Palavras escrita por Rakeel


Capítulo 10
O Diario


Notas iniciais do capítulo

Como prometido mais um capitulo entregue 0/ espero que gostem!!
COMENTEM TÁ :D



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Como no dia anterior, ficou no quarto para comer comigo, mas havia algo de estranho com ele parecia um tanto apreensivo, não sei como sou capaz de notar isso mesmo sem ver seu rosto, mas creio que aprendi a perceber essas coisas apenas observando seus olhos e trejeitos.

Assim que acabamos de comer, recolheu os pratos levando os, mas logo voltou assim como já previa que faria, li para ele dessa vez sem que precisasse me pedir, enquanto o fazia juntava coragem para seguir com meu plano.

Ele se levantou, acabara de destrancar a porta estando pronto para sair quando me pus de pé, e o abracei por trás envolvendo meus braços sobre sua cintura.

___Por favor, não me deixa sozinha. Pedi tentando ser convincente, e quando o fiz pude sentir que seu corpo se endureceu, creio que mais uma vez surpreso por minha atitude, se virou lentamente, mas mantive meus braços em sua volta, quando nossos olhos se cruzaram pude ver felicidade dentro deles, oque só reafirmava minha teoria sobre ele sentir algo por mim. Passou então lentamente o braço em redor de minha cintura receoso, acho que com medo de me assustar e que assim me afastasse, coisa que eu não faria, independente do que acontecesse iria até o fim.

Ainda me segurando levou uma das mãos até meu rosto, colocando uma mexa de cabelo atrás de minha orelha mantendo a mão apoiada sobre minha face seu polegar em perpendicular com meu lóbulo auditivo.

Olhava me fixamente nos olhos, por algum motivo senti um arrepio subir por minha espinha fazendo me contrair um pouco, o mais estranho é que não era um arrepio de medo e sim um arrepio quente e esquisito, mas ele o interpretou como medo me soltando de imediato abaixando o olhar, colocou então a mão sobre maçaneta para sair.

Não podia deixa-lo ir, foi quando o puxei com força, em um movimento rápido ergui a parte da mascara que cobria sua boca e o beijei, quase de imediato ele retribuiu aprofundando o beijo, me apertando com força contra seu peito.

Diferente do que imaginava não senti asco ou repudia, seu beijo era terno e seu corpo quente, caminhou ainda me beijando guiando me de costas até que senti minhas pernas baterem contra a beira da cama, me deitou pondo se em seguida sobre mim beijando então meu pescoço, percorri as mãos por de traz de sua cabeça, soltando a mascara, ele deixou que o fizesse erguendo o rosto permitindo que olhasse para ele.

Era jovem, provavelmente com minha idade um ou dois anos mais velho no máximo, ao contrario do que imagina não parecia em nada ameaçador, tinha feições delicadas, uma pele quase perfeita a não ser por um detalhe, e nesse momento tive certeza o conhecia mesmo que não lembrasse de onde, era impossível minha mente me enganar daquela maneira.

Tornou a me beijar, um beijo apaixonado, seja oque for que ele sentia por mim excedia o desejo sexual, podia sentir seu coração pater acelerado, suas mãos e corpo tremer levemente, meu coração também batia rápido em descompasso, não precisava ir tão longe poderia ter parado tudo aquilo naquele momento, repeli-lo, mas não o fiz, porque ? Não sei ,não conseguia pensar claramente só o queria perto.

Voltei a mim estando deitada alinhada em seu peito, sua mão sobre meu quadril cobertos apenas por um lençol, deveria estar completamente louca para permitir que algo assim acontecesse, mas era tarde para lamentar mesmo que não conseguisse encontrar dentro de mim arrependimento sem duvida havia enlouquecido era única explicação não é?

Olhei para seu rosto, seus olhos estavam fechados, dormia serenamente, retirei com cuidado seu braço de sobre mim e sai de seu lado tentando não acorda-lo peguei minhas roupas do chão colocando as, caminhei até a porta que permanecia destrancada e sai tentando fazer silencio.

Fui direto até a porta da frente, mas a mesma estava trancada, um relógio na parede marcava 06h00min, oque explicava a pouca claridade que entrava pelas janelas, a chave que usava para trancar o quarto onde estava juntamente com mais três chaves diferentes uma delas provavelmente da porta da frente ficavam presas sobre uma corrente, a qual carregava sobre o pescoço e dificilmente conseguiria retira-la sem o acordar, tinha que sair dali dificilmente teria outra chance igual, corri até as janelas, mas as que não continham grades estavam pregadas por fora, tornando impossível sua abertura, percorri os outros cômodos na esperança de encontrar uma janela livre, pois se tentasse arrombar a porta ou uma das janelas acabaria o acordando sem contar que duvido que tenha força para isso.

Minha desesperança crescia a cada tentativa, quando parei a frente da porta do ultimo quarto sendo ele, minha ultima chance, mas da mesma forma, não conseguiria sair por ali, mas havia algo de diferente, o quarto parecia ser dele sendo o único com vestígios de uso, mexi procurando algo que pudesse me ser útil, mas nada encontrei, assim como resto da casa não havia nada que pudesse usar como arma, pelo menos não uma eficaz, estava prestes a desistir quando vi sobre uma mesinha no canto um caderno com uma capa de couro, bem grosso a seu lado uma caneta provavelmente usada para escrever nele, algo me disse para pega-lo e foi oque fiz.

Estava empoeirado denotando algum tempo em desuso, abri na primeira pagina, a folha parecia antiga como se escritas há muito tempo, apresentando uma letra juvenil, eu reconhecendo de imediato como sendo dele, pus-me então a ler.

Querido diário hoje, ele me machucou, disseram-me que escrever...

Antes que pudesse acabar ouvi um som, que me pareceu um trovão, se ele acordasse e não me visse com certeza teria problemas, voltei apressada para o quarto, mas levei comigo o caderno que escondi debaixo da cama antes de tornar a me deitar ao seu lado com apenas um pensamento em mente.

Da mesma forma que havia feito comigo, agora era minha vez de ler seus pensamentos.



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