Collapse - Another One Bites The Dust escrita por Lady Spoiler


Capítulo 3
III - Cato


Notas iniciais do capítulo

I'm Back!
Demorei um pouquinho pra terminar, e tinha outras ideias pra esse capítulo, mas não foi dessa vez!... literalmente, vou colocar no próximo!
Curtam o Cap!



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A viagem até New York era longa, mas me permitia algumas horas de descanso merecidas. Eu não me sentia confortável em aviões, se os humanos tivessem de voar teriam asas, isso é algo comprovado! Não, não tenho medo de voar... eu acho. Se não fosse o fato de eu estar a um passo de capturar ela e outro assassino nem iria caminhar para um aeroporto.

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Por questões de segurança eu deveria ir em uma avião comum, junto com outras pessoas. Burrice, já que a garota das facas só me atacava com testemunhas. Mas não ia me dar o trabalho de contar isso para os outros... Collapse ou não, eu "ainda era apenas um jovem de 17 anos, irresponsável e nada cauteloso", eles iriam cortar qualquer contato que eu pudesse ter com a sociedade. Ou seja, nada de investigações. Prefiro ficar como estou, obrigado.

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E graças esses cruéis motivos eu teria de aguentar 8 horas em um avião, que já estava para decolar, ao lado de um cara que me encarava, meio assombrado. Ah é, eu sou meio que conhecido... Mais um ponto que contribui para a burrice de me colocar nesse avião. Estava quase ao ponto de gritar com o garoto, será que nunca ensinaram ao fulano que encarar é feio? Bom, era uma das principais regras em minha casa, na época em que meus pais ainda tentavam colocar outro rumo em minha vida.

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Meus pais não eram do tipo... "presentes", então fui criado sozinho com muitas pessoas contratadas para me educar. As poucas tentativas que fizeram de me integrar em escolas foram em vão, desde pequeno eu já era um pouco... hm, anti-social. Algo inaceitável para a família Desher. Minha mãe era uma mulher estranha, sempre bem vestida, tentando me deixar apresentável, que mantinha os lábios franzidos, como se tudo estivesse a irritando. Ela sempre brigava comigo quando estava em casa, e meu pai aproveitava e entrava nessa, se fazendo de "pai preocupado". Ele era normal, um empresário normal, e... só.

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Mal podia esperar para vê-los... Sempre tão amáveis... Qual seria o ponto inicial da briga dessa vez? A falta de participação do Collapse em assuntos mundiais? O Collapse precisaria aparecer mais? O Collapse... sempre ele. E nunca o Cato... Isso porque ele nem gostavam do meu trabalho!

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Esse assunto, família, amigos, ser sociável, é delicado pra mim. Qual as vantagens de interagir com as pessoas afinal? Sempre que eu tentava acabava me dando mal. Mas oque importava agora é que uma pessoa me encarava. E isso me irritava. Muito.

— Algum problema?— eu pergunto. Ele, o "encarador" fica um pouco confuso, algo fácil de se perceber, apenas por sua expressão.

— Ah! Desculpa. Eu... eu sou Peeta Mellark! E você é o Collapse, certo?

— Hm, eu prefiro "Cato", mas...— Mellark? Esse nome não me era estranho. Havia algo muito errado com esse tal "Peeta". Ele devia ter mais ou menos minha idade,e era uma figura muito... esquisita. Antes me encarava, e agora... ele olhava para algum ponto atrás de mim. — Sério, algum problema?

— Ah, não.

Ele continuou a me encarar. Me irritando ainda mais. Tanto que agora eu mesmo o encarava. E por quase 10 minutos ficamos encarando um ao outro, sem nenhuma razão aparente. Pelo visto esse cara era mais anti-social do que eu, ou talvez ele estivesse com medo de mim. Imitá-lo não havia ajudado em nada. Meus olhos lacrimejavam, de ficar por muito tempo sem piscar, então desvio o olhar,e por não estar sentado no lado da janela, acabo vendo algumas fileiras de assentos na frente de onde eu estava no avião.

Eu reconheço três pessoas das que estavam ao meu alcance de vista. Um é o segurança que havia me obrigado a levantar hoje mais cedo. Também vejo uma outra pessoa da equipe de segurança. E a outra... A garota das facas.

