Breathe escrita por xDarkDreamX


Capítulo 9
Capítulo 9 - Apoiada! Todos X Kaede


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna-chan! Hai hai, gomen ne pela demora. =S
E desculpem se tiver algo errado neste capítulo, tanto quanto erros de português quanto erros no formato do texto, por exemplo, falas fora do lugar. =S
É que eu troquei de Note, e ele chegou ontem (14/12), e eu ainda não tenho o Microsoft Word aqui... E o WordPad é ruim, por que ele não corrige as palavras erradas, e na hora que eu passei a fic para o Nyah, desregulou tudo e eu tive que organizar tudo de novo aqui... =/
Enfim, fiquem com o capítulo e eu espero que gostem, acho que este ficou mais grandinho que os anteriores! ^^
Até as notas finais! ^^



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Kagome tirou da geladeira uma garrafa de Ponta' e outra de Coca-Cola.

'Refrigente preferido de Echizen Ryoma xD de The Prince Of Tennis. xDD*

Também tirou de lá, alguns doces, tais como chocolates. Quando colocou as coisas na mesinha, olhou para o rosto dos amigos. As caras deles eram hilárias, estavam de queixo caído.

– ATACAAAR! -Miroku gritou correndo para se jogar no sofá.

Antes que Miroku chegasse um pouco perto do sofá, Sango colocou discretamente o pé para que o garoto caísse. E definitivamente foi o que aconteceu. Miroku caiu de cara no chão.

Desta vez, não houve como não rir. Todos caíram na gargalhada, inclusive Miroku. Após alguns minutos de gargalhadas todos se sentaram nos sofás e pegaram os doces e os refrigerantes...

...

– Pronto. Terminei. -Kagome disse sorrindo, enquanto abria uma página na internet, em seu notebook

.- Sério!? -Kouga perguntou animado. -Foi tão rápido! -Exclamou surpreso enquanto sentava-se no sofá para admirar "seu" blog.

Os outros também se amontoaram no sofá. Inuyasha ficou ao lado de Kagome, bem próximo á ela.

– Uau. O blog ficou show! -Ayame disse animada.

– Concordo plenamente! -Sango disse com um grande sorriso.

– Você mandou bem, Kagome-chan! -Rin abraçou a amiga.

– Não é pra tanto... -Kagome foi interrompida por seus amigos que se juntaram para um abraço coletivo.

Ela ficou surpresa com aquilo. Há quanto tempo ela não recebia um abraço daqueles? Ah... Ela lembrou. Mesmo assim, as lembranças daquele dia não atrapalharam o calor do abraço. Seu coração poderia ter quebrado com o que aconteceu...


E sempre dizem: O tempo cura corações quebrados.


Não. Isso não era verdade. O tempo não faria isso. Quem consertaria seu coração, não seria o tempo. O tempo continuaria correndo, voando. Se ela dependesse apenas do tempo para esperar que seu coração melhorasse... Ela acabaria morrendo, e o tempo não teria curado seu coração.

Seu coração estava recuperando os cacos, e os colando de uma forma de que não quebrassem mais. Não era tão aos poucos... Seus novos amigos já haviam colado reconstruído seu coração um tanto o bastante para apenas dois dias de amizade.

Sim, o que cura um coração quebrado, não é o tempo. E sim, um abraço de amigos. Isso sim é o verdadeiro remédio para um broken heart. Nada como seus amigos para lhe fazerem se sentir melhor, num dia ruim. Nada como um abraço para melhorar um ânimo. =)

Kagome e os outros ficaram o resto da tarde conversando sobre o blog, com Kouga já fazendo sua primeira postagem, rindo de algumas piadas infames, de discussões infantis...

Uma tarde inesquecível.

...
Já havia se passado algum tempo desde que eles haviam ido embora. Ela já havia tomado um banho e trocado de roupa, para uma mais confortável para descansar. Estava deitada na cama, com os olhos fechados, lembrando dos bons momentos daquela tarde.

