Lutando Por Nós escrita por Laís Oliveira


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Essa semana passou voando, heim?
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Quero muuuuuito agradecer à todos vocês, que deram um show de comentários no ultimo capítulo mesmo ele sendo pequeno!
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Como eu sou muito legal KKKK este capítulo está maior, dando início a tão esperada audiência!
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Desculpem os erros de português ou repetições, sem tempo de revisar!
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Também quero agradecer a LyssahCullen que deixou uma recomendação LINDA! E eu ganhei meu dia, haha! Muito obrigada, isso me deixou realmente feliz!!!
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Então vamos ao capítulo, sim?
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Ah! A música que o Edward canta é All I've Ever Needed, Nikki Reed e Paul McDonald!



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POV BELLA

O dia ainda não havia amanhecido e eu despertei nos braços de Edward com muita dor de cabeça. Eu estava nervosa, ansiosa, com medo e insegura. Tudo o que eu não deveria sentir eu estava sentindo.

Um nó se formou no meu estomago repentinamente e antes que eu pudesse ter qualquer reação eu já vomitada ao lado da cama. Edward acordou com os barulhos estranhos vindos de mim e prontamente se posicionou ao meu lado.

– Bella, o que aconteceu? – Ele perguntou segurando meu cabelo em um grande rabo de cavalo e passando a mão na minha testa enquanto eu colocava um jato nojento em três tons de verde para fora.

– Sai – Foi tudo o que eu consegui dizer, eu não queria que Edward me visse naquela situação constrangedora, era tão nojento que eu vomitava ainda mais apenas por ver meu vomito. O cheiro era insuportável.

– Não mesmo – Ele disse decidido me apoiando em direção ao chão.

Senti meu estomago vazio com a textura oca, como se eu tivesse comido isopor, eu sabia que estava daquela maneira apenas por estar nervosa ao estremo, isso sempre acontecia comigo.

Edward me guiou até o banheiro e eu me sentei em cima do vaso sanitário, minha crise de vomito já tinha passado e eu respirava sem ritmo algum, ainda enjoada.

– Meu amor... – Edward disse se ajeitando entre minhas pernas e eu virei o rosto.

– Eu preciso escovar os dentes Edward, isso é nojento. – Expliquei completamente constrangida, pensei que depois da cena Edward nunca mais quisesse me beijar.

– Tudo bem, eu vou sair e te espero no quarto, qualquer coisa grita e eu derrubo essa porta, sim? – Ele disse em tom divertido saindo pela porta a fechando.

Escovei meus dentes cinco vezes, o gosto teimava em permanecer na minha boca. Resolvi tomar um banho já que meu pijama estava vomitado e aproveitei para lavar o cabelo, ao menos no dia de amanhã – ou melhor, hoje – seria um trabalho a menos.

Sai do banheiro minutos depois e me surpreendi ao me deparar com o chão ao lado da cama impecável, Edward estava sentado na cama com as costas encostadas na cabeceira folheando uma revista qualquer, foi então que a realidade me atingiu. Amaldiçoei-me internamente, Edward havia limpado a nojeira toda que eu havia feito por conta do meu nervosismo idiota.

– Edward... Eu não acredito que você limpou isso – Minha voz falhou duas vezes.

– Você é muito boba, vem aqui – Ele disse despreocupadamente e esticando a mão para mim.

Balancei a cabeça negativamente não acreditando no que acabara de acontecer. Edward limpou meu vomito, OK, ele me amava mesmo, era a mais pura verdade.

Fui de encontro a ele me aconcheguei entre suas pernas, deitei-me com a cabeça apoiada e fechei os olhos, era tão perfeito estar dessa maneira com Edward, meu Edward.

Para a minha surpresa ele começou a cantar.


My bed sheets feel empty, when you're not home

(Meu lençol se sente vazio, quando você não está em casa)

Your heart beat, helps me sleep, your breath soothes my soul.