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"Gefickt"¹ eu penso. Como já disse, minha mãe tentava me deixar apresentável, mesmo que a distância, então obrigava as pessoas que cuidavam de mim a não me deixar usar expressões maldosas e xingamentos. E eu, como um filho imprestável, desobedeci aprendendo a falar as mesmas palavras em outras línguas mais difíceis para o palavreado de meus pais.

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Mas voltando ao que interessava, ela estava lá. Por sorte não havia percebido minha presença, mas estava perto. Perto demais, há dois lugares de mim. Eu nunca havia ficado tão próximo dela sem receber nenhuma ameaça, talvez eu devesse aproveitar a situação e acabar de vez com ela. Ou... eu poderia fugir.

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Só tinha um único pórem em fugir. Eu estava em um avião, há mais de mil metros de altitude. "O Zeu kai alloi theoi!!"². Hm,certo, essa expressão eu havia pego de um livro. Mas de qualquer modo, minha situação era realmente triste. Precisava sair ileso até Nova York, para lá eu já tinha um plano completamente articulado, e de algum modo pode chegar a dar certo. MALDITA GAROTA IMPREVISÍVEL! Eu esperava que ela me seguisse, mas no mesmo avião? Tudo que tinha ao meu favor eram dois seguranças (inúteis, pois estavam longe demais) e um garoto que gostava de encarar sentado ao meu lado. Ele não seria útil. Ok, estava sozinho.

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— Algum problema, "Cato"? — Peeta pergunta. É estranho me perguntar isso, depois de eu ter feito a mesma pergunta a ele. E o modo como pronunciou meu nome... Está bem, não era um nome comum. Mas ele não poderia falar nada, não chamando "Peeta"! Novamente, tem algo muito errado com esse cara. Mas talvez ele possa ser útil afinal.

— Na verdade eu tenho um.— eu olho para trás, para me certificar de que a garota não está me olhando.

Peeta olha, e prende os olhos na ninja (depois de tanto tempo me referindo a ela desse modo, talvez o apelido pegue). Ele sorri, de um modo muito bizarro.

— Ela? Há, não acredito que ninguém a viu. Pelo que sei essa garota é procurada em um monte de lugares, como pode estar aqui? Garota das facas, não é?— certo, ele está me dando medo. Peeta falava quase zombando das palavras. Muito diferente do modo que falou pela primeira vez. Alguma coisa aconteceu...

— Hm... é, por aí.

— Que incompetência! Se deixar ser vista desse modo... Esse caso com certeza não deveria ter vindo para ela... Ai, ai, Clove, vou ter que fazer tudo sozinho pelo visto.— What? Questo ragazzo è pazzo!³ Eu deveria ouvir mais a minha intuição. Realmente havia algo errado com ele. Em outras palavras... Peeta fazia parte do lado negro da força. Mas ele ficava fazendo uma cara tão de idiota que era quase impossível de se descobrir. Só percebi, na verdade no momento em que ele tira uma arma de sabe-se lá onde. A grande questão é: "Como este cara, que até então parecia a bondade em pessoa, trouxe uma arma para dentro do avião?". Ele possuía uma arma, e a apontava para mim, com cuidado, para que ninguém mais visse.

— Não me diga, você trabalha pra ela, certo?

— Pra quem? Pra Clove? Nem se preocupe, ela será a próxima. Eu estou aqui a serviço de algo muito maior do que uma simples peça nos jogos do Tordo. — Peeta ri, mas o riso saí tão a lá vilões de filmes que sinto vontade de rir com ele.

— Hm, deixe-me entender melhor... Quem é Clove, oque é Tordo, e de onde você tirou essa malvadeza interior toda.?— sim, eu estava zoando com um cara armado. Mas eu não estava com medo. Não de Peeta. Talvez ele até revelasse algo, se fosse idiota o suficiente. E nos filmes o cara mau contar seu plano antes de matar a vítima. E isso dá tempo para que a própria se livre do "bandido". Vamos lá, Peeta, siga as regras dos filmes, seja clichê o suficiente para me dar tempo pra pensar.