Ela havia voltado a rir depois de muito tempo. Havia conquistado amigos incríveis. Havia tocado com eles, e a música havia ficado perfeita. Ela também tinha ficado com Inuyasha... Ela só não sabia se aquilo era bom ou ruim. Bem...

Inuyasha era um garoto brincalhão, sério quando precisava, determinado, amigável... E lindo. Com certeza lindo.

Ela não podia acreditar que seu primeiro beijo havia sido com ele. Mas não fora apenas um beijo. Foram mais dois, e mais um selinho que haviam dado na sala de música. Sorriu ao se lembrar daquele momento maravilhoso, embora ela o tenha afastado.

Colocou os dedos sobre os lábios, enquanto sorria. Lhe deixava feliz apenas de lembrar das cenas dos beijos...

Será que estava... Apaixonada?

Acabou adormecendo, pensando em Inuyasha e sobre o fato de possivelmente estar... Apaixonada por ele.

Sim, o amor chega de uma maneira inesperada. Você pode achar que não irá se apaixonar por alguém, que não deve se apaixonar... Mas o amor não pede permissão pra entrar em sua vida. Ele apenas chega, como se já estivesse em sua própria casa. E definitivamente ele está. Seu coração é a casa do amor, e nela, ele faz de tudo.

Se é para viver, que vivamos amando. Se for pra chorar por amor, que choremos e que sigamos em frente, recolhendo os cacos e amando novamente. Se for pra dar certo, dará. Se não for pra dar certo, nada melhor do que aprender com isso.

Afinal, a vida é uma escola. Erros são permitidos, desde que aprendamos com eles. ;)

...

Inuyasha e os outros, menos Ayame, iam para casa conversando.

– Pessoal... Vocês não perceberam algo na Kagome? -Inuyasha perguntou andando.

– O fato dela ser distante? -Sango perguntou e olhou para o céu, pensativa.

Inuyasha parou de andar no mesmo instante. Então Sango já havia percebido? Os outros também pararam, e ficaram um olhando para o outro.

– Eu já tinha percebido isso... -Rin disse desviando os olhos para o céu. -A Kagome-chan é distante, mesmo nós sendo amigos dela. Não a culpo nem nada do tipo, mas ela deve ter um motivo.

– Isso mesmo. -Kouga concordou. -A Kagome é alguém incrível. Eu queria saber o porquê dela ser assim, distante...

– Ela não vai contar. -Inuyasha murmurou, fitando os pés.Miroku virou-se para ele.

– Por quê? -Perguntou baixo.

– Eu já fiz essa pergunta para ela, e ela disse que não eu não entenderia. -Suspirou tristemente. -Então eu disse à ela, que ela podia confiar na gente, que nós éramos amigos dela. Só que ela disse que nós não entenderíamos a situação dela...

Os outros apenas escutavam, quietos.

– Eu até tentei insistir no assunto, lá na sala de música antes de vocês chegarem... Mas eu parei. Ela me olhou de uma maneira triste. Sabe quando você olha nos fundos dos olhos de alguém e vê uma tristeza profunda? Que você percebe no mesmo instante, que é melhor não insistir, por que deve doer para a pessoa? -Inuyasha perguntou, olhando os amigos.

Sango olhou nos olhos de Inuyasha e notou que ele estava com um olhar diferente.

Sango ON

Inuyasha está com um olhar diferente... Não... Espera......

Ah Kami!

Ele.

Está.

Apaixonado!

Apaixonado!

Inuyasha está apaixonado! Eu tenho certeza disso!

Esses olhos... A maneira que está o olhar dele... São os olhos de quem está apaixonado!

Kami-sama! Inuyasha está A-pa-i-xo-na-do...

Sango OFF

– Inuyasha... -Sango começou surpresa. -Você...

Inuyasha a olhou no mesmo instante, e ao perceber o olhar da morena, entendeu o que ela queria dizer com aquilo. Sango o olhava de uma maneira surpresa, mas admirada e feliz ao mesmo tempo.

