Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 78
Com Ele: nós e eles


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Demorei uns dias, mas estou aqui, sem atrasos de mais um ano.
Quero agradescer os comentários de vocês. E responder a quem perguntou quando eu ia postar a continuação que, neste momento, estou atrasando de propósito, porque a cada capítulo eu vejo o fim chegando e me dá uma tristeza.
Mas tenho que terminar e continuar as demais... Então...
Boa leitura!



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—Você passou os últimos dias tão misterioso, e agora que estamos dentro deste jatinho, ainda não vai me contar pra onde estamos indo?

Damon está ao meu lado, sorrindo, divertindo-se com minha frustração.

—Sabe que não pode me deixar ansiosa, né? – Ele faz uma expressão de incredulidade.

—Você está curiosa, o que é diferente. Não pode me manipular tão facilmente.

—Damon... Eu não gosto de ficar no escuro... – Ele revira os olhos, virando pra mim e segurando minha cintura.

—Como você é insistente... – me olha sorrindo, - mas pro seu azar eu sou bem firme e teimoso e...

—Arrogante, insuportável, egoísta e...

—Ei! – Ele me puxa com certa força e fico sobressaltada, bem perto dele. Seus olhos estão nos meus, e ele tem o cenho franzido de irritação, seu olhar está sério. Perco o fôlego por um segundo.

Como sinto falta desse olhar mandão e chateado, às vezes.

Mas então ele pressiona os lábios e solta um riso abafado, estragando sua pose de irritado.

—Você vai saber quando chegarmos.

O empurro, batendo em seu ombro, para que me solte e sente-se como se deve. Cruzo meus braços, e me proponho a relaxar.

—Odeio voar. – Ele me olha sério.

—Não se sente bem? – Seu tom de preocupação me faz o encarar com mais atenção.

—Você sabe que não me sinto bem em voos. – Ele se remexe desconfortável.

—Vai precisar de algo? Remédios? – Nego.

—Não vai me contar mesmo? – Ele bufa e nega com a cabeça.

—Então, eu prefiro dormir.

Não estou totalmente irritada, quando viro, e o faço encarar minhas costas enquanto encaro a janela do jato onde estamos, escuto seu suspiro, mas ele não se aproxima de mim. Eu fico encarando o horizonte, por um tempo que não sei explicar, se segundos ou minutos, mas no fim, tudo fica escuro.

—Elena? – uma voz distante me chama, sinto um toque frio em minha pele. – Acorda!

Levo alguns minutos pra perceber que Damon está me encarando, ele sorri pra mim quando meu olhar encontra o seu.

—Chegamos!

Ele fala empolgado, me oferecendo o braço pra que me levante. Eu poderia estar compartilhando desta empolgação, se ele não tivesse escolhido não me contar nada sobre esta viagem. Estou com quase sete meses de gestação, e o bebê começa a mexer mais forte. Quando voltarmos desta viagem, marcaremos a ultra para saber o sexo. Eu estou ansiosa e agradecida por ter chegado a este ponto melhor do que esperava.

Depois de me ajudar a ficar de pé, o que não pude recusar, pois mesmo com todo o conforto da cadeira inclinada onde dormi, minhas costas estão me matando, caminhamos devagar para fora do jatinho e eu paraliso.

Tem um helicóptero nos esperando? Encaro Damon desanimada quando ele vem até mim, depois de dar instruções ao pessoal sobre nossa bagagem.

—Pra onde você está me levando? – Minha voz está manhosa, porque estou morta de cansaço e só quero tomar um banho e dormir.

Ele me ignora, envolvendo minha cintura e me guiando até o helicóptero. Estamos Damon, dois seguranças, o piloto e eu.

No ar, avançamos sobre o oceano, eu estou olhando ao redor e só consigo enxergar cada vez mais água, enquanto as luzes do local onde pousamos ficam cada vez mais distantes.

Depois de mais uns minutos, o piloto começa a descer.

Eu encaro Damon atordoada, e ele sorri, envolvendo meu ombro. E me puxando pra perto o suficiente pra falar:

—Chegamos!

Eu olho ao redor, alarmada.