(O seu batimento cardíaco, me ajuda a dormir, sua respiração acalma minha alma)


Baby you're all, Baby you're all, Baby you're all I've ever needed

(Baby você é tudo, baby você é tudo, baby você é tudo o que eu precisava)

You're all I've ever needed

(Você é tudo o que eu precisava)


I love you, more than I knew I could ever love somebody.

(Eu amo você, mais do que eu sabia que eu poderia amar alguém)


OK, eu comecei a chorar. Tudo o que Edward fazia ou falava, qualquer movimento de seu corpo me afetava seriamente e isso não deveria ser normal, talvez eu devesse procurar um psiquiatra.

Minhas lágrimas molharam seu peito nu e ele percebeu que eu estava chorando.

– Não chore minha Bella, vai dar tudo certo amanhã – Edward disse e depositou um beijo no topo da minha cabeça.

– Não é isso, é que... Você é tão incrível e tantas vezes eu acho que não sou boa o suficiente para você, eu tenho medo quando chegar o dia que você vai perceber isso. – Eu falei sem rodeios e fui totalmente sincera, mesmo ele tendo limpado meu vomito fedido e nojento minutos atrás; que era uma grande prova de amor.

– Eu já disse que você é muito boba? – Agora Edward traçava a linha do meu maxilar até a bochecha com os dedos. Senti um sorriso tímido se espalhando por meu rosto.

– Sim – Respondi. Talvez eu fosse mesmo boba, porra, Edward limpou meu vomito. Ele me ama. Eu também limparia o vomito dele.

– Então, você é muito boba. – Ele enfatizou o "muito" – Se você tivesse a ideia do quanto eu amo você, de ao menos um por cento de todo esse amor, você deixaria essa insegurança de lado – Edward dizia como se estivesse explicando algo muito complexo – Mas tudo bem, você é a minha boba – Ele enfatizou o muito novamente – Só não dúvide do meu amor por você, nunca. Por favor.

Apertei-me contra o seu corpo e em algum momento adormeci.


(...)


Estava tudo muito escuro. Eu corria com todas as minhas forças, mas minhas pernas não me obedeciam e eu não conseguia sair do lugar. Entrei em desespero e cada vez mais havia menos luz, menos luz, e tudo ficou totalmente escuro. Eu sabia que havia algo me perseguindo, eu não sabia definir se era uma coisa ou uma pessoa, tinha apenas a certeza de estar sendo seguida.

Ouvi uma voz de fundo, longe demais para conseguir entender uma palavra e percebi que eu estava entrando na consciência. A voz novamente soou, era urgente e ao mesmo tempo doce, era a voz de um anjo.

– Bella, por favor! – Ele soou novamente.

Abri meus olhos obedecendo à voz, senti minha testa soada e lágrimas pelo meu rosto, era a confirmação de um pesadelo idiota.

– Me desculpe – Falei e minha voz falhou nas duas palavras.

– Não se desculpe meu amor, não há motivos – Edward disse pegando meu rosto entre suas mãos.

Assenti nervosamente me jogando em seus braços. Edward me recebeu prontamente, me apertando ainda mais de encontro a ele. O choro lutava para se libertar de minha garganta, eu o engoli três vezes o obrigando a descer.

Fui escorregando sorrateiramente para o meu lado na cama, meu rosto ficou a centímetros do de Edward eu fechei meus olhos enquanto ele entrelaçava nossas mãos. A respiração de Edward batia contra o meu rosto e assim como dizia a música, a respiração dele acalmava a minha alma.


(...)


Despertei com beijos leves sobre os meus lábios, logo em seguida na minha testa, bochecha, queixo, maxilar. Sorri para o modo como eu estava sendo acordada, eu simplesmente amava quando Edward me acordava dessa maneira.

Estávamos dormindo de conchinha, completamente encaixados e Senhor, essa era outra coisa que eu amava.

