O Resplandecer Da Luz escrita por Ninguém


Capítulo 17
Cap. 15 Perfeito demais...


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo dedico a Luna pela genial recomendação! Valeu baixinha!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/282029/chapter/17

No final da tarde, Helena estava em sua sala reunida com mais três médicos que comparavam os exames. Era mais do que óbvio aquela absurda recuperação instantânea que o misterioso Aquiles tivera, e agora eles discutiam o que fazer.

- Ele não se lembra de nada? Nada mesmo? E disse que seu nome é Aquiles, apenas isso? – Perguntou um senhor, com poucos cabelos brancos na cabeça.

- Esta é a situação, senhores. É um caso raro, na verdade, acho que é o primeiro na história deste país ou do mundo, que esteja comprovado cientificamente. – Helena defendia um argumento de que deveriam ajudar o estranho a se lembrar de onde viera, para poderem analisar as causas externas de sua saúde inumana.

- Os exames mostraram esta inacreditável recuperação, só que não mostraram um possível efeito para ela. – Tomou a palavra um belo homem de barba rala. – Disse que o encontrou caído na frente do seu prédio, Helena?

Então a médica se enrijeceu, um pouco assustada, só que respondeu no tom de calma:

- Sim. – ela mentiu.

- Podemos notificar a mídia. – O velho voltou a falar. – Isso iria ser bom para todos, seu rosto estampado em todos os jornais, ajudaria alguém a identificá-lo e seria uma excelente propaganda para o hospital.

Todos ali pareceram apreciar a iniciativa.

- Vou falar com ele. – Helena logo tomou a frente. – Apresentar a proposta.

 Ela parecia um pouco ansiosa. Helena ainda não tinha percebido que estava um pouco ansiosa demais para rever Aquiles. Ela tinha gostado dele, o estranho era misterioso, amistoso e simpático, além de ter um corpo que a vislumbrava.

Mas antes de se levantar, o outro médico que ainda não havia dito nada, falou.

- Espere, o homem esta pra lá de bem, não pode continuar ocupando um quarto de hospital, se ele não se lembrar da onde veio, para onde o mandaríamos?

-Com esta amnésia parcial, quer dizer que sofreu uma pancada violenta em uma região especifica do cérebro, e isso quer dizer que deverá ficar neste hospital. – O velho disse com uma voz cheia de malicia, afinal o estranho era uma cobaia e uma cobaia precisa ser estudada.

- Rodolfo, não me venha com essa, sabe que o conselho de ética repudiaria uma ação como essa. – Defendeu o jovem médico.

- O conselho de ética? Acorde, Mario! Temos um caso extremamente raro em nossas mãos, um caso único, na verdade! Ninguém objetaria nada contra mantê-lo aqui.

- Ele tem razão, Rodolfo. – O médico de barba rala tornou a dizer. – Seguimos um código de moral, e manter um paciente saudável cobrindo custos do hospital não é uma coisa bem vista, mesmo no caso dele.

O velho cruzou os braços, a cara de desgosto.

- Que custos, oras? Helena está pagando do bolso dela o melhor quarto deste hospital.

- Não podemos deixar que a diretora arque sozinha com algo que todos nós temos interesse. Há muita coisa estranha acontecendo no mundo agora, e mesmo que os exames mostrem que este Aquiles é humano, ainda sim algo em seu corpo estimula seu sistema imunológico e o recupera de lesões que levariam meses para se curarem. Só que em seu caso, levam horas!

- Estou entendendo certo, Rodolfo? Esta pensando em usar este coitado como cobaia para alguma coisa? – Mário parecia ultrajado.

- Não seja ridículo, podemos falar com este estranho e explicar a ele que colabore conosco para desenvolver um remédio universal, talvez, uma cura para qualquer enfermidade.

- A ideia é boa. – Por fim, concordou Mário. – Mas ainda assim, não podemos deixá-lo aqui. Talvez arranjaremos um lugar próximo.

Helena apenas escutava os planos dos três médicos, ela não mencionaria nada, pois não haveria o que dizer, a ultima palavra sempre era dela. A diretora tinha esse poder, embora controlado pelo conselho.

Depois de vários minutos os três ali falando, Helena pegou uma pasta azul onde sua mão repousava, a ergueu e bateu contra a madeira da mesa. O som agudo chamou a atenção dos três, que calaram a boca.

- Acredito que possa solucionar esse problema.

***

- Você fez o quê??? – A voz alta de Amanda poderia ser escutada nos andares de baixo.

As duas estavam conversando no apartamento dela, na verdade, até aquele momento Helena escutava os sermões e gritos da amiga.

-Você ficou louca!? Não sabe nem quem ele é! Por deus, nem mesmo ele sabe quem é!