Ele desviou o olhar, e corou. Inuyasha no Taishou corou. Aquilo comprovava, com toda a certeza do mundo, de que ele estava verdadeiramente apaixonado por Kagome.

Sango sorriu. Agora, ela só precisava saber à respeito de Kagome o que havia acontecido entre os dois. Por que ela sabia que havia rolado algo entre eles... E também sabia que Inuyasha não iria contar nada para ela, talvez para Kouga e Miroku, mas não para ela. Primeiro por que ele não se sentiria à vontade para falar sobre isso com uma garota, e sim com os melhores amigos. Segundo por que ele ficaria envergonhado de mais. E terceiro por que era melhor conversar com a própria Kagome à respeito disso, já que garotas se entendiam melhor entre si.

– Então temos que esperar ela estar pronta para nos contar... -Miroku comentou olhando o céu.

Todos assentiram e continuaram o caminho até suas casas.

...

No dia seguinte, Kagome levantou, tomou um banho e se arrumou para o colégio. Tomou um café da manhã, mas dessa vez com a mesa vazia. Bem... Não que aquilo fizesse muita diferença, já que ela praticamente não trocava palavras com os pais durante o café, ou em outra qualquer refeição do dia... Ou pelo resto do dia...

Terminou de comer e colocou a louça suja na pia, e saiu de casa, pegando sua própria chave. Encontrou Ayame saindo de sua casa, e esperou a ruiva para irem juntas.

Conversaram até chegar na escola, onde encontraram os outros na sala e fizeram seu grupo para conversas.

...

Já havia acabado o intervalo e eles já estavam na sala de aula aguardando o próximo professor. E por "acaso", seria Kaede. Dessa vez, não era apenas Kagome que sentia algo de errado com a aula, mas sim, seus amigos também. Aquilo estava estranho. O que aconteceria para o grupo estar incomodado com a aula de Biologia, afinal das contas?

Kaede entrou na sala, fechou a porta e colocou seus materiais na mesa, sentando-se em sua cadeira. Deu um simples "Bom dia" para os alunos, alguns responderam, a maioria, o que foi o caso de Kagome e os amigos, não.

– Como que estão as coisas, Kagome? -Kaede pergunta, diante toda a classe, de um modo sínico.

– Estão indo, cada coisa no seu tempo. -Kagome respondeu friamente.

Inuyasha, Sango, Miroku, Rin, Ayame e Kouga se espantaram. Kagome não agia daquele modo, havia um bom tempo.

– E a vida, está ótima? -Kaede perguntou sorrindo sínica.

Kagome virou-se para ela, e estreitou os olhos.

– As coisas não são como eu queria, mas algumas pessoas estão tornando minha vida melhor. -Respondeu seca, mas olhou para os amigos, com um leve sorriso.

Kaede estreitou os olhos. O planejado, era Kagome informar o que ela tanto queria, mas não. Kagome estava se mantendo firme, firme de uma maneira inimaginável.

– Então... Vamos começar um jogo? -Kaede perguntou sorrindo marota, para a classe.

– Que jogo, Kaede-sensei? -Uma garota do fundo perguntou.

– Eu vou fazer algumas perguntas para alguns de vocês, e quero que vocês respondam com sinceridade. Afinal, vocês são colegas, e o Festival está chegando. -Kaede mentiu.

Kagome sabia que Kaede estava mentindo com aquele papo todo. Ela queria apenas forçar Kagome à responder suas malditas perguntas. E a jovem não estava gostando nada, nada da situação.

A classe assentiu, animada. Para a maioria, seria um jogo inocente e "divertido". Mas Sango, Ayame, Rin, Inuyasha, Miroku e Kouga sentiam que daquele "Jogo" as coisas poderiam não sair boas...

– Vamos começar com 10 perguntas para... -Kaede fingiu procurar algum aluno, mas sorriu de canto. -Kagome.