Desde quando abri os olhos o nervosismo já havia me tomado, daqui a algumas horas seria a tão esperada audiência para a guarda provisória de Anne.

– Não precisa ficar nervosa Bella, vai dar tudo certo – Edward leu meus olhos para responder isso, é a única explicação.

– Eu sei que vai – Menti, e muito mal porque minha voz falhou e Edward balançou a cabeça negativamente sorrindo torto.

– Você é uma péssima mentirosa – Ele disse beijando novamente minha testa.

– Precisamos levantar, não é? – Desconversei ficando completamente envergonhada com a minha mentira idiota, eu não precisava mentir para Edward.

– Sim, vamos nos organizar – Ele me respondeu se levantando da cama e entrando no banheiro.


Me levantei e Edward ficou enrolando na cama, peguei meu notebook e para mandar um e-mail para minha mãe.

Sentei-me na cama e Edward estava deitado ao meu lado encarando-me, passei a mão despreocupadamente por sua face e depois em seus cabelos desgrenhados, ele gemeu em desgosto quando interrompi o toque para digitar o e-mail para Renée.


Oi mãe!

Está tudo bem por aqui, hoje é o dia da audiência e eu estou cercada de pessoas que torcem por mim e por Edward. Eu descobri muita coisa, mas isso não vem ao caso, tudo e mais um pouco precisa ser falado pessoalmente para evitar informações erradas e reação equivocadas. Deseje-me boa sorte, sim? Eu amo você e o papai, dê um beijo nele por mim!

Eu te amo.


Ok, isso se encaixa mais em um recado à um e-mail. Edward levantou-se e tomava banho, eu escovava os meus dentes e perdi a conta das vezes que flertamos apenas com os olhares e quantas vezes eu senti meu rosto queimar olhando Edward nu, denunciando que eu estava corando.

Antes de Edward terminar o banho eu fui até a cozinha e me deparei com Alice totalmente pronta para o “evento”.

– Bom dia Bella – Alice disse agitada rodopiando pela cozinha, ela deixaria qualquer charme de bailarina no fundo do poço.

– Bom dia Alice – Tentei soar confiante.

Alice encenou a maior cara patética do ano para mim.

– Bella, eu não sou Edward, pode falar – Ela disse ainda com a mesma cara, Alice estava tentando me divertir.

– Alice, eu estou com tanto medo – Senti meu corpo tremer assim como a minha voz – Eu não sei o que pensar; o que fazer; o que falar, eu estou completamente perdida. Eu entrei no banheiro para escovar os dentes e demorei minutos até perceber que eu precisava de uma escova de dente e creme dental para isso.

– Bella, você precisa parar com essa insegurança toda! Eu vivo dizendo isso para você – Alice disse olhando nos meus olhos e segurando minhas mãos, um gesto de suplica.

– Eu sei Alice, mas isso é de mim, eu não consigo!

Alice me guiou até a cadeira alta.

– Sente-se.

Eu o fiz e fiquei observando Alice. Ela pegou duas garrafinhas de iogurte na geladeira e despejou tudo de mal jeito dentro de uma tigela de cereais, mas eu percebia que ela tentava ser delicada e fazer tudo certo, chegava a ser engraçado.

Ela pegou alguns morangos na geladeira os lavando e picando em pedaços desproporcionais, fez o mesmo com uma manga e maçãs. Misturou com o iogurte e colocou granola por cima.

– Oh, Alice! Eu nunca vi você fazer uma coisa dessas nem para Jasper! – Falei realmente surpresa.

– Para tudo tem uma primeira vez, e o que eu não faço por você Bella? – Alice disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, ela faria qualquer coisa por mim.

Senti-me lisonjeada, comi tudo rapidamente – eu estava com muita fome – e tomei um suco de caixinha que Alice tinha colocado no copo para mim.