-Amanda...

- Não, ele poderia ser um doido psicopata, um estuprador, um ladrão de bancos, um... um... sei lá, mas é perigoso demais!

- Amanda...

- Só por que o cara cai pelado na sua casa você vai dividi-la com ele? Se fosse assim a mansão da Playboy teria inúmeros donos! Pelos céus Helena, qual é o seu problema!?

Helena nada disse, esperando a amiga terminar.

- Fala mulher! Você vai ficar aí calada?

A médica bufou, antes de começar a explicação.

- 1°: Não acredito que ele seja perigoso, o coitado esta desnorteado demais para tomar alguma atitude. 2°: O conselho diretor o considera uma raridade sem precedentes, algo em seu organismo produz uma recuperação magnífica de seu sistema, ele pode ser muito bom para a saúde em nível mundial, fora a propaganda que pode trazer ao hospital. 3°: Eles querem que o homem fique sob nossa vigilância, e acho melhor que fique comigo... quero dizer, no meu apartamento. Pode ajudá-lo a se lembrar de algo, sem contar que moro perto do hospital, assim facilitara no momento de fazer os exames.

Amanda estava com os braços cruzados, encarando a amiga.

- Você ensandeceu? Pra cima de mim não, minha filha, você tá é encantada pelo peladão voador.

- Não exagera. Ele é bonitinho, mas minha curiosidade é mais forte que meu encantamento.

Amanda balançou a cabeça afirmativamente, só para destilar seu sarcasmo.

- Sei, me engana que eu gosto. Acorda mulher! Você é uma médica de 29 anos morando sozinha. E aí do nada vai levar o maluco para dentro assim do nada? E quando digo pra dentro, não me refiro apenas ao seu apartamento.

Helena corou de tal forma que teve de baixar a cabeça para não mostrar o rosto quente e vermelho. Tentar convencer a amiga que a beleza não é tudo na vida estava difícil.

- Não importa, ele já está lá. – disse ela, ainda com a cabeça baixa.

As pupilas de Amanda se arregalaram.

- Você realmente perdeu a noção do perigo!

Helena se endireitou, o excesso de sangue em seu rosto havia desaparecido, voltando a se espalhar pelo corpo.

- Nós não poderíamos mais mantê-lo no hospital e também não podemos expor sua imagem, a não ser que ele assine um documento de comprometimento, o que não é válido se ele não se lembra do sobrenome! Então, precisamos que ele se lembre de quem é para seguirmos, e a melhor chance de se lembrar é indo para o local onde aterrissou há alguns dias!

Amanda nada disse e se dirigiu para a mesa no meio de sua sala, pegando a bolsa e chaves.

- Vamos! Se ele vai morar lá com você quero que o infeliz saiba que você tem uma amiga fiel que sabe jiu-jítsu e tem um irmão que faz parte da Polícia Federal!

-Amanda...

Mas Amanda já arrastava Helena para a porta.

No apartamento de Helena, Eros estava apoiado no parapeito da sacada, olhando para o céu enquanto se submergia em lembranças.

O que Morte tinha que dito era intrigante, ao mesmo tempo, um monte de besteiras. O que adiantava Aquiles saber sobre as almas? De que adiantava ele entender daquela bagunça que ocorria quando uma pessoa morre? Era perda de tempo, com certeza.

Mas por mais que sua mente lhe dizia isso, havia algo, algo que ele não conseguia explicar... era uma sensação incomoda que ficava lhe cutucando a respeito daquele assunto, sempre lhe trazendo à memória a conversa.

Aquiles já tinha revisto seu encontro com a Morte em sua cabeça umas duzentas vezes, até que se cansou. Observando a bela vista que a cobertura daquele prédio lhe proporcionava, percebeu que havia ainda mais coisas com as quais tinha que se preocupar. Ele se virou para dentro, passando pela sala.

“E muita bondade dessa médica sugerir que eu ficasse aqui em seu apartamento. Porém nada é de graça, eles pensam em me usar para lhes favorecerem em algum ponto a mais, pois eu duvido que seja para o bem maior. Propaganda, talvez?”

Aquiles observou em cima do sofá, Helena havia lhe comprado alguns itens necessários, como roupas, toalha, escova de dentes, visto que ele não tinha nada.

“ Acho melhor eu tomar um banho, embora ache que não esteja fedendo, vai ser bom para relaxar.”

Aquiles pegou alguma das sacolas que continham roupas e a toalha e foi procurar o banheiro no fim do corredor.

“Como uma mulher que mora sozinha vai querer um apê com 3 quartos e dois banheiros?” O rapaz pensou, tirando a roupa improvisada, também comprada pela médica, passou pelo box de vidro e ligou a ducha, mas, ao estender a mão para pegar o sabonete percebeu que o mesmo não estava ali.