Onde?

O helicóptero pousa. Quando descemos, só sinto areia abaixo dos sapatos. Damon me curva e corremos até nos afastarmos o suficiente. Quando ergo minha postura, eu vejo ao longe luzes vindas de uma casa.

—Você me trouxe pra uma ilha?

O sorriso dele está radiante, quase um adolescente. Ele pisca pra mim e acena que eu espere enquanto dá as ordens finais. O piloto se vai, e logo estamos apenas Damon, os dois seguranças e eu. Numa praia escura à noite.

—É de um amigo de um amigo. – ele começa a me explicar. – Eu fiquei pensando muito sobre onde queria te levar, e, acontece que este é um de meus lugares favoritos no mundo. Achei que você ia preferir isso a Paris, ou Londres, ou...

—Roma. – estou encantada. Foi uma baita surpresa.

Ele sorri tímido e segura minha mão, caminhando comigo até a casa.

—Os rapazes têm instruções apenas de vascular os perímetros, e há uma senhora na casa que vai nos manter alimentados. Nossas coisas estão vindo num pequeno iate, que vai ficar à nossa disposição, caso você queira dar uma volta. O capitão vai ficar nas instalações do iate mesmo. Estou fazendo o possível para parecermos sozinhos aqui.

—É perfeito, Damon. – O encaro sorrindo e ele me dá um beijo casto.

—Vem! Vamos entrar, comer alguma coisa...

—Estou sedenta por um banho.

—A banheira é ótima! – Ele sorri.

Enquanto seguimos caminho até lá, o fato de ele conhecer um local como este, e ainda o detalhe da banheira ser ótima me faz perguntar:

—Nunca me contou deste lugar. Quantas vezes já veio aqui? – Ele abre a boca pra responder, mas hesita. – E então?

—Não muitas. – Fica incomodado. Eu paro de caminhar, e como nossas mãos estão juntas, ele é puxado pela minha interrupção.

—Especifique! – Ele bagunça o cabelo com a mão livre, e me encara incerto.

—É de um tio da minha ex-mulher.

Sério?

—Qual delas?

—Elena...

—Qual delas? É apenas curiosidade. – Ele morde o lábio inferior, e me olha meio incerto.

—Andie. – Diz finalmente.

—Claro. – digo e volto a caminhar soltando sua mão.

—Elena... – ele me segue.

—Quer dizer que você veio aqui com ela várias vezes?

—E com a Sofia. Ela adorava este lugar.

—Estranho, ela nunca falou dele.

—Porque ela não lembra. Ainda era muito pequena. Eu estava recomeçando minha vida, tinha acabado de herdar a empresa, na época nós éramos apenas amigos, ela estava tentando me ajudar.

A percepção que me vem à mente causa um arrepio em mim. Me volto para ele.

—Então, você basicamente me trouxe ao lugar onde se apaixonou por ela? – Damon bufa incrédulo, com as mãos na cintura. – Perfeito!

Volto a caminhar, ainda na direção da casa, e sinto a mão dele me puxar com força.

—Te trouxe a um dos lugares que mais gosto. Onde posso descansar a mente. Um lugar onde pude recomeçar, clarear minhas ideias pro futuro.

—E porque deveríamos vir a um lugar de recomeço? Achei que já tivéssemos passado desta fase. – puxo meu braço e ele se exaspera.

—Por favor, Elena. Quero estar com você aqui.

—Por quê?

—Estamos numa fase nova. Vamos ter um filho. Eu quero estar com você aqui. Vamos passar estes dias aqui, juntos, por favor.

Suspiro. Nem sei porque estou implicando se tudo é lindo ao redor. Mas não posso deixar de lado a sensação de que tem algo estranho entre nós.

—Nunca me falou daqui. Sei do chalé, sei do seu apartamento, mas... – Eu o olho e ele está me encarando confuso e ansioso. – Se era de fato algo tão significativo, porque nunca me contou?

Ele demora um pouco a responder, como se pensasse com calma.

—Não sei se tenho resposta pra isso. Mas também não é o único imóvel que tenho e você não conhece.

—Damon...