Edward apareceu de repente na cozinha. Ele estava dentro de um terno incrivelmente elegante, sapatos sociais e com uma gravata na mão. Edward pediu com o olhar para que eu colocasse a gravata nele e prontamente eu o fiz. Ri debilmente, colocar a gravata no namorado era coisa de casal feliz, onde só se vê em filmes quando o cara sai para trabalhar e deixa a mulher em casa com um beijo nos lábios. OK era coisa de família feliz.Eu tinha fé que um dia, eu, Edward e Anne chagaríamos lá.

A gravata tinha listras horizontais na cor branca e azul marinho, depois da terceira tentativa frustrada eu consegui fazer o nó perfeitamente, ri orgulhosa de mim mesmo, aquilo era um negócio complicado.

Dirigi-me até meu quarto e Edward ficou na cozinha batendo papo com Alice, que já estava pronta por sinal. Eu não sabia o que vestir. Fui até meu closet e fiquei completamente perdida, o que vestir em uma ocasião como esta?

De repente escutei a porta do quarto abrindo e o som de sapatos altos encheu o ambiente.

– Alice? – Perguntei incerta.

– Até Edward soube que você ficaria perdida – Ela disse sorrindo agora saltitando pelo meu closet.

– O que acha de um jeans? – Perguntei à Alice.

– Bella! Você não faria uma coisa dessas. Edward está indo de terno por quê? – Alice me repreendeu fazendo uma pergunta retórica.

– Por que ele é meu advogado e precisa se apresentar formalmente? – A desafiei com uma resposta óbvia.

– OK, Bella! Então vista uma minissaia jeans, coloque um sapato de salto alto transado nas suas canelas e um top que deixe a mostra toda a sua barriguinha, e diga por fim "eu quero a guarda de uma criança!" – Alice disse totalmente irônica.

Bufei, Alice sabia mesmo como convencer alguém.

– Me espere no quarto. – Alice disse dando as costas para mim e assim eu o fiz.

Não demorou muito para que ela aparecesse com um vestido meio social, mas com todo o seu “charme” feminino. No seu outro braço ela segurava blazer preto e um sapato salto alto de bico fino na mesma cor com detalhes vermelhos (NA: Roupa nas notas finais).

– O que seria de mim sem você? – Perguntei retoricamente.

– Nada? – Alice disse mais como uma pergunta em tom de brincadeira e nós duas gargalhamos.

Alice me sentou obrigatoriamente em frente ao espelho e pediu que eu não saísse de lá. Fiquei observando o nada até ela voltar exatamente trinta segundos depois com uma maleta gigante cinza customizada de rosa e lilás. Alice passou o que parecia ser uma base pelo meu queixo que ainda tinha uma pigmentação verde amarelada, passou rímel nos meus cílios e um batom cor da boca em meus lábios. Simples e prático. Surpreendi-me quando olhei no espelho e vi que a macha idiota tinha sumido por baixo da maquiagem.

Direcionei-me até a sala junto com Alice, Edward estava sentado no sofá colocando alguns papeis dentro de uma maleta, ou uma pasta, não sei dizer. Quando ele me viu abriu um sorriso quase admirado, mas havia nervosismo também.

– Você está absurdamente linda – Ele disse olhando diretamente nos meus olhos.

Senti meu rosto queimar, indicando que eu estava ruborizada e ele riu mais ainda. O celular de Alice tocou e ela sentou-se no sofá atendendo o aparelho.

– É Emmett! – Ela disse séria – Olá Emmett... Sim... Já estamos saindo, não é Edward? – Ele confirmou com a cabeça – Isso! Encontramos-nos lá, até!

Alice finalizou a ligação se levantando rapidamente do sofá.

– Vamos? – Ela perguntou arqueando as sobrancelhas, claramente esperando um sim.

– Vamos – Falei rápido demais olhando para Edward que pegou na minha mão me conduzindo para fora do apartamento.