Ele bufou. “É claro, ela não deve usar este, por isso. Mas acho que a médica comprou um sabonete, deve estar junto com a escova de dentes.”

Meio molhado ele se enrolou na toalha e saiu do banheiro de volta a sala.

- Está ali. – Ele apontou para uma sacolinha verde.

Neste momento a porta do elevador se abriu e as duas mulheres resmungando pararam ao ver a imagem de um homem nu, enrolado numa toalha azul. Aquiles também não esboçou reação.

- Eh... desculpe, é que eu fui tomar um banho e não havia sabonete naquele banheiro e eu... – Ele se sentia desconfortável com as duas ali o encarando. – Vim pegar... aqui.

Aquiles catou a sacolinha e voltou em passos rápidos ao banheiro.

Na sala, Amanda ainda processava a imagem que acabara de ver.

- Ele é...? Ele é oh...? – A mulher estava sem palavras.

-É. - Respondeu Helena, entendendo a falta de palavras da amiga.

Houve um estranho silêncio entre as duas.

- Acho que você precisa de um copo de água. – Ofereceu a médica.

- Bem gelada!

As duas seguiram até a cozinha.

- Deus do céu! O que foi aquilo!? – Amanda gritava aos sussurros.

Helena esboçava um sorriso enquanto pegava a água.

- Ele é o estuprador, ladrão, maníaco e perigoso que você disse.

As duas escutavam o barulho da ducha. Helena deu-lhe a água, fazendo um gesto para que a amiga falasse baixo.

- Esse é o cara que literalmente caiu aqui? – Amanda tomou-o de uma vez.

-Sim, passando por aquela porta de vidro que eu já arrumei, e arrebentando os meus antigos sofás, agora ocupados por estes novos.  

Amanda sentou-se em uma das cadeiras da pequena mesa de granito na cozinha.

- Bem, está explicado o porquê de você o ter trazido para cá.

Helena encarou a amiga, incrédula.

- Pelo amor de Deus Amanda, não tem nada a ver uma coisa com a outra, isso é provisório, é até ele se lembrar de onde veio ou se tem família.

Agora foi Amanda a encarar com o rosto que dizia: “Pra cima de mim não, né?”

- Tá bom... por hora vou acreditar em você, então não se importa se eu convidá-lo para o fim de semana na casa de praia da Estefani.

O corpo de Helena se enrijeceu. E Amanda sorriu.

- Viu? Helena, isso é perfeito! Você o leva lá neste fim de semana e o esfrega na cara daquela vaca!

- Fala baixo, mulher! – A médica estava novamente sussurrando. – Não quero que ele escute que uma doida está pensando em usá-lo para fins egoístas!

- Egoístas? -Amanda parecia ultrajada. – Eu estou fazendo isso por você, e também por ele... afinal, irá ser bom alguns dias numa praia relaxando.

- Por Deus Amanda, você não tem jeito!

Amanda arqueou as sobrancelhas e pôs as mãos nas ancas fazendo uma pose.

- Ah é, e vai fazer o que? Deixá-lo aqui mofando?

- É claro que não. Alguns policiais tiraram fotos e..estão verificando no banco de dados  para ver se alguém o deu como desaparecido.

- Ah sim, e vai levar quanto tempo?

- Eles apenas disseram para aguardar.

Amanda soltou uma risada sarcástica, batendo as duas mãos na mesa.

- Está decidido! Ele irá com você neste fim de semana. Agora, tem que lhe dar um nome...

Helena, que já havia se sentado, estranhou ao ouvir a sugestão.

- Como disse?

- Ora, ele é como um gato abandonado, você achou, está cuidando dele, então tem que lhe dar um nome.

- Ele já tem um nome! O nome dele é Aquiles! – Helena fazia o possível para não gritar.

- Um sobrenome né! Quando perguntarem quem é ele, temos que dizer um nome inteiro, só Aquiles não vai servir. Agora... se ele fosse um gatinho perdido que você achou na rua... que nome daria?

Antes de Helena se manifestar, uma voz mais grossa soou no ambiente.

- E eu tenho a vantagem de não soltar pêlos pela casa, eu acho.

Aquiles apareceu na fresta da entrada da cozinha, com um short branco e camiseta azul escura, os braços cruzados e um pequeno sorriso, por ter pegado duas mulheres cochichando sobre ele.

Elas petrificaram por um instante, até que Amanda se levantou, pigarreando.

- Eu sou A...

-Amanda, eu sei, do banheiro deu para ouvir vocês muito bem. – Aquiles mantinha a cara travessa, estava apreciando a confusão das duas ao serem flagradas na fofoca.

