ERAGON estava aliviado. Realmente pensou que Saphira nunca o perdoaria.

Ambos estavam sentados, ainda, nas pedras da margem direita. Saphira tinha deitado a cabeça no colo de Eragon que a acariciava. Bom consolo.

Eragon sabia porque não agira: pensara que podia fazer tudo sozinho, mas, tinha medo da critura estranha. Talvez até devessem a ter levado para Blödhgarm, e ver se ele conhecia. Mas, ficou óbvio demais que ele não fazia ideia.

Mas, o que mais intrigava Eragon, de fato, era a ave. Branca com olhos azuis... E uma ave estava no comando de uma criatura que poderia esticar os braços e esmagá-la como se fosse um inseto... Depois de ter cortado fora sua pata, Eragon chegou a conclusão de que o animal não importunaria mais. Pelo menos por enquanto...

Saphira rosnou baixinho quando percebeu estes pensamentos. E levantou a cabeça para olhar nos olhos de Eragon, com um olhar sombrio: nunca subestime alguém que você não conhece.

Você está certa, ele disse, de novo.

Saphira fechou os olhos e ergeu a cabeça, puxando os cantos dos lábios para cima: e quando não estou?

Eragon sorriu, achando melhor não discutir.

Vamos, ele disse quando Saphira levantou, precisamos voltar para o barco.

Do dragão, veio um som de desapontamento e a cabeça baixa. Ela suspirou. Está bem. Mas antes quero comer alguma coisa.

Ok. O sol já está descendo. Vou com você.

E Saphira se lançou no ar, indo em direção a margem verdejante que a esperava com deliciosos veados gordos para escolher.

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Não preciso dizer que Saphira selecionou um alvo e o pegou de primeira.

Uma corça com o pelo claro. Mas, depois de ter abatido a presa, rosnou. E Eragon foi obrigado a descer do dragão para ver o que havia acontecido.

A corsa tinha uma corda frouxa presa ao pescoço. Eragon examinou a corda e viu que alguém fizera isso para demarcar como sua propriedade. Mais ao longe, se ouviu um sino tocando, e o garoto loo deduziu: Saphira, essa corça e os outros veados são realmente de alguém. Está ouvindo esse sino? Deve ser o líder desse rebanho, o cervo que todos seguem. Está me entendendo?

Saphira fez que sim. Então... alguém tem veados e os veados tem um líder?

É mais ou menos isso. Mas que escolhe o "líder" é o dono. Os outros veados, sempre seguem esse "líder".

De Saphira emanou um pensamento de que ela entendera e: agora tire essa corda, por favor, que o gosto não deve ser dos melhores.

Eragon tirou a corda e Saphira comeu, enquanto Eragon observava a paisagem.

Depois de pronta, Saphira deu uma ajeitada em suas escamas e limpou suas garras, e, quando Eragon ia subir na sela, um gato veio a seus pés.

Era um gato pardo, de olhos bem verdes. Ele pedia carinho. Parecia extremamente inofensivo e, ao examinar sua mente de leve, viu a mente de um gato comum.

Acariciou o gato, que ronronava. Saphira pensou porque ele não teria medo dela. E chegou mais perto para ver se ele fugiria ou chiaria.

Ele não fez nada.

-Você precisa ficar aqui - Eragon disse, colocando-o no chão e ele sentou, como se entendesse.

Eragon montou em Saphira, com o gato ainda os encarando e a cauda balançando de leve.

Saphira abriu as asas e se agachou para pegar impulso e...

-Ora, ora, ora, como esse mundo é pequeno...