Pelas ruas escuras da noite, perdida entre milhares de estradas cruzadas e fracamente iluminadas, estava eu, de vestido azul comprido e salto alto na mão, eu tinha ido a uma festa de pessoas importantes com a minha nova família, que talvez não demore muito para perceber que eu não passo de uma nunvem no ceu azul, eu estava morta de tédio e decidi voltar para casa, o Vitor perguntou-me se eu sabia voltar para casa sozinha caso contrário ele leva-me até lá e depois voltava para a festa, eu sabia que ele também não estava com cabeça para ficar lá mas ele não tinha escolha.Ele deixou-me em casa e quando da janela eu já não via as luzes do carro saí e fui dar uma volta, mas agora estou perdida, o que fiz eu para as ruas serem todas iguais? Talvez quem as desenhou tenha pensado que se as ruas fossem diferentes algumas ficariam com inveja e assim não há discussões, sim porque as ruas têm inveja!!! Tá na cara quem têm!!!

Percorri os caminhos longos e vazios com o pesado silencio da noite, eu fui ter a uma pequena rua, o que era raro por ali visto que todas elas tinham "meio km", deparei-me com uma fonte, vasculhei na mala e encontrei uma moeda eu queria que o meu desejo se realizasse.

– Isto é meio clichê mas não faz mal tentar.

Virei-me de costas e joguei a moeda para trás e ouvi o splah clássico que se ouve sempre que algo cai na água.

– Quero que tudo dê certo desta vez...

– Bom desejo!

– AHHH!! Que susto!

– Calma garota eu não te vou morder a não sei que você queira claro. -disse sorrindo perversamente

– Nem fale mais comigo !

– Porquê?

– Por sua culpa o meu desejo não se vai realizar!

– Mas que...

– Nem mais uma palavra ser perveso, destruidor de desejos e que me fez desperdiçar uma moeda!

– Bem você é bem histérica! Volte a tirar a moeda da fonte. Espere...

– NÃÃÃOOO! Nem mais um passo!

– O que foi desta vez?!?

- Você não pode tirar a moeda da fonte, se jogou não há mais volta.

– O quê??

– É como se você pedisse um desejo de três e pedisse para o retirar sem usar outro desejo dos três! Percebe?

– Éeee. Não.

– Logo vi. Isto é demasiado para sua cabeça oca.

– Eu é que tenho cabeça oca você é que atirou uma moeda para a fonte esperendo que um desejo se realizasse por forças mágicas!

– Tochê.

O telemovel dele toca...
– Estou?

– Sim vou a caminho.

Desliga o telemovel...

Ele se levanta e desparece sem dizer nada, ele era bem estranho isso sem dúvida, eu vou é tentar voltar para casa antes que o Vitor e a Sara voltem.
...
Finalmente consegui encontrar a minha casa, entrei e deixei o casaco jogado em cima do sofá, subi as escadas e fui em direção ao meu quarto que é o do fundo do corredor, despi-me, posei os sapatos ao pé da cama e fui tomar um longo banho para me aquecer.

É estranho já são 23:30 e eles ainda não chegaram mas é provável que só cheguem depois das duas da manhã como normalmente acontece, abri o guarda fato e tirei uma camiseta de banda larga e uns calções curtinhos de ganga. Estava a começar a vestir-me quando senti uma aragem, a porta do quarto abriu-se e de lá espreitavam uns olhos escuros e encantadores.

– AHHH!

– Calma, calma!

– Justin?!

– Sim sou eu, eu avisei aos meus pais que chegava hoje eles não te avisaram?

– Claro que não, senão não iria receber você só de toalha! Agora me solte por favor.

– O-o sim-sim... Qual o meu quarto?

– Sai do meu e vira à direita.

– Tá- tá certo...