ainda, #xatiada. But ok... Vamos para por aqui com essa coisa de MY PRECIOUS,ok?
E o Gale... Apareceu a criatura! Não gosto muito dele, mas será necessário por enquanto. Ou seja, ele aparecerá mais...
AH, como eu amo o Marvel dessa minha fic! Ele é tão cute... Eu gosto bastante do Jack Quaid, mas comecei agora a gostar mais do Marvel... Ele é sempre legal no que eu escrevo, cadê o carreirista que ninguém gostava por causa da Rue? Pois é, por aqui ele sumiu :/
Hey, eu resolvi fazer um teste. Eu desconfio que grande parte dos leitores não lê as notas (e eu lendo de toda fanfic que lia...). Então... Vou fazer um teste. Se você leu até aqui, primeiro: Parabéns, não é todo mundo que lê. Segundo: Coloca essa frase em um review "And may the odds be ever in your favor"? C'mon, agora é pelo bem da ciência! ~Tô bem nerd ultimamente, vai entender...
CloveGraceDelacour, eu li e amei sua MP. Sério, eu comecei a chorar de emoção! ~my feelings ;'D. Muito obrigada, ninja sensei ;). Vou responder assim que voltar pro Nyah (talvez mais tarde...). Sério, MUITO OBRIGADA!
Adiós people. ~Happy birthday to me, again *-*~