—Eu sei que é diferente. Mas eu te trouxe aqui agora, não trouxe? – ele vem até mim e segura minhas mãos nas suas. – Apenas acho que foi na hora certa.

Não quero estragar nada, e mesmo não conseguindo ignorar a estranheza em tudo isso, decido apenas desfrutar do que ele nos preparou.

—Que tal um banho? – Ele oferece, tentando sorrir.

—Por favor...

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—Hum, vejo que você voltou a seguir bem sua dieta. - comento com Damon ao notar seu apetite com a salada a sua frente.

—Sou um bom garoto.

—O que você disse ao pessoal nesta ilha conosco, afinal? Não vi mais ninguém.

Ele dá de ombros e toma um gole de vinho.

—Essa é a ideia. Gostou da comida? – Assinto, porque está tudo maravilhoso. Meu apetite parece ter voltado nos últimos dias, sem enjoos, sem mal estares. Estou bem.

—Não vi nenhum telefone na casa. Procurei um pra avisar a Sofia sobre nossa chegada, pois meu celular está fora de área. Achei que, como o seu, o meu fosse ligado ao satélite da empresa.

Ele me olha por baixo, erguendo os cílios.

—Damon...?

—Eu pedi pra desconectarem. E a casa não tem telefone mesmo.

—Não podemos ficar incomunicáveis.

—Não só podemos como devemos e estamos.

—Quem é você? – Ele franze o cenho.

—Não sei. – Diz e depois solta um riso encabulado. – Mas eu adorei essa ideia.

—Você anda muito estranho ultimamente.

Ele engasga do nada, ficando vermelho.

—Amor?!

—Estou bem. – Ele afirma, erguendo a mão antes que eu levante. – Foi a alface.

Depois do jantar, eu estou exausta e me esguio até um acolchoado perto da mesa onde estamos, me aninhando nele.

Na varanda onde jantamos, as luzes estão baixas, o vento que vem do oceano é delicioso, e a sensação de paz é indescritível.

Damon vem até mim, e deita-se comigo, me abraçando por trás. Me sinto afundar mais, no que parece um puff gigante. O cheiro de Damon, junto a brisa do mar, parece perfeito.

—Eu cheguei a achar que você ia querer ir embora. - Puxo mais seus braços, me apertando ainda mais neles.

—Por um segundo isso me passou pela cabeça. – Admito. – Mas eu sempre te critiquei por seus ciúmes sem sentido. E agora, com meus hormônios desequilibrados, estou ficando muito parecida com você. – Sinto seu sorriso em minha orelha direita, e isso me arrepia.

—Não culpe os hormônios por algo tão bobo. Você é assim.

Eu viro para ele, ficando frente a frente. Seu olhar é lindo. Nunca poderei descrever o que é encarar o azul nos olhos de Damon. Ficamos em silêncio, ouvindo apenas o som das águas que nos cercam.

Percebo uma leve mudança em seu olhar, é como se ele estivesse se afundando em algo muito profundo, sua expressão fica viajada, o olhar desfoca do meu e ele suspira. Quando toco seu rosto, ele se sobressalta um pouco e sorri com timidez.

—Pra onde você foi agora? – Ele faz uma negativa, sorrindo.

—Não muito longe daqui. – ele diz, e me beija com delicadeza.

Sinto um calor no meu peito crescer. Logo ele toma conta de todo o meu corpo e se concentra bem no meio de minhas pernas, me fazendo ofegar nos lábios de Damon. Seus dedos estão entranhados em meus cabelos, e eu estou puxando sua camisa, na esperança de ter mais dele. Ele se mexe, ficando apoiado num dos braços, e assim, tendo acesso a meu pescoço, logo o ombro, e então ele me morde e eu solto um gemido. Meu corpo está em chamas.

—Eu quero você. – Digo e ele se afasta um pouco, me olhando apreensivo.

—Não sei se...

—O bebê vai ficar bem se eu estiver bem, e no momento, pra isso acontecer, eu preciso que você fique comigo. – Ele nega.

—Não quero te machucar. – Fala já se afastando.

—Não vai. – Afirmo o puxando para mim novamente.