Kagome se ajeitou na cadeira, ficando séria. Seus amigos não gostaram do modo que ela havia ficado... Ela estava séria, séria até de mais.

– Primeira pergunta: Tem algum trauma? -Kaede perguntou, fingindo uma pergunta inocente.

– Talvez. -Kagome respondeu fria.Kaede estreitou os olhos. "Talvez" não podia ser considerado como um "sim" e nem como um "não".

– Segunda pergunta: Seus pais passam muito tempo com você? -Kaede perguntou sínica.

– Quem sabe? -Kagome deu de ombros, sorrindo de canto. Não entregaria informações tão facilmente.

Kaede começou a ficar irritada, mas permaneceu com a mesma expressão, para não dar suspeitas aos alunos.

– Terceira pergunta: daria sua vida por alguém importante para você? Por exemplo... Um irmão? -Kaede perguntou, com um sorriso debochado. Não tinha como a garota negar aquela pergunta.

O interior de Kagome estremeceu, mas ela permaneceu com uma expressão séria.

– Daria. -Respondeu friamente, para a mais velha.

Seus amigos apenas a olhavam. Kagome parecia diferente naquele momento.

Sem que ninguém percebesse, Sango destacou uma folha de sua agenda e escreveu algo, passou a folha para Rin.

"Eu não estou gostando desse "jogo". Tem algo errado nisso... -Sn. "–Era a mensagem de Sango.

"Concordo. A Kagome-chan está... Estranha com esse "jogo". -Rn." –Rin respondeu e passou à Ayame e Kouga.

Antes de responder, a ruiva olhou discretamente para Kagome e Kaede. As duas se encaravam de uma maneira séria, séria de mais para professora e aluna, em um simples jogo de perguntas.

"E tem mais, elas estão se olhando de uma maneira muito séria. -Aye."–Ayame escreveu e olhou de canto para Kouga, que pegou o papel.

"Isso está num clima estranho. Parece que a velha tá querendo tirar algo da Kagome. -Kou." ­- Kouga escreveu rapidamente, e passou o papel para Miroku e Inuyasha.

"Sim. A velha está com outras intenções nesse jogo. E eu não estou gostando nada disso. -Mk."–Miroku respondeu, ele estava com uma expressão séria, mas desconfiada.

"Pode não ser legal dizer isso Rn, mas eu não gosto da sua irmã e, parece que a Kagome também não. Parece que a velha está querendo 'informações' da vida da Kagome. -Iny."–Inuyasha respondeu, e passou o papel para os amigos.

Após todos eles lerem, Rin apenas concordou num aceno discreto com a cabeça. Sua irmã estava agindo estranhamente. O grupo voltou a observar as duas.

– Quarta pergunta: tem algum segredo absoluto? -Kaede perguntou sorrindo debochada, achando que desta vez receberia um "sim".

– Todos têm. -Kagome respondeu seca.

Kaede já estava irritada. Kagome não estava respondendo, como ela planejava.

– Antes da senhora prosseguir com as próximas seis perguntas, eu gostaria de falar algo. -Kagome disse séria, antes que Kaede começasse com as perguntas.

Desta vez, Kaede não iria obter o que queria. Não mesmo. Kagome não deixaria aquela mulher, que não tinha nada que saber da sua história, descobrir os fatos de sua vida. Ela colocaria Kaede em seu devido lugar, não se importando que ela fosse a professora ou a diretora da escola. A vida era sua, os fatos eram seus, seus segredos eram próprios, e a mulher não iria se intrometer como desejava. Nunca.

Kaede franziu levemente o cenho, mas respondeu.

– Claro. E não é necessário formalidades. Pode dizer o que está pensando, da maneira que quiser, Kagome. -Kaede disse, com o cenho franzido.

