POV Bella

– Essa é minha filha, Renesmee... – sussurrei

Meu desconforto era visível para qualquer um. E tenho certeza de que ele percebeu.

– Meu amor – Eu disse – este é Edward Cullen, ele é neto da Esme e um velho amigo meu.

– Ele não parece tão velho. – Renesmee olhou timidamente para ele.

– Eu quis dizer que o conheço a muitos anos. Ele esteve fora da cidade por muito tempo.

– Olá Renesmee. Prazer em conhecê-la.

– Prazer em conhecê-lo também.

– Ainda está no serviço militar? – Eu perguntei.

– Sim, só vim vender a casa da minha vó. Não vou demorar muito.

Será que ele percebeu o meu alívio?

– Filha, está na hora de ir pra casa.

– Mas eu ainda não terminei de agradecer! – Ele reclamou.

– Então termine logo.

– Obrigada, Edward.

–Senhor Edward. – Corrigi.

– Tudo bem, pode me chamar de Edward.

– Até mais Edward. – Renesmee disse.

– Até, Renesmee. Quantos anos você tem?

Congelei nesse momento. E agora?!

– Doze. – Ela disse antes de sair para pegar suas coisas dentro da loja.

Ele continuou com a mesma expressão seria no rosto.

– Doze anos... – Edward observou meu rosto com atenção – Ele me lembra você. Não me disse que era casada.

–Você não perguntou.

– Você não está usando aliança.

– Porque não sou casada.

– Divorciada?

– Não.

– Das duas uma.

– Nenhuma das duas, eu nunca me casei.

– Eu conheço o pai dela?

–Ninguém conhece.

– Como assim? Você deve conhecer.

– Vou ser mais clara: nunca contei a ninguém sobre isso. – Minhas mãos tremiam.

– Serio? Nem para os seus pais?

– Nem para a minha sombra.

– Acredito que deve ter tido as suas razões. – Ele disse.

– Bem, temos que ir. – Eu disse vendo Renesmee. – Renesmee, vá para o carro e espere lá enquanto eu fecho a loja, meu amor. – Pedi.

– Tá, mamãe.

– Até mais, Edward.

–Até.

Virei-me em direção a loja, mas quando eu dei o primeiro passa até a porta um homem segurando uma enorme caixa esbarrou em mim me fazendo cair para frente. E de repente os braços de Edward me envolveram para evitar a minha queda. Seus braços me seguraram com firmeza e um milhão de emoções passaram por mim no mesmo instante. E de repente seu rosto estava muito próximo do meu rosto, próximo demais.

Eu engoli em seco e umedeci os lábios com a língua.

Eu estava ardendo de desejo e ele parecia sentir o mesmo e antes que eu pudesse pensar em alguma coisa Edward me beijou. Um beijo ardente, cheio de desejo. Era como se o tempo não tivesse passado. Beijar Edward era bom como eu me lembrava, porém muito melhor. cE por um momento eu me deixei levar pelos sentimentos que a tanto tempo eu tinha guardado dentro de mim.

– Esse é o seu jeito de agradecer ao Edward por ter me salvado?

A voz de Renesmee me deu um susto me fazendo pular. Pelo visto ela não tinha me obedecido.

– Renesmee... – Empurrei Edward para que ele me soltasse.

Ele me soltou, mas não saiu do meu lado.

– Eu... pensei ter te mandado esperar por mim no carro!

– Desculpe, mamãe.

– Tudo bem. – Suspirei.

– Quero ir pra casa, mamãe.

– Vamos. – Disse e me virei para Edward – Acho que agora é adeus... Onde você vai ficar?

– Na casa que era da minha vó.

–Ah! Então não é um adeus.

– Como assim? – Ele perguntou curioso.

– Eu e Renesmee moramos na casa ao lado. Então acho que o que devo dizer é “Olá vizinho!”.