—Você não sabe. – Ele se solta com certa brutalidade e fica de pé, correndo as mãos pelo cabelo.

—É claro que sei, amor. E você também sabe. Pra que mais você me traria pra uma lua de mel, se não vamos ficar juntos?

Estou sentada, e encarando. Ele está olhando pra mim, agoniado e inquieto.

—Elena... – Ele fecha os olhos e respira, depois me encara. – Ultimamente não tenho sabido agir com você. É como se eu estivesse esquecido de como as coisas eram. Eu não sei o que pode ou não te machucar e isso me trava e...

Eu fico de pé e o interrompo, chegando mais perto e segurando seus braços. O trazendo pra junto de mim. Eu dou um beijo casto nele, depois beijo sua face, mordo seu queixo. E ele está todo tenso e seu cheiro é tão bom, afundo meu rosto na curva de seu pescoço, e enfio meus braços por baixo dos seus o abraçando forte. As mãos dele estão soltas ao lado do corpo.

—Você não vai me machucar. – Sussurro. Beijo a pele quente dele e continuo. – Bem, você vai sim, si se recusar a isso comigo.

Eles respira descompassado. Sinto-o estremecer e relaxar um pouco.

—Elena...

—Lembra da primeira vez? – Ele trava novamente. – Você estava todo incerto, tenso, porque eu estava bêbada demais pra lembrar do que podia acontecer, e você estava com medo que na manhã seguinte eu te odiasse, ou sei lá.

Enquanto eu falo, o beijo em toda pele exposta que encontro. Começo a desabotoar sua camisa, devagar. Ele sobe as mãos até minha cintura enquanto eu distribuo beijos em seu peito, que sobre e desce sob meus lábios, graças a sua respiração. Ele começa a acariciar minhas costas devagar, enquanto vai me levando mais pra junto de si.

Me livro de sua camiseta, e ele me ajuda a soltá-la de seus braços, enquanto estou sentindo a pele quente e eriçada dele em minhas mãos, as dele estão explorando o meu corpo o máximo que podem. Ele leva elas até meus seios e ofega.

—Meu Deus! Estão enormes. – Sua voz sôfrega e ofegante me faz querer agarrá-lo, eu puxo seu rosto para um beijo cheio de paixão. – Você tem certeza? – Ele pergunta meio agitado entre o beijo.

—Você não? – Minha voz sai tão rouca, que mal a reconheço. Ele desce os lábios até meu pescoço, mordisca minha orelha.

—Eu quero. – Fala ofegante. – Quero muito.

—Eu estou aqui, amor. Estou aqui. - o acalmo.

Ele me beija desta vez, com quase fúria, suas mãos me apertando, me prendendo, ele me ergue do chão e me leva pra dentro, eu só percebi que estamos dentro da casa quando ele me deita no sofá, e com paixão distribui beijos cálidos em minha face e colo, sua respiração quente, e seu cheiro estão funcionando como anestésicos. O gosto do vinho em seus lábios está me embriagando.

Damon senta, e me puxa pro seu colo. Ele me mantém na posição e acaricia meu rosto e meu cabelo.

—Você é minha? – pergunta quase sem fôlego.

—Sou sua, Damon. Agora e sempre sua, meu amor. – ele solta uma respiração de alívio e me beija novamente, buscando uma forma de me livrar do vestido.

Damon nos levanta e estamos de pé frente ao outro enquanto nos despimos. Ele me livra de meu vestido, depois eu o ajudo com sua calça simples, e logo ele me deita de volta no sofá. Enchendo meu corpo de beijos. Desce os lábios por minha cintura, e brinca com sua língua quente e enlouquecedora por minha pele. Ergo as costas das almofadas, gemendo. Ele me encara, embora a luz do local esteja baixa, eu percebo o quanto está corado. De paixão, e algo mais...

—Quero me perder em você, Elena!

Eu não consigo responder, as mãos dele estão por toda parte. Por minha pernas, meu traseiro. Ele me aperta forte, cravando as unhas na minha carne. Suas mãos começam a subir de minhas pernas para joelhos, então uma segue até minha cintura, me prendendo, e a outra fica no meio de minhas pernas. Arquejo.