Kagome sorriu de canto. Sempre usara uma linguagem formal, com quem quer que fosse. Primeiro por que seus pais eram "famosos" -o que ela achava um tamanho exagero- e ela nunca sabia quando teria de ir à alguma reunião ou jantar onde tivessem executivos de sucesso ou pessoas "famosas", assim por dizer. Segundo por que ela não tinha proximidade com as pessoas -além de seus amigos- e falava formalmente por "respeito".

Respeito? Não. Não era respeito. Respeito é algo diferente. Se referia formalmente para Kaede, para ver se ela a deixava em paz. Mas isto não funcionara. Então... Que viesse a linguagem informal. Agora a velha descobriria na vida de quem estava se intrometendo, e Kagome tinha a certeza de que Kaede não iria gostar nada, nada do que ela falaria.

– Muito bem. -Sorriu de canto. -Eu sei o que você quer com este "Jogo". -Kagome fez aspas com os dedos. -E eu não me importo nem um pouco, de falar a verdade aqui na sala.

A classe ficou num silêncio total, apenas observando tudo um tanto quanto espantados com a resposta de Kagome.

Seus amigos estava prestando uma atenção extrema ao assunto.

– Primeiro, a vida é minha e eu não gosto que estranhos se intrometam nela. -Kagome disse seca e prosseguiu. -Eu fui educada o bastante desde que cheguei aqui, não tratei você com desrespeito, não lancei olhares e muito menos sorrisos sínicos, falsos, irônicos ou debochados, como você fez comigo. -Continuou séria. A classe estava espantada com aquilo, ninguém nunca havia falado assim com Kaede. -Sim, desde o primeiro olhar que você me mandou, eu sabia que você estava interessada em descobrir algo a mais. Sempre notei seus sorrisos ridículos para mim, e não gostei de você. -Falou o final extremamente fria. -Mesmo que você saiba alguma coisa sobre pelo que eu já passei, isso não significa que você tenha a droga de direito de tentar descobrir sobre mim. Você pode ser professora, ou diretora. Isso pouco está me importando, se quer tanto saber. Sou educada o suficiente, sempre trato todos formalmente. Mas isso não quer dizer que eu não possa jogar as verdades nuas e cruas na cara de alguém, mesmo este alguém sendo a diretora ou qualquer outro escambau dessa escola.

Os alunos arregalaram os olhos. Inuyasha, Sango, Miroku, Rin, Ayame e Kouga estavam impressionados, mas se mantiveram com uma expressão um pouco séria.

– Olhe o respeito. -Kaede grunhiu, irritada. Kagome sorriu sarcástica.

– Respeito? -perguntou irônica. -Quem é você para me falar de respeito? -Disse friamente. -Eu nunca faltei o respeito com você, sempre te tratei formalmente por "respeito". -Fez aspas. -Mas isso é algo que eu não tenho: Respeito por você. Sabe por quê? -Perguntou e sorriu irônica, ao ver Kaede irritada. A classe permanecia de olhos arregalados com suas atitudes. -Por que você está se metendo onde não foi chamada. -Respondeu grossa. -E antes que diga algo, todos aqui ouviram em claro e bom som que você pediu para que eu parasse com as formalidades. Então, apenas ouça e cale a boa. -Kagome disse e se levantou, séria.

Encostou-se na lousa, fitando Kaede seriamente. A mulher lhe olhava furiosa.

– Os meus assuntos são pessoais, falo deles com quem eu quero, ou seja, com meus amigos. Você não é minha amiga. Você é apenas uma intrometida curiosa e fofoqueira. Que quer apenas descobrir sobre mim, para dizer diretamente para a imprensa. Não venha negando, eu já entendi o seu esquema ridículo. Minha mente trabalha de uma maneira diferente de qualquer adolescente da minha idade, eu percebo as coisas com facilidade e leio as entre linhas das entre linhas. Sei que o mundo não é um mar de rosas, nada é. Não vivemos num mundo de fadas encantado, só para constatar. Já que você pensa que eu não perceberia seus pequenos gestos, e são eles que te denunciaram desde o início. -Kagome foi grossa e sarcástica do início ao fim.