— Clove é ela, aquela ali, sentada lá atrás. Tordo é o chefe dela. E...— ele para, talvez analisando minha pergunta melhor. Mas Peeta já me deu tempo para pensar.— Ah, vamos, sem brincadeiras. Eu posso te matar aqui mesmo.

— Com certeza pode. Talvez se... Hm, me matar não é trabalho da "Clove"?

— Sim, mas ela já está parada a muito tempo, está na hora de você morrer.

— Claro, mas antes... Me explica qual a verdadeira razão para qual você está se arriscando, mesmo sabendo que ME MATANDO, VOCÊ MORRE.— eu digo, falando em um tom mais alto as últimas palavras. Peeta se assusta, e olha ao redor, para ver se alguém me ouviu. Mas a única pessoa que eu queria chamar atenção percebe. Pois é, Clove, vamos ver se você se preocupa o bastante com sua "missão" para impedir outro de realizá-la.

— Cuidado, Collapse. Mesmo que eu morra... Eu terei realizado meu trabalho! Isso é o que importa! — mentira. Fácil de perceber. Algo foi alterado na mente de Peeta, e eu espero que Clove me ajude. Conto agora com a inteligência dela.

— Certo... Mas vai me matar aqui? Não pode esperar até pousarmos?

Ele pensa. Mas percebe que eu tenho razão. E responde:

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— Ok, mas sem nenhum truque.

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Idiota.

Olho novamente para a garota, que me olha de volta. Clove, seria esse mesmo o nome dela? Algo me diz que sim. Interessante... Parece que terei que parar de chamá-la de ninja. Ela não esboça nenhuma reação ameaçadora, consigo ver que ela não pode me matar agora. Não com Peeta me colocando nessa situação, ela precisa me matar.

Me certifico de que o garoto não esteja olhando para minha mão, e mando um sinal, em código para Clove:

"Pode me ajudar?"

Ela compreende, para minha sorte, e responde com as mãos:

"Não, você vai me prender depois, não é verdade?" 

Maldita garota. Certo, eu pretendia prendê-la depois, mas depois que ela me livrasse dessa situação... Se não me matasse antes:

"Trégua, só por agora! Esse cara vai nos matar, e por hora é ruim para nós dois!"

Clove faz uma careta, mas ela sabe que estou certo. E vai me ajudar. Ela precisa me ajudar. Só temos mais meia hora até o avião pouse em New York e Peeta me mate.

"Ok, trégua."

~.~.~.~

Nós prendemos Peeta? Sim. Ficamos bem, um do lado do outro, sem nenhuma ameaça? Pode-se dizer que sim. E eu acabei ficando mais próximo da Garota das Facas.

Peeta Mellark era apenas um peão de uma organização muito maior do que a do Tordo, segundo Clove. "Ele foi telessequestrado", ela me dissera. Eu ainda não entendia o termo "telessequestrado". Nem sabia o que era o Tordo, mas o suficiente para ter certeza que ele me queria morto. Não só ele, como muitos outros.

Quando Clove fugiu do aeroporto, e saiu de meu alcance de vista, eu percebi uma coisa. Embora estivesse lutando para deter a Garota das Facas, ela poderia se tornar minha aliada. E ainda que tivesse que prendê-la, sabia que tínhamos um inimigo em comum, e ele seria agora nosso principal alvo.



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Notas finais do capítulo

A "prisão" do Peeta vai ser narrada pela Clove no próximo, my dears! Sou má! #SoQnão
Tadinho, ele foi telessequestrado...
Explicações.
¹ - "Gefickt" = Fu*** em alemão.
² - "O Zeu kai alloi theoi" = Ó Zeus e outros deuses! Peguei do livro Percy Jackson e O Ladrão de Raios. Expressa frustação e angústia.
³ "What? Questo ragazzo è pazzo!" = Oque? Este cara é louco!! em inglês, e depois italiano. Questo ragazzo è pazzo é MUITO legal de se pronunciar!
O código que eles usaram é tipo um código morse com as mãos, meus amigos usam pra me pedir cola ¬¬.
Reviews? Hein? Hein?
P.S.: QUESTO RAGAZZO È PAZZO!!! LOL



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