Era incrível, porque bastava um toque de Edward para eu me sentir cem por cento segura como se o mundo não pudesse me alcançar, desafiava totalmente a lei da gravidade. Quando chegamos ao térreo senti os lábios finos de Edward tocar minha testa com pressão e ao mesmo tempo suavidade, tudo o que eu fiz foi fechar os olhos tentando relaxar e selei o momento com um beijo casto em sua boca.

Caminhamos normalmente até o volvo, sem nunca separar nossas mãos entrelaçadas, Alice nos acompanhava logo atrás e ela parecia estar trocando mensagens.

– Vai conosco Alice? – Edward perguntou.

– Sim – Ela respondeu sem tirar os olhos do celular.

Edward abriu a porta do carro e eu rapidamente passei para o banco do passageiro, Alice fez o mesmo. Edward nos olhou confuso e deu um sorriso torto, daqueles de quebrar o coração de qualquer mero mortal. Ele deu a volta no carro e sentou-se no seu lugar de sempre.

– OK. Eu aceito ser o motorista de vocês por hoje – Ainda pude detectar um riso nas suas palavras.

– Oh! Desculpe-me, Edward! Eu nem havia percebido isso! – Falei totalmente constrangida, meu rosto queimou novamente.

– Ele vai sobreviver, Bella! Anda Edward! – Alice disse autoritária e ele deu partida no carro.

Meu coração começou a bater completamente descompassado assim que minha ficha caiu. Era hoje, tudo ou nada. Senti as batidas de meu coração falharem e pensei em Anne. Ela deveria estar assustada e com medo, quem sabe já no lugar marcado onde o seu futuro seria decidido. Meu medo de perdê-la era imenso, e se James estivesse lá? Praticamente impossível, somente com um habeas corpus a sua presença seria preenchida naquela sala, afinal, ele não faria falta nenhuma.

Belos trinta e cinco minutos mais tarde chegamos a um grande fórum de justiça, Edward deixou o carro ao lado do local num estacionamento pago e quando descemos senti meus olhos arderem, eu estava chorando sem perceber.

– Minha Bella, se acalme meu amor! – Edward praticamente implorou, seu tom de voz era de alguém que estava sentindo dor, e eu sabia que era por ver-me chorar.

– Desculpe! – Falei em um miado idiota ficando na ponta dos pés – mesmo com saltos – e passando os braços por volta de seu pescoço literalmente enterrando meu rosto na curva de seu pescoço.

Edward recebeu-me sem hesitar e eu me senti inalcançável novamente, totalmente segura, ali, naquele momento.

– Bella, Edward? – Alice perguntou totalmente fora de nossa bolha particular.

– Sim? – Eu e Edward respondemos ao mesmo tempo, se o momento não estivesse tão tenso nós teríamos rido.

– Nossos pais já nos espera dentro do fórum, e nossos amigos também. – Ela disse com pesar.

Antes de continuarmos com nosso destino Edward segurou meu rosto entre suas mãos e olhou intensamente nos meus olhos, eu não conseguiria desviar mesmo que tentasse.

– Tudo vai dar certo, sim? – Ele enfatizou o “tudo” – Eu vou dar meu sangue se assim for preciso. Anne vai vir conosco, ela vai estar segura com nós. Seremos enfim uma família.

Fechei os olhos processando as palavras de Edward. Que assim seja.


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Adentramos no grande fórum e pegamos o elevador, subimos até o quarto andar e assim que a porta se abriu eu podia ver Esme e Carlisle sentados um ao lado do outro. Nossos olhares se encontraram e assim que saímos do elevador Esme veio diretamente até mim.

– Querida, está tudo bem? – Ela perguntou preocupada me envolvendo em um abraço longo e confortante.

– Sim? – Soou mais como uma pergunta.

Ela riu sem vontade e Edward cortou nossa conversa cumprimentando-a e Carlisle veio até mim.

– Filha, vai dar tudo certo! – Ele disse me abraçando da mesma maneira que meu pai me abraçava, eu podia sentir os sentimentos emanarem ali. O termo “filha” me surpreendeu, e eu o abracei mais forte ainda.