A face de Kaede se enfureceu e a mulher liberou a raiva.

– Olha aqui, sua adolescente mimada. Seu pai pode ser um dos maiores executivos do país, sua mãe pode ser uma engenheira famosa, mas eu sei que eles não passam o dia em casa. Você está bancando a revoltada apenas por que eles não te dão atenção e não se importam com ele. -Kaede disse e riu debochada.

O coração de Kagome congelou e sua face mudou de séria para assustada. O que definitivamente surpreendeu seus amigos. Afinal, Kagome nunca mostrava muitas expressões.

A face de Kagome mudou novamente, dessa vez para uma séria e irritada. Desencostou-se da parede e ficou à poucos passos de Kaede.

– Eu aturei os seus jogos até agora. Mas você tocou num assunto extremamente sério, e que não lhe diz respeito. Você ainda disse sobre a minha vida pessoal para todos aqui, e eu não gostei disso. Lave a sua boca antes de falar comigo, estúpida. Pouco me importa quem meus pais são. Nós não vivemos mais como uma família, se você quer tanto saber. Eles tem seu precioso trabalho, que é muito mais importante que os filhos. Eu não diria nada, apenas ouviria suas idiotices, por que o que pessoas, digo, se você sequer pode ser chamada de pessoa, então, o que pessoas como você dizem, não me importam. Mas você tocou no assunto dele. E entenda uma coisa Kaede: eu não irei deixar você falar deste assunto como bem entende, isto é algo infinitamente pessoal e alguém como você, um lixo, não deve sequer abrir a boca para falar disso. Ninguém fala dele desta maneira, e se dá bem. Eu posso ser jovem, posso ser uma aluna, mas isso não quer dizer que você mande em mim. E isso vale para qualquer outro aluno daqui. Então, não se intrometa nos meus assuntos, não se intrometa com ele, e por fim, não se intrometa no meu caminho. Se quiser, vá em frente, me puna, me dê uma suspensão gigante ou até mesmo uma expulsão. Estou pouco me lixando. -Kagome disse séria. -Mas saiba que eu posso muito bem inverter as situações desse jogo que você começou. Você acha que vai se dar bem, mas eu não irei deixar que isso aconteça. Eu posso ser bem diferente do de costume, posso ser grossa e agressiva com que eu quiser, não importa que pessoa seja. Então, cuidado comigo.- Isso foi uma ameaça?! -Kaede perguntou alto, furiosa.- Entenda da maneira que preferir. -Kagome respondeu friamente, e com um olhar assassino.

O olhar assassino de Kagome e o tom de voz dela, fez todos gelarem. Todos

.- Você é uma jovem revoltada muito insolente. -Kaede disse furiosa. -Acha que pode falar assim comigo que eu não irei dizer nada!?

Kagome cruzou os braços e riu sarcástica.

– Se eu "acho" que posso? -Riu debochadamente e ficou séria rapidamente. -Eu tenho a certeza. A partir do momento em que você se intrometeu na minha vida pessoal, eu posso falar da maneira que eu quiser com você. E que se dane a porcaria de respeito por diretora ou professora. Tocou na minha vida pessoal, eu mudo da maneira que eu bem entender e ninguém me atrapalha. -Kagome foi séria.

Todos ficaram num completo silêncio. Kaede não disse mais nada, permaneceu calada, porém furiosíssima.

O sinal bateu e Kaede saiu da sala com seus materiais sem dizer uma palavra, estava fervendo de raiva.

Kagome sentou-se em seu lugar, séria. Seus amigos se aproximaram.

– Kagome-chan... -Sango a chamou preocupada. -O que você esconde sobre você mesma?

Kagome olhou a amiga no fundo dos olhos. Sango pôde perceber o quão delicado a vida de Kagome era, apenas por um olhar. Um olhar carregado de tristeza.