—Damon! – Ele ofega, e geme.

—Assim. – diz meio perdido. – Faz de novo!

O movimento implacável de seu dedo me invadindo torna impossível pensar, só reagir, e assim, faço exatamente o que ele pede.

—Por favor... – não sei o que estou pedindo, mas eu preciso urgentemente, porque, meu corpo está totalmente agitado e tenso, e a necessidade de agora só pode ser comparada com a de respirar. Ele precisa me aliviar disto. – Damon!

—Shh, vou te machucar. – Choramingo, enquanto rebolo contra sua mão. Já estou no meu limite e ele mal me tocou. – Tá bem nesta posição?

O jeito prático e até meio frio dele está me fazendo perder o controle. Eu enrosco minhas pernas em sua cintura e o puxo pra baixo. Ele arregala os olhos e faz força contra meu movimento.

—Vou te machucar. – ele afasta sua mão e eu quase solto um grito de tanta frustração. – Preciso ter certeza de que não vou te machucar.

—Já disse que não vai – rosno, e ele me olha incerto. Agarro sua nuca e o puxo contra meus lábios.

Damon corresponde o beijo com ardor e eu me esfrego contra sua excitação, desço minhas mãos por suas costas e pressiono os músculos firmes de suas pernas, enquanto ele se perde em mim.

—Você em cima, é isso! – ele diz do nada, se afastando e me levantando para cima dele, enquanto se deita na direção oposta do sofá.

Agora, em cima do corpo dele, corado, e ofegando por mim, me sinto totalmente no controle. De tudo. Agarro seu ombro e me acomodo mais em seu colo, levo uma de minhas mãos até sua cintura e depois o guio até minha entrada.

—Devagar. – Ele ordena, quase sem fôlego.

Vou descendo, e ele joga a cabeça para trás, enquanto agarra com força minhas coxas. A sensação é um misto de prazer e ansiedade, eu forço um pouco mais e sinto uma pontada que me faz ofegar. Damon trava. Olhando pra mim alarmado. Foi uma dor aguda, mas eu não quero que ele escape, então, quando ele força pra se afastar, eu me sento de uma vez, o recebendo por completo.

—Céus! – Ele grunhi afundando nos travesseiros outra vez. – Devagar, Elena.

Eu o ignoro, envolta em minhas próprias sensações, deixando o prazer substituir o leve desconforto. Começo a rebolar de forma cadenciada sobre ele, que vai subindo suas mãos por minha cintura, apalpa meus seios devagar, com a boca aberta numa expressão de prazer. Não consigo tirar os olhos de suas reações, ofegante, em chamas, gemendo e ansiando por algo que só eu poderei lhe dar. Sinto o ritmo aumentar de maneira espontânea, Damon me prende mais, me erguendo devagar, sacudindo-me com seu quadril, ele franze o cenho, com os lábios afastados e respiração sôfrega, quando ele revira os olhos sinto meu mundo quebrar e convulsiono, amolecendo, enquanto ele segura minha cintura, investindo com mais força, até que vejo ele mesmo se entregar ao seu prazer.

Ele me olha ofegante e eu afundo contra seu peito, sentindo o corpo inteiro tremer.

—Tudo bem? – sua voz esganada pelo prazer é o som mais divino que já ouvi.

—Humrum. – Apenas me afundo mais em seu peito, sentindo seu suor contra minha face, o movimento de sua respiração me levantando.

Damon me abraça forte, me acariciando. Deitada de lado, aconchegando o melhor que posso minha barriga, me sinto leve, e exaurida de qualquer força humana.

—Temos que ir pro quarto. – Ele diz, depois de minutos de silêncio.

—Não sou capaz de me mexer. – Sinto seu sorriso em meus cabelos.

—Eu te levo.

Apenas me deixo guiar por ele, e não me lembro como acordei no outro dia, vestida com minha camisola, e bem acomodada entre os travesseiros e o peito dele.

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—Quais os planos pra hoje? – Pergunto a Damon que sorri.

—Depois que descermos e tomarmos café, pretendo tomar um bom banho lá fora.