– Muito obrigada pelo apoio Carlisle, eu realmente não sei o que seria de mim sem vocês!



(...)



Já estávamos há alguns bons minutos que pareciam ter durado horas, meus amigos estavam ali também para apoiar a mim e a Edward.

– Bella, você sabe que irão lhe perguntar com quem Anne vai ficar quando você e Edward não estiverem em casa, não é? Trabalho e estudo - Mencionou Rose.

– E-eu... Não tinha pensado nisso – Falei e a sensação foi como se eu tivesse levado um soco no estomago – Se for preciso eu irei trancar minha faculdade, Edward e eu podemos conciliar o horário de trabalho com Anne, não é? – Perguntei o olhando que estava sentado ao meu lado com um dos braços por cima do meu ombro.

– Daremos um jeito Bella, eu não quero que você tranque sua faculdade – Ele disse sério.

– Mas é a única maneira Edward, e assim eu farei – Falei decidida olhando na maré verde que eram seus olhos.

– Bella, isso não será preciso – Esme interveio na minidiscussão protagonizada por mim e Edward – Se você quiser... – Ela pareceu sem jeito e ruborizou – Eu posso ficar com Anne quando você estiver na faculdade, trabalho e coisas do gênero, eu...

Esme parou de falar quando viu que minha boca se abriu em um grande O. Eu fui pega completamente desprevenida, eu não esperasse que Esme fizesse isso por mim, talvez ela estivesse fazendo por Edward, não me importava, eu estava feliz demais para me importar.

Fui completamente incapaz de pronunciar qualquer palavra, Edward percebendo minha impotência tomou a frente.

– É claro que aceitamos mãe, a senhora é incrível mesmo! Obrigada! – Ele disse emocionado e eu afirmei com a cabeça em movimentos sem sincronização aparentando ser uma completa bêbada.

Meus pensamos voaram para Anne novamente, ela já estaria aqui? Será que ela falaria a verdade? Será que finalmente depois de toda essa agonia nós teríamos nosso momento de paz?

Meus pensamentos foram interrompidos por Edward parado em minha frente, eu mal tinha percebido quando ele se levantou.

– O nosso caso acabou de ser chamado Bella, vamos? – Ele perguntou sério.

– S-sim – Falei com a voz entrecortada e ele me puxou pela mão.


Entramos um uma sala com tons marrons fortes, não era nada do que eu esperava. Não era um tribunal enorme igual ao filmes, era uma sala discreta, mas que apresentava toda uma autoridade, então percebi que estávamos em uma sala de “pequenas causas”.

Esme e Carlisle foram os primeiros a se sentarem, um ao lado do outro e suas mãos estavam entrelaçadas. Logo em seguida Alice se sentou ao lado de Carlisle com Jasper, por fim Jane e Rose se sentaram no lado oposto com Emmett e Jacob.

Edward me guiou – como estava fazendo por toda a manhã – até uma cadeira na frente de todos e eu me sentei ali, a minha frente havia uma mesa de centro e um grande “balcão” onde estava um homem de cabelos grisalhos entre duas mulheres. Edward ficou de pé a minha frente.

De repente eu não pude acreditar no que eu estava vendo, meu coração falhou algumas batidas e começou a bater descompassado, a sensação era de que ele iria rasgar meu peito.

As lembranças começaram a invadir minha cabeça sem permissão e eu senti Edward enrijecer ao meu lado. O dia em que ele me empurrou contra a parede no orfanato, o modo como ele tratou Anne e a ameaçou, ele me seguindo por ruas escuras.

James estava ali, se sentando em uma cadeira igual a minha, mas do outro lado da sala.


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Notas finais do capítulo

Roupa Bella: http://www.polyvore.com/roupa_bella/set?id=64181038
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E aí galera? Recomendações, reviews? O próximo capítulo depende de vocês! Beijos e bom final de semana! Pretendo postar o próximo capítulo até quarta feira!