Helena corou tanto que seu rosto ficou vermelho e Amanda, que ia se apresentar, recuou com uma risada sem graça.

- Que coisa, não? – a mulher não tinha a menor ideia do que dizer em sua defesa, logo tentou enrolar. - Dá pra ouvir do banheiro?

Aquiles balançou a cabeça afirmativamente.

- Só por curiosidade, até aonde você ouviu? – Amanda ainda procurava um buraco para enfiar a cabeça.

- A partir de ladrão, maníaco, estuprador e perigoso.

Helena se virou para a bancada da pia para lavar o rosto. A amiga só ficou dando pequenas risadas.

- É? Você tem um bom ouvido.

Seguiu-se um silêncio estranho naquela cozinha. Até Aquiles tornar a falar.

- Eu vou.

Ambas encararam o “peladão voador”.

- Como? – A amiga da médica realmente não entendera.

- Na praia neste fim de semana, mas com uma condição. – Aquiles já estava pensando mesmo em perguntar aquilo para a médica, e não viu melhor oportunidade que agora.

As duas ficaram atônitas pela simplicidade do rapaz, que nem perguntaram a condição. Mas ele tratou de as responder mesmo sem a pergunta.

- Como eu vim parar aqui?

Helena contou toda a verdade (ou que os olhos dela haviam presenciado), desde que Aquiles apareceu arrebentando a sala e a cozinha, até o momento em que os paramédicos chegaram e o levaram para a ambulância, acordando metade do prédio no processo. Ela omitiu alguns detalhes, como quando um dos bombeiros perguntou de modo discreto como é que ela e o namorado conseguiram quebrar dois cômodos. O homem presumira isso pelo fato que Aquiles estava nu... e por que Helena ficou mais vermelha que uma pimenta madura ao tentar explicar o inexplicável. Quando, por fim, a médica desistiu, ela apenas acenou com a cabeça concordando que deveria deixar o rumo seguir do jeito que estava, logo o bombeiro pediu o telefone dela para que Helena pudesse dar umas dicas para a esposa dele.

Helena aproveitou a oportunidade para explicar também como foi surpreendente a recuperação de Aquiles. Naquela mesma noite, ela acompanhou-o na sala de cirurgia enquanto o cirurgião ia tentando fazer o que podia. A médica deixou claro que o colega estava impressionado por o estranho estar vivo depois dos ferimentos que presenciou. Era passível que Aquiles entrasse em coma, na verdade, ele não deveria sobreviver muito tempo naquele estado. Assim, quando o estranho se levantou depois de uma semana, novinho em folha, ficou claro que era um milagre, ou alguma coisa em seu sistema o fazia ter uma recuperação espantosa.

Aquiles ouviu, ouviu e ouviu sempre mantendo a calma, não havia como descobrirem que ele era Eros. Quando retiraram a impressão digital e não tiveram nenhuma notícia, era por que até mesmo sua pele era outra. Quanto aos exames que havia feito no hospital, também ele pouco se preocupava, a energia do selo só se manifesta mediante a presença de outro, enquanto está inativo ele é um ser humano normal.

Quando por fim a doutora terminou de contar, Aquiles agradeceu e se dirigiu até a sacada novamente, tentando em vão lembrar a razão ou o motivo que o fez ter sido lançados tantos km de distância, se chocando justamente na cobertura de uma médica bonita...

Ele se apoiou no parapeito, observando as estrelas do céu escuro.

Era perfeito o que estava havendo... Primeiro, uma armadura misteriosa, que só deveria existir na imaginação de um homem que a descreveu naquele livro, se molda em Aquiles no exato momento que Greco ia matá-lo. Depois, surge a espada do fim... outra arma que não deveria existir na realidade... Então, quando a energia que Aquiles usava o estava matando, o ia fazer cair bem próximo do inimigo... ocorre o clarão e ele desperta dias depois, com um novo rosto, um novo corpo, longe de qualquer ameaça.

Aí aparece a Morte. Aquele velho pálido e doente fica lhe dizendo coisas sem sentido e outras sem importância... sempre dando a entender que Eros/Aquiles era interessante por ter alguma coisa, ou algum plano que ele não fazia a menor ideia do que poderia ser. Mas as últimas ações mostram que realmente nada parece ser deixado ao acaso.

- Está perfeito demais... – Aquiles disse, mediante aos seus pensamentos. –É quase como se alguém estivesse me ajudando...

O rapaz olhou para baixo, para seu peito e um frio percorreu sua espinha. Se não era o selo que havia dentro de si... o que poderia ser?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal... quem ler por favor deixe um comentário... não demora quase nada e é muito valioso pra quem escreve. Desde já, obrigado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Resplandecer Da Luz" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.