– Você pode nos contar qualquer coisa... -Rin disse baixo, preocupadamente. -Nós somos seus amigos. Kagome a olhou da mesma maneria que havia olhado para Sango.

– Claro que são Rin. -Respondeu baixo. -Eu sei que a Kaede é sua irmã mais velha, mas ela está se envolvendo na minha vida, em assuntos extremamente pessoais que eu particularmente não gosto de falar... E ela está revirando esses assuntos, e isso está acabando comigo. Desculpe por tratar sua nee-san daquele jeito, mas eu não gosto que toquem nesse assunto, ainda mais da maneira que ela tocou. -Suspirou pesadamente.

– Sem problemas, eu converso com ela quando chegarmos em casa. -Rin deu um pequeno sorriso reconfortante.

– Não precisa, não quero que se indisponha com sua nee-san por minha causa. -Kagome falou baixo.

– Mas você é uma das minhas melhores amigas, e eu vou ficar do seu lado, mesmo que fique contra à minha irmã. -Rin sorriu.

Kagome sentiu seu coração aliviado por ouvir aquilo da mais baixa.

– Exatamente, nós sempre vamos estar ao seu lado. -Inuyasha colocou a mão no ombro de Kagome, enquanto sorria ternamente.

Os outros assentiram e Kagome deu um sorriso triste, mas sincero.

– Aconteceu alguma coisa aqui, pessoal? -Naraku disse entrando na sala, e observando os alunos falando muito entre si, e vendo o grupo de Kagome reunidos.

– Isso é por causa de um jogo que a Kaede-sensei fez com a Kagome-san. -Uma garota baixinha disse.

– Que jogo, Kanna? -Naraku perguntou deixando seu material na mesa, e puxando uma cadeira de um dos alunos, enquanto se sentava e se juntava ao grupo de Kagome, onde os outros da classe também se juntavam.

– A velha teve a ideia de fazer um jogo de perguntas, dizendo que era por que éramos colegas e que devíamos nos conhecer melhor. Ela escolheu a Kagome e começou a fazer perguntas, que eram estranhas. Pareciam indiretas. -Uma morena com os olhos cor de rubi respondeu.-

"Indiretas", como assim Kagura? -Naraku perguntou franzindo o cenho.

– Primeiro ela perguntou se a Kagome-san tinha algum trauma. Depois perguntou se os pais da Kagome-san passavam muito tempo com ela, logo em seguida perguntou se a Kagome-san daria a própria vida por alguém, como um irmão. -Kanna disse um pouco tímida. -Essas perguntas pareciam muito ligadas, para apenas um jogo...- E também, a velha Kaede sorria de um jeito estranho, e ria debochadamente à cada pergunta. -Kagura disse franzindo o cenho. -Isso estava estranho, e ficou mais ainda quando a velha perguntou para a Kagome se ela tinha algum segredo absoluto. E ela respondeu que todos têm, e isso é a mais pura verdade. Todos nós temos algum segredo que não queremos que ninguém saiba, por que temos motivos para isso. E esse não é uma pergunta normal que uma professora faz à uma aluna. -Kagura completou.

– Mas o que a velha, digo, Kaede, queria com essas perguntas? -Naraku perguntou.

– Descobrir 'informações' sobre a Kagome-san e sua vida. -Kanna respondeu tímida.

Naraku virou-se confuso para Kagome. Ela o olhou da mesma maneira que havia olhado para Sango e para Rin, só que desta vez, como se pedisse para ele não perguntar sobre ela. Naraku deu um pequeno sorriso, e a olhou como se dissesse que estava tudo bem. Kagome devolveu o pequeno sorriso e desviou a atenção, para além da janela.

– Houve algo mais? -Naraku perguntou à garotas que respondiam.

