Palavras escrita por Rakeel


Capítulo 11
Trechos...


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo esclarece muitas coisas,principalmente para quem leu com atenção,mas não se enganem pois acho que ainda vou surpreender (só acho rsrs),não sei se ficou bom mas espero que gostem,então já sabem elogios,criticas,pedidos de casamento e ameaças de morte é só passar no reviw ^^
Boa leitura.
comentem tá



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Quando acordei não estava mais ao meu lado, as proximidades pareciam movimentadas, tendo eu ouvido barulho de carro próximo dali. Permaneci deitada por mais alguns minutos me certificando de que não retornaria, depois caminhei até a porta, a qual encontrei trancada, peguei o diário de baixo da cama e tornei a me sentar sobre ela, pondo-me então a lê-lo um tanto receosa pronta para esconda-lo ao primeiro sinal dele.

Querido diário hoje, ele me machucou, disseram-me que escrever é bom para ser correto senhor Sebastian me disse isso quando me deu esse caderno, me orientou a escreve aqui meus dias, pensamentos sentimentos e tudo mais que quiser então é o que farei.

Meu pai chegou bêbado de novo e veio direto me bater à fivela de seu cinto fez um corte em minhas costas, mas consegui fugir antes que me machucasse mais e ele desistiu já cambaleante pela bebida, então acho que hoje foi um dia bom.

15/05/1997 David

Não tinha a estrutura de um diário comum, continha apenas trechos às vezes simples frases sem seguir nenhuma cronologia, tendo dias e até meses entre uma e outra, ao final de cada um deles continha a data, e o nome David ao qual atribui como sendo dele.



Meu pai não volta para casa á quatro dias a comida acabou senhor Sebastian me deu alguns sanduiches, ele é uma boa pessoa seus filhos e netos vieram visita-lo hoje, todos pareciam tão felizes, queria que ele fosse meu avo também.

09/10/1997 David


“Retardado, retardado, nem consegue falar”, cantarolam, em coro, isso já se tornou rotineiro, mas não consigo me acostumar, oque tem de bom em se falar, palavras machucam.

25/03/1998 David


Senhor Sebastião morreu hoje, agora está junto com minha mãe.

18/07/1998 David

Hoje faz nove anos que nasci, acho então que parabéns para mim.

27/11/1998 David

Meu pai trouxe uma mulher estranha para casa, “essa é sua mãe foi daqui que você saiu” disse pressionando minha cabeça debaixo da saia dela, enquanto ambos riam, aquela prostituta NÃO é minha mãe.

25/12/1998 David

“Se quiser que eu pare e só pedir” Disse me segurando enquanto esquentava a ponta de uma colher no fogão, “É só dizer papai por favor não faça isso”, nunca vou esquecer o sorriso em seu rosto quando encostou a colher quente na minha bochecha ,e come me xingava me chutando enquanto eu no chão me contorcia e chorava de dor, eu o odeio, odeio, odeio.

29/06/2000 David

A cada relato suas palavras se tronavam mais agressivas o ultimo lido até então explicando a cicatriz que ele carregava na bochecha, que provavelmente ganhou quando tinha onze anos, pelas datas pude concluir que deve ter vinte três anos, dois a mais do que eu, enquanto durante minha infância segui cercada de amor carinho e mimos, ele não teve a mesma sorte e independente do que tivesse me feito não podia deixar de me sentir triste por ele, que ser humano não se sentiria.

Ao bater os olhos na data seguinte pude ver que ela dava um grande salto.



Aquele bêbado maldito não pode mais me machucar meus braços são mais fortes do que os dele, e só segurar suas mãos e deixa-lo a proferir suas injurias sujas, e depois com um simples soco derruba-lo, gosto de velo impotente e indefeso.

26/04/2004 David

“Sua mãe te abandonou, pois ninguém iria quere um lixo como você”, o derrubei com um empurrão para que si calasse, mas não o fez “você acha que ela morreu e que agora é um anjinho que vela por você, pois não, ela é uma prostituta que ti abandonou, seu mudo filho de uma puta”, o silenciei com um soco, mesmo agora sendo mais forte o maldito ainda encontra maneiras de me atingir, quero que suas palavras sejam mentiras, mentiras.

31/06/2004 David

Hoje cometeu o erro de entrar, em meu quarto e tentar me agredir, o derrubei socando o, a sensação de seu sangue espirando em meu rosto, e sujando minhas mãos era boa, poderia telo matado, mas ao olhar para o lado pude ver meu reflexo no espelho, mas oque encontrei ali não era meu rosto era o dele, não quero ser como ele... não quero.

10/03/2005 David




As pessoas olham para mim, mas e como se eu não estivesse lá, não sinto mais nada, me pergunto se ainda existo.

23/06/2006 David



Meu pai morreu hoje, cirrose, restando a mim sua pensão por morte, e esta casa agora isolada nesse lugar que ninguém quer mais. 22/12/2006 David

Por que continuo vivo, sou dispensável, inútil.

12/03/2007 David

Ninguém sentiria por minha morte, ou se importaria, ninguém tem apresso por minha vida, ouvi uma vez que Deus ama a todos gosto de me apegar a essa ideia, talvez em breve vá para junto dele.

08/09/2007 David

Li seu ultimo relato o mesmo soando para mim quase como um bilhete suicida, as paginas seguintes estavam em branco eu por um minuto chegando a acreditar que ali seu diário tinha fim, mas a algumas paginas a frente encontrei novamente inscrições, diferentemente das outras eram maiores, mas para minha surpresa pareciam falar sobre... Mim?



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Notas finais do capítulo

Fiz um video da fic,não tá 100% pois tive que usar o move maker do notbook é a vida:/ mas achei um rosto perfeito para o David igualzinho como imaginei,a principal também chegou bem perto,então se quiserem dar uma olhada é aqui :
http://www.youtube.com/watch?v=aioxqwSCFTk
Comentem tá:D