—Hum, a ideia parece ótima.

Ele sorri e veste a camisa, enquanto o encaro do box do banheiro.

—Não demora muito pra descer, o café já deve estar servido. – Ele fala e assinto, voltando a mergulhar embaixo da ducha quente de água.

Minutos depois encontro Damon, sentado no mesmo sofá de ontem, me esperando. Essa visão é divina. Ele está usando uma camiseta branca e um short da mesma cor, em tecidos bem leves. Eu aprovo demais esta aparência despojada e tropical.

—Ei! – ele diz assim que me avista. – Tá muito bonita. – fala sorrindo.

Quando chego no fim das escadas dou uma voltinha com meu vestido e o faço sorrir.

A casa não é grande, mas é muito bem dividida, e tem espaços ótimos, em acabamentos de madeira no teto e piso. A decoração tem tons de branco e terra, tudo de muito bom gosto. Tudo ao redor traduz leveza e tranquilidade. Nada combina mais com isso do que o mar ao fundo.

—Com fome? – Ele pergunta batendo a mão ao seu lado pra que eu sente.

Dou a volta e fico de frente pra ele, me inclinando antes de lhe dar um beijo.

—Faminta. – Ele sorri. Sinto um chute do bebê.

—Au! – Levo a mão ao ventre e Damon me encara paralisado.

—O que foi? Tudo bem?

—Está mexendo. Acho que ele está dizendo que também está com fome.

—Provavelmente. – Ele suaviza e vem me dar outro beijo.

Antes que possamos perceber, já estamos nos amassando no sofá um contra o outro.

—Ai! Desculpa! – uma voz sem jeito fala e Damon salta de cima de mim, caindo no tapete, enquanto eu tento sentar direito, ele dá um salto ficando de pé, arrumando o cabelo.

—Não, tudo bem, Maria. – ele diz, pigarreando.

Encaro a senhora com uma badeja enorme com comida a nossa frente. Totalmente sem jeito.

—Eu achei que ainda estivessem na cama, é tão cedo. Posso servir?

—Claro, claro. – Damon solta a respiração, totalmente ofegante, e respira fundo. – Sirva, estamos famintos. – Ele diz, e ela assenti, se inclinando contra o centro diante de nós. – Esta é minha esposa, Elena.

Ele diz e ela me olha, sem jeito.

—Muito prazer, senhora. – Eu olho para Damon e ele está prendendo o riso, tento fazer o mesmo.

—O prazer é todo meu. Como tem passado? – Ela franze o cenho para a minha pergunta, mas responde.

—Bem e a senhora? – Damon abafa uma gargalhada e então eu explodo ao responder:

—Bem, - sorrio, - muito bem, obrigada.

Damon cai na gargalhada e eu o sigo, ela fica totalmente desnorteada e sai as pressas, pedindo licença. Damon senta ao meu lado, afundando no sofá, ainda sorrindo demais.

—Ela vai achar que somos doidos. – Digo ao sentir uma lágrima de riso me escapar.

—Ela ficou muito sem jeito.

—Bem, ela te conhece. Em tempos atrás você teria a fuzilado com o olhar pela interrupção, não é verdade?

Damon perde o riso de maneira brusca e fica pensativo, sua expressão parece a de um homem que acaba de se dar conta de algo.

—O que foi? – Ele me encara meio perdido depois sorri.

—Nada, só...

—Só?...

—Estava pensando em como eu mudei. Eu mudei muito, não foi?

Dou uma provocada nele, fazendo um gesto incerto, e ele me agarra pela cintura, sorrindo outra vez.

—Um pouquinho. – Digo.

Então ele me beija, uma e outra vez, até que sinto outro chute, e desta vez Damon sente também.

—Alguém está impaciente. – Damon fala ao colocar a mão sobre minha barriga.

—Se ele puxar ao pai, é melhor não fazê-lo esperar mais. Afinal, você mudou, mas não foi tanto assim. – Ele sorri e me dá um beijo.

Sozinha com meus pensamentos, percebo que estes dias, têm tudo para serem os mais perfeitos que já tivemos juntos.


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Notas finais do capítulo

Até breve!



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