– Sim. Nessa última pergunta a Kagome pediu para falar algo, de uma maneira muito educada, formal, antes que a velha continuasse com as indiretas. A Kagome disse que sabia o que a velha queria com o "jogo". Disse também que a vida era dela, e que a velha não tinha que se intrometer. Mas tipo, a Kagome mudou completamente o jeito de falar. -Kagura disse e riu. -A Kagome disse mais algumas coisas, como por exemplo que ela não se importava que a velha era a diretora ou o que quer que fosse da escola, e que ela falava da maneira que quiser, a velha disse "Olha o respeito" -Kagura imitou a voz de Kaede, de uma maneira bem esganiçada, fazendo todos rirem -A Kagome respondeu que por ela, não havia respeito e ainda disse: "E quem é você para me falar de respeito". A Kagome fez um ótimo discurso, dizendo que a Kaede não tinha que se envolver nos assuntos pessoais dela, que a velha era uma intrometida... Enfim, a velha a chamou de adolescente mimada só por que pelo visto os pais da Kagome são importantes, e que ela estava bancando a revoltada só por que os pais dela não davam atenção à ela e a mais alguém que as duas se referiam como "Ele". -Kagura suspirou. -Você é impressionante, Kagome. -Comentou.

– E também... a Kagome-san mudou totalmente depois que a Kaede-sensei falou do, "ele". -Kanna falou tímida. -Ela enfrentou de frente a Kaede-sensei e disse que se ela quisessem puni-la por ter dito tudo o que disse na frente de todos nós, ela que punisse da maneira que quisesse. Só que a Kagome-san disse que ela poderia muito bem inverter a situação, por que os assuntos que a Kaede-sensei havia tocado eram infinitamente pessoais e que ninguém falava "dele", do jeito que ela falou... -Kanna disse e olhou rapidamente para Kagome, envergonhada. -E ela também disse que era para a Kaede-sensei tomar cuidado, por que ela não toleraria que a Kaede-sensei se intrometesse nos seus assuntos pessoais e no assunto do "ele". -Kanna terminou confusa. -Daí a Kaede-sensei perguntou se aquilo era uma ameaça, e a Kagome-san falou para entender como preferisse... -Falou com sua voz tímida. -Eu admiro que a Kagome-san fez. Ela enfrentou a diretora, e se eu conseguisse, faria o mesmo.

– Por quê? -Naraku perguntou sorrindo, já prevendo a resposta.

– Por que eu não gostaria que alguém quisesse descobrir algo de qualquer maneira, sobre um assunto delicado, como é o que parece o caso da Kagome-san... Se um assunto é pessoal, deveriam respeitar e entender... E não forçar, igual ao que a Kaede-sensei está fazendo. -Kanna respondeu tímida, enquanto corava.

– Muito bem. -Naraku sorriu. -Quem mais concorda com a Kanna e apoia a Kagome?

Todos os alunos levantaram a mão. Kagome ficou surpresa ao ver que todos a apoiavam e teriam tomado a mesma atitude que ela tomou, mesmo eles não sabendo praticamente nada sobre ela. Sorriu minimamente com isso.

Sentiu seu bolso vibrar. Pegou seu celular, Naraku não se importaria... Pelo menos esperava que não, já que ele era um professor legal.

Olhou no visor de seu celular e se surpreendeu.

Por que seu pai estava ligando?


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Notas finais do capítulo

Ohhhh! Hêheh, circo pegando fogo heein???? E agora??? Por que o pai de Kagome, ligou para ela?? Kaede será a vilã da história, ou é apenas uma intrometida,passageiraa???
Inuyasha vai contar para Miroku e Kouga o que rolou entre ele e Kagome, e que está apaixonado por ela ??
E Kagome contará à Sango o que aconteceu, e admitirá que também está apaixonada??
Eu posso ir dormir agoraaa????
=/
Inner: Nops. u-u
QUALÉ?! SÃO 03:51 DA MADRUGADA! T~T Se minha oka-san descobrir que eu to no pc novo até esse horário...
Glup!
Adeus universo das fanfics, animes, músicas e mangás... T~TT
Ja ne minna-chan! Oyasuminasai! ^^